O que fazer com o baga��o da cana de a����car? Uma abordagem da teoria das op����es reais aplicada a usinas de processamento de etanol e a����car da regi��o de Piracicaba

O uso de res��duos da ind��stria canavieira, em particular o baga��o, �� tema que ganha relev��ncia desde a retomada do mercado de biocombust��veis, quando a produ����o ampliou significativamente o volume daquela biomassa. Existem trabalhos que tratam de apresentar subprodutos e tecnologias alternativas para o uso deste material e um conjunto outro de trabalhos apresenta an��lise de cen��rios de viabilidade econ��mica destas tecnologias. O objetivo deste trabalho �� avaliar pela perspectiva econ��mico-financeira o melhor uso do baga��o da cana em um caso real. Para isto foi utilizada a Teoria das Op����es Reais, como forma de analisar a melhor destina����o do baga��o no horizonte de tempo de cinco anos, em uma dada a regi��o, em um estudo de caso de uma usina sucroenerg��tica com possibilidade de produ����o de etanol de segunda gera����o e/ou venda do baga��o in natura. Desta forma concluiu-se no caso apresentado que a produ����o de etanol de segunda gera����o em escala industrial n��o atrai investimentos e, sob esta ��tica, deve ser postergada pois requer significativa aumento de produtividade por tonelada de mat��ria seca, al��m de substancial redu����o no custo das enzimas de fermenta����o. Ainda, foi poss��vel tamb��m identificar a necessidade de pol��ticas de incentivo para atra����o de investimentos.

Conflito de ag��ncia no cons��rcio DPVAT: uma an��lise �� luz da nova economia institucional sob a perspectiva da teoria da ag��ncia

Diferentes arranjos institucionais resultam em diferentes incentivos para a realiza����o de trocas econ��micas. Com efeito, estruturas regulat��rias implementadas em determinado contexto hist��rico-econ��mico podem resultar em consequ��ncias diversas daquelas originariamente pretendidas, impondo ao regulador a necessidade de constante monitoramento e de interven����es com vistas a diagnosticar e corrigir ou minimizar poss��veis distor����es nas rela����es entre os atores envolvidos. Assim, esta disserta����o tem por objetivo analisar o funcionamento do Cons��rcio do Seguro DPVAT como mecanismo de conex��o entre seus diversos stakeholders. Pretende-se analisar a exist��ncia de conflitos de interesses derivados das diversas rela����es entre as partes interligadas ��� geradas pelo arranjo institucional firmado para a gest��o dos recursos arrecadados com os pr��mios pagos pelos propriet��rios de ve��culo automotor para o Seguro de Danos Pessoais Causados por Ve��culos Automotores de Via Terrestre, ou por sua carga, a Pessoas Transportadas ou N��o (DPVAT) ��� que possam suscitar interven����o regulat��ria no sentido de evit��-los, ou, ao menos, mitig��-los. A pesquisa �� conduzida a partir da identifica����o dos comportamentos esperados de agentes econ��micos autointeressados, tendo por refer��ncia os pressupostos da Nova Economia Institucional sob a perspectiva da Teoria da Ag��ncia, e do exame das principais mudan��as legislativas havidas na estrutura do seguro obrigat��rio de tr��nsito no Brasil nos ��ltimos 50 anos. Na sequ��ncia, com base em elementos te��ricos e emp��ricos, foram identificados e analisados tr��s conflitos de ag��ncia entre os stakeholders do Cons��rcio DPVAT: o primeiro seria aquele havido entre a entidade gestora do Cons��rcio DPVAT (agente) e as sociedades seguradoras consorciadas (principal); o segundo conflito observado refere-se �� rela����o mantida entre a entidade gestora do Cons��rcio DPVAT (agente) e o ��rg��o regulador (principal); e, por fim, o conflito de ag��ncia existente entre a seguradora que administra o referido cons��rcio (agente) e os propriet��rios de ve��culo automotor (principal).

Fundo de investimento imobili��rio: metodologia para subsidiar o investidor a formar uma carteira eficiente

O presente trabalho tem por objetivo subsidiar o investidor de Fundos de Investimento Imobili��rio na escolha de uma carteira de aplica����o de FIIs, visando obter performance igual ou superior ao ��ndice de refer��ncia do setor (IFIX). Tal subs��dio �� constitu��do, inicialmente, por uma metodologia que considera que o conceito de Carteira Eficiente (Risco/Retorno) preconizada por Markowitz pode trabalhar em conjunto com a dimens��o do conceito das Finan��as Comportamentais, liderada por Daniel Kahneman, constituindo as bases de orienta����o do investidor. Acrescentamos o caminho metodol��gico com as indica����es, sugeridas por Bazerman e Moore, no processo de tomada de decis��o, que reduza os efeitos de heur��sticas e vieses.

Altera����es qualitativas em contratos de obra p��blica e a teoria econ��mica dos contratos incompletos : �� poss��vel construir um avi��o em pleno voo?

N��o �� de hoje que o pa��s assiste �� descoberta de incont��veis casos de desvios de recursos p��blicos ou mesmo �� m�� gest��o de contratos de obra p��blica que ocasionam, al��m de grave preju��zo ao Er��rio, danos �� sociedade, muitas vezes desprovida da utilidade que seria proporcionada pelo pactuado. Essas condutas normalmente s��o ensejadas por projetos de engenharia que podem ser considerados meras pe��as de fic����o, pois n��o representam o esfor��o correto para a execu����o do bem que se deseja construir. A Lei n�� 8.666/93 permite a licita����o com base em projeto b��sico, o que, segundo a atual onda de pensamento brasileira, seja da doutrina, dos ��rg��os de controle, do Poder Legislativo e at�� mesmo da m��dia, ��, de fato, um s��rio problema a ser enfrentado, pois a sua contrata����o d�� margem a aditivos, entendidos como os grandes vil��es das obras p��blicas. Por isso, o Tribunal de Contas da Uni��o vem decidindo no sentido de fortemente restringir a possibilidade de altera����o contratual e, al��m disso, tem capitaneado projetos no Congresso Nacional que visam praticamente �� extin����o da empreitada por pre��o unit��rio, esp��cie contratual na qual o risco do projeto, ainda sem as defini����es necess��rias, acaba por ser assumido pela Administra����o contratante, respons��vel pela elabora����o, e n��o pelo seu executor. Contudo, no caso de obras complexas de infraestrutura, deve-se perquirir se essa postura, que pretende acabar com a margem decis��ria do gestor p��blico quanto �� extens��o da incompletude do projeto b��sico - e, portanto, do objeto do contrato -, merece ser repensada, n��o com vistas a possibilitar os recorrentes danos, mas no caminho de uma melhor programa����o das a����es estatais. Isso porque nessas hip��teses, a busca por todas as informa����es necess��rias para a confec����o do projeto a ser ao final executado, no momento da elabora����o do edital, ou �� muito custosa ou simplesmente n��o �� poss��vel. Assim, seria mais eficiente a contrata����o integrada, prevista na Lei do Regime Diferenciado de Contrata����o, na qual o risco do projeto pode se alocado ao contratado. Ocorre que, como existem restri����es, nem sempre �� vi��vel esse caminho. Nessa ordem de ideias, deve-se encontrar uma solu����o para que o tradicional contrato de obra p��blica supere os seus graves problemas de incentivos. A proposta do presente trabalho �� a introdu����o de um procedimento de tomada de decis��o transparente, que confira seguran��a jur��dica e amplo conhecimento da sociedade, al��m de livre acesso aos ��rg��os de controle, a partir de crit��rios n��o apenas jur��dicos, mas econ��micos e t��cnicos.

An��lise do estado da arte das teorias da internacionaliza����o: uma revisita ��s teorias aplicadas aos fatores relacionados ao modo de entrada e �� localiza����o de empresas que buscam a atua����o em mercados estrangeiros

Estudos sobre a internacionaliza����o de empresas avan��am em todos os setores com o objetivo de identificar oportunidades de crescimento e aprendizado para os neg��cios que possuam caracter��sticas globais. O objetivo desse trabalho est�� na revisita����o das teorias de internacionaliza����o para o entendimento da import��ncia dos aspectos de localiza����o e do modo de entrada no movimento pela busca de mercados estrangeiros de forma a assegurar a perman��ncia nos pa��ses que apresentam caracter��sticas diferentes da localidade de origem; consiste tamb��m na verifica����o da necessidade de mitiga����o de problemas referentes aos custos, da defini����o do modo de entrada e da decis��o sobre o portf��lio de produtos que far��o parte da nova unidade de neg��cios. A internacionaliza����o de empresas �� um processo de entrada em novos mercados fora da regi��o onde surgiram e implica em estudos que n��o est��o somente relacionados �� opera����o comercial, mas que demandam an��lises mais abrangentes como o aspecto da dist��ncia f��sica. Um estudo de caso, que complementa essa pesquisa, apresenta os fatores de localiza����o e a escolha do modo de entrada considerados para a internacionaliza����o da Klabin na Argentina e seus aspectos decis��rios com base na estrat��gia da empresa brasileira na prospec����o de oportunidades ao redor do mundo. Caracter��sticas mercadol��gicas identificadas no cen��rio econ��mico da Argentina tamb��m foram considerados para a entrada no pa��s. A pesquisa contempla a teoria de Uppsala, OLI, empreendedorismo internacional e autores como Porter, Dunning, Rugman e Ghemawat que suportam e confrontam as decis��es sobre a internacionaliza����o da Klabin. Foram realizadas entrevistas com os principais executivos da empresa respons��veis pela defini����o do modo de entrada no pa��s e pela gest��o na Argentina encerrando-se, essa pesquisa, com a apresenta����o dos resultados sobre as teorias existentes para a implementa����o da estrat��gia de internacionaliza����o.

Avalia����o microecon��mica do comportamento de investidores frente ��s altera����es de condi����es de mercado : os determinantes da n��o racionalidade dos investidores no mercado de fundos brasileiros

Neste trabalho buscamos identificar os principais determinantes da demanda por fundos de investimento no Brasil atrav��s do modelo Logit, que �� bastante utilizado na teoria das organiza����es industriais. Sempre que poss��vel realizamos ���links��� com os principais conceitos de finan��as comportamentais. Assim, conseguimos aclarar as principais vari��veis que impactam as varia����es de ���market-share��� na ind��stria de fundos de investimento. Conclu��mos que os principais indicadores observados pelos investidores no momento de tomada de decis��o s��o o CDI, a infla����o, a taxa real de juros, a varia����o do d��lar e da bolsa de valores, por outro lado a rentabilidade acumulada dos ��ltimos tr��s meses �� fator decisivo para que o investidor aplique ou resgate um fundo de investimento. Vari��veis de risco e de retorno esperado que imagin��vamos ter forte impacto, n��o se mostraram significativas para as varia����es de ���share���.

An��lise das condicionantes para a escolha do tipo societ��rio: sociedades por a����es de capital fechado e sociedades limitadas

O presente trabalho dedica-se a analisar as peculiaridades dos tipos societ��rios das sociedades an��nimas de capital fechado e das sociedades limitadas, verificando as distin����es relevantes entre cada tipo. Com isso, espera-se contribuir para o entendimento de cada tipo em uma an��lise comparativa, fornecendo subs��dios para uma escolha do tipo societ��rio mais apropriado para cada caso. A an��lise realizada passa por diversas peculiaridades inerentes a cada tipo, bem como por casos em que institutos t��picos de um dos tipos possam ser importados ao outro tipo societ��rio. N��o h�� uma an��lise qualitativa a respeito de cada tipo, tampouco qualquer recomenda����o a respeito. Em linhas gerais, verifica-se que as sociedades limitadas possuem uma estrutura mais simples do que a das sociedades por a����es, embora haja hip��teses em que os mecanismos t��picos das sociedades an��nimas tenham maior agilidade em rela����o �� sociedade limitada. Com isso, para cada situa����o espec��fica, um ou outro tipo pode se configurar como o mais adequado. Este trabalho pretende fornecer elementos que permitam identificar com clareza a adequa����o do tipo mais indicado ao caso concreto.