806 resultados para Representações sociais


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A tese reflete criticamente sobre o Estatuto da Cidade lei promulgada em 2001 que regulamenta o captulo da constituio federal referente Reforma Urbana - e suas implicaes sociais, especialmente em cidades com um percentual elevado de populao vivendo em submoradias (favelas, cortios e autoconstrues). Neste quadro, identificou-se uma maior densidade das experincias democrticas de participao popular na gesto urbana (como o Oramento Participativo) que trouxeram um novo relevo aos seus novos atores e suas novas formas de atuao.Analisou-se tambm o novo cenrio poltico implementado a partir de 2003, com a criao do Ministrio das Cidades que reforou uma poltica participava na gesto municipal via a criao do Plano Diretor Participativo, instrumento obrigatrio estabelecido pelo Estatuto das Cidade. Identificou-se, no entanto que, apesar do novo marco regulatrio urbano e do diagnstico da drstica situao de grande parte da populao pobre nas cidades brasileiras, a agenda das polticas pblicas municipais continua excludente e fechada ao debate mais amplo e politizado de uma efetiva implementao dos direitos sociais para a populao excluda. A presente tese visou contribuir para com esse debate, trazendo novas questes e novas percepes em torno dos movimentos sociais, da cidadania e do direito cidade e enfrentando tambm a discusso acerca do papel do judicirio e da efetividade da Constituio Federal no campo dos direitos sociais. Discutiu-se as polticas pblicas relacionadas ao papel do Estado, inclusive no que tange s atuaes e intervenes do Poder Judicirio e dos movimentos sociais. Para isso, adotou-se a metodologia qualitativa e elaborou-se um questionrio de entrevistas aplicado a 11 pessoas vinculadas uma significativa atuao poltica, legislativa, de pesquisa cientfica, tcnica e/ou jurdica em relao aos conflitos urbanos na cidade do Rio de Janeiro, abrangendo ativistas dos movimentos sociais, do poder judicirio, pesquisadores e legislativo municipal. Os objetivos desta tese foram contemplados ao evidenciar as possibilidades de expanso da cidadania via a gesto democrtica das cidades, tendo como referncia o novo marco legal trazendo esse debate para o campo das polticas pblicas concernentes praticadas pelo Poder Executivo e ainda, apontar a existncia de espaos de luta para a busca da efetividade dos direitos sociais dentro do judicirio.

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Com as transformaes do Estado-Providncia e das sociedades contemporneas no que concerne ao exerccio de direitos, observam-se alteraes substantivas na estrutura, dimenses de ao e estratgias prprias dos mecanismos de reivindicao. No caso do direito sade, a anlise dos casos de Brasil e Portugal permite discutir a interface entre Estado, sociedade e instituies jurdicas a partir da dimenso da cultura de participao dos cidados, das redes de solidariedade que constituem no espao local e na utilizao de mecanismos estatais e no-estatais. A respeito do arcabouo jurdico-institucional similar, a diversidade de repertrios de ao coletiva para reivindicar a efetivar este direito em ambos os pases foi a tnica desta pesquisa, que se desenvolveu em 2011 em ambas as localidades. O objetivo do trabalho consiste em discutir as estratgias e formas de efetivao da sade como direito, de modo a refletir sobre as oportunidades polticas e a cultura poltica de cada experincia. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com o objetivo de discutir os desafios de efetivao do direito sade com foco no acesso justia e nos repertrios de ao coletiva. As hipteses foram: a) h diferenas no que concerne aos itinerrios do cuidado em sade, ora enfatizando a centralidade do Estado no cuidado (Brasil), ora responsabilidade o indivduo pela sua prpria sade (Portugal), o que enseja impactos na prpria cultura de participao dos indivduos em ambos os pases; b) h diferenas no que concerne relao ente Judicirio e sociedade, ora estabelecendo polticas de proximidade com o cidado (Brasil), ora estabelecendo polticas de desjudicializao (Portugal), o que enseja repercusses na prpria forma como os indivduos concebem o sistema judicial e o ativam em seu cotidiano; c) os sistemas de sade de ambos os pases foram construdos por influncia predominantemente internacional (Portugal) ou dos movimentos sociais (Brasil), de modo que isto permitiu constituir em cada um destes pases formas distintas de lidar com o direito sade pelos cidados. Os resultados videnciam que a complexidade da eleio do mecanismo estatal ou no-estatal est fortemente relacionada cultura poltica dos cidados, alm de fatores polticos e econmicos oriundos das oportunidades polticas de cada um dos pases

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Este trabalho analisa o Programa Bolsa Famlia (PBF), tratando de sua evoluo ao longo do governo Lula, tanto no que diz respeito ao seu escopo quanto a seu desenho institucional e as alteraes que foi sofrendo em seus objetivos. Tendo em vista a natureza federativa do Estado brasileiro, o objetivo do trabalho mostrar os desafios enfrentados pelo poder central para garantir a implementao homognea de um programa nacional de transferncia condicionada de renda a ser gerido pelos municpios. Para tanto, so analisados, de um lado, os recursos institucionais e as estratgias de que dispunha o governo federal para alcanar os seus objetivos para o PBF, e de outro, os resultados e a dinmica da gesto municipal do programa em dois grandes centros urbanos, So Paulo e Salvador. So analisadas informaes relativas ao desempenho nacional do programa e tambm referentes implementao municipal do PBF nos casos escolhidos, por meio de dados de surveys realizados com a populao de baixa renda e de entrevistas semi-estruturadas com gestores municipais do programa nessas duas cidades. A tese identifica os mecanismos que asseguram o crescente poder de coordenao do governo federal no sentido de fazer com que suas principais diretrizes para o programa sejam de fato implementadas no plano municipal. Mostra tambm que o processo de implementao do PBF afetado no s por seu desenho institucional, definido no plano federal, mas tambm pelas diferentes capacidades institucionais disponveis no plano local recursos humanos, capacidade de gesto e articulao entre diversos servios e polticas, infra-estrutura disponvel, entre outros aspectos e pelos diferentes interesses polticos na maior ou menor coordenao dos programas locais de transferncia com o programa nacional. Finalmente, o trabalho examina ainda os limites e possibilidades para a articulao do PBF com uma poltica mais ampla de assistncia social.

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As ltimas dcadas evidenciaram profundas transformaes na estrutura do trabalho e emprego no cenrio global. Esse movimento trouxe implicaes sociais de diversas dimenses para a experincia cotidiana dos trabalhadores nas cidades industriais. A pesquisa buscou investigar se as expresses daquelas transformaes socioeconmicas numa regio particular da cidade do Rio de Janeiro, o Complexo do Alemo, teriam resultados sobre a configurao das identidades dos trabalhadores e o curso de um novo etos do trabalho. O Complexo do Alemo se transformou numa regio de investimentos industriais at os anos 1980, quando ento comea a declinar-se. As transformaes ali operadas e a forma urbana assumida naquele contexto expressam mudanas sociais mais amplas que ocorreram nas ltimas dcadas na cidade e no Estado do Rio de Janeiro. Trabalhou-se com a hiptese de que a alocao de grandes empreendimentos industriais e uma rede de mdias e pequenas empresas naquela rea calcadas no trabalho assalariado protegido, ora teria contribudo na construo de identidades dos trabalhadores e, de outro lado, a descentramento e esvaziamento daquele padro teriam impactado a forma como os sujeitos constituem essas identidades mediadas pelo trabalho. Outra hiptese colocada referiu-se a possibilidade da emergncia de novas concepes e aspiraes profissionais e de trabalho a cimentar novos modos de organizao de identidades individuais e coletivas naquela regio. Foi colocado em discusso o modelo de modernidade industrial instalado no Brasil bem como o modo como o zoneamento industrial se deu na cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa dialogou com os temas do trabalho, industrializao, reestruturao produtiva e identidades. Afora os aportes tericos, a pesquisa lanou mo de entrevistas semi-estruturadas com trabalhadores de diversas idades que trabalharam ou ainda trabalham na regio do Complexo do Alemo. Diante do ordenamento atual no mundo do trabalho, a pesquisa discutiu que mecanismos de explorao so reeditados e que em meio a isso, num jogo contraditrio e dialtico, os trabalhadores constroem representações sobre si e sobre a coletividade. O horizonte de um trabalho livre e protegido, em nossa modernizao perifrica, foi importante elemento para a construo de um imaginrio operrio, tendo o salrio e a fbrica como uma porta de acesso para a cidadania. Por fim, mostrou-se que atualmente so postas novas institucionalidades para a questo da identidade do trabalhador; a fbrica, que antes ocupou importante lugar na regio em estudo e no imaginrio da populao daquele territrio, se reveste de novas conotaes.

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A me social uma profissional que trabalha em tempo integral em abrigos denominados casas-lares ou residncias, devendo residir juntamente com os jovens abrigados, com o objetivo de desenvolver a ideia de famlia nesses espaos. Como o prprio termo indica, essa mulher, colocada integralmente em um lugar de me, deve esforar-se para cuidar desses jovens como se fossem seus prprios filhos. A figura da me, personagem imprescindvel em uma composio familiar, habita as instituies de abrigamento, exibindo tenses a respeito do que seria hoje uma mulher-me. O vis religioso est muito presente, transformando essa atividade em doao; a vida privada, para alm da maternidade daqueles abrigados, no acontece, acirrada pela contradio da inexistncia de uma casa fora daquela do trabalho, o que marca uma hibridez no espao em que vive. A vida sexual anterior e no momento do trabalho escassa ou no chegou a acontecer e a construo da feminilidade passa quase exclusivamente pelo exerccio da maternidade

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Este trabalho tem por objetivo compreender, no contexto histrico atual da sociedade ocidental, as diversas representações sobre a morte, o morrer, a perda e o luto nas suas dimenses pessoais e sociais. A anlise parte do cenrio hipermoderno onde a morte e o sofrimento so interditados. Os recursos tecnolgicos, na atualidade, vm contribuindo para o afastamento da morte, com descobertas que possibilitam o prolongamento da vida e com promessas de realizao do desejo utpico do homem de tornar-se imortal. Como conseqncia imediata destes elementos encontrados no imaginrio social contemporneo, morrer torna-se uma transgresso e a morte distancia-se da condio humana. Ao mesmo tempo, o iderio de felicidade plena silencia as expresses de sofrimento, que se tornam indesejadas. Para a anlise das conseqncias deste contexto para o homem hipermoderno, este estudo fundamenta-se em relatos, depoimentos registrados no site Depois da perda... e expresses de perda encontradas na arte, na literatura e na msica, feitas por aqueles que vivenciam ou tenham vivenciado luto pela morte de um ente querido.

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Estudos atuais apontam a importncia da qualidade nos relacionamentos sociais para o bem-estar fsico, psicolgico e social na terceira idade, mas no fornecem dados suficientes que indiquem como auxiliar os idosos a se tornarem socialmente competentes, ou seja, como desenvolver habilidades sociais na terceira idade. Um mtodo bastante utilizado para ensinar habilidades sociais para diferentes populaes tem sido o Treinamento de Habilidades Sociais. O presente estudo pretende avaliar a eficcia de um Programa de Treinamento em Habilidades Sociais para Idosos (THSI) no aumento tanto do repertrio de habilidades sociais como do bem estar subjetivo de estudantes da UnATI/UERJ. A pesquisa foi dividida em duas fases. Na primeira fase, foram utilizados a Escala de Depresso em Geriatria-15, o Mini-exame do Estado Mental e o Questionrio de Dificuldades em Situaes Sociais com a finalidade de selecionar os participantes do estudo. A atual pesquisa contou com a participao de 40 idosos, sendo que a escolha das pessoas que fariam parte do grupo experimental e do grupo controle foi baseada na compatibilidade entre a disponibilidade de horrio dos estudantes e o horrio escolhido para o treinamento. A segunda fase da pesquisa envolveu investigar a eficcia do THSI. Para a avaliao das habilidades sociais, foi utilizado o Inventrio de Habilidades Sociais que compreende cinco fatores (enfrentamento e auto-afirmao com risco; auto-afirmao na expresso de sentimentos positivos; conversao e desenvoltura social; auto-exposio a desconhecidos e situaes novas e o autocontrole da agressividade) e sete situaes de jogos de papis. O bem-estar subjetivo foi analisado atravs da Escala de Satisfao com a Vida e da Escala PANAS. Todo esse material foi aplicado, antes e logo depois do THSI, tanto no grupo controle como no experimental. O THSI foi realizado em 12 encontros de uma hora e meia de durao e teve como objetivo o ensino direto e sistemtico das habilidades sociais com o propsito de aperfeioar a competncia social dos idosos nas situaes de: iniciar conversao; fazer pedidos; responder a pedidos; fazer pedido de mudana de comportamento; cobrar dvidas; responder a crticas; falar em pblico; fazer e receber elogios. A partir dos dados obtidos no material especificado acima, pde-se observar mudanas positivas entre os participantes do grupo experimental como o desenvolvimento da habilidade assertiva. Os resultados desta pesquisa sugerem que a implementao de programas de treinamento em habilidades sociais em grupo, com pessoas na terceira idade, contribuir para a aprendizagem e o aperfeioamento das habilidades sociais desta populao.

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Os Transtornos Alimentares so caracterizados por graves perturbaes no comportamento alimentar. Entre eles, inclumos a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulso alimentar peridica. Sua etiologia multifatorial, estando envolvidos no seu desenvolvimento aspectos biolgicos, psicolgicos, familiares e sociais. Alm das complicaes clnicas associadas ao transtorno, encontramos tambm graves dificuldades interpessoais. Esses dficits contribuem para ocorrncia de baixa auto-estima, ansiedade, depresso, retraimento social, e insegurana, dificultando tambm o desenvolvimento de relaes afetivas satisfatrias. O objetivo desse estudo foi investigar as relaes entre habilidades sociais, estilos de apego e transtornos alimentares A amostra foi composta por 14 indivduos com anorexia nervosa (AN), 33 indivduos com bulimia nervosa (BN), 31 indivduos obesos com transtorno da compulso alimentar peridica (TCAP), 31 obesos sem transtorno alimentar, comparados a um grupo controle sem transtornos alimentares, pareados por idade, sexo e anos de estudo. Os instrumentos utilizados foram: Teste de atitude alimentares; Teste de investigao bulmica de Endiburgo, Escala de Compulso Alimentar Peridica, Inventrio de Empatia (IE), o Inventrio de Habilidades Sociais (IHS) e a Escala de Apego Adulto (EAA). A avaliao dos dados foi feita atravs de estatsticas descritivas e inferenciais (Teste T, ANOVA e correlao de Pearson). Os resultados encontrados confirmaram algumas hipteses desse estudo e corroboraram dados da literatura que sugerem que indivduos com TA apresentam dficits em habilidades sociais e estilos de apego inseguro, que podem afetar os relacionamentos interpessoais. Ainda foi possvel observar que tais deficincias estariam relacionadas a maior gravidade do TA.

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A partir de abril de 1500 a armada de Pedro lvares Cabral d incio ao contato e ao registro atravs das pginas da carta de seu escrivo, Pero Vaz de Caminha de um novo mundo e uma nova humanidade: os ndios que habitavam o territrio que atualmente conhecemos por Brasil. No desenrolar dos quinhentos, estes diferentes povos e culturas foram decodificados e reinterpretados de diversas maneiras em cartas, livros e demais documentos manuscritos. No campo das artes visuais portuguesas, no foi diferente. Esse outro assume um papel coadjuvante quase sempre inserido em duas temticas principais, a arte religiosa e as grandes navegaes mas nem por isso menos interessante: o gosto pelo extico, caracterstica marcante durante o perodo das expanses ultramarinas, no s em Portugal, mas em outras regies europeias, aliado ao etnocentrismo e a influncia do Cristianismo, acabou por caracterizar os ndios do Brasil, mutatis mutandis, como novos homens selvagens. Para uns, so como bestas, mais perto do inferno; para outros, so cristos em potencial, mais prximos do cu

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O conceito atual de um comportamento socialmente habilidoso deve incluir capacidade de o indivduo obter satisfao pessoal e, ao mesmo tempo, de desenvolver e manter relacionamentos mutuamente benficos e sustentadores. No mbito da educao, identifica-se uma crescente preocupao de pais, diretores de escolas e professores com o desenvolvimento interpessoal dos alunos, com o propsito de reduzir conflitos, aumentar a qualidade das relaes entre os alunos e facilitar a aprendizagem. Neste sentido, necessrio que o professor se dedique a desenvolver as prprias habilidades interpessoais para que seja capaz de facilitar o desenvolvimento social e intelectual do aluno. Diante dessas constataes, torna-se relevante identificar que habilidades sociais do professor esto mais relacionadas com o seu desempenho social em sala de aula. Tais constataes fundamentaram esse estudo que avaliou os nveis de habilidades sociais de professores, assim como o desempenho social destes em sala de aula. Participaram da pesquisa oito professoras e dois professores do Ensino Fundamental II (do 6 ao 9 Ano), do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, no Rio de Janeiro. Suas idades variavam entre 24 e 50 anos. Participaram tambm 198 adolescentes, 100 do sexo masculino e 98 do sexo feminino. Suas idades variavam entre 11 e 15 anos. O desempenho social dos professores em sala de aula foi avaliado pelos prprios professores e pelos alunos, atravs do Questionrio do Desempenho Social do Professor (QDSP). Os professores tambm responderam ao Inventrio de Habilidades Sociais (IHS) e ao Inventrio de Empatia (IE). Os resultados das medidas de auto-relato apontaram nveis de assertividade e de empatia acima da mdia na maioria dos professores dessa amostra, especialmente nos fatores relacionados a: auto-afirmao com risco; conversao e desenvoltura social; auto-exposio a desconhecidos e a situaes novas; autocontrole da agressividade; tomada de perspectiva; flexibilidade; altrusmo e sensibilidade afetiva. As medidas de desempenho social dos professores foram satisfatrias, tanto a partir da perspectiva do professor quanto dos alunos. Entretanto, a auto-avaliao dos professores mostraram-se mais favorveis do que a avaliao feita pelos alunos. Alm disso, com base na avaliao dos alunos, apenas quatro professores apresentaram desempenho social assertivo e emptico de forma equilibrada. Tais resultados indicam a necessidade de se desenvolver programas de treinamento em habilidades sociais educativas.

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A garantia de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN) remete necessidade de aes intersetoriais que articulem as dimenses alimentar e nutricional, alm da questo contempornea da sustentabilidade e da perspectiva do direito humano alimentao adequada. O setor sade tem funes especficas e importantes que contribuem para o conjunto das polticas de governo voltadas para a garantia da SAN a populao. Desta forma, aes promotoras de SAN devem ser desenvolvidas em todos os nveis de ateno do Sistema nico de Sade, sendo a Ateno Bsica Sade, por meio da Estratgia Sade da Famlia (ESF), um campo privilegiado de implementao dessas aes, uma vez que est configurada como a porta preferencial de entrada dos usurios no sistema de sade e como o centro norteador da rede de assistncia. Este um estudo exploratrio e descritivo de abordagem qualitativa que teve como objetivo conhecer o que profissionais de equipes de sade da Famlia, gestores dos mbitos federal e municipal ligados ESF, alm de representantes de organizaes da sociedade civil atuantes no campo da SAN entendem sobre SAN e sobre prticas promotoras de SAN na ESF. A construo das informaes ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas e grupos focais. Os profissionais referiram-se a SAN como a garantia de uma alimentao que atenda s necessidades nutricionais e que seja segura para o consumo, enquanto que entre os representantes da sociedade civil organizada e gestores predominou uma compreenso mais ampla da SAN. Os diferentes atores identificaram a ESF com um espao promotor de SAN a partir do levantamento de aes j desenvolvidas ou que possam vir a ser desenvolvidas, porm as aes citadas encontram-se majoritariamente ligadas dimenso nutricional da SAN. Os atores referiram um conjunto de problemas estruturais que desencadeiam dificuldades no cotidiano da organizao dos servios e das prticas dos profissionais e consequentemente na execuo de aes promotoras de SAN nessa estratgia. Este trabalho levantou a necessidade de difundir a interdependncia entre sade e SAN entre gestores e profissionais ligados ESF para que estes possam identificar melhor nas aes dos servios de sade elementos promotores da SAN, e desta forma compreender seu papel de agentes promotores de sade e SAN.

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Compreendido como um fenmeno da contemporaneidade, a partir da dcada de 80 o movimento feminista um exemplo do que se convencionou denominar por novos movimentos sociais. A partir desse momento, verifica-se uma tendncia de as demandas dos movimentos expandirem-se para lutas estruturadas em torno de opresses sofridas, principalmente identitrias, no lugar de militncias da esfera estritamente econmica. Neste contexto que o presente estudo insere-se. Este trabalho tem como objetivo verificar as motivaes de jovens brasileiras, de origens pobres, moradoras em reas de favelas ou bairros populares, em movimentos feministas no Rio de Janeiro. Foram analisadas suas motivaes iniciais e as que as manteriam militando, observando-se algumas tenses existentes nessas participaes polticas. Visando ao mapeamento da ambientao histrica e poltica dos movimentos sociais que se abriam como possibilidades a estas jovens, buscamos traar um breve histrico dos movimentos sociais na contemporaneidade e, em especial, nos contextos latino-americano e brasileiro, a partir da bibliografia disponvel sobre o tema. Para o caso especfico dos movimentos no Rio de Janeiro, foram realizadas entrevistas com antigas militantes. Tendo em vista que as entrevistadas advinham de famlias pobres, consideramos importante enveredar nas discusses sobre as excluses sociais, a partir de uma literatura crtica ao conceito, e procurando verificar os rebatimentos das teorias situao especial em estudo. A pesquisa de campo contou com entrevistas semi-estruturadas realizadas com cinco jovens, com idades entre 19 e 29 anos. Para efeitos analticos, compreendemos suas histrias a partir da metodologia da Histria Oral, a qual visa evidenciar a multiplicidade de vozes outrora desprezadas pelo saber cientfico, sublinhando o carter militante do entrevistador. Buscando conhecer as histrias de vida das entrevistadas, foram focalizados aspectos tais como: suas origens familiares, suas condies de jovens; situao de moradia e circulaes pela cidade; percursos escolares e trajetrias de trabalho. A partir desses dados abordarmos suas trajetrias militantes.

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O presente trabalho destina-se reflexo acerca de algumas das dimenses do projeto poltico e educacional posto em prtica no perodo do Estado Novo (1937-1945), buscando focalizar estratgias encaminhadas no sentido da formao da populao infanto-juvenil, com base em valores morais e sociais afinados com a ideologia do regime. No mbito das estratgias voltadas para fortalecimento e legitimao do regime, que procurava construir uma identificao com a nao, houve a preocupao com a produo de uma imagem idealizada do prprio Estado Novo, da figura de Vargas diante do povo e de sua relao com este, em especial, com os trabalhadores e a juventude. Para isso, o governo lanou mo de estratgias diversas para popularizao da figura do presidente diante dos jovens e produziu todo um conjunto de representações acerca de valores como famlia, educao, trabalho e nao. Tais estratgias compreenderam uma vasta produo de materiais impressos e, entre estes,biografias de Getlio Vargas, voltadas para o pblico infanto-juvenil. Assim, a inteno deste estudo refletir sobre a produo destes impressos no mbito do projeto poltico e educacional do regime, buscando apreender de que forma estas publicaes, que tm como pano de fundo a trajetria de vida do presidente, forneceram aos jovens modelos de comportamento e parmetros de conduta valorizados socialmente e, em que medida, se configuraram, elas prprias, produtoras daquela realidade.

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Este estudo, que constitui minha Dissertao de Mestrado em Educao, descreve e analisa a histria, as concepes e as prticas poltico-pedaggicas dos Cursos Pr-Vestibulares Populares, tomando como base os dados colhidos atravs de anlise de documentos, observao e depoimentos das principais lideranas do Movimento Pr-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC), movimento criado em 1993 na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O texto parte da discusso sobre a educao no atual contexto scio-poltico, identifica questes a serem aprofundadas sobre a relao entre movimentos sociais, educao e projeto poltico-pedaggico, examina as idias de democracia e cidadania, incorporando os conceitos de autonomia, identidade e interculturalismo, descreve a histria dos Cursos Pr-Vestibulares Populares no Estado do Rio de Janeiro, os princpios e as prticas presentes no Pr-Vestibular para Negros e Carentes. O objetivo principal do estudo foi analisar a relao entre Movimentos Sociais, Cidadania e Educao, investigando a prtica poltico-pedaggica dos cursos Pr-Vestibulares Populares, especificamente do Pr-Vestibular para Negros e Carentes. Alm disso, e estudo tenta verificar as possibilidades dos Cursos Pr-Vestibulares Populares como movimento de construo de relaes educacionais democrticas.

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O jornal da Penitenciria Feminina Talavera Bruce, intitulado S Isso!, produzido no perodo de 2004 a 2008, constitui objeto e fonte privilegiada nesta dissertao. Na anlise do impresso, a metodologia de pesquisa esteve centrada na produo, circulao e recepo do referido jornal, buscando refletir sobre os possveis sentidos constitudos nas escritas das apenadas, para uma melhor compreenso das prticas cotidianas dessas mulheres, principalmente, no que tange a uma realidade to especfica, fazendo emergir o registro de um modo de vida to particular. Nesse sentido, busquei compreender o impresso pesquisado em seus destinos e representações mergulhando em nuances e particularidades que o tema comporta, buscando o universo de significados, isto , a possibilidade de entendimento acerca das relaes estabelecidas por esses sujeitos privados liberdade com a escrita na priso, o que permitiu perceber quem so apenadas, como expressam suas sensibilidades e subjetividades, como vivem, por que escrevem e quais dificuldades enfrentam. Para analisar esse peridico, aproximei-me de fundamentos e de metodologia vinculados Histria da Cultura Escrita e tambm de autores que auxiliaram a problematizar as questes voltadas para as vicissitudes do encarceramento feminino. Sendo assim, a interpretao desenvolvida est alicerada em autores que apontam e problematizam a importncia de compreender a escrita e o seu suporte, estudiosos que discutem as escritas em espaos de confinamento que, via de regra, procuram ocupar o tempo, experimentar a liberdade ou burlar a solido, alm de pesquisadores que ajudam a pensar a escrita de si e suas representações, e outros voltados para a Histria da Educao que pensam e discutem a importncia do impresso enquanto fonte de pesquisa. Tendo em vista o fato desse tema ter uma fronteira tnue entre os campos de pesquisa, dialogo tambm com antroplogos e socilogos que trazem dados sistematizados sobre o universo prisional e auxiliam na sua compreenso. O trabalho de pesquisa sobre jornal, representou, portanto, compreender um pouco mais sobre a realidade das mulheres privadas de liberdade, valorizando a escrita oriunda de um contexto em que os rigorosos meios de controle utilizados pela instituio penitenciria acabam por desumanizar os sujeitos apenados. Desta forma, o direito ao ato de escrita e leitura na priso, torna-se revestido de uma funo social e educativa fundamental para a sobrevivncia no crcere. A tentativa dessa pesquisa , de alguma forma, trazer contribuies que possam refletir em garantia de direitos e oportunidades, possibilitando aos sujeitos encarcerados dignidade e melhores condies de vida.