999 resultados para Doenças cardiovasculares Fatores de risco - Teses
Resumo:
OBJETIVO: A mortalidade dos pacientes diabticos maior do que a da populao em geral e decorre especialmente das doenças cardiovasculares. O objetivo do estudo foi identificar a prevalncia dos fatores de risco cardiovasculares em indivduos com diabetes mellitus (DM) ou glicemia de jejum alterada, a fim de direcionar as aes em sade. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, com amostragem aleatria por conglomerado, constituda de 1.066 individuos, representativa da populao urbana adulta (>20 anos) do Estado do Rio Grande do Sul, realizado entre 1999 e 2000. Foi aplicado um questionrio estruturado sobre os fatores de risco coronariano e as caractersticas sociodemogrficas a todos os adultos maiores de 20 anos residentes no domiclio selecionado. Aps.os pacientes foram submetidos avaliao clnica e coleta de sangue para determinao de colesterol total e glicemia de jejum. Para a anlise dos dados foi utilizado o pacote estatstico Stata 7. Foi estabelecido nvel prvio de significncia de 5%. As variveis categricas foram comparadas utilizando-se qui-quadrado de Pearson, enquanto que as contnuas mediante teste t de Student ou Anova, alm de anlise multivarivel, todas controladas para efeito de conglomerado. RESULTADOS: De 992 indivduos, 12,4% eram diabticos e 7,4% apresentavam glicemia de jejum alterada. Dos fatores de risco estudados, os indivduos com algum grau de alterao da homeostase glicmica apresentaram maior prevalncia de obesidade (17,8, 29,2 e 35,3% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p<0,001), hipertenso (30,1, 56,3 e 50,5% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p<0,001) e hipercolesterolemia (23,2, 35,1 e 39,5% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p=0,01). CONCLUSES: Indivduos com alterao da homeostase glicmica representam um grupo-alvo para a definio de aes preventivas em nvel individual e populacional devido maior prevalncia de fatores de risco para doena arterial coronariana.
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OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando preveno e controle da hipertenso.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de bronquite aguda, rinite e sinusite em crianas e adolescentes e identificar fatores associados. MTODOS: Estudo transversal, de base populacional. Foi realizado inqurito domiciliar com 1.185 crianas e adolescentes de So Paulo, SP, de 2008 a 2009. Os participantes foram selecionados a partir de amostragem probabilstica, estratificada por sexo e idade e por conglomerados em dois estgios. Para anlise ajustada foi realizada regresso mltipla de Poisson. RESULTADOS: Dos entrevistados, 7,3% referiram bronquite aguda, 22,6% rinite e 15,3% sinusite. Aps anlise ajustada, associaram-se bronquite aguda auto-referida: idade de zero a quatro anos (RP = 17,86; IC95%: 3,65;90,91), cinco a nove anos (RP = 37,04; IC95%: 8,13;166,67), dez a 14 anos (RP = 20,83; IC95%: 4,93;90,91), referir ter alergia (RP = 3,12; IC95%: 1,70;5,73), cor da pele preta/parda (RP = 2,29; IC95%: 1,21;4,35) e morar em domiclio com um a trs cmodos (RP = 1,85; IC95%: 1,17;2,94); rinite auto-referida: idade dez a 14 anos (RP = 2,77; IC95%: 1,60;4,78), 15 a 19 anos (RP = 2,58; IC95%: 1,52;4,39), referir ter alergia (RP = 4,32; IC95%: 2,79;6,70), referir ter asma (RP = 2,30; IC95%: 1,30;4,10) e morar em apartamento (RP = 1,70; IC95%: 1,06;2,73); sinusite auto-referida: idade cinco a nove anos (RP = 2,44; IC95%: 1,09;5,43), dez a 14 anos (RP = 2,99; IC95%: 1,36;6,58), 15 a 19 anos (RP = 3,62; IC95%: 1,68;7,81), referir ter alergia (RP = 2,23; IC95%: 1,41;3,52) e apresentar obesidade (RP = 4,42; IC95%: 1,56;12,50). CONCLUSES: As doenças respiratrias foram mais prevalentes em grupos populacionais com caractersticas definidas, como grupo etrio, doenças auto-referidas, tipo de moradia e obesidade.
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As Doenças Crnicas No Transmissveis representam a maior carga de morbimortalidade no Brasil. Em 2011, o Ministrio da Sade lanou seu Plano de Aes Estratgicas para o Enfrentamento das Doenças Crnicas No Transmissveis, enfatizando aes populacionais para controlar as doenças cardiovasculares, diabetes, cncer e doena respiratria crnica, predominantemente pelo controle do fumo, inatividade fsica, alimentao inadequada e uso prejudicial de lcool. Apesar da produo cientfica significativa sobre essas doenças e seus fatores de risco no Brasil, poucos so os estudos de coorte nessa temtica. Nesse contexto, o Estudo Longitudinal da Sade do Adulto (ELSA-Brasil) acompanha 15.105 servidores pblicos do Pas. Seus dados espelham a realidade brasileira de altas prevalncias de diabetes e hipertenso e dos fatores de risco. A diversidade das informaes produzidas permitir aprofundar o entendimento causal dessas doenças e subsidiar polticas pblicas para seu enfrentamento.
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As doenças cardiovasculares lideram as causas de mortalidade no mundo e em Portugal. Alguns dos fatores de risco (FR) associados so sexo masculino, idade avanada, hipertenso arterial, hipercolesteremia, tabagismo, obesidade e sedentarismo, cuja sinergia amplifica o risco cardiovascular. Realizou-se um rastreio em indivduos da regio norte de Portugal, com o objetivo de determinar, pela tabela derivada do projeto SCORE, o Risco Cardiovascular Absoluto e o Risco Cardiovascular Relativo e Risco Cardiovascular Absoluto Projetado aos 60 anos. Verificou-se a presena de vrios FR na amostra em estudo. A avaliao do risco permite estimar a interao de FR individuais, fundamentando a definio de estratgias interventivas, com potenciais ganhos em sade.
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INTRODUCTION: Carotid intima-media thickness (cIMT) is considered an early marker for atherosclerosis, but there are few studies on the expression of this marker in younger populations. OBJECTIVES: To evaluate cIMT in younge patients (aged 30-50 years) and its expression according to cardiovascular risk factors. METHODS: We analyzed individuals admitted for an invasive cardiac procedure. Normal cIMT was defined as < 0.90 mm, thickened as 0.90-1.50 mm and atherosclerotic plaque as > 1.50 mm. Lipid profile, anthropometric parameters, fasting blood glucose and estimated GFR were also determined. RESULTS: A total of 106 patients were included (59% male), with a mean age of 43 +/- 5 years, 36% with hypertension, 22% smokers, 32% with known hyperlipidemia, 16% with diabetes, 39% under statin therapy and 40% with metabolic syndrome (AHA/NHLBI definition). Mean cIMT was 0.69 +/- 0.26 mm, and was normal in 74% of the patients, thickened in 20% and with atherosclerotic plaques in 6%. cIMT correlated directly with age (r = 0.26, p = 0.007), log fasting glucose (r = 0.21, p = 0.04), and log triglycerides (r = 0.24, p = 0.017), and tended to correlate with the number of components of metabolic syndrome (r = 0.17, p = 0.08). However, on multivariate analysis, only age remained as an independent predictor (r = 0.29, p = 0.005). Diabetic patients had greater cIMT (0.81 +/- 0.22 vs. 0.67 +/- 0.26 mm, p = 0.039) and there was a trend for greater cIMT in those with metabolic syndrome (0.75 +/- 0.29 vs. 0.66 +/- 0.23 mm, p = 0.09). There were no differences for the other risk factors, A higher number of risk factors in a single patient showed a trend for increased cIMT (p = 0.083) CONCLUSIONS: Age is the only independent determinant of cIMT in a young population. Diabetic patients have greater cIMT and a trend was seen in those with metabolic syndrome, possibly influenced by its relation with diabetes, one of the components of the metabolic syndrome.
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Os fatores de risco e as doenças cardiovasculares so extremamente prevalentes. universalmente aceite, em todas as recomendaes europeias e americanas, a importncia da modificao dos estilos de vida, quer em preveno primria quer em preveno secundria. encontramos diversas barreiras nesses objetivos, centradas no doente, nos profissionais de sade e na comunidade que importa serem ultrapassadas. Sero debatidas essas barreiras bem como algumas estratgias que permitam uma efetiva mudana de estilos de vida.
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OBJETIVO: Realizar reviso bibliogrfica de artigos que abordam a relao entre hipertenso arterial e fatores emocionais, levando em considerao a relevncia do tema. MTODOS: Fez-se busca ativa na Biblioteca Virtual em Sade, na base de dados MedLine (1997-2008), utilizando palavras da lngua portuguesa. Os descritores de assunto escolhidos foram "hipertenso" e "doena cardaca coronria". Em seguida, refinou-se a busca com os termos "hostilidade", "raiva", "ansiedade", "comportamento impulsivo" e "personalidade impulsiva". No foram selecionados artigos que tratavam exclusivamente de doenças cardiovasculares e fatores psicolgicos ou que associavam hipertenso e doenças cardiovasculares com depresso e doena de Alzheimer. RESULTADOS E DISCUSSO: H inconsistncia nos achados que relacionam os fatores emocionais com a hipertenso arterial e cardiopatias. Foram encontrados tanto estudos que demonstram relao positiva da raiva, hostilidade, ansiedade, impulsividade e estresse com hipertenso e doenças cardiovasculares quanto estudos que retratam relaes negativas. CONCLUSO: O que se pode inferir das relaes pesquisadas que o risco de desenvolvimento da hipertenso arterial e a reatividade cardiovascular parecem ser influenciados por fatores emocionais como impulsividade, hostilidade, estressores, ansiedade e raiva. No entanto, mais estudos so necessrios para melhor elucidar essas relaes.
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FUNDAMENTO: Estudos clnicos e epidemiolgicos demonstram grande associao da dieta com os agravos crnicos, particularmente com os eventos cardiovasculares, apesar de ainda no compreendidos todos os seus mecanismos de ao. OBJETIVO: Descrever e analisar o risco cardiovascular em vegetarianos e onvoros residentes na Grande Vitria/ES, na faixa etria de 35 a 64 anos. MTODOS: Para avaliao do risco cardiovascular foi realizado estudo de coorte histrico com 201 indivduos. Foram includos 67 vegetarianos h no mnimo 5 anos, provenientes da Grande Vitria, e 134 onvoros, participantes do Projeto MONICA/Vitria, pareados por classe socioeconmica, sexo, idade e raa. Medidas bioqumicas e hemodinmicas foram obtidas na Clnica de Investigao Cardiovascular da UFES. Para comparao de propores, foi usado o teste chi2 e calculada a razo de prevalncia. O risco cardiovascular foi calculado por meio do algoritmo de Framingham. RESULTADOS: A idade mdia do grupo foi de 47 ± 8 anos e o tempo mdio de vegetarianismo 19 ± 10 anos, sendo a dieta ovolactovegetariana seguida por 73% dos vegetarianos. Presso arterial, glicemia de jejum, colesterol total, colesterol de lipoprotena de baixa densidade (LDL-colesterol) e triglicerdeos foram mais baixos entre vegetarianos (p<0,001). O colesterol de lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol) no foi diferente entre os grupos. De acordo com o algoritmo de Framingham, os vegetarianos apresentaram menor risco cardiovascular (p<0,001). CONCLUSO: A alimentao onvora desbalanceada, com excesso de protenas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenças e agravos no-transmissveis, especialmente no risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: Anlises de mortalidade por doenças cujo desfecho depende de interveno mdica adequada e oportuna permitem apontar fragilidades e desigualdades de acesso no cuidado sade. Doenças isqumicas do corao servem como modelo para essa avaliao. OBJETIVO: O estudo investiga os fatores associados ao bito hospitalar nas internaes por infarto agudo do miocrdio (IAM) e insuficincia coronariana (IC), e se a via de internao pela Central de Internao (CI) da Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte (SMSA-BH) esteve associada ao bito hospitalar aps ajuste por fatores relevantes. MTODOS: Dados obtidos das Autorizaes de Internaes Hospitalares (AIH) e dos laudos e pedidos de vaga para internaes da SMSA sobre a ltima internao realizada com hiptese diagnstica de IAM ou IC. Anlise multivariada foi realizada para identificar fatores de risco para o bito hospitalar. RESULTADOS: No houve associao entre via de acesso internao e risco de bito hospitalar por essas causas. Anlise multivariada demonstrou maior risco de bito para pacientes com 60 anos de idade ou mais velhos (odds ratio [OR] = 2,9), hiptese diagnstica de IAM (OR = 3,0), uso de Unidade de Terapia Intensiva [UTI] (OR = 1,6), sexo feminino (OR = 1,4), especialidade cirrgica (OR = 1,9) e hospital pblico (OR = 3,5). Nas internaes por IAM, houve tambm maior risco de morte de pacientes internados no fim de semana (OR = 1,7). CONCLUSO: Novas investigaes so necessrias para avaliar a assistncia prestada nos finais de semana e a realizada nos hospitais pblicos, levando em considerao outros fatores dos hospitais, dos pacientes e do processo da assistncia, para subsidiar propostas que garantam maior eqidade e maior qualidade da assistncia pblica.
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FUNDAMENTO: Os indicadores antropomtricos de obesidade abdominal (OABD) estimam a quantidade de tecido adiposo visceral, que, por sua vez, est associado a maior risco de desenvolvimento de doena cardiovascular. Nas ltimas dcadas, houve um aumento de OABD na populao feminina brasileira, constituindo grande problema de sade pblica. OBJETIVO: Avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do ndice de conicidade (ndice C), da razo cintura-quadril (RCQ), da circunferncia de cintura (CC) e da razo cintura-estatura (RCEst) para discriminar risco coronariano elevado (RCE) em mulheres. MTODOS: Estudo transversal realizado em Feira de Santana, Bahia, com 270 funcionrias de uma universidade pblica com idade entre 30 e 69 anos. A anlise da sensibilidade e especificidade, feita por meio das curvas ROC, permitiu identificar e comparar os melhores pontos de corte para discriminar RCE, calculado com base no escore de risco de Framingham. RESULTADOS: Os pontos de corte encontrados foram: CC = 86 cm, RCQ = 0,87, ndice C = 1,25 e RCEst = 0,55, sendo, respectivamente, as reas sob a curva ROC de 0,70 (IC95% = 0,63-0,77), 0,74 (IC95% = 0,67-0,81), 0,76 (IC95% = 0,70-0,83) e 0,74 (IC95% = 0,67-0,81). Os indicadores antropomtricos de OABD analisados apresentaram desempenhos satisfatrios e semelhantes para discriminar RCE. Entretanto, o ndice C foi o indicador que apresentou o melhor poder discriminatrio. CONCLUSO: Espera-se que esses resultados contribuam para melhor quantificar a OABD na populao feminina brasileira, fornecendo informaes para que os profissionais de sade atuem na preveno dessa condio clnica multifatorial, evitando o aparecimento das doenças cardiovasculares.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica (SM) um agregado de fatores predisponentes para doenças cardiovasculares e diabete melito, cujas caractersticas epidemiolgicas so insuficientemente conhecidas nos nveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalncia de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da rea urbana de Cuiab - MT. MTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gnero e selecionados por amostragem sistemtica de uma populao fonte de 567 hipertensos de Cuiab. Todos os selecionados responderam a um inqurito em domiclio para obteno de dados scio-demogrficos e hbitos de vida. Foram medidos: presso arterial; ndice de massa corprea (IMC); circunferncias da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lpides sricos; clculo do ndice de homeostase da resistncia insulnica (HOMA); protena C-reativa; cido rico e fibrinognio. O critrio para hipertenso adotado foi: mdia da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para sndrome metablica segundo a I Diretriz Brasileira de Sndrome Metablica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com mdia de idade de 58,3 12,6 anos. Observou-se prevalncia de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomnio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenas entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A anlise de regresso mltipla revelou uma associao positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m, a resistncia insulnica e algum antecedente familiar de hipertenso. CONCLUSO: Observou-se uma elevada prevalncia de SM entre hipertensos de Cuiab, associada significativamente ao IMC >25 kg/m, resistncia insulnica (ndice HOMA) e, em especial, a uma histria familiar de hipertenso. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto atravs de novos estudos.
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FUNDAMENTO: Em sndrome coronariana aguda (SCA), importante estimar a probabilidade de eventos adversos. OBJETIVO: Desenvolver um escore de risco em uma populao brasileira com SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SST). MTODOS: Foram avaliados prospectivamente 1.027 pacientes em um centro brasileiro de cardiologia. Um modelo de regresso logstica mltipla foi desenvolvido para prever o risco de morte ou de (re)infarto em 30 dias. A acurcia preditiva do modelo foi determinada pelo C statistic. RESULTADOS: O evento combinado ocorreu em 54 pacientes (5,3%). O escore foi criado pela soma aritmtica de pontos dos preditores independentes, cujas pontuaes foram designadas pelas respectivas probabilidades de ocorrncia do evento. As seguintes variveis foram identificadas: aumento da idade (0 a 9 pontos); antecedente de diabete melito (2 pontos) ou de acidente vascular cerebral (4 pontos); no utilizao prvia de inibidor da enzima conversora da angiotensina (1 ponto); elevao da creatinina (0 a 10 pontos); e combinao de elevao da troponina I cardaca e depresso do segmento ST (0 a 4 pontos). Foram definidos quatro grupos de risco: muito baixo (at 5 pontos); baixo (6 a 10 pontos); intermedirio (11 a 15 pontos); e alto risco (16 a 30 pontos). O C statistic para a probabilidade do evento foi de 0,78 e para o escore de risco em pontuao de 0,74. CONCLUSO: Um escore de risco foi desenvolvido para prever morte ou (re)infarto em 30 dias em uma populao brasileira com SCA sem SST, podendo facilmente ser aplicvel no departamento de emergncia.
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FUNDAMENTO: A doena cardiovascular representa a principal causa de morbidade, mortalidade e perda de funo do enxerto em receptores de transplante renal (RTR). O tratamento agressivo dos fatores de risco fortemente recomendado. Entretanto, h um gap entre a terapia baseada em evidncia recomendada e o manejo cardiovascular eficaz nesta populao. OBJETIVO: Estabelecer uma estratgia de controle de fatores de risco cardiovascular para RTR. MTODOS: O risco cardiovascular de 300 RTR de uma Unidade de Transplante Renal foi avaliado atravs dos critrios de Framingham. Intervenes nos fatores de risco modificveis foram sugeridas aos mdicos assistentes atravs de cartas anexadas aos pronturios dos pacientes, incluindo modificaes no estilo de vida, controle de presso arterial e uso de tratamento anti-plaquetrio e hipolipemiante. Os perfis dos fatores de risco foram re-avaliados depois de 6 e 12 meses. RESULTADOS: A maioria dos pacientes apresentava alto risco cardiovascular (58%). Aps 12 meses, a proporo de pacientes recebendo tratamento anti-plaquetrio, anti-hipertensivo ou hipolipemiante tinha aumentado de forma significante (29 para 51%, 83 para 92% e 3 para 46%, p < 0,001, respectivamente). Os nveis de colesterol total e triglicrides diminuram (de 237 para 215 mg/dl, p = 0,001 e 244 para 221 mg/dl, p = 0,03). Embora uma reduo no-significante nos nveis de LDL-colesterol tenha sido observada (136 para 116 mg/dl, p = 0,12), os pacientes que iniciaram terapia com estatinas nos primeiros 6 meses do estudo apresentaram uma reduo significante de 25% no LDL-colesterol (159 para 119 mg/dl, p < 0,001). A proporo de pacientes com avaliao completa de lipdios no plasma tambm aumentou (27% para 49%, p < 0,001). CONCLUSO: Nossos resultados sugerem que uma estratgia simples e de baixo custo melhora de forma significante o perfil de risco cardiovascular de RTR, potencialmente traduzindo-se em benefcios definidos sobre a funo do enxerto a longo prazo e expectativa de vida.
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FUNDAMENTO: A associao entre cido rico (AU) e as variveis de risco cardiovascular permanece controversa em estudos epidemiolgicos. OBJETIVO: Avaliar a associao entre o AU, presso arterial (PA), ndices antropomtricos e variveis metablicas em populao no hospitalar estratificada por quintis de AU. MTODOS: Em estudo observacional transversal, foram avaliados 756 indivduos (369M), com idade de 50,3 16,12 anos, divididos em quintis de AU. Foram obtidos PA, ndice de massa corporal (IMC), circunferncia abdominal (CA), AU, glicose, insulina, HOMA-IR, colesterol (CT), LDL-c, HDL-c, triglicerdeos (TG), creatinina (C). Foi calculada a taxa de filtrao glomerular estimada (TFGE) e considerada hipertenso arterial (HA) quando a PA > 140x90 mmHg, sobrepeso/obesidade (S/O) quando IMC > 25 kg/m e sndrome metablica (SM) de acordo com a I Diretriz Brasileira de SM. RESULTADOS: 1) No houve diferena entre os grupos na distribuio por sexo e faixa etria; 2) Os maiores quintis de AU apresentaram maiores mdias de idade (p < 0,01), IMC, CA (p < 0,01), PAS, PAD (p < 0,001), CT, LDL-c, TG (p < 0,01), C e TFGE (p < 0,001) e menor mdia de HDL-c (p < 0,001); 3) O grupo com maior quintil de AU mostrou maiores prevalncias de HA, S/O e SM (p < 0,001); 4) Maiores percentuais dos menores quintis de insulina (p < 0,02) e de HOMA-IR (p < 0,01) foram encontrados nos menores quintis de AU; 5) Em anlise de regresso logstica, o AU e as variveis que compem a SM apresentaram-se associados ocorrncia de SM (p < 0,01). CONCLUSO: Maiores quintis de cido rico associaram-se a pior perfil de risco cardiovascular e a pior perfil de funo renal na amostra populacional no hospitalar estudada.