1000 resultados para Rotina de exceção
Resumo:
RESUMO A zonação dos ambientes recifais permite avaliar possíveis impactos antropogênicos e subsidiar futuros planos de manejo. Este estudo teve por objetivo levantar as espécies bentônicas (com ênfase nos cnidários) no topo dos recifes emersos da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, bem como calcular e comparar sua porcentagem de cobertura. Foram realizados transectos em linha contínuos, em seis praias da referida APA, em três regiões da plataforma recifal e com quatro réplicas para cada região. Os resultados mostraram maior cobertura de algas em todas as praias, com exceção de Tamandaré/PE. Entre os cnidários os zoantídeos predominaram, mas se registrou, também, a ocorrência dos corais escleractíneos Siderastrea stellata e Favia gravida. Outros organismos encontrados foram os poríferos, o molusco Brachidontes exustus e o equinodermo Echinometra lucunter. Foi observada ocorrência de branqueamento nas duas espécies de coral encontradas (em todas as praias visitadas) e no zoantídeo Palythoa caribaeorum. De forma geral, os organismos registrados se caracterizaram pela resistência às condições instáveis da plataforma recifal. Além disso, as análises de agrupamento mostraram que fatores como o aporte de rios e o impacto antrópico exercem substancial influência na caracterização da cobertura bentônica da plataforma recifal, sobrepondo-se até mesmo à proximidade geográfica de áreas.
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1) Depois de 2 anos de observação após o tratamento com penicilina em doses baixas, verificou-e que de 30 pacientes tratados com lesões boubáticas primo-secundárias, 13 mantinham-se curados clínica e sorològicamente. Quatro pacientes continuavam com cura clínica, mas com R. Wa. positiva. Os 13 doentes acima citados ofereceram as seguintes médias: Média das idades [...] 9 anos. Média da duração do tratamento [...] 30 dias. Média das doses totais de penicilina [...] 45.000 unidades. Média dos intervalos da injeções [...] 6/6 horas. Entretanto, doses variando de 72.000 a 200.000 unidades, em tratamento de 1 a 4 dias fracassaram. A distribuição dos 30 tratados segundo a duração do tratamento, mostra que os resultados mais favoráveis foram obtidos com os tratamento mais longos. A distribuição segundo a dose, demonstra o mesmo para aquelas compreendidas entre 21.000 e 50.000 unidades. A distribuição em grupos etários, revela o mesmo para aquele de 1 a 8 anos e finalmente a distribuição segundo a frequencia das injeções, indica o mesmo para o grupo de 8/8 a 12/12 horas. Êste último fato, justificou a abolição das aplicações noturnas. Os resultados mais favoráveis nas idades mais baixas, demonstraram, seja insuficiência das dosagens, seja u'a maior resistência ao tratamento por parte dos casos de mais longa duração. 2) Depois de 2 anos de observação após o tratamento com penicilina em doses baixas, de 6 pacientes com lesões boubáticas terciáras, 5 continuavam curados clínica e sorològicamente. O doente restante continuava com cura clínica, mas com R. Wa. positiva. Êste doente fôra superinoculado experimentalmente e não recebera tratamento em seguida, havendo probabilidade de a experiência ter concorrido para a permanência da sorologia positiva. A duração do tratamento variou de 1 mês e 27 dias a 8 meses e 22 dias e as doses totais de penicilina de 164.000 a 586.000 unidades. 3) Depois de 2 anos de observação após tratamento com néo-arsfenamina, de 4 boubáticos com lesões terciárias, apenas 2 continuavam curados clínica e sorològicamente. Os outros 2, não apresentavam sinais de doença mas continuavam com a R. Wa positiva. A duração do tratamento variou de 1 mês e 15 dias a 14 meses e a dosagem do medicamento de 2.10 grs. a 17.10 gr. 4) Depois de um ou dois anos de observação após o tratamento com penicilina isolada por via oral, 3 pacientes com lesões primo-secundárias, foram encontrados com recidiva clínica e sorológica. A duração do tratamento foi de 10 dias com a dosagem total de 100.000 unidade, os pacientes tendo 5, 8 e 10 anos respectivamente. Em quatro outros doentes, de 10 a 17 anos tratados durante 10 dias, com 150.000 unidades de penicilina associadas a citrato de sódio, os tratamentos foram considerados <
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Os autores estudaram a ação inativante de corantes sôbre a alexina. Para isto, empregaram 50 corantes das diferentes séries químicas, chegando à conclusão que sòmente 11 dêles possuem esta ação: o ponceau, vermelho congo, violeta de metila, auramina, eosina, rosa bengala, verde verdadeiro, violeta paris, azul de metila, pironina amarela e a anilina zul. Verificaram que êles inativam sempre em proporção constante: 0,5 ml- de uma solução a 1% e que esta ação parece ser independente das constantes físicas do corante (carga elétrica, pêso molecular, absorção máxima no espectrômetro) e das peculiaridades intrinsicas de suas constituições químicas. Determinaram também que êstes corantes inativaram em sua maioria o quarto componente termoestável (C4) da alexina, exceção feita do vermelho congo e da violeta de metila que inativavam o terceiro componente termoestável (C3). A pi-ronina amarela revelou atuar sôbre os 3.° e 4.° compenentes (C3 e C4) ou sobre algum elemento indispensável a ação dêles.
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1 - Em São Paulo, cidade da região climatica temperada brasileira, a escarlatina, no período 1940-44, ocorreu mais no outono, com o máximo em junho eo mínimo em outubro; maior o percentual de casos que couberam ao quadrimestre mais frio (junho a setembro) e ao menos chuvoso (maio a agosto), quando comparados com os apostos, que concidiram um com outro (dezembro a março). Nenhuma correlação de significação estatística pôde, porém, ser evidenciada entre variações mensais de incidência da escarlatina e variações, também mensais, de temperatura média e de pluviosodade. 2 - Nas cidades em que, pelo número ponderavel de casos ocorridos de variola, se permitiu qualquer estudo, para o período em apreço (Belém, Rio e S. Paulo), verifica-se, ter dominado a doença, uniformemente, no semestre correspondente ao inverno e primavera austrais e, em as duas, para que houve dados disponiveis de humidade absoluta, no quadrimestre menos humido. Embora com essa restrição, o elemento humidade absoluta pareceu ter maior peso, em face das correlações, de significação estatística, obtidas entre os valores médios mensais (referentes ao mês anterior) e os coeficientes mensais de morbidade pela doença: - 0.38 ± 0.11 e - 0.50 ± 0.10, respectivamente em Belem e no Rio. Com temperatura média, ainda no mês anterior, obtiveram-se correlações negativas para o Rio e S. Paulo (- 0.48 ± 0.10 e - 0.30 ± 0.12). 3 - O sarampo, nas cidades - dp grupo das 7 escolhidas - para que se obtiveram dados (Belem, Recife, Salvador, Rio, Curitiba e Porto Alegre), mostrou-se de maior incidencia no quadrimestre mais fresco do ano, quando comparado com o oposto. Evidenciou-se, ademais, ser nitidamente do inverno, nas duas cidades situadas em zona temperada; e, do trimestre correspondente, em duas outras (Salvador e Rio), justamente, das quatro da região tropical, as que ficam mais distantes do equador. Em todas as cidades trabalhadas, com exceção de Bele, dominou ainda no quadrimestre de menor humidade absoluta, qaundo comparado com o oposto. Ambos os fatores, plausivelmente pois, parecem ter influencia sôbre a incidência do sarampo, que se eleva quando baixam temperatura e humidade absoluta. De fato, obtiveram-se correlações negativas de significação estatistica, entre os coeficientes mensais de morbidade e os valores medios de temperatura mensal no mesmo mês (1) e no anterior (2), em 4 cidades: Recife, - 0.26 ± 0.12 (1); Salvador, - 0.36 ± 0.11 (1) e - 0.45 ± 0.10 (2); Rio, - 0.50 ± 0.10 (1) e - 0.60, sendo t = 5.72 (2); Porto Alegre, - 0.38 ± 0.11 (2). Com os valores medios mensais de humidade absoluta, no mês (1) e no anterior (20 mostrou-se, por outro lado, haver associação reciproca dos referidos coeficientes mensais de morbidade em: Recife, - 0.27 ± 0.12 (1); Salvador, - 0.29 ± 0.12 (1) e - 0.31 ± 0.12 (2); Rio, - 0.53 ± 0.09 (1) e - 0.68, sendo t = 7.08 (2); Porto Alegre, - 0.35 ± 0.12 (2).
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Em 576 indivíduos que se apresentaram ao Banco de Sangue do Hospital do Pronto Socorro de Belo Horizonte, para a prova de seleção de doadores de sangue, foi feita a reação de fixação do complemento (antígeno de cultura do S. cruzi) para o diagnóstico da doença de CHAGAS. Em 14 casos a reação foi positiva. Sete candidatos a doador, com reação positiva, foram estudados clìnicamente, e nêles foi praticado xenodiagnóstico, eletrocardiograma e tele-radiografia do coração e vasos da base. Em todos os 7 casos estudados apurou-se que já haviam habitado casas infestadas por triatomíneos em zonas endêmicas e 3 deles apresentaram sinais de comprometimento miocárdico, revelando o eletrocardiograma, em dois, bloqueio do ramo direito, e, em um, bloqueio A-V total. Em 3 candidatos conseguiu-se a comprovação parasitológica da infecção chagásica pela positividade do xenodiagnóstico. Foram feitas considerações sobre o problema da transmissibilidade da doença de CHAGAS pela transfusão de sangue e da necessidade de se tornar obrigatória a inclusão da reação de fixação do complemento para esquizotripanose entre as provas de rotina exigidas na seleção de doadores de sangue.
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Após uma revisão da toxoplasmose experimental em primatas não humanos, são relatadas as tentativas, sem êxito, para provocar toxoplasmose aguda e fatal em dois rhesus (Macacca mulatta), um infante e outro jovem, por inoculação e reinoculação de uma amostra humana, usando diferentes vias e doses maciças e ainda com a ministração de decametasona. Do mesmo modo, não teve sucesso a tentativa para induzir a doença fatal em um Cebus apella adulto, pela via peritoneal. Porém a toxoplasmose-infecção nesses 3 animais, foi comprovada pela elevação da temperatura (39 a 41ºC), pela positividade da reação de Sabin-Feldman (1:64 - 1:256) e pelo isolamento de toxoplasmas em camundongos inoculados com material do Cebus. Por outro lado, em um Callithrix jacchus pela inoculação peritoneal, foi provocada doença grave e fatal com focos necróticos e abundãncia de toxoplasmas no baço e fígado, e isolamento dos parasitas em camundongo. De 54 símios do Nõvo Mundo, submetidos a RSF, todos foram negativos, com exceção de um Saimiri que se mostrou positivo a 1:16 (18%). Uma análise do problema Toxoplasmose-Primatas não humanos, com o apoio na revisão da literatura e nas nossas próprias observações (ver também o trabalho anterior) permite as seguintes conclusões: em seu habitat natural os primatas não humanos não são expostos ao Toxoplasma. Isso deve estar relacionado aos hábitos arborícolas e à sua alimentação vegetariana e insetívora; b) os casos descritos de toxoplasmose natural nos símios se referem a animais de cativeiro; e, mesmo nestas condições, é excepcional a infecção espontânea dos catarrinos; c) os catarrinos apresentam, além disso uma grande resistência à indução da toxoplasmose experimental, a qual não é devida à presença de anticorpos circulantes. Essa resistência parece não ser rompida pela administração de corticosteróides; embora às vêzes o seja pela inoculação de doses maciças de toxoplasmas, e geralmente nos animais jovens; d) essa resistência é menor nos platirrinos e parece não existir nos platirrinos inferiores e nos Prosimii.
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Quatro grupos de 6 gatos (24 gatos) recém-nascidos e desmamados receberam "per os", respectivamente, suspensões de toxoplasmas de camundongos com 3-4 dias de infecção, de 4 amostras de T. gondii. Cada grupo teve um gato testemunha. Nenhum dos gatos de experiência eliminou oocistos atribuíveis a T. gondii, em períodos de observação de 6 a 20 dias; e suas fezes, conservadas 2-4 dais em bicromato de potássio a 2,5% e ministradas "per os" a camundongos, não induziram toxoplasmose nesses roedores. Com exceção dos que eram portadores de Isospora, os gatos não mostraram formas evolutivas de coccídios no epitélio intestinal. Em todos os grupos a infecção toxoplásmica foi comprovada pela positividade da reação de Sabin & Feldman (1:16 a 1:1024); e pelo isolamento de toxoplasmas pela inoculação de triturados dos seus principais órgãos em camundongos indicadores. De um modo geral, os gatos mais crescidos não mostraram sinais de doença, porém os outros, e principalmente os recém-nascidos adoeceram e vários morreram de toxoplasmose sistêmica: esplenite, hepatite, enterite, penumonia e, mais raramente, miocardite e encefalite. Os toxoplasmas foram encontrados em todos esses órgãos e, tamém, nos rins e supra-renais.
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Foram estudadas as genitálias externas masculinas das cinco espécies que constituem o complexo phyllosoma: Triatoma phyllosoma (Burmeister, 1835), T. pallidipennis (Stal, 1872), T. longipennis Usinger, 1939, T. picturata Usinger, 1939 e T. mazzottii Usinger, 1941, todas encontradas naturalmente infectadas pelo Trypanosoma cruzi, e, com exceção de T. picturata, colonizando no domicílio humano. São espécies muito próximas, não só pelo aspecto externo, como pela área geográfica onde ocorrem, a região ocidental do México. As estruturas constituintes dessas genitálias foram analisadas comparativamente, com o intuito de ampliar o estudo das aludidas espécies, criando informações morfológicas adicionais à taxonomia atualmente aceita. Foram evidenciadas quatro estruturas no edeago: falosoma, suporte da falosoma, processo do endosoma e vesica; uma no aparelho articular, o processo do gonoporo; e outra no pigóforo, o processo do pigóforo. Essas estruturas apresentam pequenas variações no tamanho e na forma, acentuando a proximidade das espécies entre si e a dificuldade existente para a compreensão perfeita do status taxonômico de cada uma. O trabalho completar-se-á com a discussão dos já conhecidos aspectos morfológicos externos e os evidenciados pela morfologia das genitálias.
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Para estudar a ecologia dos mosquitos de planície litorânea do Rio de janeiro efetuamos, de agosto de 1981 a julho de 1983, uma série de coletas de adultos e formas imaturas numa fazenda, Granjas Calábria, em Jacarepaguá. Encontramos 50 espécies, inclusive nove que assinalamos pela primeira vez no Estado do Rio de Janeiro e várias transmissoras potenciais de doenças humanas. Neste primeiro artigo de uma série, apresentamos os resultados referentes á frequência comparativa dos adultos em diferentes ambientes e métodos de caputra. De 20.472 mosquitos adultos capturados, Mansonia titillans foi a espécie mais frequente, seguida de Aedes scapularis, phoniomyia deanei, Phoniomyia davisi e Culex saltanensis. Em isca humana a sequência foi a mesma. A fauna em armadilha luminosa não coincidiu com a de mosquitos capturados picando homem e animais, sendo Uranotaenia lowi a espécie mais assídua. As capturas em mata residual secundaria foram mais rendosas do que as realizadas em charco e ambientes descampados por ação antrópica, com exceção de Mansonia titillans, Coquillettidia venezuelensis, Culex amazonensis e Wyeomyia leucostigama em que essa diferença não se constatou ou se inverteu.
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Foram produzidos antígenos solúveis de P. brasiliensis, H. capsulatum e A. fumigatus e padronizados nas técnicas de imunodifusão dupla (IDD) e imunoeletroosmoforese (IEOF). A especificidade dos antígenos foi testada utilizando-se 96 soros de pacientes com paracoccidioidomicose, histoplasmose, aspergilose, candidíase sistêmica, esporotricose, tuberculose, neoplasia pulmonar, leishmaniose tegumentar e visceral e em 18 indivíduos sadios. Na IDD, a especificidade foi de 100% usando-se como critério de positividade linhas de precipitação com identidade total com soro de referência. Entretanto na IEOF, a especificidade variou de acordo com o antígeno testado, sendo observadas reações cruzadas com antígeno de P. brasiliensis frente a soros de pacientes com histoplasmose (16,7%) e leishmaniose tegumentar (10%) e com antígeno de H. capsulatum frente a soros de pacientes com paracoccidioidomicose (31,8%) e leishmaniose tegumentar (10%). Ambas as técnicas mostraram a mesma sensibilidade para o sorodiagnóstico de paracoccidioidomicose, histoplasmose e aspergilose, respectivamente 100%, 83,3% e 100%. A grande sensibilidade e especificidade da IDD observadas nos soros desses pacientes, aliadas à fácil reprodutibilidade e baixo custo, fazem esta técnica muito apropriada como procedimento de rotina, para a triagem de pacientes sintomáticos respiratórios.
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Foram feitas observações do ciclo evolutivo do Triatoma vitticeps com alimentação semanal em camundongo, em condições de laboratório. De quatro casais virgens obtiveram-se 435 ovos, sendo que 149 destinaram-se ao ciclo evolutivo e 286 ao estudo da resistência ao jejum, o que constituirá a segunda etapa deste trabalho. Apenas 50 exemplares atingiram a fase adulta num período X (S) = 270 ± 45 dias. Quanto ao tempo de incubação, o 1° e o 2° estádios foram realizados, cada um, em menos de um mês, enquanto que os 3º, 4º e 5º estádios requereram cerca de um, dois e três meses, respectivamente. A procura pelo 1º repasto ocorreu de forma sensível no 3º, 6º e 10º dias. Em todos os estádios, mais de 50% dos exemplares realizaram apenas um repasto, com exceção do 5º, onde foram necessários dois. No que diz respeito ao intervalo de tempo entre o oferecimento do repasto, o ato de picar, e a duração do repasto, observou-se que estes aumentaram gradativamente de acordo com o estádio. Dos 423 repastos realizados, 390 não foram seguidos de defecação no prazo de 10 min. Sob este aspecto parece que o T. vitticeps não é um bom transmissor do T. cruzi. O experimento teve a duração de 13 meses e neste período as temperaturas máximas e mínimas e a umidade relativa do ar variaram em média de 28 ± 2°C a 25 ± 2°C e 80 ± 2%, respectivamente. O material é proveniente da criação mantida no Departamento de entomologia do Instituto Oswaldo Cruz.
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No presente trabalho, realizado no Estado de Sergipe, procurou-se determinar a distribuição geográfica e as interrelações entre populações naturais de duas espécies do gênero Biomphalaria, os caramujos vetores do Schistosoma mansoni no nordeste do Brasil. Dados coletados em 1969 mostraram que B. straminea, com uma única exceção, estava limitada à região semi-árida, enquanto B. glabrata habitava a região litoral/mata, ambas no Estado de Sergipe. Esta distribuição espacial parecia indicar que as espécies acima denominavam territórios exclusivos. Coletas de caramujos feitas em 1988, nas mesmas 37 localidades pesquisadas anteriormente (1969), evidenciaram que B. straminea havia invadido territórios previamente ocupados por B. glabrata. Estes resultados sugerem que as duas espécies estão interagindo em processo de deslocamento competitivo. Foram ainda determinadas as taxas de infecção natural dos caramujos, assim como foram registrados alguns aspectos ecológicos de seus criadouros.
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No presente artigo discutem-se as relações entre a cultura organizacional e a liderança desempenhada pelos gestores no contexto de 37 restaurantes de uma capital brasileira. Como referenciais teóricos, foram abordados os conceitos de cultura organizacional, sendo adotados para a pesquisa o conceito de cultura como variável, os conceitos de liderança transformacional e transacional e as relações entre cultura organizacional e liderança. Utilizaram-se questionários para entender as relações entre quatro tipos de culturas organizacionais - clã, inovativa, de mercado e hierárquica - e as lideranças transformacional (nas dimensões influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação intelectual e consideração individualizada) e transacional (nos componentes recompensa contingente e gerenciamento por exceção e ausência de liderança). Foram encontradas correlações negativas entre a dimensão gerenciamento por exceção e a cultura inovativa e entre a dimensão consideração individualizada e a cultura hierárquica. Além disso, foi observado o predomínio das culturas clã e inovativa.
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Diante da grande divergência do pessoal de enfermagem em relação à desinfecção de nebulizadores em Unidades Básicas de Saúde (UBS), da falta de padronização do uso de produtos químicos e do processo de desinfecção como um todo, as autoras decidiram proceder a uma investigação cujos objetivos foram: observar sistematicamente a operação de rotina de desinfecção dos nebulizadores na sala de aerossóis de uma UBS e detectar, apontar e alertar para as possíveis falhas do processo de desinfecção. Para tanto realizou-se a observação direta sistematizada do processo de desinfecção e a aplicação de um questionário junto à enfermeira responsável pelo serviço. Os resultados mostraram que o processo de desinfecção realizado não está de acordo com as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde e/ou Secretaria de Estado da Saúde; revelam ainda uma deficiência de conhecimento do pessoal envolvido com esta atividade quanto à padronização do uso dos produtos químicos utilizados e condições que interferem na ação dos mesmos durante o processo de desinfecção. Acredita-se que os resultados obtidos apontem para a necessidade de padronização do processo de desinfecção como um todo, segundo as normas sanitárias vigentes e de educação continuada em serviço, visando a qualidade da assistência de enfermagem prestada aos usuários do serviço de saúde.
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O estudo elaborou critérios para uso adequado da paramentação cirúrgica e avaliou, por observação sistematizada, o desempenho da equipe cirúrgica durante a cirurgia. O procedimento adotado foi válido, permitindo reconhecer aspectos positivos e problemáticos. A exceção do óculos protetor, todos os outros componentes da paramentação foram utilizados. A questão se situou na forma de utilização, onde gorros e máscaras foram mais problemáticos entre anestesistas e circulantes; avental e luvas entre cirurgiões e, principalmente, instrumentadores.