998 resultados para Busca ativa de lesões precursoras de câncer de pele
Resumo:
Os métodos diagnósticos de imagem mamografia, ultra-sonografia e cintilografia são exames imprescindíveis no diagnóstico do câncer de mama e no acompanhamento após o procedimento cirúrgico, porém, todos apresentam limitações específicas. Atualmente, a ressonância magnética tem-se revelado um método diagnóstico promissor para avaliar mais detalhadamente lesões tumorais do parênquima mamário. Neste trabalho os autores descrevem as principais indicações e os achados da ressonância magnética no câncer de mama, bem como comparam o seu desempenho com o dos outros métodos de imagem - mamografia, ultra-sonografia e cintilografia -, incluindo as vantagens e limitações de cada modalidade.
Resumo:
OBJETIVO: Determinar o papel real que a ultra-sonografia da próstata, notadamente com a associação do Doppler colorido, desempenha no diagnóstico de lesões malignas na próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados, prospectivamente, 84 pacientes submetidos a biópsia guiada por ultra-sonografia transretal. Em todos os pacientes foram feitos estudo com Doppler colorido, à procura de focos de hipervascularização, e o exame ultra-sonográfico habitual. Os resultados foram comparados com os diagnósticos histopatológicos obtidos. RESULTADOS: A ultra-sonografia transretal habitual (escala de cinza) apresentou sensibilidade de 67,7%, especificidade de 52,8%, valor preditivo positivo de 45,6% e valor preditivo negativo de 73,6%. A adição do estudo com Doppler colorido ocasionou aumento importante da especificidade (de 52,8% para 79,2%) e do valor preditivo positivo (de 45,6% para 62,0%), porém causou queda na sensibilidade (de 67,7% para 58,0%). Além disso, houve perda de 32,2% dos cânceres, que não foram diagnosticados por nenhum dos dois métodos, e esses pacientes, apesar de possuírem cânceres menos extensos, eram todos clinicamente significativos (Gleason 6 ou mais). CONCLUSÃO: Mesmo com a associação do Doppler colorido, a ultra-sonografia transretal não possui capacidade suficiente para definir, através dos seus achados, quais pacientes devem ou não realizar biópsia.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar as categorias 3, 4 e 5 da classificação BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) como fator preditivo para malignidade, correlacionando os achados mamográficos e histológicos em lesões não-palpáveis da mama. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo analítico descritivo de 169 mulheres submetidas a biópsia cirúrgica, após localização estereotáxica de lesões mamárias não-palpáveis. As mamografias dessas pacientes foram classificadas de acordo com a quarta edição do BI-RADS, avaliando-se as categorias 3, 4 (A, B e C) e 5. Correlacionaram-se os achados mamográficos com os exames histológicos das lesões, avaliando-se o valor preditivo positivo em cada categoria. RESULTADOS: No total de 169 casos, foram diagnosticados 42 casos de câncer (24,8%). Destes, houve apenas um caso na categoria 3, 19 casos na categoria 4 e 22 casos na categoria 5. Os valores preditivos positivos para as categorias 3, 4A, 4B, 4C e 5 foram, respectivamente, de 3,4%, 10,3%, 11,3%, 36% e 91,7%. As microcalcificações foram o achado mais freqüente relacionado à doença maligna, ocorrendo em 61,5% do total. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a classificação BI-RADS permite predizer com segurança que há alta suspeição de malignidade para achados classificados na categoria 5 e diminuta chance para os achados da categoria 3. Quanto à categoria 4, foi constatada elevação progressiva dos valores preditivos positivos nas subcategorias A, B e C, mostrando que esta subdivisão contribui de forma mais detalhada e precisa na indicação de lesões suspeitas para malignidade.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os valores preditivos positivo e negativo das categorias 3, 4 e 5 do sistema BI-RADS™ em lesões mamárias nodulares não-palpáveis avaliadas por mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética. MATERIAIS E MÉTODOS: Vinte e nove pacientes com achados mamográficos de lesões mamárias nodulares não-palpáveis, das classes 3, 4 e 5 do BI-RADS, que realizaram exames complementares de ultra-sonografia e ressonância magnética, além de biópsia excisional. Realizaram-se 30 biópsias e correlacionaram-se as lesões e suas respectivas classificações de 3 a 5 do BI-RADS com os resultados histopatológicos. O cálculo dos valores preditivos foi feito utilizando-se equações matemáticas específicas. RESULTADOS: O valor preditivo negativo da categoria 3 pela análise mamográfica foi de 69,23%, pela análise ultra-sonográfica foi de 70,58% e pela análise por ressonância magnética foi de 100%. O valor preditivo positivo da categoria 4 pela análise mamográfica foi de 63,63%, pela análise ultra-sonográfica foi de 50% e pela análise por ressonância magnética foi de 30,76%. O valor preditivo positivo da categoria 5 foi de 100% pelas análises mamográfica e ultra-sonográfica e de 92,85% pela análise por ressonância magnética. CONCLUSÃO: O valor preditivo negativo da categoria 3 foi elevado na análise pela ressonância magnética e os valores preditivos positivos foram moderados na categoria 4 e elevados na categoria 5 pelos três métodos.
Resumo:
OBJETIVO: O objetivo geral do estudo é avaliar a acurácia da ultrassonografia (BI-RADS) no diagnóstico do câncer de mama, e os objetivos específicos, descrever a frequência de apresentação dos diferentes achados ultrassonográficos e a avaliação da concordância entre observadores. MATERIAIS E MÉTODOS: Exames de 110 pacientes encaminhados para biópsia, com diagnóstico prévio de nódulos, foram reanalisados independentemente por dois médicos especialistas utilizando a nomenclatura do BI-RADS. Os achados histológicos foram utilizados como padrão-ouro. A acurácia dos achados foi determinada. As diferenças nos grupos de comparação foram analisadas com teste qui-quadrado para variáveis categóricas e a concordância entre os médicos foi calculada por meio da estatística kappa (κ). RESULTADOS: Cento e dez massas mamárias foram avaliadas pelo ultrassom, sendo que 76 (69%) foram benignas e 34 (30,9%), malignas. Foram observados, entre os radiologistas, sensibilidade variando entre 70,5% e 82,3%, valor preditivo negativo entre 81,1% e 87,5%, valor preditivo positivo entre 42,1% e 45,1%, especificidade entre 56,58% e 55,2% e acurácia entre 60,9% e 63,6%. Na avaliação entre observadores foi obtida concordância global considerada moderada (κ= 0,50). CONCLUSÃO: O BI-RADS 4ª edição é um acurado sistema para auxiliar os médicos na descrição das lesões mamárias e na tomada de condutas.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar a utilidade da sequência pesada em difusão na diferenciação das lesões mamárias benignas e malignas. MATERIAIS E MÉTODOS: Quarenta e cinco mulheres (idade média de 46,1 anos) com 52 nódulos de mama foram submetidas a ressonância magnética acrescida da sequência difusão. O coeficiente de difusão aparente (ADC) foi calculado através do mapa de ADC obtido pelo uso de cinco valores de b (0, 250, 500, 750 e 1.000 s/mm²). O valor de ADC médio de cada lesão foi correlacionado com achados de imagem e resultados histopatológicos. Valores de ADC de corte, sensibilidade e especificidade da sequência difusão na diferenciação das lesões benignas e malignas foram calculados. P < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: O valor de ADC médio foi significativamente menor para as lesões malignas (0,92 ± 0,26 × 10-3 mm²/s) comparado com as lesões benignas (1,50 ± 0,34 × 10-3 mm²/s) (p < 0,0001). A sequência difusão mostrou altas sensibilidade e especificidade (ambas 92,3%) na diferenciação entre lesões benignas e malignas. CONCLUSÃO: A sequência pesada em difusão representa um recurso potencial como coadjuvante da ressonância magnética das mamas na diferenciação das lesões benignas e malignas. Tal sequência pode ser facilmente inserida no protocolo padrão da ressonância magnética das mamas, sem aumento significativo no tempo de exame.
Resumo:
OBJETIVO: A proposta deste estudo foi avaliar a acurácia da classificação BI-RADS® na mamografia. Os pontos secundários foram descrever a frequência de apresentação dos diferentes achados mamográficos e avaliar a concordância entre observadores. MATERIAIS E MÉTODOS: Os exames de 115 pacientes, encaminhados para core biopsy, foram reavaliados independentemente por dois médicos especialistas, cegados, utilizando a recomendação do BI-RADS. Posteriormente, os exames foram comparados com a histologia. A acurácia da classificação BI-RADS na mamografia foi avaliada. A concordância entre os médicos foi calculada pela estatística kappa (κ) de Cohen e as diferenças nos grupos de comparação foram analisadas com teste qui-quadrado. RESULTADOS: Esta pesquisa demonstrou que a acurácia mamográfica oscilou de 75% a 62% na diferenciação entre lesões benignas de malignas com o uso do BI-RADS. Houve importante concordância na descrição das margens dos nódulos (κ= 0,66). Baixa concordância foi identificada na descrição dos contornos (formas) dos nódulos (κ= 0,40) e na descrição das calcificações, tanto em relação à sua distribuição (κ= 0,24) como também em relação à morfologia (κ= 0,36). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que o método é acurado na diferenciação de lesões benignas de malignas. A concordância foi fraca na análise das calcificações quanto a morfologia e distribuição, no entanto, identificou-se elevação progressiva dos valores preditivos positivos nas subcategorias 4.
Resumo:
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é apresentar a experiência de um centro oncológico com o procedimento de biópsia por agulha grossa de lesões pulmonares guiadas por tomografia computadorizada. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo de 97 biópsias por agulha grossa de lesões pulmonares guiadas por tomografia computadorizada em um centro oncológico, referência no Brasil (Hospital do Câncer - A.C. Camargo), entre os anos de 1996 e 2004. As informações a respeito de material adequado e diagnóstico específico foram coletadas e analisadas. RESULTADOS: Das 97 biópsias pulmonares, 94 (96,9%) forneceram material suficiente para análise histológica, e destas, 71 (73,2%) corresponderam a lesões malignas e 23 (23,7%) corresponderam a lesões benignas. Em três biópsias o material obtido não foi suficiente para análise. A frequência de diagnóstico específico foi de 83 (85,6%) casos, demonstrando elevadas taxas, tanto nas lesões malignas, com 63 (88,7%) casos, como nas lesões benignas, com 20 (86,7%) casos. Considerando as complicações, ocorreram 12 (12,4%) casos no total, divididos em 7 (7,2%) casos de hematoma, 3 (3,1%) casos de pneumotórax e 2 (2,1%) casos de hemoptise. CONCLUSÃO: A biópsia percutânea com agulha grossa de lesões pulmonares guiada por tomografia computadorizada demonstrou elevadas taxas de material adequado e diagnóstico específico e reduzidas taxas de complicações no presente estudo.
Resumo:
O câncer de mama é um dos mais prevalentes nas mulheres. A mamografia é um excelente método com impacto comprovado na redução da mortalidade pelo câncer de mama. Porém, não é um método perfeito, apresentando alguns pontos fracos, principalmente no rastreamento de mulheres com mamas densas, estadiamento e avaliação de tratamento. A ressonância magnética mamária mostrou a necessidade e importância da avaliação funcional mamária. Descrevemos dois métodos de avaliação funcional mamária e demonstramos nossa experiência com a mamografia digital com contraste e com a imagem molecular mamária realizada em gama-câmara específica. Estes dois métodos já estão disponíveis em nosso meio e apresentam resultados promissores na detecção de lesões mamográficas ocultas, confirmação de lesões suspeitas e redução de biópsias desnecessárias, podendo assim melhorar o estudo mamário, principalmente nos pontos falhos da mamografia.
Resumo:
Embora a neoplasia gástrica maligna constitua-se numa das principais causas de mortalidade por câncer, as bases moleculares desta enfermidade permanecem ainda pouco compreendidas. Recentemente, a identificação de lesões gástricas difusas ocorrendo em famílias com padrão de transmissão tipicamente mendeliano, resultou no achado de um evento molecular único: mutações no gene da caderina-E. Esta entidade foi denominada câncer gástrico hereditário. Apesar de rara, a sua identificação deve ser suspeitada na prática clínica, já que é possível detectar-se casos precoces de câncer nestas famílias em alto risco. Como a análise mutacional do gene da caderina-E só é realizada em pouquíssimos centros no mundo, é importante tentar identificar estas famílias por meio de critérios de fácil acesso para qualquer profissional de saúde. Este trabalho comenta os critérios sugeridos pelo International Gastric Cancer Linkage Consortium (IGCLC), propostos em 1999, além de tentar estabelecer algumas diretrizes para o rastreamento das pessoas em risco.
Resumo:
OBJETIVO: Estudo retrospectivo e comparativo da sobrevida livre de doença, de 31 pacientes com metástase cervical de lesão primária oculta, submetidos a esvaziamento cervical e 637 pacientes submetidos ao mesmo procedimento, para o tratamento de câncer de cavidade oral, orofaringe e hipofaringe, operados no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Complexo Hospitalar Heliópolis, São Paulo, Brasil, entre 1977 e 1995. MÉTODO: Levando-se em consideração o fator N do TNM (UICC-AJC 1997) para os pacientes com lesões primárias ocultas, e os fatores T e N para os com lesões primárias identificadas, foram confeccionadas as curvas de sobrevida livre de doença pelo método de Kaplan & Meier e comparadas pelo teste de log-rank. RESULTADOS: Comparamos a sobrevida livre de doença (SLD) das lesões de boca (b), orofaringe (o) e hipofaringe (h) com primário oculto (po) através de nove curvas considerando valores de p; variando os parâmetros. CONCLUSÕES: verificadas as diferentes curvas de sobrevida livre, aferiu-se que não houve diferenças significantes na sobrevida livre de doença nas nove curvas planejadas (todos valores de p>0,05), nos pacientes submetidos a esvaziamento cervical por primário oculto ou lesão identificada na boca, orofaringe e hipofaringe.
Resumo:
OBJETIVO: Nos últimos anos, evidências de associação entre Helicobacter pylori e câncer gástrico têm sido relatadas por inúmeros estudos. Este trabalho objetiva investigar a prevalência da infecção por este microorganismo em pacientes com câncer gástrico, oriundos do Hospital de Câncer Napoleão Laureano (João Pessoa - PB) e determinar o risco relativo para o desenvolvimento desta neoplasia nos pacientes infectados. MÉTODO: Com esta finalidade, 16 pacientes com diagnóstico confirmado de adenocarcinoma gástrico foram submetidos à endoscopia digestiva alta para coleta de fragmentos da mucosa gástrica, para realização do teste da urease, sendo então, pareados com um grupo de 16 controles com exames endoscópicos normais. RESULTADOS: Dos 16 portadores de câncer, 28,1% estavam infectados, versus 25% para os do grupo controle. Nos indivíduos infectados, houve maior prevalência da infecção nos portadores de lesões gástricas distais (43,8%), nos tumores Borrmann III (37,6%), e moderadamente diferenciados (37,6%). Houve associação estatisticamente significante entre o grau de diferenciação e a presença da infecção pelo H. pylori (p<0,10). O risco relativo estimado para a associação entre câncer gástrico e infecção pelo H. pylori foi de 1,28% (odds ratio = 1,28%). CONCLUSÃO: Estes resultados permitem concluir que a infecção pelo H. pylori é um fator de risco relativo para o desenvolvimento do adenocarcinoma gástrico.
Resumo:
Aproximadamente metade dos pacientes portadores de câncer colorretal apresenta metástases hepáticas durante a evolução de sua doença que afetam diretamente o prognóstico e são diretamente responsáveis por 2/3 dos óbitos relacionados à doença. Nas últimas duas décadas o tratamento das metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR) proporcionou ganho expressivo na sobrevida quando todas as opções terapêuticas são colocadas à disposição do paciente. Nesse contexto, o tratamento cirúrgico persiste como a única possibilidade de cura com índices de sobrevida em cinco anos de 25 a 58%. No entanto, apenas 1/4 dos pacientes tem doença ressecável ao diagnóstico. Por essa razão, um dos pontos fundamentais no manejo atual dos pacientes com MHCCR é o desenvolvimento de estratégias que possibilitem a ressecção completa das lesões hepáticas. O advento e aperfeiçoamento dos métodos ablativos expandiram as possibilidades da terapêutica cirúrgica, além disto, o surgimento de novos esquemas quimioterápicos e a introdução das terapias-alvo proporcionou altas taxas de resposta e alteraram definitivamente o manejo destes pacientes. O tratamento multimodal e a utilização da experiência de diversas especialidades médicas permitiram que o tratamento das MHCCR se aproximasse cada vez mais do tratamento ideal, ou seja, individualizado. Baseado em uma extensa revisão da literatura e na experiência de alguns dos centros especializados mais importantes do Brasil, o Clube do Fígado de São Paulo iniciou um trabalho de discussão multi-institucional que resultou nas recomendações que se seguem. Essas recomendações, no entanto, não visam ser absolutas, mas sim ferramentas úteis no processo de decisão terapêutica desse grupo complexo de pacientes.
Resumo:
Objetivo: avaliar a eficácia da biópsia percutânea estereotáxica (BPE) no diagnóstico das lesões mamárias subclínicas, comparando seus resultados com a biópsia cirúrgica precedida de localização estereotáxica com fio guia. Métodos: no período de janeiro de 1995 a fevereiro de 1997, realizamos um estudo transversal com 41 casos de lesões não-palpáveis em pacientes com idade superior a 35 anos, no Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os casos foram classificados radiologicamente como benignos, provavelmente benignos, suspeitos e malignos. Para fins de análise estatística, as lesões benignas e provavelmente benignas foram estudadas em conjunto. O laudo histopatológico da BPE foi classificado em: inadequado para diagnóstico, ausência de malignidade, suspeito e maligno. O laudo histopatológico da biópsia cirúrgica foi classificado em: ausência de malignidade, pré-maligno e maligno. Calculamos a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos da BPE, assim como as razões de verossimilhança da mamografia e da BPE com a finalidade de predizer a probabilidade de câncer de mama. Resultados: a BPE coincidiu com a biópsia cirúrgica em 86,2% dos 29 casos de ausência de malignidade. Todos os casos suspeitos à BPE foram malignos à biópsia cirúrgica. Todos os casos de malignidade à BPE estiveram acordes com a biópsia cirúrgica. A sensibilidade e a especificidade da BPE foram 36,4% e 100%, respectivamente. O valor preditivo positivo do método foi 100% e o negativo 78,1%. No grupo classificado como maligno à mamografia, a razão de verossimilhança foi 9,7, sendo 1,3 para os casos suspeitos e 0,1 para o laudo provavelmente benigno. A razão de verossimilhança da BPE foi infinita (¥) para as lesões suspeitas e malignas, 0,4 para os casos classificados como ausência de malignidade e 1,4 para os casos inadequados para diagnóstico. Conclusões: após análise dos resultados, por meio da razão de verossimilhança, concluímos que o laudo de ausência de malignidade pela BPE não nos permitiu afastar o diagnóstico de patologia maligna. Nestes casos, se não houver concordância entre o laudo histopatológico e o laudo mamográfico, deve-se prossseguir na investigação. Quando o laudo era suspeito à BPE, a probabilidade da lesão corresponder a carcinoma de mama foi muito alta. Deve-se proceder à biópsia cirúrgica para diagnóstico de certeza, pois o carcinoma infiltrante possui terapêutica diversa do carcinoma in situ e da hiperplasia atípica. Quando o laudo histopatológico era de malignidade, foi elevada a probabilidade da lesão corresponder a câncer e não observamos falso-positivos. Nestes casos, a BPE permite diagnóstico mais rápido, sem necessidade de biópsia cirúrgica.
Resumo:
Objetivo: avaliar uma amostra populacional incluída no rastreamento proposto pelo Programa Nacional de Combate ao Câncer do Colo do Útero (PNCC), quanto aos seguintes aspectos: prevalência de resultados citológicos insatisfatórios; prevalência citológica de atipias escamosas e glandulares de significado indeterminado (ASCUS e AGUS) e lesões intra-epiteliais de baixo grau (LBG) e lesões intra-epiteliais de alto grau (LAG), comparando seus resultados com resultados anatomopatológicos de biópsias colposcopicamente dirigidas. Métodos: pela imprensa escrita, falada e televisionada, foram convocadas mulheres, com idade entre 35 e 49 anos, para realização de exames citopatológicos preventivos, a serem colhidos nas unidades da rede de saúde pública ou instituições credenciadas pelo SUS. As lâminas foram analisadas por laboratórios credenciados pelo PNCC, e as pacientes com alterações celulares da amostra populacional do Município de Naviraí/MS foram submetidas a exame colposcópico e biópsia dirigida. Resultados: a prevalência de alterações citológicas do tipo ASCUS, AGUS e lesões escamosas intra-epiteliais foi de 3,3%, índice próximo do previsto pelo PNCC (4%). O percentual de espécimes insatisfatórios para avaliação foi elevado (12,5%); das pacientes com resultados citológicos de ASCUS, AGUS ou LBG, 27,3% apresentavam neoplasia intra-epitelial de alto grau ao estudo anatomopatológico. Por outro lado, nas pacientes com citologia compatível com LAG a biópsia dirigida revelou, em 12,5% dos casos, neoplasia intra-epitelial de baixo grau. Conclusões: a escolha da citologia oncótica como método único de rastreamento no PNCC permitiu elevados índices de falso-negativos (27,3%) e de falso-positivos (12,5%). No rastreamento de neoplasias cervicais, a colposcopia mostrou-se procedimento importante e indispensável para nortear as condutas terapêuticas a serem adotadas.