OS SENTIDOS DO FUTEBOL ESPETÁCULO PARA ESTUDANTES DE DISTINTAS CLASSES SOCIAIS

O presente estudo busca identificar em que medida o pertencimento de classe social interfere nos sentidos e perspectivas do jovem brasileiro frente ao futebol espetáculo, bem como compreender os mecanismos sociais que determinam a decisão de os sujeitos investirem na carreira profissional esportiva em detrimento da trajetória escolar longa. Começamos com uma abordagem sociológica, a análise crítica dos processos de difusão, massificação e profissionalização do futebol ocorridas no contexto da sociedade pós-industrial. Enfocamos a conflituosa mutação da modalidade, inicialmente elitizada com fins social-distintivos para esporte de massa ideal de ascensão social da classe popular , além da dependência com a mídia, das razões que levaram a caracterizar-se como produto da indústria cultural, culminando com a transformação do futebol em mercadoria submetida às leis e lógica da sociedade de consumo. Em seguida, entrelaçamos as relações de poder, aliança e concorrência dos agentes sociais que participam do complexo campo das práticas esportivas com os canais com que o público jovem estabelece contato com o esporte espetáculo. Neste aspecto, especial atenção foi dada à mídia, difusora da ideologia de uma sociedade capitalista aberta, que reforça a idéia do esporte como via de ascensão social para indivíduos de baixa renda, na mesma medida em que oculta em seu discurso as reais probabilidades de concretização do sucesso esportivo. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas do município de São Bernardo do Campo (SP), uma da rede pública estadual e outra da rede particular de ensino. Assim, constituímos dois grupos com alunos de distintas classes sociais, compostos por estudantes do 1º ano do Ensino Médio, sexo masculino, com 15 anos de idade e praticantes de futebol nas aulas de Educação Física. Metodologicamente, fizemos uso da observação participante e de entrevistas como instrumentos para a coleta de dados. Conjugadas aos objetivos do estudo, estruturamos a análise do material colhido em seis categorias, articulando questões sobre o prosseguimento nos estudos e o trabalho, as tendências para a pratica esportiva profissional, as representações sociais em torno do futebol, os usos e costumes no tempo livre e as expectativas da pratica esportiva implicadas pela herança cultural familiar. Como referencial teórico de análise, utilizamos de Pierre Bourdieu os conceitos de campo, habitus, estratégia, capital econômico, social e, principalmente, capital cultural, partindo da hipótese de que o nível cultural dos alunos e seus familiares interferem nos sentidos e formas de apropriação do esporte. Entre outras conclusões, obtivemos como resultado a configuração de uma trajetória esportiva profissional voltada para os alunos de baixa classe social, em oposição à trajetória escolar longa, estrategicamente adotada pelos alunos de classe social alta.(AU)

OS SENTIDOS DO FUTEBOL ESPETÁCULO PARA ESTUDANTES DE DISTINTAS CLASSES SOCIAIS

O presente estudo busca identificar em que medida o pertencimento de classe social interfere nos sentidos e perspectivas do jovem brasileiro frente ao futebol espetáculo, bem como compreender os mecanismos sociais que determinam a decisão de os sujeitos investirem na carreira profissional esportiva em detrimento da trajetória escolar longa. Começamos com uma abordagem sociológica, a análise crítica dos processos de difusão, massificação e profissionalização do futebol ocorridas no contexto da sociedade pós-industrial. Enfocamos a conflituosa mutação da modalidade, inicialmente elitizada com fins social-distintivos para esporte de massa ideal de ascensão social da classe popular , além da dependência com a mídia, das razões que levaram a caracterizar-se como produto da indústria cultural, culminando com a transformação do futebol em mercadoria submetida às leis e lógica da sociedade de consumo. Em seguida, entrelaçamos as relações de poder, aliança e concorrência dos agentes sociais que participam do complexo campo das práticas esportivas com os canais com que o público jovem estabelece contato com o esporte espetáculo. Neste aspecto, especial atenção foi dada à mídia, difusora da ideologia de uma sociedade capitalista aberta, que reforça a idéia do esporte como via de ascensão social para indivíduos de baixa renda, na mesma medida em que oculta em seu discurso as reais probabilidades de concretização do sucesso esportivo. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas do município de São Bernardo do Campo (SP), uma da rede pública estadual e outra da rede particular de ensino. Assim, constituímos dois grupos com alunos de distintas classes sociais, compostos por estudantes do 1º ano do Ensino Médio, sexo masculino, com 15 anos de idade e praticantes de futebol nas aulas de Educação Física. Metodologicamente, fizemos uso da observação participante e de entrevistas como instrumentos para a coleta de dados. Conjugadas aos objetivos do estudo, estruturamos a análise do material colhido em seis categorias, articulando questões sobre o prosseguimento nos estudos e o trabalho, as tendências para a pratica esportiva profissional, as representações sociais em torno do futebol, os usos e costumes no tempo livre e as expectativas da pratica esportiva implicadas pela herança cultural familiar. Como referencial teórico de análise, utilizamos de Pierre Bourdieu os conceitos de campo, habitus, estratégia, capital econômico, social e, principalmente, capital cultural, partindo da hipótese de que o nível cultural dos alunos e seus familiares interferem nos sentidos e formas de apropriação do esporte. Entre outras conclusões, obtivemos como resultado a configuração de uma trajetória esportiva profissional voltada para os alunos de baixa classe social, em oposição à trajetória escolar longa, estrategicamente adotada pelos alunos de classe social alta.(AU)

Response-reinforcement learning is dependent on N-methyl-d-aspartate receptor activation in the nucleus accumbens core

The nucleus accumbens, a site within the ventral striatum, is best known for its prominent role in mediating the reinforcing effects of drugs of abuse such as cocaine, alcohol, and nicotine. Indeed, it is generally believed that this structure subserves motivated behaviors, such as feeding, drinking, sexual behavior, and exploratory locomotion, which are elicited by natural rewards or incentive stimuli. A basic rule of positive reinforcement is that motor responses will increase in magnitude and vigor if followed by a rewarding event. It is likely, therefore, that the nucleus accumbens may serve as a substrate for reinforcement learning. However, there is surprisingly little information concerning the neural mechanisms by which appetitive responses are learned. In the present study, we report that treatment of the nucleus accumbens core with the selective competitive N-methyl-d-aspartate (NMDA) antagonist 2-amino-5-phosphonopentanoic acid (AP-5; 5 nmol/0.5 μl bilaterally) impairs response-reinforcement learning in the acquisition of a simple lever-press task to obtain food. Once the rats learned the task, AP-5 had no effect, demonstrating the requirement of NMDA receptor-dependent plasticity in the early stages of learning. Infusion of AP-5 into the accumbens shell produced a much smaller impairment of learning. Additional experiments showed that AP-5 core-treated rats had normal feeding and locomotor responses and were capable of acquiring stimulus-reward associations. We hypothesize that stimulation of NMDA receptors within the accumbens core is a key process through which motor responses become established in response to reinforcing stimuli. Further, this mechanism, may also play a critical role in the motivational and addictive properties of drugs of abuse.

Quantitative high performance liquid chromatography/tandem mass spectrometric analysis of the four classes of F2-isoprostanes in human urine

Isoprostanes (iPs) are free radical catalyzed prostaglandin isomers. Analysis of individual isomers of PGF2α—F2-iPs—in urine has reflected lipid peroxidation in humans. However, up to 64 F2-iPs may be formed, and it is unknown whether coordinate generation, disposition, and excretion of F2-iPs occurs in humans. To address this issue, we developed methods to measure individual members of the four structural classes of F2-iPs, using liquid chromatography/tandem mass spectrometry (LC/MS/MS), in which sample preparation is minimized. Authentic standards of F2-iPs of classes III, IV, V, and VI were used to identify class-specific ions for multiple reaction monitoring. Using iPF2α-VI as a model compound, we demonstrated the reproducibility of the assay in human urine. Urinary levels of all F2-iPs measured were elevated in patients with familial hypercholesterolemia. However, only three of eight F2-iPs were elevated in patients with congestive heart failure, compared with controls. Paired analyses by GC/MS and LC/MS/MS of iPF2α-VI in hypercholesterolemia and of 8,12-iso-iPF2α-VI in congestive heart failure were highly correlated. This approach will permit high throughput analysis of multiple iPs in human disease.

Drosophila host defense: Differential induction of antimicrobial peptide genes after infection by various classes of microorganisms

Insects respond to microbial infection by the rapid and transient expression of several genes encoding potent antimicrobial peptides. Herein we demonstrate that this antimicrobial response of Drosophila is not aspecific but can discriminate between various classes of microorganisms. We first observe that the genes encoding antibacterial and antifungal peptides are differentially expressed after injection of distinct microorganisms. More strikingly, Drosophila that are naturally infected by entomopathogenic fungi exhibit an adapted response by producing only peptides with antifungal activities. This response is mediated through the selective activation of the Toll pathway.

Genomic evidence for two functionally distinct gene classes

Analyses of complete genomes indicate that a massive prokaryotic gene transfer (or transfers) preceded the formation of the eukaryotic cell. In comparisons of the entire set of Methanococcus jannaschii genes with their orthologs from Escherichia coli, Synechocystis 6803, and the yeast Saccharomyces cerevisiae, it is shown that prokaryotic genomes consist of two different groups of genes. The deeper, diverging informational lineage codes for genes which function in translation, transcription, and replication, and also includes GTPases, vacuolar ATPase homologs, and most tRNA synthetases. The more recently diverging operational lineage codes for amino acid synthesis, the biosynthesis of cofactors, the cell envelope, energy metabolism, intermediary metabolism, fatty acid and phospholipid biosynthesis, nucleotide biosynthesis, and regulatory functions. In eukaryotes, the informational genes are most closely related to those of Methanococcus, whereas the majority of operational genes are most closely related to those of Escherichia, but some are closest to Methanococcus or to Synechocystis.

Chaperone-facilitated copper binding is a property common to several classes of familial amyotrophic lateral sclerosis-linked superoxide dismutase mutants

Mutations in Cu, Zn superoxide dismutase (SOD1) cause the neurodegenerative disease familial amyotrophic lateral sclerosis from an as-yet-unidentified toxic property(ies). Analysis in Saccharomyces cerevisiae of a broad range of human familial amyotrophic lateral sclerosis–linked SOD1 mutants (A4V, G37R, G41D, H46R, H48Q, G85R, G93C, and I113T) reveals one property common to these mutants (including two at residues that coordinate the catalytic copper): Each does indeed bind copper and scavenge oxygen-free radicals in vivo. Neither decreased copper binding nor decreased superoxide scavenging activity is a property shared by all mutants. The demonstration that shows that all mutants tested do bind copper under physiologic conditions supports a mechanism of SOD1 mutant-mediated disease arising from aberrant copper-mediated chemistry catalyzed by less tightly folded (and hence less constrained) mutant enzymes. The mutant enzymes also are shown to acquire the catalytic copper in vivo through the action of CCS, a specific copper chaperone for SOD1, which in turn suggests that a search for inhibitors of this SOD1 copper chaperone may represent a therapeutic avenue.

Unusual horizontal transfer of a long interspersed nuclear element between distant vertebrate classes

We have shown previously by Southern blot analysis that Bov-B long interspersed nuclear elements (LINEs) are present in different Viperidae snake species. To address the question as to whether Bov-B LINEs really have been transmitted horizontally between vertebrate classes, the analysis has been extended to a larger number of vertebrate, invertebrate, and plant species. In this paper, the evolutionary origin of Bov-B LINEs is shown unequivocally to be in Squamata. The previously proposed horizontal transfer of Bov-B LINEs in vertebrates has been confirmed by their discontinuous phylogenetic distribution in Squamata (Serpentes and two lizard infra-orders) as well as in Ruminantia, by the high level of nucleotide identity, and by their phylogenetic relationships. The horizontal transfer of Bov-B LINEs from Squamata to the ancestor of Ruminantia is evident from the genetic distances and discontinuous phylogenetic distribution. The ancestor of Colubroidea snakes is a possible donor of Bov-B LINEs to Ruminantia. The timing of horizontal transfer has been estimated from the distribution of Bov-B LINEs in Ruminantia and the fossil data of Ruminantia to be 40–50 My ago. The phylogenetic relationships of Bov-B LINEs from the various Squamata species agrees with that of the species phylogeny, suggesting that Bov-B LINEs have been maintained stably by vertical transmission since the origin of Squamata in the Mesozoic era.