999 resultados para IRRIGAÇÃO (CIRURGIA BUCAL)
Resumo:
OBJETIVO: descrever os resultados do tratamento da síndrome de transfusão feto-fetal grave com a ablação vascular placentária a laser em um centro universitário do Brasil. MÉTODOS: estudo observacional retrospectivo que incluiu pacientes tratadas na Universidade Estadual de Campinas entre 2007 e 2009. A ablação vascular placentária foi realizada em casos de transfusão feto-fetal grave (estágios II, III e IV de Quintero) diagnosticados até a 26ª semana de gravidez. As principais variáveis avaliadas foram a idade gestacional no parto, a sobrevida (alta do berçário) de pelo menos um gêmeo e o comprometimento neurológico nos sobreviventes. Regressão logística foi utilizada para investigar a influência do comprimento do colo uterino, da idade gestacional e do estágio da doença (antes da cirurgia) sobre o parto/abortamento e o óbito fetal após a intervenção, sobre o parto pré-termo extremo e a sobrevida. RESULTADOS: em toda a amostra, pelo menos uma criança sobreviveu em 63,3% dos casos (19/30). Entre as gestantes que não tiveram parto/abortamento após à cirurgia, a sobrevida de pelo menos um gêmeo foi 82,6% (19/23). Nesse subgrupo (n=23), a idade gestacional média no parto foi 31,9 semanas e o comprometimento neurológico ocorreu em um neonato (1/31; 3,2%). O comprimento do colo uterino influenciou na ocorrência de parto/abortamento após a cirurgia (valor de p=0,008). Entre sete pacientes (7/30; 23,3%) que apresentaram essa complicação, cinco (5/7; 71,4%) tinham medidas do colo uterino menores do que 15 mm. Entre as 23 gestantes que não tiveram parto/abortamento após a cirurgia, os estágios mais avançados da doença (III e IV) aumentaram o risco de parto antes de 32 semanas (valor de p=0,025) e diminuíram a chance de sobrevida de ambas as crianças (valor de p=0,026). CONCLUSÕES: os resultados são semelhantes aos descritos na literatura. Na presente amostra, os principais fatores associados a piores resultados foram o colo uterino curto (menor do que 15 mm) e os estágios mais avançados da doença (III e IV) no momento em que o tratamento foi realizado.
Resumo:
A cirurgia bariátrica vem sendo considerada, na atualidade, uma alternativa ao tratamento de obesidade mórbida refratária a tratamentos clínicos convencionais. As cirurgias mais usadas, radicais e invasivas, apresentam resultados melhores e mais rápidos, porém estão mais sujeitas a complicações clínicas e cirúrgicas, como obstruções e suboclusões intestinais. Gestações em mulheres que se submetem a este tipo de cirurgia são cada vez mais frequentes e as complicações relacionadas cada vez mais descritas. Apresentamos o caso clínico de mulher grávida previamente submetida à cirurgia bariátrica que desenvolveu quadro de suboclusão com intussuscepção intestinal. Essa complicação extremamente grave requer muita atenção para seu diagnóstico, utilizando-se exames de imagem e laboratório não empregados usualmente durante a gravidez. A gestação confunde e dificulta sua interpretação, além de o único tratamento de bom resultado ser invasivo, a laparotomia exploradora, ser indesejável no período. A morbidade e mortalidade materna, fetal e perinatal costumam ser elevadas. No caso descrito, o parto ocorreu de forma espontânea nas primeiras horas de internação, antes de o procedimento cirúrgico ser executado. A evolução foi boa e paciente e recém-nascido, embora prematuro, evoluíram bem e tiveram alta em boas condições.
Resumo:
Em pacientes grávidas portadoras de câncer de colo de útero (CCU), as opções terapêuticas dependem da idade gestacional, do estágio clínico e do desejo da paciente. Alguns autores relataram casos de quimioterapia neoadjuvante seguidos de cirurgia radical nessas pacientes. O objetivo deste artigo foi revisitar o assunto, adicionar um novo caso e revisar a literatura. Relatamos o caso de uma mulher de 30 anos, na 24ª semana de gestação, que teve diagnóstico de câncer de colo de útero (carcinoma escamoso grau II), estágio IIB (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia - FIGO). Nulípara, a paciente recusou a interrupção da gravidez. Após meticuloso esclarecimento, a paciente aceitou tratamento com quimioterapia neoadjuvante com cisplatina 75 mg/m² e vincristina 1 mg/m², além de posterior avaliação de cirurgia radical e parto cirúrgico concomitantes. Quatros ciclos completos de quimioterapia foram administrados sem atrasos ou efeitos adversos importantes. Poucos dias antes da data programada para a cirurgia, a paciente foi admitida em trabalho de parto na 37ª semana de gestação. Devido à resposta clínica completa do tumor, a equipe obstétrica optou por monitorar o trabalho de parto, e a paciente deu à luz um recém-nascido de 2.450 g, sem intercorrências. A cirurgia radical foi realizada três dias após o parto, e a análise histopatológica revelou carcinoma confinado ao colo sem envolvimento linfonodal. Mãe e filho se encontram em bom estado geral 12 meses após o parto. Quimioterapia baseada em cisplatina durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez parece ser uma opção para as pacientes que não desejam a interrupção da gravidez enquanto se aguarda a maturidade fetal. Entretanto, estudos adicionais são necessários para confirmar o prognóstico e a segurança dos recém-nascidos e das pacientes.
Resumo:
O herbicida sistêmico imazapyr foi usado no controle da taboa (Typha subulata Crespo & Peres-Moreau f.) em drenos de irrigação, como alternativa ao controle mecânico. O resíduo do princípio ativo do herbicida na água foi analisado por cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A curva de dissipação de imazapyr mostrou que o herbicida pode ser usado para o controle de taboa em drenos de irrigação, sem causar danos a culturas vizinhas, desde que a água seja usada, no mínimo, depois de 1,6 a 3,7 dias da aplicação das doses de 500 a 1500 g ha-1, respectivamente.
Resumo:
Muitas vezes a profundidade de lixiviação dos herbicidas aplicados ao solo afeta a seletividade destes às culturas. O objetivo deste trabalho foi estudar a lixiviação do herbicida s-metolachlor em cinco tipos de solos (Podzólico Vermelho-Amarelo, Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Amarelo, Areia Quartzosa-turfosa e Areia Quartzosa), bem como avaliar o efeito do manejo das primeiras irrigações antes e após a aplicação do herbicida sobre esse processo, por meio de bioensaios, relacionando os resultados encontrados com possíveis efeitos fitotóxicos ocorridos em algumas culturas comerciais. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, utilizando-se colunas de lixiviação, sendo compostos de oito tratamentos, formados da combinação de dois tipos de irrigação inicial (lâmina de irrigação de 25 mm antes ou depois da aplicação do s-metolachlor) com quatro faixas de profundidade de coleta dos solos (0-5, 5-10, 10-15 e 15-20 cm), com cinco tipos de solos. O herbicida s-metolachlor foi pulverizado na dose de 1,92 kg ha-1 em todos os tratamentos, e a planta indicadora utilizada foi o sorgo-granífero (Sorghum bicolor), híbrido BR 304. Observou-se tendência de maior lixiviação e maior disponibilidade do s-metolachlor em todos os solos avaliados quando a irrigação foi realizada após a aplicação do herbicida. Na Areia Quartzosa ocorreu a maior lixiviação e disponibilidade do herbicida. Em todos os solos, o s-metolachlor concentrou-se na camada mais superficial do solo de 0-5 cm. Conclui-se que solos com baixos teor de matéria orgânica e CTC efetiva aumentam a predisposição da ocorrência de efeitos fitotóxicos do s-metolachlor às culturas e a probabilidade de contaminação de águas subterrâneas.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho avaliar a eficiência do s-metolachlor no controle de Brachiaria plantaginea na cultura do feijão, em duas condições de irrigação associadas às aplicações do herbicida. O trabalho foi conduzido a campo, entre os meses de setembro e dezembro de 1998, em solo Podzólico Câmbico, fase terraço, com 35,0 dag kg-1 de argila e 3,6 dag kg-1 de matéria orgânica. Foram realizados dois ensaios, tendo como única diferença na metodologia entre ambos o fato de que no primeiro foi aplicada uma lâmina de 20 mm de água imediatamente antes do tratamento com o herbicida, e, no segundo, a aplicação da mesma lâmina foi imediatamente após a aplicação do herbicida. Foram avaliadas seis doses do s-metolachlor (0; 0,48; 0,72; 0,96; 1,20; e 1,92 kg ha-1), associadas a duas épocas de avaliação (20 e 35 dias após a emergência). A eficiência de controle de B. plantaginea não foi influenciada pelo manejo inicial da irrigação, mostrando-se superior a 81,0% para doses a partir de 0,96 kg ha-1. O s-metolachlor manteve bom controle de B. plantaginea até os 35 DAE, tempo suficiente para ocorrer o sombreamento total do solo pela cultura do feijão.
Resumo:
A herbigação (aplicação de herbicidas via irrigação) vem se expandindo no Brasil, embora os resultados de pesquisas de avaliação desta técnica sejam escassos e pouco conhecidos, principalmente quando ela é feita com herbicidas aplicados em condições de pósemergência (PÓS) das plantas daninhas. O objetivo desta revisão foi fazer um levantamento das principais publicações científicas disponíveis relacionadas à aplicação de herbicidas de PÓS via irrigação por aspersão. Na maioria dos estudos revisados foi utilizado um simulador de irrigação por aspersão, e as doses de herbicidas empregadas na herbigação foram as mesmas utilizadas na aplicação convencional (pulverização). As lâminas de água empregadas na herbigação variaram de 1 a 14 mm (10.000 a 140.000 L ha-1). Os herbicidas mais estudados por essa técnica e que foram eficazes no manejo de plantas daninhas são: bromoxynil, acifluorfen, fomesafen, lactofen e os herbicidas ariloxifenoxipropionatos. Os herbicidas atrazine, chlorsulfuron, dicamba, sethoxydim e triasulfuron participaram de pelo menos um estudo e apresentaram potencial de controle eficiente de plantas daninhas através da herbigação. Esses herbicidas têm pelos menos duas das seguintes características: baixa solubilidade em água, rápida absorção pela folhagem e absorção pelas raízes. A eficiência desses herbicidas não foi alterada ou foi pouco alterada pela variação de lâminas de água empregadas na herbigação. A mistura de óleo não-emulsificante com o herbicida antes da injeção na água de irrigação pode aumentar a deposição e retenção do produto na folhagem das plantas daninhas. Outros fatores que também podem afetar a eficiência desses herbicidas via água de irrigação são a qualidade da água e o horário de aplicação. Não foram eficazes na herbigação os herbicidas bentazon, glyphosate e paraquat. São herbicidas de alta solubilidade em água, sendo mais lentamente absorvidos pelos tecidos foliares e/ou não são absorvidos pelas raízes.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a lixiviação no solo dos herbicidas metolachlor e fomesafen aplicados com água de irrigação de pivô central, nos plantios direto (palha de milho e de plantas daninhas) e convencional, na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris) em um Argissolo Vermelho-Amarelo câmbico. Foi conduzido um experimento, com três repetições, no qual o metolachlor (2,4 kg ha-1) foi aplicado, em pré-emergência, com lâminas de água de 5, 10 e 15 mm, e o fomesafen (0,225 kg ha-1), em pós-emergência, com 3, 6 e 9 mm. Os herbicidas também foram aplicados com pulverizador costal. Para a avaliação da lixiviação, foram conduzidos bioensaios em casa de vegetação, coletando-se amostras de solo, quinzenalmente, nas camadas de 0-5, 5-10 e 10-15 cm de profundidade, num total de três repetições. A primeira amostra, de um total de quatro, foi retirada 15 dias após a aplicação. Como planta-teste foi utilizado sorgo (Sorghum bicolor), híbrido BR 304. Quinze dias após a semeadura, as plantas foram coletadas inteiras (parte aérea e raízes) para a determinação da massa seca. No plantio direto, o metolachlor, independentemente do método de aplicação, não sofreu lixiviação nem apresentou atividade no solo aos 15 dias após a aplicação. No plantio convencional, a herbigação do metolachlor só afetou o crescimento do sorgo cultivado na camada de solo mais superficial (0-5 cm de profundidade) aos 15 dias após a aplicação. O fomesafen, independentemente do método de aplicação e do sistema de plantio, foi lixiviado até 10 cm de profundidade e detectado até na última data de amostragem (60 dias após a aplicação). A aplicação do metolachlor e do fomesafen com água de irrigação apresentou-se segura em relação à movimentação no solo.
Resumo:
A aplicação de herbicidas via água de irrigação (herbigação) por aspersão, especialmente por pivô central, vem crescendo no Brasil. O objetivo deste estudo foi investigar a eficácia de doses de fomesafen aplicado via água de irrigação por aspersão no controle de Euphorbia heterophylla. Os tratamentos foram dispostos no esquema fatorial (4 x 3 x 2) + 3, sendo quatro doses do fomesafen (60, 120, 180 e 240 g ha-1), três estádios de desenvolvimento de E. heterophylla (1, 7 e 14 dias após a emergência - DAE), dois métodos de aplicação (pulverização e herbigação) e testemunhas sem herbicida (uma para cada estádio de desenvolvimento da planta daninha). Foi empregado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada unidade experimental constou de um vaso com 4,0 L de solo, onde foram distribuídas 50 sementes dessa planta daninha. A pulverização foi feita com 200 L ha-1 de calda; na herbigação foi usada lâmina de água de 4,72 mm, aplicada por simulador de irrigação. E. heterophylla foi mais suscetível ao fomesafen com 1 DAE. Neste estádio, a herbigação controlou-a melhor que a pulverização nas doses de 180 e 240 g ha-1. Na aplicação aos 7 DAE, geralmente a pulverização foi mais eficaz que a herbigação, mas o controle da planta daninha não foi satisfatório. Aplicado com 14 DAE, o herbicida, independentemente da dose e do método de aplicação, proporcionou controle pobre ou nenhum.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia do metolachlor e do fomesafen aplicados com água de irrigação (herbigação) no controle de plantas daninhas na cultura do feijão, em plantio direto e convencional. O plantio direto foi implantado sobre palha de milho e de plantas daninhas. No plantio convencional, o preparo de solo foi feito com uma aração e duas gradagens. A variedade de feijão utilizada foi a Pérola, semeada no final de julho. O metolachlor e o fomesafen foram aplicados em pré-emergência e pós-emergência, respectivamente, utilizando um pivô central. O metolachlor (2,4 kg ha-1) foi aplicado com lâminas de água de 5, 10 e 15 mm, e o fomesafen (0,225 kg ha-1), com 3, 6 e 9 mm. Os herbicidas também foram aplicados por pulverização. Foram incluídas duas testemunhas: feijão com e sem capina. Quatro dias antes e quatro dias depois da aplicação do metolachlor foi aplicada lâmina de água de 10 mm em toda a área experimental. A espécie daninha predominante no plantio direto foi Bidens pilosa e, no plantio convencional, Artemisia verlotorum. Outras espécies de plantas daninhas que ocorreram na área experimental foram agrupadas em outras dicotiledôneas e monocotiledôneas. O nível de controle de plantas daninhas foi, em geral, melhor com a herbigação que com a pulverização, independentemente do sistema de plantio. As lâminas de água de 5 ou 10 mm, para o metolachlor, e de 3 ou 6 mm, para o fomesafen, proporcionaram, em geral, os melhores resultados. As produtividades alcançadas no plantio direto foram maiores, em relação ao plantio convencional.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar os herbicidas penoxsulam, inibidor da ALS, e clomazone, inibidor da síntese de carotenóides, aplicados em pré-emergência em doses crescentes, submetidos a diferentes entradas de água (19, 24 e 29 dias após emergência - DAE), sobre o estabelecimento inicial da cultura e crescimento das plantas de arroz BRS Pelota. O penoxsulam apresentou baixa intoxicação tanto na parte aérea quanto nas raízes das plantas de arroz, com efeitos mais acentuados sobre as raízes. O início da irrigação até os 24 DAE associado a doses de até 54 g ha-1 de penoxsulam e de até 300 g ha-1 de clomazone ocasionaram danos mínimos à parte aérea e às raízes do arroz BRS Pelota. No entanto, doses de clomazone acima das indicadas, associadas à irrigação da lavoura aos 19 DAE, causaram forte intoxicação às plantas de arroz.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do início da irrigação, associado a doses dos herbicidas penoxsulam e clomazone, no controle de plantas daninhas e rendimento de grãos da cultura do arroz. O experimento foi conduzido em blocos casualizados e parcelas subsubdivididas, com entradas de água (19, 24 e 29 dias após emergência) e os herbicidas penoxsulam (18, 36, 54 e 72 g ha-1) e clomazone (300, 400, 500 e 600 g ha-1) aplicados em préemergência da cultura e das plantas daninhas. Os herbicidas penoxsulam, entre 18 e 72 g ha¹, e clomazone, entre 400 e 600 g ha-1, aplicados em pré-emergência na cultura do arroz irrigado, permitiram o início da irrigação até os 29 dias após emergência sem prejuízos no controle de plantas daninhas ou no rendimento de grãos da cultura.