1000 resultados para Natureza da ciência
Resumo:
O presente trabalho trata do levantamento e anlise fitossociolgica de espcies de plantas daninhas, txicas ou no, infestantes de pastagens, no municpio de Selvria, Estado de Mato Grosso do Sul. Para tanto, foram realizadas visitas peridicas s reas infestadas, tendo sido coletadas excicatas para identificao botnica em dez fazendas da regio. O levantamento foi tanto de natureza quantitativa como tambm de natureza qualitativa. Foram identificadas 73 espcies de plantas, havendo poucas espcies com distribuio generalizada. A famlia MALVACEAE foi a que apresentou o maior nmero de indivduos e a maior densidade, enquanto que as famlias ASTERACEAE e LEGUMINOSAE apresentaram maior nmero de espcies nas reas estudadas. As espcies mais abundantes foram Sida rhombifolia var. typica K. Schum e Sida cordifolia L., ambas classificadas como indivduos solitrios (sol). A espcie com maior freqncia foi S. cordifolia L. com 64,5% em relao rea total estudada. O coeficiente de similaridade para as localidades estudadas variou de 21,6% at 80%, com mdia de 55,8 1,95% (desvio padro da mdia). Foram tambm identificadas diversas espcies txicas ou suspeitas de intoxicao ao gado.
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Este estudo teve o objetivo de caracterizar a superfcie foliar e a composio de ceras epicuticulares das plantas daninhas Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus. As ceras foram extradas, quantificadas e empregadas em cromatografia de camada delgada, a fim de se determinar a composio qumica. Partes centrais das folhas foram submetidas microscopia eletrnica de varredura, para caracterizao da superfcie foliar adaxial e abaxial. Em A. hybridus as ceras foram constitudas basicamente por substncias hidroflicas (lcool, steres); a superfcie foliar no apresentou tricomas ou glndulas, com grande quantidade de estmatos e as ceras formando pequenos grnulos. I. grandifolia apresentou ceras epicuticulares essencialmente hidroflicas e superfcie foliar rugosa, sem tricomas e sem a presena de cristais de ceras. Em C. benghalensis, as ceras apresentaram na sua constituio qumica os hidrocarbonos (n-alcanos), sendo, portanto, relativamente mais hidrofbicas, o que pode influenciar a menor penetrao de herbicidas hidroflicos, como o glyphosate. A superfcie foliar apresentou tricomas e estmatos recobertos pela cera epicuticular. Foi observada tambm a presena de ceras dispersas na superfcie adaxial. Com base nos dados obtidos, concluiu-se que um dos mecanismos de tolerncia em C. benghalensis a herbicidas a penetrao diferencial devido composio qumica das ceras epicuticulares, que apresentam componentes de natureza lipoflica em maior concentrao que as demais espcies estudadas.
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Este trabalho teve por objetivo estabelecer as variaes na atividade aleloptica da substncia qumica titonina, em funo da acetilao de sua molcula. Bioensaios de germinao (25 C de temperatura constante e fotoperodo de 12 horas) e de desenvolvimento da radcula e do hipoctilo (25 C de temperatura constante e fotoperodo de 24 horas) foram desenvolvidos. Como planta receptora, utilizou-se a planta daninha Mimosa pudica (malcia). Anlise de espectros RMN H e 13C e tcnicas de RMN bidimensionais foram realizadas na molcula acetilada. O processo de acetilao produziu a molcula 3'-acetil-7,4'-dimetoxiflavona, que diferiu da molcula original, identificada como 3'-hidroxi-7,4'-dimetoxiflavona. A estrutura da titonina-Ac foi confirmada pelos espectros de RMN H, 13C, DEPT, COSY e HETCOR. A titonina foi acetilada com anidrido actico em piridina. A anlise comparativa da atividade aleloptica das duas substncias revelou que titonina-Ac apresentou maior potencial para inibir tanto a germinao das sementes como o desenvolvimento da radcula e do hipoctilo da planta daninha malcia. A intensidade dos efeitos alelopticos das duas substncias esteve positivamente associada concentrao. O conjunto das informaes obtidas permite sugerir a possibilidade de se aumentar a atividade aleloptica de uma substncia qumica sem comprometer suas peculiaridades biolgicas desejveis natureza e aos interesses da sociedade.
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Nectrios so comuns dentre as Leguminosae, estando freqentemente localizados nas folhas. Objetivou-se caracterizar anatomicamente o caule, a folha e o nectrio extrafloral de Chamaecrista trichopoda, bem como investigar a natureza qumica do secretado do nectrio dessa espcie. As amostras foram submetidas a testes histoqumicos e tcnicas usuais em anatomia vegetal, sendo analisadas ao microscpio de luz e eletrnico de varredura. Os fololos so anfiestomticos e dorsiventrais, apresentando feixes vasculares colaterais com fibras associadas. Nas clulas da bainha do feixe comum a ocorrncia de monocristais. Tricomas tectores unisseriados e multicelulares ocorrem na lmina foliar e no caule. O caule apresenta epiderme unisseriada, com trs a quatro camadas de colnquima subepidrmico, seguido internamente por duas a trs camadas de colnquima. Na camada mais interna do crtex destacam-se idioblastos cristalferos contendo monocristais, o feixe vascular delimitado por fibras e a medula parenquimtica. As caractersticas anatmicas foliares e caulinares corroboram os dados existentes para a subfamlia Caesalpinioideae. O nectrio situa-se na parte adaxial do pecolo e apresenta colorao alaranjada, com o pice formando uma concavidade, bordas levemente abauladas e pednculo com cerca de 1 mm de altura. comum a ocorrncia de pequenas aberturas na superfcie do nectrio e hifas fngicas na fase ps-secretora. Anatomicamente, confirmou-se uma estrutura semelhante de um nectrio, o qual vascularizado por floema e xilema; o parnquima nectarfero ocorre abaixo da epiderme que apresenta cutcula espessa. Caracteres anatmicos do nectrio podem auxiliar na taxonomia do gnero. As anlises histoqumicas evidenciaram o acmulo de tanino nas clulas do parnquima nectarfero, que pode funcionar como uma proteo herbivoria. Observou-se a presena de poros na superfcie do nectrio, que podem ser stios preferenciais de eliminao do nctar. Entretanto, futuras anlises ao microscpio eletrnico de transmisso sero fundamentais para elucidar o processo de eliminao do nctar.
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Muitas substncias qumicas disponveis na natureza, produzidas por plantas ou por microrganismos, podem oferecer novas e excelentes oportunidades para diversificar o controle de pragas na agricultura e na prtica agrcola, e, nesse sentido, os fungos podem contribuir de forma positiva. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o potencial inibitrio na germinao de sementes e no desenvolvimento de plntulas de duas espcies de plantas daninhas em relao aos extratos e substncias qumicas obtidas da biomassa produzida por Pestalotiopsis guepinii - um fungo endoftico da espcie Virola michelii. Foram desenvolvidos bioensaios em condies controladas de 25 C e fotoperodo de 12 horas, para germinao, e de 25 C e fotoperodo de 24 horas, para desenvolvimento da radcula e do hipoctilo. Os extratos brutos foram analisados em concentrao de 1,0% (m/v). Os resultados indicaram os extratos mais polares (MeOH-1 e MeOH-2) como de maior potencial inibitrio, porm os efeitos promovidos pelos extratos hexnicos e acetato de etila foram expressivos, especialmente em relao germinao das sementes. Comparativamente, a germinao das sementes das espcies de plantas daninhas se mostrou mais sensvel aos efeitos do que o desenvolvimento das plntulas. Das espcies receptoras, Mimosa pudica (malcia) apresentou maior sensibilidade aos efeitos inibitrios dos extratos. Entretanto, na germinao de sementes da espcie Senna obtusifolia (mata-pasto), o extrato MeOH-1 apresentou 100% de inibio. As substncias ergosterol e perxido de ergosterol, isoladas do extrato hexnico, quando testadas isoladamente, apresentaram potencial inibitrio sempre abaixo dos 35%, no repetindo o potencial inibitrio do extrato hexnico, de onde foram isoladas. Quando testadas juntas, no se verificaram aumentos expressivos na atividade herbicida, embora acrscimos na atividade inibitria tenham sido observados.
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A alelopatia um importante mecanismo que influencia a estabilidade de agroecossistemas. A identificao desse carter, em muitos casos, realiza-se via anlise dos efeitos de extratos brutos polares. No presente trabalho, caracterizou-se a atividade aleloptica do cip-d'alho (Mansoa standleyi - Bignoniaceae), analisando-se, comparativamente, o extrato hidroalcolico e o leo essencial das folhas da planta, procurando-se estabelecer a necessidade de se considerar, em estudos dessa natureza, a abordagem envolvendo extratos apolares. Realizaram-se bioensaios de germinao e desenvolvimento da radcula e do hipoctilo de malcia (Mimosa pudica), em perodos de dez dias, empregando-se concentraes de 0,5%, 1,0% e 2,0%. Foram identificados, ainda, os principais constituintes qumicos do leo essencial. Os resultados indicaram que tanto o extrato hidroalcolico como o leo essencial apresentaram potencial para inibir a germinao e o desenvolvimento da radcula e do hipoctilo. O extrato hidroalcolico manifestou maior potencial inibitrio sobre a germinao, enquanto o leo essencial promoveu inibies mais expressivas sobre o desenvolvimento da radcula e do hipoctilo. Os efeitos estiveram positivamente associados concentrao, com efeitos mximos e mnimos obtidos nas concentraes de 2,0% e 0,5%, respectivamente. Compostos sulfurados, como o dissulfeto de dialila (42,15%) e o trissulfeto de dialila (11,25%), isoladamente ou em associao, esto envolvidos nos efeitos alelopticos promovidos pelo leo essencial. Adicionalmente, os resultados obtidos apontam para a necessidade de se considerar a utilizao de extratos apolares quando da anlise da atividade aleloptica de uma dada planta, especialmente se no houver informaes sobre a produo de leo essencial pela planta prospectada.
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Exemplos de interaes entre microrganismos endofticos e suas plantas hospedeiras so usados para demonstrar a importncia da Botnica no desenvolvimento da biotecnologia e para a preservao da biodiversidade. Como concluso, uma viso holstica da ciência atual torna irrelavante qualquer distino entre aspectos bsicos e aplicados da ciência, principalmente quando se consideram as ciências biolgicas, como o caso da Botnica.
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reas verdes, ruas e praas arborizadas em locais urbanos so caractersticas que apenas recentemente adquiriram relevncia no mundo ocidental. Parece que os habitantes antigos das cidades no valorizavam uma estreita proximidade com plantas. Neste artigo, sugere-se que isso uma conseqncia de uma ruptura entre o homem e a natureza, que ocorreu na emergncia da tradio judaico-crist na histria da civilizao ocidental. A ausncia de laos entre natureza e cristianismo evidente na ausncia de rvores, jardins e outros aspectos representativos da natureza em torno de templos cristos. O cristianismo tambm representou o fim da mitologia, um processo que conduziu ao desenvolvimento do pensamento racional, favorecendo assim o desenvolvimento da ciência. Por seu turno, as conquistas cientficas dos sculos 17 e 18 reforaram a confiana na superioridade do ser humano e fortaleceram o suposto direito do homem, baseado em fundamentos religiosos, de domnio sobre a natureza. A sobrevalorizao dos conhecimentos derivados da ciência e do mundo civilizado e a negao dos valores dos povos selvagens conquistados levaram extino das tradies e lnguas de muitas naes nativas. Uma ressurgncia dos valores ligados natureza no mundo civilizado ocidental ocorreu apenas com o Movimento Romntico do sculo 19, ainda restrito elite. Uma forte valorizao dos componentes naturais veio no sculo 20, especialmente em suas ltimas dcadas, com o Movimento Ambientalista. Mas a antiga noo de que a natureza existe para servir ao homem ainda prevalece em muitos setores da sociedade. Defende-se aqui o ponto de vista de que necessrio recorrer-se a itens ticos e morais para defender e preservar a natureza. Especial nfase dada ao argumento de que uma importante contribuio ao Movimento Ambientalista Mundial seria a unio de todas as religies, assumindo como uma de suas prioridades a proteo da natureza e dos seres silvestres, uma vez que itens ligados tica e moral so melhor absorvidos pela mente humana quando administrados por via religiosa.
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Este paper trata das relaes sociais estruturadas no mbito das Reservas Particulares do Patrimnio Natural (RPPNs), reas naturais protegidas pela legislao ambiental que podem ser institucionalizadas em domnios privados. Emerge, nesse contexto, uma nova identidade social, o "RPPNista", aquele que alm de deter a propriedade privada do espao natural ainda recebe e se autoatribui o direito e o dever de zelar por sua proteo. Atravs de articulaes, acordos, dissensos, produzidos nesse campo de relaes, constitui-se a "comunidade RPPNista". Pretende-se refletir aqui sobre o "campo de possibilidades" a partir do qual se estruturam os projetos dos RPPNistas e sobre como, ao instituir tal comunidade de sentidos, esses sujeitos reconfiguram a si mesmos, enquanto constroem simbolicamente a natureza apropriada como reserva particular.
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Foram testadas cinco lipases microbianas produzidas no Laboratrio de Bioqumica de Alimentos-FEA-UNICAMP, quanto capacidade de catalisar a sntese de steres formadores de aroma por esterificao em meio isento de solvente orgnico. A natureza da enzima assim como o tamanho da cadeia dos cidos afetaram as taxas de converso obtidas.Os melhores resultados obtidos foram 88 % de converso na sntese de laurato de isoamila e 72% para propionato de isoamila pela lipase de Rhizopus sp aps 24 horas de incubao, seguido de 82% de converso na sntese de acetato de isopropila por Alcaligenes sp aps 24 horas de incubao.
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A pesquisa foi conduzida com o objetivo de analisar a vida til e o processo de deteriorao do pacu (Piaractus mesopotanicus) armazenado sob refrigerao em temperatura inadequada (5C). Amostras do pescado, imediatamente aps a captura, foram armazenadas a 5C e analisadas nos intervalos de 0-7-14 e 21 dias, com relao a caractersticas sensoriais e de natureza qumica (bases nitrogenadas volteis - BNV, nitrognio no protico - NNP, aminocidos livres totais, histidina livre e histamina) e microbiolgicos (contagem padro, produtores de histamina em gar Niven, contagem de microrganismos gelatinase e H2S positivos, nas temperaturas de 35C, 20 e 5C). Os resultados obtidos confirmaram que, a exemplo de outros peixes fluviais de regies tropicais, o pacu revelou-se bastante resistente ao armazenamento, somente evidenciando uma alterao marcante aps 14 dias de estocagem. Assim mesmo, a rejeio do pescado foi baseada principalmente em caractersticas sensoriais (odor, aspecto, textura) uma vez que com relao aos ndices qumicos (BNV) e mesmo microbiolgicos, no se caracterizava uma situao definitiva de deteriorao e rejeio. Observou-se, tambm, que o processo de deteriorao pareceu concentrar-se principalmente no muco superficial, sendo que as caractersticas qumicas do tecido muscular no evidenciaram alteraes marcantes, mesmo aps 21 dias de armazenamento. A presena de histamina no foi positivada nas amostras e os nveis de histidina livre, embora relativamente elevadas, no sugerem maiores riscos desta espcie de peixe como eventual veculo de intoxicao por histamina. No entanto, bactrias his+ foram isoladas das amostras iniciais, entre elas cepas de Plesiomonas shigelloides e Vibrio fluvialis. A microbiota contaminante natural foi reduzida, predominando microrganismos mesfilos/psicrotrfilos, com baixas contagens iniciais a 5C. Ao longo do armazenamento a 5C esta microbiota mostrou uma lenta multiplicao, somente sendo alcanadas populaes compatveis com o processo de deteriorao (> log7,0 UFC/cm) aps 14 dias de estocagem.
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A evoluo qumica e sensorial de um vinho depende da possvel presena de oxignio e tambm da natureza e concentrao dos compostos fenlicos, da temperatura, da concentrao de dixido de enxofre e das caractersticas fsico-qumicas iniciais do vinho. A oxidao de vinhos brancos e suas consequncias na cor e no aroma prejudicam sua qualidade e devem ser evitadas. O nvel de fenis em vinhos pode ser reduzido pelo uso de produtos enolgicos, tais como: gelatina, casena, carvo ativado ou polmeros como a polivinilpolipirrolidona (PVPP). A remoo de compostos fenlicos tem um efeito favorvel na cor e na sensibilidade do vinho oxidao. Foram avaliadas as caractersticas fsicas, qumicas e sensoriais do vinho branco seco Sauvignon blanc tratado com PVPP, nas concentraes de 0,5; 1,0 e 1,5g/l. A reduo nos teores de fenis totais e de flavonides, assim como a diminuio na intensidade de cor, foram diretamente proporcionais ao aumento na concentrao do polmero. Os tratamentos com PVPP no alteraram os valores de pH e a acidez total das amostras. Doses de PVPP acima de 0,5g/l exerceram pouca influncia na remoo dos cidos 4-hidroxibenzico e 4-hidroxi-3,5-dimetoxibenzico. O uso de 1,5g/hl de PVPP removeu significativamente os cidos 3,4-dihidroxibenzico e 4-hidroxi-3-metoxibenzico. Em todas as concentraes estudadas, o polmero foi bastante seletivo para 3,3',4',5,7-pentahidroxiflavanona (catequina). Os resultados mostraram que as caractersticas sensoriais das amostras tratadas foram similares s da amostra sem tratamento, devido aos baixos teores de fenis totais e de flavonides.
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A sntese orgnica catalisada por enzimas envolve um mecanismo complexo dependente do tipo de substrato, enzima, solvente orgnico e teor de gua no meio reacional. Neste trabalho foi estudado a influncia de alguns desses parmetros no rendimento da esterificao do butanol com cido butrico, utilizando uma preparao enzimtica comercial de lipase. A polaridade e natureza do solvente, bem como a razo molar entre o butanol e cido butrico, foram considerados os fatores que mais influenciaram o desenvolvimento dessa sntese enzimtica.
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O uso de substncias anabolizantes, de natureza hormonal ou no, muito difundida na pecuria de corte dos pases maiores produtores de carne bovina (EUA, Austrlia, Argentina, Canad, etc.). Dentre estas destacam-se o banido dietilestilbestrol (DES) e o controlado zeranol, que aumentam o ganho de peso vivo, o peso da carcaa, a eficiência alimentar e o percentual de carne. O uso porm, pode ocasionar a presena de resduos nos tecidos e rgos dos animais que so utilizados como alimento. A presena de resduos representa um perigo potencial para a sade humana, o que levou vrios pases, inclusive o Brasil, a proibirem a utilizao destes produtos. O objetivo do presente trabalho foi o de verificar, se a carne colhida no perodo de julho de 1993 a novembro de 1994, em matadouros frigorficos pertencentes a Lista Geral dos Exportadores, atende a legislao vigente quanto ao uso destes anabolizantes. Para isto, foram analisadas por radioimunoensaio, 416 amostras de fgado para pesquisa de DES e 385 para zeranol. Observou-se que o DES no foi detectado em nenhuma das amostras (p > 0,05), enquanto que o zeranol foi detectado em duas (p < 0,05). A presena do zeranol nestas amostras foi confirmada por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (p < 0,05). A recuperao mdia obtida na fase extrativa (H-DES) foi de 62,6 5,7% , enquanto que na fase extrativa + radioimunoensaio (DES), esta recuperao foi de 83,8 16,8%. Quanto ao zeranol as recuperaes mdias obtidas foram de 63,0 5,8% na fase extrativa (H-zeranol) e 94,8 13,8% na fase extrativa + radioimunoensaio (zeranol). Concluiu-se portanto, que a carne bovina brasileira atende a legislao vigente quanto a ausncia de resduos de DES, no entanto, contraria quanto ao zeranol, pois foi confirmada uma freqncia de 0,52% de amostras positivas.
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Os compostos volteis da aguardente de cana foram extrados por meio da concentrao dinmica do "headspace" em armadilhas contendo Tenax-TA e analisados por cromatografia gasosa-espectrometria de massas. Cerca de 100 compostos volteis, com nmero de carbonos que variavam de 5 a 18, foram detectados. Destes, 22 foram selecionados, sendo 18 steres, com base nas suas quantidades no extrato ou nas suas caractersticas sensoriais obtidas na literatura. Os compostos presentes em maiores quantidades foram o 3-metil-1-butanol (lcool isoamlico), 1,1-dietoxi-etano (acetaldedo dietil acetal) e os steres acetato de 3-metilbutila, hexanoato de etila, octanoato de etila, decanoato de etila e dodecanoato de etila. Dentre os compostos identificados em menor quantidade, destacou-se, devido a sua natureza qumica, o composto sulfurado 4,5-de-hidro-2-metil-3(2H)-tiofenona. Esta a primeira vez que este e outros compostos volteis so reportados em aguardente de cana. Conclui-se que a metodologia empregada neste trabalho permitiu a identificao de compostos volteis da frao C5-C18, que potencialmente contribuem para o aroma da aguardente de cana.