998 resultados para Pequenos lábios


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O presente trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo sobre os prolapsos vaginal e uterino em ovelhas atendidas no Serviço de Clínica de Bovinos e Pequenos Ruminantes (CBPR) da FMVZ/USP no período compreendido entre 2000 a 2010, no qual, foram atendidas 56 ovinos com problemas inerentes ao sistema reprodutivo, dessas, 25 apresentaram prolapso vaginal ou uterino (44,6%). O prolapso vaginal total foi o de maior frequência (72%). As ovelhas acometidas, em sua maioria, possuíam idade superior a quatro anos (64%), eram sem raça definida (44%) ou da raça Ile de France (40%). As manifestações clínicas observadas durante a maioria dos atendimentos foram: taquipnéia, taquicardia, mucosas oculares avermelhadas indicando estado de toxemia, decúbito esternal ou lateral, apatia e anorexia. O tratamento instituído para todos os casos foi a limpeza, desinfecção e reintrodução do órgão prolapsado. A sutura de Bühner foi feita em 84% dos casos e a histeropexia em um caso (4%). A evolução foi satisfatória em 80% dos casos atendidos, nos demais casos (20%) observou-se óbito da fêmea acometida. Do total de óbitos, os prolapsos vaginais foram responsáveis por 60% (3/5) e os prolapsos uterinos por 40% (2/5). A etiologia dos prolapsos não foi definida nos casos atendidos, sendo esses associados com o período pós-parto em sua maioria (56%), provavelmente associados com quadros de hipocalcemia, altas concentrações séricas de estrógeno e hipertonia uterina. Além disso, a predisposição genética não pode ser descartada.

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As doenças do sistema digestório de caprinos e ovinos na região semi-árida do nordeste do Brasil foram avaliadas através de um estudo retrospectivo de 2.144 atendimentos de pequenos ruminantes no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. Os registros foram revisados para determinar a ocorrência e as principais características clínicas, epidemiológicas e patológicas dessas enfermidades. De um total de 512 casos (23,9%) de distúrbios digestivos, 367 (71,7%) ocorreram em caprinos e 145 (28,3%) em ovinos. As helmintoses gastrintestinais e a coccidiose foram as doenças mais frequentes, com um total de 330 casos. Os distúrbios da cavidade ruminoreticular (acidose, indigestão simples, timpanismo, e compactação ruminal) totalizaram 94 casos. O abomaso foi afetado primária e secundariamente por úlceras. Casos de obstrução e compressão do trato gastrointestinal também foram observados. Malformações como atresia anal e fenda palatina foram registradas em ambas as espécies, sendo esta última associada à ingestão de Mimosa tenuiflora. Entre as doenças infecciosas foram observados cinco casos de ectima contagioso, dois casos de paratuberculose e dois casos de pitiose gastrointestinal. Em sete animais suspeitou-se de enterotoxemia e 31 casos foram diagnosticados como enterite inespecífica. A não utilização de práticas de controle integrado de parasitas e a utilização de alimentos inadequados durante o período de escassez de forragem contribuiu para a ocorrência de um grande número de doenças. A prática de conservação de forragens poderia reduzir substancialmente a ocorrência de distúrbios digestivos na região semiárida.

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O objetivo do presente trabalho foi determinar as prevalências de propriedades positivas e animais soropositivos para Chlamydophila abortus em ovinos deslanados da região semiárida do Nordeste do Brasil, bem como identificar fatores de risco. Foram colhidas amostras de sangue de 476 ovinos procedentes de 72 propriedades em 14 municípios na mesorregião do Sertão, Estado da Paraíba. Para o diagnóstico sorológico da infecção por Chlamydophila abortus foi utilizada a reação de fixação de complemento (RFC). Uma propriedade foi considerada positiva quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 72 propriedades usadas 38 (52,8%) apresentaram pelo menos um animal soropositivo, e dos 476 animais 94 (19,7%) foram soropositivos. Participação em exposições (odds ratio =4,31; IC 95% =1,80-10,35; p=0,011) foi identificada como fator de risco. Sugere-se que a infecção por Chlamydophila abortus encontra-se disseminada em ovinos da região, e baseando-se na análise de fatores de risco, recomenda-se o controle sanitário nas exposições de animais.

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Nos últimos 20 anos, uma doença neurológica desconhecida acometeu populações de gatos da Região da Campanha do RS e tornou-se um desafio diagnóstico para os veterinários locais. Os gatos afetados desenvolviam inicialmente paralisia da cauda, seguida de paraparesia progressiva nos membros pélvicos, alteração da marcha, posição plantígrada e ataxia proprioceptiva. Após longos períodos de evolução clínica (12-24 meses), quando se tornavam marcadamente paraparéticos e começavam a apresentar escaras de decúbito, eram sacrificados pelos proprietários. Na necropsia, demonstravam graus variados de atrofia dos músculos pélvicos e algum grau de avermelhamento das meninges entre T10 e L7, devido à presença de miríades de pequenos vasos sanguíneos, uma típica lesão varicosa, semelhante a um hamartoma vascular. Histologicamente, tais lesões consistiam de distensão do espaço subaracnóideo por vasos sanguíneos dilatados e tortuosos, repletos de sangue e, ocasionalmente, de trombos, que ocluíam parcial ou totalmente seus lúmens. Essas varizes venulares eram aleatoriamente circundadas por infiltrado inflamatório granulomatoso ou linfocítico com pequenos focos de eosinófilos maduros. No lúmen das vênulas varicosas havia secções transversais e longitudinais de parasitos. Com base na morfologia desses parasitos, em sua localização anatômica (vasos sanguíneos meníngeos) e na espécie afetada (gato), o nematódeo foi identificado como Gurltia paralysans. O objetivo desse trabalho é apresentar em detalhes os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos dessa intrigante mielopatia de gatos e estabelecer definitivamente seu diagnóstico definitivo: paraplegia crural parasitária felina, uma doença descoberta no Chile, na década de 1930, e agora, pela primeira vez, descrita no Brasil.

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Os objetivos do presente trabalho foram determinar a prevalência de caprinos leiteiros soropositivos para a infecção por Lentivirus de pequenos ruminantes no semiárido do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, identificar fatores de risco associados à prevalência de rebanhos positivos, e realizar a detecção molecular do agente. Foram utilizadas 1047 cabras leiteiras de 110 propriedades selecionadas aleatoriamente no Município de Monteiro, Estado da Paraíba, no período de março de 2009 a dezembro de 2011. Para o diagnóstico da infecção por Lentivirus, foi utilizado o teste de imunodifusão em gel de ágar (AGID). Um ano após foi realizada nova sorologia, e PCR em tempo real foi aplicada em amostras de sangue e leite de 48 cabras procedentes de quatro propriedades com animais soropositivos. As prevalências de propriedades positivas e de animais soropositivos na AGID foram 44,6% (IC 95% = 35,1% - 54,3%) e 8,1% (IC 95% = 5,6% - 16,8%), respectivamente. Realizar corte e desinfecção de umbigo (odds ratio = 2,44; p = 0,048) e condições de aglomeração de animais (odds ratio = 3,45; p = 0,048) foram associadas com a prevalência de propriedades positivas. Um ano após a realização do inquérito sorológico, foi verificada a permanência de animais infectados, detectados por PCR em tempo real a partir de amostras de sangue e leite. A PCR em tempo real das amostras de leucócitos circulantes apresentou boa performance, com sensibilidade de 100%, especificidade de 92,86%, concordância de 93,75% e indicador Kappa de 0,765. Sugere-se que seja realizado um trabalho de educação sanitária junto aos produtores sobre medidas de prevenção com o objetivo de reduzir a disseminação da infecção nos rebanhos.

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Avaliaram-se retrospectivamente as cirurgias realizadas em aves no Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, durante período de oito anos. De um total de 90 intervenções cirúrgicas para diagnóstico e/ou tratamento de afecções, 27 foram ortopédicas e 63 de tecidos moles. Quanto ao percentual de cirurgias ortopédicas realizadas segundo as diferentes ordens, observou-se: Psittaciformes 85,19%, Piciformes 7,41%, Anseriformes 3,70% e Falconiformes 3,70%. Para as de tecidos moles os Psittaciformes representaram 92,06%, Columbiformes 3,17%, Passeriformes 3,17% e Anseriformes 1,60%. Entre os tipos de afecções ortopédicas encontradas as fraturas apresentaram a maior ocorrência (88,90%), seguidas de luxação (3,70%), avulsão traumática de extremidade (3,70%) e artrite/osteomielite (3,70%). Dentre as afecções cirúrgicas de tecidos moles as neoplasias apresentaram a maior ocorrência (30,15%), seguidas das neoformações cutâneas ou de anexos não neoplásicos (17,46%), neoformações cutâneas sem diagnóstico (7,94%), distocia (7,94%), fístula de papo (7,94%), hérnia abdominal (4,76%), sinusite (4,76%), gangrena de extremidade de membros (3,17%), perfuração de esôfago (3,17%), prolapso de cloaca (3,17%), "Necrose avascular de dígito" (1,59%), ferida na região da quilha (1,59%), perfuração de cavidade celomática (1,59%), neoformação em cavidade celomática sem diagnóstico (1,59%), corpo estranho em trato gastrointestinal (1,59%) e otite (1,59%). A distribuição das afecções cirúrgicas segundo as espécies acometidas mostrou o "grupo dos papagaios", representado em sua maioria por espécies do gênero Amazona, como prevalente. O conhecimento das afecções cirúrgicas e espécies de aves mais acometidas acrescentam informações para aqueles que já atuam nesta área e servem como indicador de estudo para futuros cirurgiões de aves.

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Infecção hospitalar ou nosocomial é aquela adquirida durante a hospitalização do paciente, e que pode ser relacionada os procedimentos hospitalares invasivos realizados durante o internamento. O presente trabalho teve como objetivos estudar a ocorrência de infecção hospitalar em animais atendidos em um Centro Cirúrgico Veterinário Universitário de Pequenos Animais submetidos a procedimentos cirúrgicos e/ou invasivos; discutir as possíveis causas de infecção, detectar as bactérias presentes quando possível e verificar a sensibilidade antimicrobiana destes agentes. O trabalho foi desenvolvido através do acompanhamento diário de 131 animais internados neste setor e busca ativa de casos de infecção hospitalar. Em 104 animais (91 cães e 13 felinos), foram realizados 113 procedimentos cirúrgicos e em 27 animais condutas não cirúrgicas tais como acompanhamento de parto e pós-parto, desobstrução uretral e colocação de talas. Todos os animais foram submetidos à colocação de cateter para fluidoterapia e/ou aplicação de medicamentos e/ou anestésicos em algum momento durante o internamento. O índice de infecção do sítio cirúrgico foi de 7,96% sendo 4,54% nas cirurgias limpas, 4,25% nas cirurgias limpa-contaminadas, 10,53% nas cirurgias contaminadas e 16% nas cirurgias infectadas. A taxa de infecção hospitalar não cirúrgica no paciente cirúrgico foi de 2,88% e 3,7% no paciente não cirúrgico. Foram cultivados sete isolados bacterianos, sendo Pseudomonas sp. (3), Streptococcus sp. (2), Acinetobacter sp. (1) e bacilo Gram negativo (1), constatando-se multirresistência bacteriana alta em todos os isolados. A duração da cirurgia e os tempos de internamento pré e pós-operatório não influenciaram na ocorrência de infecção hospitalar, mas os fatores que provavelmente colaboraram para a ocorrência de infecções no presente trabalho foram a própria gravidade da doença que motivou o tratamento, o tipo de procedimento realizado e a gravidade das lesões concomitantes.

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Objetivou-se com este estudo determinar a frequência de antígenos eritrocitários do sistema AB em felinos domésticos da Paraíba, Brasil. Foram selecionados aleatoriamente 178 gatos, clinicamente saudáveis, sem pré-requisitos quanto a sexo ou raça, com peso corporal acima de 1,5 kg e faixa etária acima de um ano de idade, abordados no ato da consulta ambulatorial em clínicas médicas de pequenos animais distribuídas entre três cidades da Paraíba (João Pessoa, Campina Grande e Patos). A determinação dos tipos sanguíneos foi realizada através do teste de hemaglutinação em tubo de ensaio e, a tipagem reversa foi realizada para as amostras tipos B e AB para confirmação e evidenciação de aloanticorpos naturais. Neste estudo a frequência relativa de antígenos eritrocitários A, B e AB em sua totalidade para felinos sem raça foram 98,1%, 1,21% e 0,69%, respectivamente. Todos os felinos com definição racial foram do tipo sanguíneo A. Diante destes, a probabilidade de ocorrência de reações transfusionais aleatórias obtidas foi de 2,78%, sendo cerca 40% (1,11%) potencialmente fatais. Desta forma, dado o conhecimento da frequência dos diferentes tipos sanguíneos em felinos, de uma determinada região, conclui-se que a tipagem sanguínea e o teste de compatibilidade, são importantes ferramentas que permitem ao médico veterinário tomar medidas preventivas que minimizem riscos de ocorrência de reações transfusionais e isoeletrólise neonatal e, estabelece pré-requisitos a respeito dos riscos de procedimentos hemoterápicos em felinos que circunstancialmente necessitem serem conduzidos de forma aleatória.

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No presente estudo objetivou-se avaliar a influência das fases de lactação sobre o proteinograma do soro lácteo de ovelhas da raça Santa Inês. Foram acompanhadas ovelhas em sistema de criação semi-intensivo com o mesmo manejo higiênico, sanitário e nutricional avaliadas aos 15, 30, 60 e 90 dias após o parto (final da lactação e desmame). Procedeu-se ao exame clínico da glândula mámaria e triagem e cultivo bacteriológico. A triagem do material resultou em 44 amostras de leite de glândulas sadias baseadas no exame negativo simultâneo do CMT e do bacteriológico. Para a obtenção do soro lácteo utilizou-se solução de renina. O soro lácteo foi fracionado em alíquotas e mantido em freezer a -80°C para posterior separação das frações protéicas. Para determinação da proteína total do soro lácteo empregou-se o biureto. A separação das frações protéicas foi realizada utilizando-se eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE). Foram observadas oito proteínas entre elas lactoferrina, albumina sérica, IgA, IgG ( IgG de cadeia pesada - IgG CP e IgG de cadeia leve - IgG CL), β-lactoglobulina, α-lactoalbumina e as proteínas identificadas como PM 15.000 Da e PM 29.000 Da. Não foi observada diferença significativa nas diferentes fases de lactação nas seguintes proteínas: IgA (P>0,3895), lactoferrina (P>0,1611), PM 29000 (P>0,4879), αlactoalbumina (P>0,0799) e PM 15000 (P>0,4494). Na proteína total (P<0,0022) e nas proteínas albumina (P<0,0377), IgG (P<0,0354) verificou-se variação significativa nos primeiros momentos de observação, na proteína β-lactoglobulina (P<0,0005) verificou-se variação significativa com diminuição dos 15 até 30 dias pós parto com elevação progressiva até a última fase de lactação (90 dias pós parto). A técnica de SDS-PAGE permitiu a quantificação de oito proteínas no soro lácteo de ovelhas sadias. As proteínas identificadas refletem o perfil do soro lácteo para a espécie ovina, havendo influência das fases da lactação na concentração albumina, IgG e β-lactoglobulina.

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A falta de protocolos de sedação seguros para uso em papagaios na literatura demonstra a necessidade de conhecer os anestésicos que são eficazes nestes animais. Devido a pouca massa muscular desta espécie, notou-se a necessidade de estudar outra via de administração, menos invasiva e dolorosa ao animal, como a via intranasal. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos sedativos e a viabilidade da administração intranasal, em comparação à via intramuscular, de 15mg/kg de Cetamina e 1mg/kg de Midazolam. Foram utilizados 14 papagaios das espécies Amazona aestiva e Amazona vinacea, de ambos os sexos, adultos, peso médio de 388,5±29,1g. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: intramuscular (IM, n=7) e intranasal (IN, n=7). No grupo intramuscular, a administração dos anestésicos foi realizada nos músculos peitorais, utilizando seringas de insulina e no grupo intranasal, com auxílio de uma micropipeta. Avaliou-se o período de latência, tempo de duração, qualidade de sedação, e o tempo de recuperação total. A média para o período de latência no grupo IM foi de 6,13±2,02 minutos e no grupo IN de 4,84±2,37 minutos. Já para o tempo de duração da sedação no grupo IM a média foi de 35,81±29,56 e no grupo IN de 24,52±14,83 minutos. Ambas as vias promoveram sedação adequada, pois a média do escore da qualidade de sedação obtida pelo grupo IM foi 2±1,5 e pelo grupo IN 1,28±1,1. O tempo de recuperação total no grupo IM foi de 27,04±11,69 e no grupo IN de 17,67±11,64 minutos. Apesar do grupo IN ter apresentado os menores tempos de período de latência, duração e de recuperação total e ter obtido melhor escore na qualidade de sedação, não houve diferença estatística significativa entre os grupos. Os resultados obtidos neste estudo indicam que a administração de 15 mg/kg de cetamina e 1mg/kg de midazolam pela via intranasal ou intramuscular em papagaios (Amazona aestiva e Amazona vinacea) produzem sedação adequada para pequenos procedimentos como colocação de anilha, coleta de sangue e radiografias; porém a via intranasal mostrou ser uma alternativa menos invasiva quando comparado à via intramuscular.

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A abrangência dos estudos sobre a toxemia da prenhez (TP) tem sido constante e inovadora em alguns conceitos, porém o estudo dos casos clínicos naturais em cabras é inexistente no Brasil. Diante disso, realizou-se análise das alterações clínicas, do perfil bioquímico, eletrolítico e hormonal com o objetivo de compreender a fisiopatogenia da enfermidade. Foram avaliadas 22 cabras atendidas na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns/UFRPE, diagnosticadas com TP, no período de 2007 a 2012. Realizou-se exame clínico e coleta de sangue e urina, para análise do perfil bioquímico e hormonal. Acentuadas alterações clínicas foram observadas, como decúbito, apatia, dispneia, aumento da temperatura corpórea, mucosas congestas, vasos episclerais injetados, desidratação, anorexia, hipomotilidade ou atonia ruminal, edema nos membros. Os resultados laboratoriais revelaram valores elevados para ureia, creatinina, ácidos graxos não esterificados (AGNE), β-hidroxibutirato, amilase e cortisol, enquanto as variáveis: proteína total, albumina, cálcio total, cálcio ionizado, fósforo, a relação cálcio e fósforo, sódio e insulina encontraram-se diminuídos. Outros parâmetros bioquímicos e eletrolíticos, como frutosamina, globulina, cloro, potássio e magnésio mantiveram-se dentro da faixa de normalidade. Quanto a glicemia, foram constatados três condições nas cabras com TP, normoglicêmicas (50%), hiperglicêmicas (27,28%) e hipoglicêmicas (22,72%). Dos 17 (77,27%) animais que obtiveram alta 10 (58,82%) eram normoglicêmicos. Vieram a óbito 22,8 % (5/22), no qual 60% (3/5) delas estavam hiperglicêmicas. A média de nascimento por cabra foi superior a duas crias. Verificou-se existir associação fortemente positiva dos AGNE's com a albumina (r=0,60), fraca com o β-hidroxibutirato (r=0,10) e glicose (r=0,03). Porém, existiu relação fortemente negativa dos AGNE's com a insulina (r= -0,70), moderada com o cortisol (r= -0,52) e amilase (r= -0,30). Marcadas alterações clínicas e metabólicas são observadas em cabras com TP, em que o aumento de certos metabólitos do perfil energético e hormonal se torna importante ferramenta para o diagnóstico e constitui um bom instrumento para avaliar a magnitude da condição clínica dos animais enfermos. Os dados encontrados servem de referência para estudos sobre nutrição e metabolismo em cabras com TP.

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Sorubim trigonocephalus Miranda et Ribeiro, 1920 conhecido popularmente como chinelo, é uma espécie migratória, de importância econômica. Bastante apreciado na gastronomia por apresentar sabor agradável e sem ossos intermusculares (espinhos). Os exemplares foram coletados em um trecho no Rio Teles Pires, localizado no município de Alta Floresta/MT. Anestesiados e sacrificados em solução aquosa de benzocaína, fixados com solução de formoldeído a 10%, transferidos para o Laboratório de Anatomia Animal/Unemat para descrição das características da cavidade bucofaringeana. Esta espécie apresentou uma pré-maxila bem desenvolvida e cabeça achatada dorsoventralmente, boca localizada na porção ventral média da cabeça, com fenda bucal ampla. Os lábios superiores apresentaram pigmentação cinza escuro com pequenas áreas claras, sendo mais largos que os inferiores e não apresentaram pigmentação. Foram identificadas quatro regiões dentígeras na porção anterior da cavidade bucal e duas na região da faringe, todas com dentes viliformes. A porção posterior da cavidade bucal era limitada lateralmente por quatro pares de arcos branquiais que decresciam em tamanho do primeiro ao último par, crânio-caudal, formados por dois ramos: o superior, mais curto, e o inferior, mais longo. A cavidade bucofaringeana de S. trigonocephalus se mostrou semelhante à de outros teleósteos descritos na literatura, estando adaptado ao hábito alimentar com dieta carnívoro-ictiofágica e diferindo apenas pela ausência de língua estrutural com pré maxila bem desenvolvida apresentando dentes viliformes.

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Dermatosparaxia em animais é uma doença autossômica recessiva do tecido conjuntivo caracterizada por fragilidade e hiperextensibilidade cutânea. A doença em ovinos White Dorper é provocada pela mutação c.421G>T no gene ADAMmetalopeptidase com trombospondina tipo 1 motif, 2 (ADAMTS2). O objetivo deste estudo foi descrever os achados clínicos, moleculares e histopatológicos da dermatosparaxia em ovinos White Dorper de um rebanho localizado no Centro-Oeste Paulista. O rebanho era composto por nove animais, sendo um reprodutor, quatro matrizes e seus respectivos borregos. Dos nove animais examinados, dois apresentavam sinais clínicos compatíveis com dermatosparaxia. O exame histopatológico de amostras cutâneas das lesões destes dois animais revelou também achados compatíveis com dermatosparaxia, sendo caracterizados por epiderme e anexos cutâneos preservados e sem características atípicas; colágeno displásico arranjado em feixes pequenos, fragmentados e com focos de degeneração, anexos cutâneos proeminentes e na região da derme foco hemorrágico intenso associado a moderado infiltrado neutrofílico na derme profunda. Com o objetivo de realizar o diagnóstico molecular da enfermidade, uma PCR foi padronizada utilizando primers específicos desenhados para amplificar a região do gene ADAMTS2 que continha a mutação c.421G>T e o DNA obtido de amostras de sangue de todos os animais do rebanho. O sequenciamento direto dos produtos da PCR, comprovou que os dois animais clinicamente afetados possuíam a mutação responsável pela dermatosparaxia. A metodologia descrita neste estudo possibilitou o diagnóstico definitivo da doença. Segundo a literatura consultada, esta é a primeira vez que a dermatosparaxia é descrita em ovinos White Dorper no Brasil. A metodologia aqui descrita poderá ser empregada em estudos futuros que avaliem a prevalência desta mutação no Brasil, possibilitando a adoção de medidas que previnam a disseminação dessa mutação no rebanho brasileiro de ovinos White Dorper.

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A incidência da urolitíase obstrutiva em ovinos é elevada, principalmente em machos confinados, tanto para produção de carne, quanto reprodutores de alto valor genético. A acidificação urinária é um dos métodos para prevenção desta enfermidade e pode ser realizada de forma eficaz com a suplementação de cloreto de amônio na dieta, que pode propiciar a instalação de acidose metabólica. A hemogasometria avalia o equilíbrio ácido-básico sanguíneo de forma prática e fácil. Neste trabalho, avaliou-se o efeito do cloreto de amônio sobre o equilíbrio ácido-básico e eletrolítico de ovinos em confinamento para quantificar a acidose metabólica desenvolvida. Utilizaram-se 100 ovinos, machos, confinados, com idade aproximada de três meses. Constituíram-se três grupos experimentais: Grupo I (n=40), recebeu 400mg/kg/PV de cloreto de amônio/animal/dia por 21 dias consecutivos, momento da interrupção da administração do acidificante urinário (M3) e continuidade do acompanhamento clinico até o final do experimento (M6); Grupo II (n=40), 400mg/kg/PV de cloreto de amônio/animal/dia por 42 dias consecutivos; Grupo III (n=20), não recebeu cloreto de amônio durante todo o período do experimento. Os Momentos (M) de colheita de amostras e avaliação clínica foram estabelecidos com intervalo de sete dias, sendo M0 (imediatamente antes do início do tratamento com cloreto de amônio), M1 (sete dias após), M2, M3, M4, M5 e M6, totalizando 56 dias de confinamento. A alimentação consistiu de ração total, composta por 15% de feno triturado e 85% de concentrado, água e sal mineral ad libitum. Após adaptação de 15 dias à dieta de confinamento, colheram-se de todos os animais amostras de urina para mensuração do pH, e sangue venoso para hemogasometria, nos diferentes momentos. A acidificação urinária foi mantida enquanto houve a administração de cloreto de amônio nos grupos GI e GII. Os valores de Na+ e K+ permaneceram dentro da normalidade para a espécie. O cloreto de amônio provocou acidose metabólica hiperclorêmica compensada nos grupos GI e GII, comprovada pelos valores reduzidos de HCO3-, EB e SID, pelos valores elevados de Cl- e pelo pH normal. Concluiu-se que o cloreto de amônio apesar de provocar diminuição da reserva alcalina no organismo, não interferiu com o desenvolvimento dos animais, podendo ser empregado como agente preventivo da urolitíase obstrutiva em ovinos.

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Resumo: Para estudar os fatores anatomofisiológicos que interferem na qualidade de complexos cumulus-oócitos (CCOs) bovinos, foram obtidas 396 ovários após abate de 198 fêmeas Bos indicus em frigorífico. Os ovários foram separados por categorias, sendo distribuídos em nulípara vs multípara e com progesterona (P4 - presença de corpo lúteo em um dos ovários) vs sem progesterona (NP4 - ausência de corpo lúteo). Todos os folículos foram mensurados e categorizados em pequenos (<6mm), médios (6 a 9mm) ou grandes (>9mm). Em seguida todos os folículos foram puncionados e os CCOs recuperados e avaliados morfologicamente. Não houve diferença na taxa de recuperação nem na qualidade dos CCOs de fêmeas nulíparas vs multíparas. O percentual de CCOs desnudos/degenerados foi maior no grupo NP4 e os CCOs expandidos foram superiores no grupo P4. A taxa de recuperação e o percentual de CCOs selecionados para PIV (graus I e II) foram similares nos grupos P4 vs NP4. Folículos pequenos apresentam menor taxa de recuperação em comparação aos de tamanho médio e grande, porém o percentual de CCOs de grau I foi superior em folículos pequenos e médios. Diante dos resultados aqui encontrados conclui-se que a categoria da doadora e a progesterona não influenciaram a qualidade de CCOs selecionados para PIV e que folículos menores apresentam de CCOs de melhor qualidade.