993 resultados para G.1.6 Optimization
Resumo:
Muitos solos tropicais com grau avançado de intemperismo, apesar de apresentarem teores totais de P relativamente elevados, mostram-se deficientes em P disponível, pela baixa solubilidade das principais formas de P encontradas. Neste trabalho, estudou-se o processo de adsorção de P em solos desenvolvidos de rochas vulcânicas básicas e ultrabásicas do Alto Paranaíba em Minas Gerais, algumas das quais ricas em apatita, estabelecendo-se relações com atributos de solo, como superfície específica (SE) e mineralogia. Foram estudados onze horizontes B diagnósticos de perfis de solos da região, por meio de análises químicas, físicas e mineralógicas; foram determinadas as capacidades máximas de adsorção do fósforo (CMAF), SE pelo método direto BET-N2 e indiretamente por cálculos, bem como foi feita a quantificação dos minerais de argila pelo método de alocação. Os valores da SE obtidos indiretamente de cada mineral, foram superestimados em relação à SE determinada pelo método BET-N2 na fração argila total. Nos Latossolos estudados, com texturas e materiais de origem variáveis, desde rochas básico-alcalinas até ultrabásicas, a proporção e a área superficial da gibbsita e goethita têm participação destacada na adsorção de P. A faixa de valores de CMAF TFSA encontrada está consistente com os valores na literatura reportados para Latossolos, embora os valores de CMAF TFSA e CMAF ARG corrigida, de 2,98 e 4,38 mg g-1, respectivamente, do Latossolo Vermelho-Amarelo de rocha ultrabásica (P6), sejam comparáveis àqueles de solos subtropicais alofânicos derivados de cinzas vulcânicas. A CMAF ARG corrigida para percentagem de argila evidenciou expressivos valores nos Cambissolos de rochas vulcânicas ultrabásicas (4,32 e 5,52), com valor menor naquele derivado do tufito (3,16 mg g-1). Os valores de substituição isomórfica de Al na goethita são mais elevados que nas hematitas. Em contraste com os Latossolos, os Cambissolos mostraram variações grandes nos atributos químicos, mineralógicos e na CMAF, em virtude da natureza diversificada de materiais de origem e do menor grau de intemperismo.
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The behavior of glyphosate in a Rhodic Oxisol, collected from fields under no-till and conventional management systems in Ponta Grossa, Parana state (Brazil) was investigated. Both agricultural systems had been in production for 23 years. Glyphosate mineralization, soil-bound forms, sorption and desorption kinetics, sorption/desorption batch experiments, and soil glyphosate phythoavailability (to Panicum maximum) were determined. The mineralization experiment was set up in a completely randomized design with a 2 x 2 factorial scheme (two management systems and two 14C radiolabelled positions in the glyphosate), with five replicates. 14CO2 evolution was measured in 7-day intervals during 63 days. The glyphosate sorption kinetics was investigated in a batch experiment, employing a glyphosate concentration of 0.84 mg L-1. The equilibration solution was 0.01 mol L-1 CaCl2 and the equilibration times were 0, 10, 30, 60, 120, 240, and 360 min. Sorption/desorption of glyphosate was also investigated using equilibrium batch experiments. Five different concentrations of the herbicide were used for sorption (0.42, 0.84, 1.68, 3.36, and 6.72 mg L-1) and one concentration for desorption. Glyphosate phytoavailability was analyzed in a 2 x 5 factorial scheme with two management systems and five glyphosate concentrations added to soil (0, 4.2, 8.4, 42.0, and 210.0 µg g-1) in a completely randomized design. Phytotoxicity symptoms in P. maximum were evaluated for different periods. The soil under both management systems showed high glyphosate sorption, which impeded its desorption and impaired the mineralization in the soil solution. Practically the total amount of the applied glyphosate was quickly sorbed (over 90 % sorbed within 10 min). Glyphosate bound to residues did not have adverse effects on P. maximum growth. The mineralization of glyphosate was faster under no-till and aminomethylphosphonic acid was the main glyphosate metabolite.
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Grande parte das plantações de eucalipto no Brasil situa-se em solos de baixa fertilidade, para os quais a técnica de fertilização e o processo de ciclagem de nutrientes são fundamentais para elevar e manter a produção florestal. Os ganhos de produtividade dessas plantações em resposta à aplicação de N têm sido relativamente baixos, o que indica que o solo tem sido capaz de suprir boa parte da demanda deste nutriente para as plantas. O N da biomassa microbiana é tido como uma fração facilmente disponível, mas pouco se sabe sobre como fatores bióticos e abióticos afetam a sua dinâmica em plantações de eucalipto no Brasil. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a variação do N (NBM) e C (CBM) da biomassa microbiana do solo e de outras características com elas relacionadas em plantações de eucalipto com sete anos de idade, cultivadas em várias condições edafoclimáticas do sudeste brasileiro. Amostragens do solo foram realizadas durante quatro épocas, de março a novembro de 1995. O teor de NBM variou de 9,17 a 103,71 µg g-1 solo, sendo significativamente influenciado pela época de amostragem. Essa variação foi explicada pela combinação da precipitação pluviométrica com o teor de C orgânico ou N total. O teor de argila dos solos estudados foi outra característica de grande importância nessa variação. Dentre outras características avaliadas, verificou-se que a forma de N mineral predominante foi N-NH4+ e que os teores de C orgânico e do CBM (carbono da biomassa microbiana) variaram de 2,78 a 12,32 g kg-1 e de 43,39 a 401,06 µg g-1 solo, respectivamente. A RA (respiração acumulada do solo) foi de 14,57 a 79,42 µg g-1 solo e o qCO2 (quociente metabólico) de 862 a 8026 µg g-1 h-1 . O CBM foi também afetado significativamente pela época de amostragem, ao contrário dos teores de C orgânico e N total. As regressões lineares simples do teor de N-NO3-, C orgânico, N total, CBM e NBM com o teor de argila permitiram um modelo preditivo que explicasse a variação destes atributos nos diferentes municípios. A umidade atual do solo explicou 87% da variação dos teores de N-NO3- e de N total; em torno de 71% do C orgânico e de 48 e 55% da variação do CBM e NBM, respectivamente. As regressões simples do N-NO3- com o CBM ou NBM apresentaram baixa capacidade preditiva, porém, quando conjugadas com os teores de C orgânico ou N total, por meio de regressão linear múltipla, aumentaram a capacidade preditiva da mineralização do N.
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We have recently shown that at isotopic steady state (13)C NMR can provide a direct measurement of glycogen concentration changes, but that the turnover of glycogen was not accessible with this protocol. The aim of the present study was to design, implement and apply a novel dual-tracer infusion protocol to simultaneously measure glycogen concentration and turnover. After reaching isotopic steady state for glycogen C1 using [1-(13)C] glucose administration, [1,6-(13)C(2)] glucose was infused such that isotopic steady state was maintained at the C1 position, but the C6 position reflected (13)C label incorporation. To overcome the large chemical shift displacement error between the C1 and C6 resonances of glycogen, we implemented 2D gradient based localization using the Fourier series window approach, in conjunction with time-domain analysis of the resulting FIDs using jMRUI. The glycogen concentration of 5.1 +/- 1.6 mM measured from the C1 position was in excellent agreement with concomitant biochemical determinations. Glycogen turnover measured from the rate of label incorporation into the C6 position of glycogen in the alpha-chloralose anesthetized rat was 0.7 micromol/g/h.
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QUESTION UNDER STUDY: The frequency of severe adverse drug reactions (ADRs) from psychotropic drugs was investigated in hospitalised psychiatric patients in relation to their age. Specifically, the incidence of ADRs in patients up to 60 years was compared to that of patients older than 60 years. METHODS: Prescription rates of psychotropic drugs and reports of severe ADRs were collected in psychiatric hospitals in Switzerland between 2001 and 2010. The data stem from the drug surveillance programme AMSP. RESULTS: A total of 699 patients exhibited severe ADRs: 517 out of 28,282 patients up to 60 years (1.8%); 182 out of 11,446 elderly patients (1.6%, ns). Logistic regression analyses showed a significantly negative relationship between the incidence of ADRs and patients' age in general and in particular for weight gain, extrapyramidal motor system (EPMS) symptoms, increased liver enzymes and galactorrhoea. A significantly negative relationship was observed for age and the dosages of olanzapine, quetiapine, risperidone, valproic acid and lamotrigine. When comparing age groups, frequency of ADRs was lower in general for antipsychotic drugs and anticonvulsants, in particular for valproic acid in the elderly. Weight gain was found to be lower in the elderly for antipsychotic drugs, in particular for olanzapine. For the group of mood-stabilising anticonvulsants (carbamazepine, lamotrigine and valproic acid) the elderly exhibited a lower incidence of reported allergic skin reactions. CONCLUSION: The results suggest that for psychiatric inpatients the incidence of common severe ADRs (e.g., weight gain or EPMS symptoms) arising from psychotropic medication decreases with the age of patients.
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AIMS: Although the coronary artery vessel wall can be imaged non-invasively using magnetic resonance imaging (MRI), the in vivo reproducibility of wall thickness measures has not been previously investigated. Using a refined magnetization preparation scheme, we sought to assess the reproducibility of three-dimensional (3D) free-breathing black-blood coronary MRI in vivo. METHODS AND RESULTS: MRI vessel wall scans parallel to the right coronary artery (RCA) were obtained in 18 healthy individuals (age range 25-43, six women), with no known history of coronary artery disease, using a 3D dual-inversion navigator-gated black-blood spiral imaging sequence. Vessel wall scans were repeated 1 month later in eight subjects. The visible vessel wall segment and the wall thickness were quantitatively assessed using a semi-automatic tool and the intra-observer, inter-observer, and inter-scan reproducibilities were determined. The average imaged length of the RCA vessel wall was 44.5+/-7 mm. The average wall thickness was 1.6+/-0.2 mm. There was a highly significant intra-observer (r=0.97), inter-observer (r=0.94), and inter-scan (r=0.90) correlation for wall thickness (all P<0.001). There was also a significant agreement for intra-observer, inter-observer, and inter-scan measurements on Bland-Altman analysis. The intra-class correlation coefficients for intra-observer (r=0.97), inter-observer (r=0.92), and inter-scan (r=0.86) analyses were also excellent. CONCLUSION: The use of black-blood free-breathing 3D MRI in conjunction with semi-automated analysis software allows for reproducible measurements of right coronary arterial vessel-wall thickness. This technique may be well-suited for non-invasive longitudinal studies of coronary atherosclerosis.
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O aumento do interesse na produção dos alimentos denominados orgânicos fez crescer a demanda por insumos com características adequadas para atender a esse sistema de produção. Contudo, a qualidade dos denominados adubos orgânicos disponíveis para comercialização é, em alguns casos, questionável devido à falta de uma metodologia de análise que avalie o produto. Neste trabalho é apresentada uma proposta de metodologia baseada na avaliação do grau de humificação inferido por meio da quantificação dos radicais livres orgânicos (RLO), presentes na matéria orgânica, e que podem ser detectados por meio da espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica (RPE). Foram utilizadas nove amostras de adubos orgânicos de diferentes procedências e, como possíveis fontes de adulteração, dois solos e carvão vegetal. Os resultados mostraram significativa variação na concentração de RLO entre os diferentes adubos orgânicos analisados (de 0,10 × 10(18) spins g-1 a 1,84 × 10(18) spins g-1). A análise de componentes principais (PCA) confirmou a significância estatística entre as amostras com relação a esse parâmetro, podendo este ser utilizado para diferenciar os adubos orgânicos. Possíveis adulterações, provindas da adição de solos e carvão vegetal, foram detectadas pela observação de alterações nos espectros de RPE, como concentração de spins, largura de linha do sinal, fator g, forma de linha e surgimento de novos sinais. O limite de detecção de impurezas variou em torno de 5 e 10 %, dependendo do tipo de impureza adicionada e do parâmetro espectral analisado.
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A área superficial específica (ASE) está relacionada com diversas propriedades que definem o comportamento físico-químico dos solos. Neste trabalho, foi estudada a fração argila de 23 amostras de solos desenvolvidos a partir de diferentes materiais de origem, encontrados na região Sul do Brasil, a fim de estabelecer a contribuição dos principais constituintes para a ASE e a capacidade de troca de cátions efetiva (CTCe). Foram identificados os minerais por difratometria de raios X (DRX); quantificados por análise termogravimétrica (ATG); determinados os valores de CTCe e de ASEt (total), pelo método do etilenoglicol mono-etil éter (EGME); de ASEe (externa), pelo método BET-N2; e de ASEi, pela diferença dos valores obtidos entre os dois métodos. Essas determinações foram feitas antes e após os procedimentos seqüenciais de dissolução seletiva, que visavam remover: a matéria orgânica (argila-NaOCl); a matéria orgânica e os óxidos de Fe livres (argila NaOCl + DCB); e a matéria orgânica, os óxidos de Fe livres, a caulinita, a gibbsita e os minerais aluminossilicatados de baixa cristalinidade (argila-NaOCl+DCB+NaOH 5 mol L-1). Os solos estudados apresentaram grande variação na mineralogia da fração argila; para a maioria deles, a caulinita foi o mineral predominante, seguido dos argilominerais do tipo 2:1 expansíveis ou dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al. Entre a ASEe e a CTCe da fração argila-natural não se constatou relação de dependência, devido ao recobrimento da superfície da amostra pela matéria orgânica. O efeito agregante dos óxidos de Fe promoveu diminuição de 21 % da ASEe. Os argilominerais do tipo 2:1 encontram-se em concentrações variando de 3 a 65 % da fração silicatada, contribuindo com valores médios de 1.054 mmol c kg-1 e de 202 m² g-1 para CTCe e ASEt, respectivamente. A ASEi contribui com 58 % da ASEt na fração argila com remanescentes de argilominerais do tipo 2:1.
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A adsorção de B pelo solo é o principal fenômeno que afeta sua disponibilidade e seu potencial de contaminação. Os objetivos deste estudo foram: (a) investigar os efeitos do pH na adsorção de B em amostras superficiais e subsuperficiais de um Latossolo Vermelho Acriférrico (LVwf) e de um Latossolo Amarelo Ácrico (LAw) - ambos com balanço positivo de cargas no horizonte Bw - e de um Nitossolo Vermelho eutroférrico (NVef); (b) avaliar a adequação do modelo de Langmuir em simular os resultados experimentais de adsorção; e (c) correlacionar os atributos químicos, físicos e mineralógicos dos solos com os valores de adsorção máxima (Ads máx) e do coeficiente de afinidade (K L), derivados das isotermas. Experimentos do tipo "batch" foram realizados para determinação da quantidade de boro adsorvido, tendo como eletrólito-suporte soluções de NaCl 0,01 mol L-1 com 0,1; 0,2; 0,4; 0,8; 1,2; 1,6; 2,0; e 4,0 µg mL-1 de B. Houve aumento da adsorção de B com a elevação do pH e da concentração inicial de B adicionado. Maiores quantidades de B foram adsorvidas na amostra superficial do NVef e nos horizontes Bw positivamente carregados dos Latossolos ácricos. A adsorção de B foi representada por isotermas dos tipos C (linear) e L (exponencial) e adequadamente ajustada pelo modelo de Langmuir. Os parâmetros Ads máx e K L estimados por regressão não-linear não se correlacionaram com o pH. No pH natural, teores de matéria orgânica (MO) e de argila foram as variáveis que mais influenciaram a Ads máx nas camadas superficiais. Nas camadas subsuperficiais, a Ads máx correlacionou-se negativamente com os teores de MO e positivamente com os de gibbsita. Teores de (hidr)óxidos de Fe cristalinos e amorfos estiveram correlacionados aos valores de K L obtidos nas amostras subsuperficiais e ao pH natural, bem como à Ads máx das camadas superficiais após aumento do pH.
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Early admission to hospital with minimum delay is a prerequisite for successful management of acute stroke. We sought to determine our local pre- and in-hospital factors influencing this delay. Time from onset of symptoms to admission (admission time) was prospectively documented during a 6-month period (December 2004 to May 2005) in patients consecutively admitted for an acute focal neurological deficit presented at arrival and of presumed vascular origin. Mode of transportation, patient's knowledge and correct recognition of stroke symptoms were assessed. Physicians contacted by the patients or their relatives were interviewed. The influence of referral patterns on in-hospital delays was further evaluated. Overall, 331 patients were included, 249 had an ischaemic and 37 a haemorrhagic stroke. Forty-five patients had a TIA with neurological symptoms subsiding within the first hours after admission. Median admission time was 3 hours 20 minutes. Transportation by ambulance significantly shortened admission delays in comparison with the patient's own means (HR 2.4, 95% CI 1.6-3.7). The only other factor associated with reduced delays was awareness of stroke (HR 1.9, 95% CI 1.3-2.9). Early in-hospital delays, specifically time to request CT-scan and time to call the neurologist, were shorter when the patient was referred by his family or to a lesser extent by an emergency physician than by the family physician (p < 0.04 and p < 0.01, respectively) and were shorter when he was transported by ambulance than by his own means (p < 0.01). Transportation by ambulance and referral by the patient or family significantly improved admission delays and early in-hospital management. Correct recognition of stroke symptoms further contributed to significant shortening of admission time. Educational programmes should take these findings into account.
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As raízes das plantas podem estimular a microbiota do solo, a qual pode contribuir para o aumento da eficiência do processo de remediação. Assim, avaliar a magnitude dos efeitos das raízes sobre a microbiota do solo é de grande interesse e de relevância prática e ecológica. Neste trabalho, avaliaram-se a densidade microbiana, a atividade enzimática, a estrutura da comunidade bacteriana e a presença de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) na rizosfera de plantas de ocorrência espontânea em solo de sistema de "landfarming" de resíduos petroquímicos. Avaliaram-se também solos rizosféricos de cinco plantas e solo-controle sem planta por meio de contagens de microrganismos em placas, eletroforese em gel com gradiente desnaturante (DGGE) de fragmentos do gene rRNA 16S, seqüenciamento genético, atividades enzimáticas, percentagem de colonização radicular e contagem e identificação de esporos de FMAs. As plantas estimularam a densidade microbiana total e da população de degradadores de antraceno, com contagens médias de 1,5 x 10(6) e 2,2 x 10(6) UFC g-1 no solo seco, respectivamente, enquanto, no solo sem planta, essas contagens foram de 5,7 x 10(5) e 2,9 x 10(5) UFC g-1 no solo seco para os respectivos grupos microbianos. As espécies de maior efeito foram Bidens pilosa e Eclipta alba. Entretanto, esses efeitos estimulantes não foram verificados para a atividade enzimática do solo. A colonização micorrízica das raízes (em torno de 40 %) e a densidade de esporos nos solos rizosféricos foram elevadas (entre 900 e 4.800 esporos por 50 cm³ de solo), sendo maior na Brachiaria decumbens. Foram identificadas quatro espécies de FMAs: Acaulospora morrowiae, Glomus intraradices, Paraglomus occultum e Archaeospora trappei. Com exceção de G. intraradices, essas espécies não foram observadas em áreas contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo. A análise por DGGE revelou que os solos rizosféricos apresentaram comunidades bacteriana diferente do solo sem plantas. As bactérias degradadoras de antraceno isoladas apresentaram relação filogenética com os gêneros Streptomyces, Nocardioides, Arthrobacter, Pseudoxanthomonas e com gêneros não identificados das famílias Cellulomonadaceae, Xanthomonadaceae e Rhodobacteraceae, sendo quatro destes isolados pertencentes aos actinomicetos. Apenas Nocardioides e o gênero relacionado com a família Cellulomonadaceae foram relatados em áreas brasileiras contaminadas com hidrocarbonetos de petróleo. Conclui-se que as plantas estimulam o aumento da densidade de células bacterianas e alteram a comunidade microbiana do solo de "landfarming" de resíduo petroquímico.
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O movimento da água através da matriz do solo é geralmente modelado pelas equações de Darcy, Darcy-Buckingam e Richards, cujo uso está baseado no conhecimento de algumas propriedades físicas do solo, como, por exemplo, a distribuição de poros e a retenção de água pelo solo. A retenção de água pelo solo é conhecida a partir da determinação de sua curva de retenção (CR) ou curva característica. O primeiro objetivo deste trabalho foi apresentar um aparato simples, desenvolvido pela modificação do funil de placa porosa (funil de Haines), para a investigação e o levantamento de CRs detalhadas, em amostras de solos em condições de umidade próximas à saturação e em amostras com potenciais mátricos (ψm) que vão desde 0 kPa a aproximadamente -12 kPa (120 cm de altura de coluna de água). Foram investigados agregados de um Latossolo Vermelho distrófico (LVd) de uma região do Estado do Paraná, cujos diâmetros médios e densidades variaram, respectivamente, entre 1,6 e 5,7 cm e 1,01 e 1,31 g cm-3, e amostras arenosas reconstituídas com areias de diâmetros médios entre 0,106 mm e 2,000 mm, com dimensões fractais de fracionamento (Df) entre 2,5 e 3,0. O segundo objetivo do trabalho foi inferir a distribuição de poros das amostras investigadas. Isso foi conseguido utilizando-se os parâmetros de ajuste da curva de van Genuchtenaos pontos das CRs obtidas para a determinação da Função Capacidade de Água (FCA). Pela análise dessas FCAs, observou-se que as amostras de agregados de solo apresentaram um sistema poroso de maior complexidade; e que a variação da granulometria do solo arenoso está diretamente relacionada às modificações de suas propriedades de retenção de água. Finalmente, a variação na densidade dos agregados investigados não alterou significativamente o comportamento das curvas de retenção na faixa de tensões estudadas.
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Mudanças nas propriedades físicas do solo, principalmente aquelas relacionadas com a retenção de água e agregação, podem estar associadas às variações na eletroquímica do solo. Estudar o efeito da calagem sobre a relação entre solo e água constituiu o objetivo deste trabalho. Em 1994, um experimento foi instalado na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, em um Argissolo Acinzentado distrófico plíntico. Os tratamentos consistiram na aplicação superficial e incorporação de calcário nas doses de zero, 2+2, 8,5 e 17 Mg ha-1. Em 2006, doze anos após a aplicação de calcário, foram coletadas amostras de solo com estrutura preservada e em triplicata nas camadas de 0-5 cm e 5-10 cm. As amostras foram caracterizadas quanto a algumas propriedades químicas. As propriedades físicas avaliadas foram: i) velocidade de umectação do solo, estimada em um dispositivo de ascensão capilar de água; ii) umidade gravimétrica do solo, medida ao final do teste de ascensão capilar de água, e iii) densidade do solo, estimada pela razão entre a massa e o volume de torrões de solo seco. A velocidade de umectação foi mais intensa nos solos que receberam as maiores doses de calcário. A umidade gravimétrica aumentou linearmente com as doses de calcário, enquanto a densidade do solo não foi alterada. Houve incremento de água no solo entre 5,1 e 6,2 mg g-1 para cada tonelada de corretivo aplicada. Pode-se concluir que, após 12 anos da calagem, as formas de aplicação de calcário não tiveram influência sobre a densidade do solo e sobre a retenção de água; a calagem alterou a relação entre solo e água, tornando o solo mais hidrófilo com o aumento das doses de calcário, independentemente da forma de aplicação do corretivo.
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Cornelia de Lange syndrome (CdLS) is a multiple congenital anomaly/mental retardation syndrome consisting of characteristic dysmorphic features, microcephaly, hypertrichosis, upper limb defects, growth retardation, developmental delay, and a variety of associated malformations. We present a population-based epidemiological study of the classical form of CdLS. The data were extracted from the database of European Surveillance of Congenital Anomalies (EUROCAT) database, a European network of birth defect registries which follow a standard methodology. Based on 23 years of epidemiologic monitoring (8,558,346 births in the 1980-2002 period), we found the prevalence of the classical form of CdLS to be 1.24/100,000 births or 1:81,000 births and estimated the overall CdLS prevalence at 1.6-2.2/100,000. Live born children accounted for 91.5% (97/106) of cases, fetal deaths 2.8% (3/106), and terminations of pregnancy following prenatal diagnosis 5.7% (6/106). The most frequent associated congenital malformations were limb defects (73.1%), congenital heart defects (45.6%), central nervous system malformations (40.2%), and cleft palate (21.7%). In the last 11 years, as much as 68% of cases with major malformations were not detected by routine prenatal US. Live born infants with CdLS have a high first week survival (91.4%). All patients were sporadic. Maternal and paternal age did not seem to be risk factors for CdLS. Almost 70% of patients, born after the 37th week of gestation, weighed <or=2,500 g. Low birth weight correlated with a more severe phenotype. Severe limb anomalies were significantly more often present in males.