971 resultados para Teatro brasileiro História e crítica
Resumo:
Anlise e crítica das alteraes propostas legislao falimentar brasileira tendo como base o estudo emprico de empresas brasileiras que entraram em concordata no perodo de 1992 a 2002. Identificao das principais caractersticas das empresas que pedem concordata (principalmente quanto a sua lucratividade) e tambm das empresas que conseguem se recuperar e uso das mesmas como base para uma anlise crítica do projeto da nova legislao falimentar, bem como apresentao de sugestes que visem aumentar as taxas de recuperao de empresas em dificuldades financeiras. Comparao das alteraes propostas com a legislao norte americana atual (Chapter 11), que reconhecidamente mais eficiente na recuperao de empresas em dificuldades.
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Este trabalho busca resgatar a origem e história de uma das organizaes de esquerda que surgiu no perodo de 1968 a partir das dissidncias dentro do Partido Comunista Brasileiro. Inmeras organizaes iro surgir nesse perodo, sendo que a maioria das mesmas ir aderir ao processo de luta armada contra o regime militar. Entre as diversas diferenas polticas e ideolgicas entre elas, uma se destacava: a manuteno de uma estrutura de partido ou a criao de organizaes sem estrutura de partido e com liberdade de ao por parte dos comandos militares da organizao. O fundo dessa discordncia era proveniente da influncia da Revoluo Cubana entre os militantes de esquerda na Amrica Latina atravs da Teoria do Foco, onde a ao de partido era considerada desnecessria. Por outro lado, tambm fruto da retomada dos debates sobre concepo de partido revolucionrio e a relao dos partidos com os movimentos de massas, debate presente no pensamento marxista europeu durante toda a primeira metade do sculo XX. O PCBR buscou aliar a concepo leninista de partido com as posies de defesa da autonomia do movimento de massas frente aos partidos, concepo defendida pela marxista alem Rosa Luxemburgo. O trabalho, portanto, busca estudar o contexto em que este debate se realizou na esquerda brasileira durante o perodo militar. Por fim, o presente estudo buscou tambm contribuir com a reconstituio histrica de alguns fatos relevante relacionados ao poltica do PCBR durante o perodo militar.
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Esta dissertao analisa a influncia das instituies militares, particularmente a Escola Militar, no perodo de 1912 a 1944, na configurao urbana de Realengo, bairro localizado no subrbio do municpio do Rio de Janeiro. Tendo como principal corpus documental os relatrios do Ministrio da Guerra e a legislao pertinente, so estabelecidos marcos histricos para anlise do processo de transformao da antiga zona rural do municpio em uma rea militar, enfatizando os impactos que incidiram sobre a regio em decorrncia da transferncia da sede da Escola Militar do Brazil, da Praia Vermelha para o Realengo. Preliminarmente, so identificadas as primeiras unidades militares que ocuparam a regio, estabelecendo conexes entre o funcionamento dessas organizaes, a constituio do seu patrimnio e o desenvolvimento urbano de Realengo. Para contextualizao, tambm so apresentadas as sedes ocupadas pela Escola Militar ao longo do sculo XIX e as circunstncias que motivaram sua sada da Praia Vermelha no incio do sculo XX. O recorte temporal se inicia no perodo compreendido entre o incio do sculo XIX, quando as chamadas terras realengas foram doadas Cmara da cidade do Rio de Janeiro por D. Joo VI; atravessa o sculo XX, quando se consolidaram o patrimnio da Escola Militar em Realengo e a urbanizao do bairro; e chega aos dias atuais, quando, aps a extino da escola, a decadncia e o abandono so as marcas das antigas edificaes militares do bairro. Tambm so assinalados o funcionamento da Fbrica de Cartuchos e a criao de duas grandes reas militares, a Vila Militar de Deodoro e o Campo dos Afonsos. Por fim, so levantadas as perspectivas e aes do Exrcito Brasileiro e de outros rgos da sociedade na preservao do patrimnio e da memria da antiga escola.
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O presente trabalho tem por finalidade apresentar os primeiros resultados do projeto de formao de um banco de entrevistas de história oral sobre a história do movimento negro no Brasil. Este projeto objetiva acrescentar ao universo do estudo sobre as relaes raciais no Brasil um banco de entrevistas com lideranas negras; de um lado, para constituir um registro da trajetria e do desempenho destas lideranas em diferentes momentos de nossa história e, de outro, para trazer ao prprio debate sobre a questo racial no Brasil (ao longo da história e com vistas ao presente e ao futuro) a contribuio daqueles que optaram por atuar primordialmente nessa esfera.
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Esta dissertao uma pesquisa terica que buscou identificar e organizar as possveis relaes entre o espetculo teatral e a educao. um trabalho desenvolvido atravs de uma intensa leitura e anlise crítica, tomando por base as idias j elaboradas por tericos que encontraram, de alguma forma, ressonncia nas questes propostas por esta pesquisa. Tendo em vista que vivemos numa poca que necessita de um permanente exerccio de reviso e sntese, a proposta bsica deste trabalho foi revisitar a história do teatro, apontando os aspectos educacionais presentes tanto na realizao quanto na fruio do espetculo teatral. Durante todo o percurso deste estudo seguiu-se como fio central um debate presente nos mais diversos momentos histricos, que questionava se a funo do teatro era instruir ou deleitar o pblico. Tambm se destacou a utilizao do espetculo teatral como um poderoso instrumento educacional, em que o poder pedaggico manifesta-se intensamente tanto em quem pratica quanto em quem usufrui do universo do teatro. O teatro na educao, portanto, teria a funo de levantar questes, mostrar valores, nos quais os exerccios e o espetculo teatral seriam um laboratrio e ao mesmo tempo um festival de possibilidades reais de aprendizagem.
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A dissertao aqui apresentada versa sobre uma temtica nova, quer vista sob a tica do nascimento do fato sociolgico analisado - O Sindicalismo e a Administrao Pblica quer se considere a quase inexistncia de fontes nas quais se possa abeberar, para que fosse possvel estabelecer o fio condutor no desenvolvimento do tema. A temtica foi analisada em dois planos: primeiro, fz-se uma apreciao crítica da história do associativismo no Brasil, em sua simbiose com o aspecto social, com o lado econmico e com o lastro jurdico, ao ser analisado o caminho percorrido desde o primeiro claro do Brasil at os dias presentes. Em segundo estgio, perquiriu-se a questo sindical, no que diz respeito sua etiologia, o seu despertar mais consciente na dcada de 80 do nosso sculo, perpassando pela criao das Centrais Sindicais, ao serem detectados os desvios ideolgicos, as contradies, a sua fisiologia em funo de sua organizao, iderio e ao na direo do que se propem em nome de seus afiliados. Com efeito, o ncleo do trabalho se cinge arregimentao do corpo de funcionrios pblicos com vistas a um eficaz - hoje, ainda muito incipiente - congraamento, ao se deparar com uma forte resistncia institucional, de vez que s a partir da Constituio de 1988, que se abriu caminho para o direito de associao sindical a esse estamento dos agentes pblicos. As disfunes so, a, analisadas em relao ao despreparo dos Recursos Humanos no exerccio de liderana e em confronto com a estrutura institucional anacrnica e de feitio autoritrio, para fazer valer, de forma eficaz e efetiva, um bom desempenho da ao sindical, que se deseja genuna, autnoma e autgena, em funo dos interesses de classe e a ter em vista a excelncia dos servios pblicos; o fenmeno estudado, inversamente, mostra o processamento de uma luta sindical radicada em estrutura antidemocrtica, em que o Estado financia os sindicatos e todo o aparelhamento sindical vertical, via contribuio sindical e a considerar que esse lastro sustentador da luta sindical decalque de uma poca de predominncia de valores chauvinistas, exaltados no Brasil - e em outros pases -, nas dcadas de 30 e 40. Ainda foi feito um estudo comparativo com trs modelos de sindicalismo, quais sejam: o francs, o alemo e o portugus. Os dois primeiros por razes de se constituirem em paradigmas de pases centrais, tendo em vista que: (1) a Frana modelo inspirador das instituies ocidentais, em sede poltico-jurdico-social, haja vista a sua História prenhe de fatos solapadores do statu quo ante; e (2) a Alemanha, por ter uma classe eficazmente institucionalizada de agentes pblicos, tendo tradio araigada desde a burocracia prussiana, o que d o toque de elevado profissionalismo a esses agentes pblicos, os quais contam com uma agremiao sindical que guarda independncia com relao ao movimento sindical do trabalhador privado, este, tambm consolidado em poderosa organizao sindical naquele pas. Portugal aparece no trabalho como o ascendente cultural do Brasil, o que implica em ser mostrado o nascedouro sindical desse pas, dentro do clima cultural em que viveu e vive a pennsula lusitana, e com isso se tenta elucidar o estgio de seu sindicalismo, as suas disfunes e auto funes , as suas semelhanas com o modelo brasileiro, as suas inclinaes e natureza. As concluses aferidas registram alguns aspectos relevantes: 1) o Brasil nasceu de uma Administrao centralizadora, marcada por uma mquina administrativa ineficaz, ineficiente, com a marca do Estato-imprio e sem a presena da construo concomitante de uma nao que retardatria no assentar a viga da cidadania, o que levou a delongar a formao dos anseios e do esprito genuinamente autctones. A represso ao desenvolvimento das letras foi um entrave criao de um esprito de povo, com a variante de ser uma maioria inculta, massacrantemente iletrada, em meio a uma pirmide social em que se registrava apenas uma base desmesurada e um vrtice acanhado, sem ter de permeio outras classes sociais que pudessem ser ou vir a ser estratificadas. Na esteira desses elementos, concluiu-se que: 2) o movimento associativo uma realidade incipiente e adormecido durante sculos, o que desbordou em uma apatia que s hoje comea a ser sacudida, atravs dos movimentos associativistas e sindical, este ltimo nascido no meio das fbricas e estendido a algumas capitais de maior relevncia poltica ou de maior peso econmico. o aspecto de maior magnitude para o trabalho foi a sinalizao aberta aos servidores pblicos para que se sindicalizassem, do que decorreu a concluso de que essa ao precisa ser tangenciada e carreada a ser um movimento mais autenticamente ligado aos interesses da classe, pois por desvirtuamento contingencial em face da iniciante pouca expresso e inexperincia desse estamento, a ao sindical desses servidores sempre esteve ilharga do movimento sindical do trabalhador privado, o qual tem outra linha de ao direcionada a interesses mais ligados ao conflito trabalho vs. capital, interesses esses que no se coadunam e nem se identificam com as aspiraes e necessidades do funcionalismo pblico, mesmo que, muitas vezes, a questo do conflito desses agentes tenha uma interface no conjunto da pauta de reivindicao dos trabalhadores privados, ou seja, a questo salarial. O imperativo maior - e esta a base da recomendao mais substancial - conduzir a ao dos agentes pblicos de forma heterodoxa na direo de se independentizar o movimento sindical desses agentes, a ser impulsionado pelas suas peculiaridades e por sua essencialidade ditada pela sua ontologia de servidores da coisa pblica e tendo o pblico como sua clientela. Este , em sntese, o caminho aqui trilhado.
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Esse estudo de natureza qualitativa, busca por meio de uma pesquisa exploratria e descritiva analisar se as divulgaes nas notas explicativas dos instrumentos financeiros derivativos contabilizados pela metodologia do hedge accounting, efetuados em 2009 pelas empresas brasileiras no financeiras listadas na BM&FBOVESPA atendem a lista de exigncias de divulgao do IFRS 7. A relevncia desse estudo se deve a dois fatores. O primeiro fator que a utilizao de instrumentos financeiros derivativos tem se tornado cada vez mais comum no mercado mundial e brasileiro, devido a seu grande desenvolvimento e evoluo. Apesar de que esses instrumentos, quando utilizados de forma adequada, possam ser excelentes ferramentas para minimizar risco, seu uso descuidado pode levar ao prejuzo e at mesmo falncia de organizaes, como foi visto na crise do subprime e outras anteriores. Portanto, a mensurao, evidenciao e controle desses instrumentos tornam-se cada vez mais importantes para que realmente possamos entender o impacto desses instrumentos nos negcios das companhias no curto e no longo prazo. O segundo fator que com o advento da lei 11.638/07, alterada pela lei 11.941/08, determinou-se que deveremos estar com nossas normas contbeis convergidas para o International Financial Report Standards (IFRS) at o final de 2010. Significa que devemos a partir desse momento seguir os seus pronunciamentos no que se refere a apresentao (IAS 32), reconhecimento e mensurao (IAS 39) e divulgaes (IFRS 7) dos instrumentos financeiros. Portanto esse estudo nos permite verificar o quanto as empresas j atendem ou no o IFRS 7.
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A ineficincia nas cortes brasileiras tem sido objeto de debates nos crculos acadmicos e empresariais desde h muito tempo. Entretanto, grande parte das discusses tem sido baseada em achismos, senso comum e evidncias anedticas. Pouca ou nenhuma pesquisa emprica tem sido desenvolvida na literatura nacional. Esta tese oferece uma anlise qualitativa e quantitativa do Judicirio brasileiro, usando a perspectiva da Anlise Econmica do Direito (ou Law and Economics). Primeiro, discutimos como as instituies, de maneira geral, e as instituies legais, de maneira especfica tornaram-se objetos de interesse dos economistas. Isso relaciona-se com o surgimento da Economia Institucional, e mais precisamente, da Nova Economia Institucional nos anos 1960s. Desde ento, muitos trabalhos empricos na rea tm surgido, enfatizando a importncia da qualidade das instituies (legais) na economia. A Anlise Econmica do Direito desenvolveu-se dentro deste contexto. Oferecemos ento uma anlise descritiva da atual situao (crítica) do Judicirio brasileiro. Apresentamos as explicaes tradicionais para a ineficincia, mais comumente a falta de recursos e a m qualidade do direito processual. No entanto, oferecemos explicaes alternativas, que questionam a nfase normalmente dada quantidade de recursos e, ao invs disso, focam na qualidade da gesto das cortes como a principal fonte de (in) eficincia. Depois, empregaremos a Anlise Envoltria de Dados (DEA) para medir empiricamente a eficincia relativa dos Tribunais Estaduais brasileiros. Os resultados indicam que ela varia significativamente entre os estados e pode no ser unicamente explicada pela falta de recursos disponveis para cada corte. Finalmente, testamos uma das mais conhecidas hipteses da literatura brasileira da Anlise Econmica do Direito: que os juzes tendem a favorecer os devedores contratuais, ou seja, que eles tm um vis pr-devedor em seus julgamentos. Baseados em 1.687 decises do Superior Tribunal de Justia mostramos que tal vis no existe de forma consistente entre os juzes brasileiros, pelo menos no entre os Ministros do STJ. Entretanto, as decises parecem ser inconsistentes ao longo do tempo, algo que pode gerar alto grau de incerteza. Desejamos com esta tese fazer uma contribuio tornando a anlise econmica do Judicirio mais emprica, menos baseada em achismos, anedotas ou no senso comum.
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Tratando-se de uma burocracia governamental criada em 1938, o Inep e sua história institucional so acompanhados pela trajetria da agenda educacional brasileira. Esta dissertao teve por objetivo examinar o desenvolvimento institucional do Inep, verificando a reforma ocorrida em meados da dcada de 90, que implantou um amplo sistema de avaliao de desempenho poltica educacional do Pas. A dissertao est divida em duas partes. A primeira, analisando a conjuntura crítica, destaca o peso de processos histricos para explicar a mudana ocorrida no Inep, enquanto a segunda, analisando a trajetria dependente, destaca o peso da mudana para explicar tendncias de continuidade. Resumidamente, os principais fatores que possibilitaram a conjuntura crítica foram: financiamento e consultoria internacional, interrupo do Censo Escolar, emergncia da metodologia da Teoria de Resposta aos Itens, construo de rede entre as Secretarias Estaduais de Educao e a emergncia de determinadas lideranas polticas. Criados Saeb, Enem, Provo entre outras avaliaes, o Inep passou a mensurar o desempenho do ensino. A ascenso de um governo oposicionista no desviou essa trajetria, mas a acentuou. Assim, inovaes incrementais foram promovidas, com destaque para a criao do Ideb e do Plano de Metas Todos pela Educao. Por fim, considerando o posicionamento do Inep para a retroalimentao do ciclo da poltica educacional, a dissertao aponta uma tendncia institucional para a necessria integrao de dados educacionais dos diferentes nveis federativos.
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As ainda muito raras e incipientes experincias brasileiras de democratizao da gesto, bem como, qui, a nossa tendncia para uma retrica progressista sem, entretanto, o compromisso de sua efetiva con cretizao, so as motivaes que determinaram o enfoque deste ensaio. A pesquisa (documental) real izada abrange as formas clssi cas do discurso oficial, isto : a poltica, a jurdica e a econmicosocial. l Assim~ a amostra estudada compreende os seis textos constitucio nais ptrios, a Emenda N~ Carta de 1967 (atualmente em vigor) e o Anteprojeto da Const"ituio proposto pela Comisso Provisria de Estudos Constitucionais (1986) - como peas representativas da retrica jurdl ca, num recorte que cobre toda a História de nosso Pas como estado poll ticamente independente -; os Programas e Manifestos dos partidos poltl cos regularmente inscritos (5) poca da pesquisa - como manifestaes do discurso politico-partidrio - e, finalmente, o Plano de Desenvolvi mento Econmico e Social do Estado do Rio de Janeiro (1984-1987) como documento representativo da palavra econmico-social oficial. Na fundamentao da investigao o texto situa nas teorias da igualdade das pessoas, no Contrato Social e nas diversas concepoes do socialismo o referencial terico dos dois modelos mais difundidos de democratizao do trabalho (a autogesto iugoslava e a co-gesto da Rep~ blica Federal da Alemanha) luz dos quais anal isado o discurso brasi leiro. Em concluso, o estudo sugere que a tese de um discurso ofi cial progressista e de uma retrica falaciosa quando cotejada com a prtica de nossa vida organizacional - parece ser um trao cultural da história de nossa gente.