842 resultados para Sociofisiologia da Doença. Ciências Sociais e Saúde. Câncer de Mama. Assistência Hospitalar. Mulheres com Câncer de Mama. Centro de Referência em Oncologia PB. Sistema Único de Saúde
Resumo:
A pesquisa, em 5 captulos, desenvolve o tema dos/as pobres como categoria social nos Sl 3-14, subunidade do primeiro livro do saltrio (Sl 3-41). Os Sl 3-14 so atribudos a Davi, o fato est relacionado com as escolas e suas teologias presentes na edio final do saltrio. Esses salmos nasceram nas comunidades camponesas do antigo Israel, posteriormente, foram aperfeioados e adaptados por grupos de cantores oficiais no templo de Jerusalm. Os Sl 3-14 se destacam pelo lamento e pela splica individual. Pertencem a uma coleo pr-exlica, mas concentra textos tardios, do ps-exlio. Os lugares que ocupam foram pensados estrategicamente. Os Sl 9; 10 apresentam conceitos hebraicos que identificam os/as pobres: dak, ani, ebyon. Estes/as designam pequenos/as camponeses/as livres, ainda com acesso terra. Ao longo do antigo Israel no sofreram mudanas bruscas como categoria social, no entanto, podem assinalar-se algumas caractersticas que os/as distinguem nos perodos correspondentes ao primeiro e o segundo templo de Jerusalm. Ademais, os Sl 9; 10 apresentam palavras sinnimas que tambm os/as identificam: hellkah pobre/infeliz e naqi inocente . Apesar das pequenas variaes dos conceitos, todos apontam uma categoria social, com direito apelao nos tribunais, embora com fraca influncia jurdica. Essa comunidade tem identidade teolgica. Jav apresentado como o seu defensor. A espoliao no saltrio algo dramtico, porque o rosto do/a pobre o prprio rosto de Jav. A pobreza no um assunto de espiritualidade nem de casualidade. gerada por um sistema poltico-social, planejado de forma inteligente, que no permite ao povo da roa progredir como agricultor. Esse setor poderoso, nacional ou estrangeiro, identificado nos textos, sob os conceitos: goyim naes , sorerim agressores , oyebim inimigos , raxa im injustos . O seu domnio suportado pela violncia e as armas. A ideologia dos sistemas dominantes fundamental para a interpretao dos textos. A sociedade dos salmistas apresenta crises com relao identidade humana. A violncia e a paz se disputam os espaos. O Sl 8 mostra uma sociedade alternativa pensada a partir daquilo aparentemente fraco: as olelim crianas e os yanaqim lactantes (Sl 8,3). O grito das criancinhas, o grito dos/as oprimidos/as, unido ao grito da criao, se compara dor de parto, com o qual inicia a vida. Trata-se de um grito que busca transformar os trajetos entortados da histria. Esses so indcios da esperana que distingue a teologia dos/as pobres. Os Sl 3-7 e 11-14 continuam a apresentar a situao dos/as pobres. s vezes, localizam-se os conceitos: ani oprimido e ebyon pobre , outras, recorre-se a novos sinnimos como has͇id fiel e sadiq justo . Esses salmos demonstram que os/as pobres esto presentes tambm nos textos onde tais conceitos no aparecem. As agrupaes (Sl 3-7 e 11-14) so uma pausa na subunidade (Sl 3-14), no uma quebra de sentido com os Sl 8; 9 e 10. Finalmente, se localiza na sociedade dos Sl 3-14, o Modo de Produo Tributrio. As teorias das ciências econmica, arqueolgica, histrica, contribuem com a compreenso do universo sciopoltico gerador de pobres.
Resumo:
A sociedade boliviana est marcada pela ostensiva presena dos estratos tnicos culturais indgenas originrios. Como consequncia do passado colonial ainda se vincula o status de campons pertena a uma etnia indgena. Nesta realidade sociocultural, a Igreja Evanglica Metodista da Bolvia (IEMB), desde sua implantao no princpio do sculo 20, ganhou legitimidade e espao na sociedade boliviana pelos seus aportes sociedade com suas obras de servio (educativo, saúde, desenvolvimento rural). Atualmente a IEMB se configura como uma Igreja rural, sendo que a populao boliviana eminentemente urbana. Assim a urbanidade o desafio para a ao eclesial e pastoral, se a IEMB pretende manter sua relevncia na sociedade boliviana. Tenta-se, nesta pesquisa, apontar na tradio teolgica eclesial wesleyana alicerces para uma relevante presena eclesial e pastoral nas particularidades da realidade urbana boliviana.
Resumo:
Esta pesquisa, por meio dos referenciais privilegiados e pesquisa de campo, busca compreender e explicitar se existem ou no afastamentos de docentes com doenças de origem psquica, de suas funes (readaptaes) por motivos no meramente fisiolgicos, mas que guardem natureza social, ou seja, se h uma causa social que provoque tal fenmeno no sistema educacional. Investiga tambm, se o docente tem conscincia crtica dessas possveis causas e como se constitui sua identidade aps a readaptao. As mudanas sociais e econmicas ocorridas nas ltimas dcadas devido s crises e sucessivas reestruturaes do capitalismo influenciaram o contexto educacional, bem como as condies de trabalho docente, repercutindo na saúde fsica e psicolgica dos professores, por meio de um panorama das atuais condies de trabalho e saúde dos professores, decorrentes do processo de flexibilizao e precarizao das relaes de trabalho na rea educacional. Procurou-se explicar, tendo como referencial terico Sennett (2001) e Esteve (1999), entre outros autores, a nova realidade do trabalho e do mal-estar docente vivenciados nas instituies escolares. A pesquisa de campo denota a trajetria dos docentes readaptados, desde suas condies de trabalho que perpassa pelas dificuldades, entraves, mal-estar at o momento do adoecimento e, finalmente, a situao de readaptado. Os problemas vivenciados pelos docentes readaptados impactam sua identidade profissional, pois os docentes so marcados por estigma, discriminao, sentimentos de autoculpabilizao, desvalorizao social, o que prejudica sua qualidade de vida e relaes interpessoais, tanto no trabalho como na famlia. A pesquisa aponta que o adoecimento psquico atinge seriamente o profissional docente. Essa situao grave na rede estadual de ensino paulista e demonstra que importante reconhecer a necessidade de polticas pblicas e educacionais que valorizem a docncia e a saúde dessa categoria profissional.
Resumo:
O municpio de Rio Grande da Serra est situado em uma regio Grande ABC paulista reconhecida nacionalmente por seu desenvolvimento econmico e industrial e pelas lutas polticas e sindicais. Paradoxalmente, se configura, social e territorialmente falando, por uma regio de periferia urbana. Resultado da forma como a urbanizao, na sociedade moderna, conforma o espao em regies centrais e perifricas. Localizado no caminho que ligava Santos Mogi das Cruzes (sculo XIX) povoado de Geribatiba decorrente das transformaes urbanas ocorridas em toda a regio, conquistaria, nos anos 1960, sua autonomia poltico-administrativa. Nas dcadas seguintes testemunhou intenso crescimento populacional, resultado do processo migratrio, principalmente de mineiros e nordestinos que tinham as cidades, e indstrias, de So Paulo e Grande ABC como destino. Esse deslocamento de pessoas, e as redes formadas em seu em torno, contribuiu para o desenvolvimento de seu campo religioso. Atualmente, com uma populao, em torno, de 46 mil habitantes, possui aproximadamente 180 locais de cerimnias religiosas. Nesse contexto, a tese analisa a insero regional socioeconmica e religiosa de Rio Grande da Serra, a partir de dados comparativos com os demais municpios, e discute como o regionalismo tem contribudo para seu desenvolvimento econmico. Realiza a caracterizao das periferias urbanas, discutindo aspectos que lhes so inerentes, como segregao e vulnerabilidade social. Nesse sentido, a investigao possibilitou a identificao do perfil socioeconmico (renda e escolaridade) dos participantes dos grupos religiosos (catlicos, evanglicos, kardecistas e umbandistas), permitindo, tambm, identificar desigualdades sociais no interior de seu territrio, constatando que determinados bairros so mais vulnerveis do que outros. Considerando que esse estudo examina a capacidade das redes sociais e religiosas, de aumentar o capital social de seus participantes, foi realizado o mapeamento e etnografia das diversas prticas associativas, mais ou menos formais e estruturadas, de forma a analisar os elementos materiais e simblicos por elas produzidos. Constatou-se, apoiado na aplicao de questionrios, entrevistas e observao participativa, que, a partir do habitus religioso de cada grupo, as redes possibilitam no mbito econmico questes como emprego e renda ou auxlio em necessidades bsicas de sobrevivncia, atravs de campanhas e trabalhos sociais. No mbito simblico, as redes propiciam questes importantes existncia humana, como a crena na salvao ou evoluo da alma, socializao, autoestima, prestgio ou ainda a expectativa de cura ou tratamento de dependncia qumica. Pde-se aferir que, a despeito das diferentes formas como cada grupo, e seus participantes, se apropriam do capital social, as redes sociais e religiosas, no municpio, funcionam como redes de proteo, especialmente populao em situao alta de vulnerabilidade social.
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O presente trabalho aborda as contribuies da Leitura Popular da Bblia (LPB), na perspectiva de Carlos Mesters, para os processos de cuidado no Aconselhamento Pastoral (AP). Ao repensar criticamente os modelos de Aconselhamento Pastoral (AP), a partir dos principais autores publicados no Brasil sobre o tema, verifica-se que o como fazer do aconselhamento pastoral fundamental. Da mesma forma que refletir o como usar a Bblia nos processos de cuidado e auxlio no aconselhamento deveria estar diretamente relacionado ao saber escutar e discernir a necessidade do outro. Sendo assim, proveitoso integrar reflexo e prtica do cuidado pastoral, enquanto aconselhamento, as perspectivas da espiritualidade e das ciências do comportamento humano com a metodologia da LPB. A LPB empresta seu modo hermenutico de ver, julgar e agir e aproveita a pedagogia de Paulo Freire nos processos relacionais entre aconselhador/a e aconselhando/a. Este trabalho pretende assim propor uma leitura de mundo que parta da vida vivida levando em considerao a idade, etnia, situao socioeconmica, estado civil, gnero, etc., no sentido de proporcionar saúde integral ao ser humano. Este tipo de leitura articulada com as contribuies da LPB pode promover melhor as habilidades para a escuta que reconhea as relaes no Aconselhamento Pastoral como um processo pedaggico e libertador entre aconselhador/a e aconselhando/a. Processo em que a leitura contextualizada, integral e libertadora da Bblia e ciências humanas iluminam o caminho para uma vida mais humanizadora.
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O objetivo central desta tese investigar o potencial de transformao social da organizao no-governamental, ligada a CNBB(Confederao Nacional dos Bispos do Brasil).- Pastoral da Criana - para a libertao de mulheres que l atuam, das relaes de dominao e opresses inerentes ao contexto kyriarchal. Esta pesquisa procura considerar o espao religioso subjacente organizao em decorrncia das influncias das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e do MRCC (Movimento de Renovao Catlica Carismtica). feita pesquisa de campo na regio de Curitiba com observaes e entrevistas semi-estruturadas com doze mulheres atuando na Pastoral da Criana, valorizando-se a relao intersubjetiva entre pesquisadora e pessoas envolvidas na pesquisa. A anlise qualitativa de dados em relao ao marco terico feminista desenvolvido em Ciências Sociais pela sociologia, psicanlise e tambm a teologia, mostra o discurso das representaes sociais das mulheres envolvidas, a percepo de suas prprias identidades e a importncia da organizao na construo de suas vidas. Nos traz a concluso que a organizao reproduz o perfil tradicional de mulheres na funo materna e facilita a formao de redes comunitrias. Averigua-se que a Pastoral da Criana est vinculada ao sistema neoliberal de pensamento que reproduz os discursos de dominao do sistema kyriarchal da hierarquia da Igreja Catlica e da medicina higienista. Essas instituies de apropriam da vida e dos corpos das mulheres e os reduzem s suas funes meramente biolgicas, reprodutivas e de cuidados. A Pastoral da Criana caracterizada por atividades que no consideram as causas estruturais da pobreza, mas apenas tentam amenizar os seus efeitos e conseqncias. Em suas capacitaes, a organizao usa a forma bancria de educao que reproduz as relaes de dominao e dependncia de mulheres pobres. A organizao, mesmo com a estrutura da ideologia religiosa analisada, no est vinculada sistematicamente em um espao religioso. Sugere-se em relao situao da organizao, a abertura das idias e valores feministas nos campos da saúde e religio a fim de promover a libertao e empoderamento reais de mulheres pobres. Esta recomendao est ligada com a abertura, a necessidade de reflexo e de conhecimento, mostradas pelas mulheres entrevistadas durante a pesquisa de campo. Considera-se como limitao aos resultados da pesquisa, o local pesquisado por no ter influncias de movimentos sociais.(AU)
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O culto a Nossa Senhora de Nazar uma devoo popular muito antiga em Belm do Par, quase to antiga quanto a cidade, pois esse culto se consolidou na mesma poca em que se constituiu o municpio de Belm e o Estado do Par. A populao de devotos cresceu junto com a populao dos habitantes da cidade. Tal fato propiciou que essa devoo popular se enraizasse profundamente na cultura paraense, penetrando at a auto-imagem do paraense catlico, moldando a sua identidade cultural. A maior expresso desse culto a grande romaria que os devotos realizam todos os anos no ms de outubro, que conhecida como Crio de Nazar e rene uma mdia de dois milhes de pessoas, aproximadamente. O Crio de 2002 foi o recorte etnolgico dessa pesquisa que disserta sobre as prticas cotidianas dos devotos no seu culto a Nossa Senhora de Nazar, sobre como a religiosidade popular insere-se no dia-a-dia dos indivduos, influenciando as representaes sociais e recebendo a influncia delas tambm, em um processo dialtico.(AU)
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No mundo globalizado vivenciamos o agravamento das questes sociais relacionadas s concepes do mercado neoliberal, do Estado mnimo, da privatizao dos servios pblicos e, as organizaes no-governamentais e o advento do chamado Terceiro Setor. Esta pesquisa contempla uma anlise do fenmeno religioso, referente insero pblica da Igreja por meio das prticas sociais institucionalizadas vinculadas as suas organizaes neste contexto social, na perspectiva de enfrentamento dos problemas sociais. No desenvolvimento da pesquisa utilizamos o mtodo histrico para descrever e analisar a insero pblica da Igreja Batista Independente no contexto brasileiro, a partir do estudo de documentos relacionados s primeiras iniciativas e o desenvolvimento das prticas sociais desta Igreja no contexto brasileiro. Com a descrio analtica deste fenmeno verifica-se a incidncia de prticas de transformao social, caracterizando-se como prxis social e, ainda, elementos que contribuem para o exerccio da cidadania esto no bojo das prticas sociais da Igreja. A pesquisa apresenta a anlise das prticas sociais da Igreja, na perspectiva da interdisciplinaridade, apontando elementos que influenciaram as transformaes sociais nos ltimos anos e relaciona a contribuio da prxis social para o exerccio da f cidad.(AU)
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Entre instituies e atividades ligadas igreja como reunies de orao, cultos, ensaios de corais, ministrio infantil, casa, filhos, vida conjugal, etc. est presente uma figura ainda no estudada pelas Ciências da Religio, a da esposa do pastor batista. O objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar o processo de construo e de manuteno das representaes sociais dessas mulheres. Para isso, no primeiro captulo identificamos e analisamos as representaes de gnero presentes na estrutura e no cotidiano eclesistico da denominao e seus reflexos na elaborao e na conservao do perfil das esposas de pastores. No segundo captulo realizamos uma anlise do poder e do papel das instituies de formao teolgica e ministerial da denominao batista como formas de idealizao, de construo e de manuteno das representaes sociais das esposas de pastores. Investigamos no terceiro captulo as formas do trnsito das esposas de pastores entre os espaos pblicos e privados - imbricados um no outro, e as formas em que o poder institucional atua nestes lugares. Para este fim, utilizamos o mtodo etnogrfico, observando as igrejas batistas selecionadas, aplicando questionrios aos membros das igrejas, lderes institucionais e estudantes da Faculdade Teolgica Batista do Paran FTBP e realizando entrevistas semi-estruturadas com os pastores e suas esposas. As teorias das Ciências da Religio e Sociais nos proporcionaram o suporte terico necessrio para o desenvolvimento do texto e para a anlise dos dados empricos. (AU)
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Nossa pesquisa tem como objetivo analisar a relao da espiritualidade ecofeminista com a cultura Nova Era. Esta relao pode ser percebida atravs do movimento de indivduos que buscam saúde, smbolos religiosos e esoterismo em um cenrio urbano. Este fenmeno indicado pela busca dos indivduos chamado de cultura Nova Era. Porm, a pesquisa no se resume a tratar do tema da Nova Era. preciso optar por um grupo que se enquadre no perfil dessas espiritualidades emergentes para termos visibilidade do fenmeno Nova Era. Isso s pode acontecer se construirmos um dilogo entre Nova Era e outra expresso espiritual aparente que indicaria o desenvolvimento da prpria Nova Era. Para realizar esta analise dos alcances da Nova Era no Ocidente, trazemos como indicador uma espiritualidade moderna: o Ecofeminismo. O Ecofeminismo um produto da modernidade, possuindo estruturas que o caracteriza como um desenvolvimento da Nova Era. Entendemos que, analisar a relao tecida entre Ecofeminismo e Nova Era, uma forma de compreender os indicadores das espiritualidades emergentes. Pressupomos que estas espiritualidades so caleidoscpicas, fludas e indicam os sujeitos como protagonistas de suas escolhas e composies religiosas.
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Esta tese parte de uma anlise que alia elementos do mtodo histrico-crtico com o histrico-social, privilegiando a anlise do discurso, com a finalidade de apresentar alternativas teolgicas que dem conta de pensar a possibilidade e viabilidade de que pessoas homossexuais possam expressar sua espiritualidade de forma livre e completa nas comunidades crists brasileiras. A investigao ensejada, procura apresentar um panorama da homossexualidade no Brasil, pontuando momentos diversos, valores, projetos e colocando em relevo a questo da identidade homossexual, principalmente, uma referência mesma como perverso, anormalidade, crime e doença, reservando s pessoas homossexuais, o estigma, marginalizao e excluso. A investigao proposta apresentar tambm a busca por uma identidade alternativa por parte das pessoas homossexuais, tanto do ponto de vista terico, procurando novas possibilidades conceituais, quanto do ponto de vista poltico, articulando-se em busca de seus direitos como cidados. Procurar-se- perceber de que maneira o cristianismo no Brasil, em sua vertente catlica e protestante, compreende a homossexualidade, quais os seus argumentos, ensinos e posturas principais. A partir de tal anlise, buscar-se- perceber quais os principais pilares erguidos pelas alternativas teolgicas no sentido de entender como vivel, legtimo e possvel a livre expresso da pessoa homossexual nas comunidades crists. Destacar-se- a desconstruo de gnero em sua referência binria masculino/feminino, como prejudiciais ao entendimento e convivncia com a diversidade e complexidade de identidades sociais e, a extenso desse projeto a uma desconstruo necessria da concepo de Deus numa e sob uma caracterizao masculina.(AU)
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Esta pesquisa fundamenta-se na anlise da integrao religiosa e cultural da Igreja Messinica Mundial (IMM) no Brasil e suas recomposies identitrias. A explorao do seu universo simblico tida como uma das chaves para a compreenso da identidade messinica. O emblema da igreja smbolo da cultura cruzada e harmonia entre diferentes. No Brasil, em especial, o Solo Sagrado de Guarapiranga expresso do Paraso Terrestre, prposito maior da mensagem messinica da IMM. Devido sua peculiaridade como religio de origem japonesa pouco familiar ao pblico brasileiro, so apresentadas algumas tendncias constituintes (autctones, xamnicas, de crenas populares, xintostas, confucionistas e hindu-budistas) e conceitos messinicos tendo em vista sua relevncia no processo de construo da identidade messinica brasileira. Conforme a natureza dos conceitos, optou-se por uma viso comparada entre a Igreja Messinica e outras novas religies japonesas (NRJ) como a Mahikari, Perfeita Liberdade, Seicho-no-Ie e Tenrikyo. No concernente reencarnao, em especial, a viso comparada com o Espiritismo possibilitou aproximaes com a religiosidade brasileira. A partir da contextualizao histrica e compreenso da adoo da nomenclatura messinica , foram abordadas as concepes de esprito da palavra , ultra-religio , purificao e doença , benefcios materiais , autocultivo bem como as vrias dimenses da experincia religiosa brasileira: ecolgica, inter-religiosa, artstica e messinica no sentido estrito do termo. A concepo de ultra-religio de Meishu-Sama (nome religioso de Mokiti Okada, 1882-1955), sobretudo, necessita ser compreendida luz da trajetria de consolidao da religio em um contexto peculiar do Japo do incio do sculo XX. Antes de fundar a religio messinica, Okada transitou no mundo das artes, dos negcios, editorial, e por fim ideolgico-religioso em seu contato com a religio Oomoto e outras expresses religiosas que pululavam no Japo no perodo de entre-guerras. O processo dinmico de interao de tendncias diversas, caracterstico das NRJ, em contato com a religiosidade brasileira impulsiona uma srie de ressignificaes sincrticas nipo-brasileira marcada por processos criativos singulares. A nfase na figura do Messias Meishu-Sama, a prtica do sonen e a criao da teologia messinica so alguns dos elementos fundamentais da mais recente recomposio identitria da religio no pas. Diante das sucessivas transformaes das abordagens institucionais e da introduo de mltiplas dimenses da vivncia messinica, a construo identitria da IMM, que abrange aspectos religiosos e ultra-religiosos , torna-se cada vez mais complexa e multifacetada.(AU)
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A presente pesquisa analisa igrejas evanglicas pentecostais no municpio de Rio Grande da Serra, regio do Grande ABC Paulista. Busca identificar qual o papel social desses grupos religiosos de grande crescimento no municpio junto aos seus membros em situao socioeconmica frgil, tanto quanto para a populao carente da cidade. A partir de uma reflexo acerca da constituio de espaos territoriais perifricos , e das prticas associativas nesses espaos, nosso objetivo estudar o associativismo religioso formal e informal, e a construo de redes sociais em seu entorno, e a sua contribuio para o aumento do capital social, entendido este, segundo Bourdieu, como agregado de benefcios materiais e simblicos, de seus participantes. A pesquisa leva em considerao que a cidade caracteriza-se por ser uma regio de periferia, em que parcela importante da populao vive em situao de segregao, riscos e vulnerabilidade social.
Resumo:
Qual o poder de influncia das mudanas sociais nos estilos de cultos? A realidade que a Religio no isenta de sofrer influncias das mudanas polticas e sociais. Esta pesquisa analisa e compara dois momentos em que o Cristianismo sofreu influncias das mudanas ocorridas na sociedade. O primeiro momento est baseado na Epstola de Hebreus, ainda nos primeiros sculos da era crist, quando conseguiu se desvincular da Liturgia Judaica e formar um discurso litrgico prprio. O outro momento estudado a poca atual, onde os cultos tm recebido grande influncia das mudanas que a sociedade vem sofrendo. Em ambas as pocas possvel apontar uma luta entre a Tradio e a Modernidade, entre o velho e o novo, entre o que esta estabelecido e o aquilo que quer espao a fim de se estabelecer
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No ano de 2005 foi publicado o Caderno AIDS e Igrejas: um Convite Ao , idealizado pela organizao KOINONIA- Presena Ecumnica e Servio e tendo como objetivo instigar nas igrejas protestantes, respostas de preveno e de cuidado diante da pandemia de HIV/AIDS. O Grupo de Trabalho Religies (GT) foi destinado pelo Programa Estadual de DST/AIDS para ser um espao no qual as diversas matrizes religiosas pudessem dialogar e pensar em estratgias de preveno juntamente com tcnicos responsveis pela saúde da populao. O Caderno foi publicado mediante recursos pblicos com a superviso dos profissionais do Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS. Atravs das oficinas de multiplicadores destinadas ao pblico de diversas igrejas, o AIDS e Igrejas tem sido utilizado como instrumental didtico para orientao e formao. Explicitamos os motivos que provocaram a relao entre as entidades envolvidas na publicao do Caderno. Exploramos o contedo presente no AIDS e Igrejas analisando os temas mais pertinentes como os seus objetivos e sua metodologia. Destacamos o sentido do conceito comunidade teraputica sugerido pela organizao ecumnica como modelo de acolhimento e cuidado s pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS. Igualmente verificamos como os temas AIDS, Sexualidade e Dogma se relacionam na publicao. Tambm avaliamos qual a prxis utilizada por KOINONIA na aplicao do Caderno nas oficinas que formam seus multiplicadores. Nas consideraes finais ressaltamos a cooperao estabelecida entre o Estado e KOINONIA, atravs da publicao do Caderno AIDS e Igrejas: um Convite Ao , na superao do estigma e da discriminao em relao s pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS.