846 resultados para 770806 Remnant vegetation and protected conservation areas


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Em relação à fauna Culicidae, a Caatinga é um dos biomas mais desconhecidos do Brasil. Há carência de registro de ocorrência de culicídeos, bem como de estudos sobre as interações deles com o ambiente silvestre. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar biodiversidade e aspectos ecológicos e epidemiológicos da fauna Culicidae em áreas de conservação do bioma Caatinga. Para isso foram consideradas duas unidades de conservação da Caatinga e realizados 19 levantamentos entomológicos mensais e consecutivos. Foram realizadas coletas de formas imaturas de mosquitos em bromélias, ocos de árvore e criadouros de solo, além da coleta de mosquitos adultos de hábitos diurno, crepuscular e noturno. Ao todo, entre mosquitos adultos e imaturos associados a habitats fitotelmatas, foram coletados 11.456 culicídeos distribuídos em 28 espécies, das quais 11 eram desconhecidas para a ciência. A fauna de imaturos coletados em bromélias e ocos de árvore interferiu na composição da fauna de mosquitos adultos e houve variações na abundância e nos padrões de diversidade de acordo com fitofisionomia do ambiente. Temperatura e umidade foram os parâmetros ambientais mais fortemente associados à abundância de culicídeos. Foram registradas novas ocorrências de anofelinos, coletados em criadouros de solo, ampliando a distribuição das espécies para o semiárido brasileiro. Este é um estudo pioneiro acerca da biodiversidade da fauna Culicidae em áreas de conservação da Caatinga que apresenta uma rica e desconhecida fauna de culicídeos, inédita para a ciência.

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A sustentabilidade da paisagem trata-se de um tema central no que se refere às questões de conservação e desenvolvimento de paisagens altamente antropizadas. Está embasada nos conceitos tradicionais de desenvolvimento sustentável, que visam balancear o desenvolvimento humano com a proteção ambiental, pautada na equidade intra e extra-geração. Considera, ainda, os conceitos de bem-estar humano nesta esfera. Paralelamente, os conceitos de serviços ecossistêmicos reconhecem a dependência das atividades antrópicas e seu bem-estar à qualidade dos ecossistemas, reacendendo os debates sobre capital natural e desenvolvimento sustentável. Neste contexto, este trabalho aborda a sustentabilidade da paisagem questionando a potencialidade dos remanescentes florestais em fornecer, de maneira equilibrada, diferentes serviços ecossistêmicos na bacia do rio Corumbataí. Para isso, o trabalho foi dividido em duas etapas. A primeira buscou analisar questões de demanda e oferta por múltiplos serviços ecossistêmicos (controle de erosão, regulação hídrica, regulação microclimática, informação estética e qualidade de habitat). Isso baseado em indicadores da paisagem, como a dinâmica do uso do solo e padrões do meio físico e antrópico. A segunda investigou a viabilidade de integrar o sinergismo entre os serviços de controle de erosão e qualidade de habitat às prioridades de conservação e restauração florestal. Isso baseado no cenário atual da paisagem e por meio de diferentes simulações de incremento em 10% da cobertura florestal na paisagem, inserindo florestas nos locais de alta erodibilidade (situação criteriosa) ou de forma randômica. Os resultados demonstraram que, apesar do aumento de 60% na cobertura florestal durante os últimos 30 anos, apenas 37% das florestas possuem alto potencial para ofertar serviços ecossistêmicos e que, quando ponderadas perante as demandas da paisagem, apenas 20% das florestas encontram-se em equilíbrio. Além disso, foi verificado sinergismo entre os serviços de controle de erosão e qualidade de habitat em aproximadamente 80% da cobertura florestal. No entanto, nos cenários de restauração florestal, o sinergismo foi alcançado em todas as situações, sejam elas criteriosas ou randômicas. Deste modo, ficou evidente o limite das florestas e áreas protegidas como potenciais prestadoras de serviços ecossistêmicos na paisagem. Também ficou evidente que, em paisagens com alto grau de fragmentação e baixa proporção florestal, os processos de restauração não necessariamente devem almejar o sinergismo entre serviços ecossistêmicos. Por fim, atribui-se grande importância ao papel das áreas agrícolas e pastagens para compensar demandas, restaurar serviços ecossistêmicos, almejando, portanto, a sustentabilidade da paisagem.

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A Mata Atlântica é considerada um dos biomas mais importantes do mundo devido à sua alta biodiversidade e funções ecossistêmicas. Entretanto, encontra-se fragmentada em porções de pequenas dimensões esparsas em uma matriz predominantemente agrícola, composta principalmente por extensas pastagens e monoculturas. Desse modo, os sistemas agroflorestais por apresentarem uma estrutura diferenciada dos monocultivos e similar às condições naturais, podem ser utilizados como uma alternativa para o manejo e a conservação da biodiversidade nos remanescentes florestais. A fragmentação provoca modificações no ambiente que irão refletir na perda e no deslocamento da biodiversidade, estando os insetos entre os grupos mais afetados. Uma das formas de se avaliar o estado de conservação dos fragmentos e o impacto antrópico nos sistemas vegetacionais, é estudar a presença e distribuição de organismos bioindicadores. Dentre esses, os insetos ocupam posição de destaque. Os insetos da família Scarabaeidae e da subfamília Scolytinae são bons indicadores de distúrbios, pois são muito sensíveis ás mudanças ambientais. Neste trabalho hipotetisou-se que a presença desses insetos está relacionada com a estrutura da vegetação e as condições de vida proporcionadas pelas diferentes formas de uso-da-terra. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a diversidade de espécies, o padrão de abundância e a similaridade entre as populações de coleópteros (Scarabaeidae e Scolytinae) em diferentes sistemas vegetacionais de diferentes estruturas: i) Fragmento de floresta estacional semidecidual dividido em três áreas: beira do rio, centro e borda; ii) Sistema Agroflorestal (SAF) (interface entre o fragmento e o pasto); iii) Pasto composto de Brachiaria decumbens (L.); iv) Monocultivo de café (Coffea arábica L.); v) Monocultivo de seringueira (Hevea brasiliensis Müell. Arg.); vi) SAF de café e seringueira - todos situados numa região de domínio anterior de floresta estacional semidecidual em Piracicaba-SP. Os sistemas foram caracterizados quanto à sua estrutura e condições micrometeorológicas. Os insetos foram coletados mensalmente entre agosto/2013 e julho/2014 utilizando-se dois tipos de armadilhas: Pitfall e etanol modelo ESALQ-84. Foram coletados 1.047 espécimes distribuídos em 21 espécies da família Scarabaeidae e 1.833 indivíduos de 38 espécies da subfamília Scolytinae. A maior quantidade de espécies de Scarabaeidae foi encontrada na borda do fragmento florestal, enquanto que a maior abundância ocorreu no fragmento florestal perto do rio. A subfamília Scolytinae apresentou a maior riqueza de espécies no sistema agroflorestal misto (borda) e a maior abundância no sistema agroflorestal café-seringueira. A abundância e riqueza de espécies da família Scarabaeidae foram correlacionadas positivamente com a temperatura do ar, temperatura e umidade do solo e a precipitação. Por outro lado, a abundância e a riqueza de espécies da subfamília Scolytinae apresentaram correlação negativa com a temperatura do ar e a temperatura e umidade do solo. Ambos os grupos de insetos apresentaram a maior abundância e riqueza de espécies nas áreas com estrutura vegetacional mais complexa, sendo influenciadas pelas condições microclimáticas dentro de cada local.

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This study evaluated whether development of the Colorado River system has exceeded sustainability by comparing the trends in water use in the Colorado River. Two sustainable areas were identified in the upper basin and one in the lower-- the mainstream Colorado River, Green and Yampa rivers, and the Little Colorado River. These areas are also high priority recovery areas for four endangered fishes and protected by critical habitat provisions of the ESA. Unfortunately, the endangered fishes are declining because of habitat destruction and non-native species. If increasing water demand causes the fishes to go extinct the few sustainable areas will be lost. It will take careful management of the endangered fishes and water users to ensure these areas are maintained.

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The “dehesa” is a traditional Iberian agrosilvopastoral ecosystem characterized by the presence of old scattered trees that are considered as “keystone-structures”, which favor the presence of a wide range of biodiversity. We show the high diversity of saproxylic beetles and syrphids (Diptera) in this ecosystem, including red-listed species. We analyzed whether saproxylic species distribution in the “dehesa” was affected by tree density per hectare, dominant tree species or vegetation coverage. Species diversity did not correlate with tree density; however, it was affected by tree species and shrub coverage but in a different way for each taxon. The highest beetle diversity was linked to Quercus pyrenaica, the most managed tree species, with eight indicator species. In contrast, Q. rotundifolia hosted more species of saproxylic syrphids. Regarding vegetation coverage, shrub coverage was the only variable that affected insect richness, again in a different way for both taxa. In contrast, beetle species composition was only affected by dominant tree species whereas syrphid species composition was not affected by tree species or shrub coverage. We concluded that the high diversity of saproxylic insects in the “dehesa” is related to its long history of agrosilvopastoral management, which has generated landscape heterogeneity and preserved old mature trees. However, the richness and composition of different taxa of insects respond in different ways to tree species and vegetation coverage. Consequently, conservation strategies should try to maintain traditional management, and different saproxylic taxa should be used to monitor the effect of management on saproxylic diversity.

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Aim of study. Orchidaceae has the largest number of species of any family in the plant kingdom. This family is subject to a high risk of extinction in natural environments, such as natural parks and protected areas. Recent studies have shown the prevalence of many species of orchids to be linked to fungal soil diversity, due to their myco-heterotrophic behaviour. Plant communities determine fungal soil diversity, and both generate optimal conditions for orchid development. Area of study. The work was carried out in n the two most important natural parks in Alicante (Font Roja and Sierra Mariola), in South-eastern of Spain. Material and Methods. We designed a molecular tool to monitor the presence of Russula spp. in soil and orchids roots, combined with phytosociological methods. Main results. Using a PCR-based method, we detected the presence in the soil and Limodorum abortivum orchid roots of the mycorrhizal fungi Russula spp. The species with highest coverage was Quercus rotundifolia in areas where the orchid was present. Research highlights. We present a useful tool based on PCR to detect the presence of Russula spp. in a natural environment. These results are consistent with those obtained in different studies that linked the presence of the mycorrhizal fungi Russula spp. in roots of the species Limodorum and the interaction between these fungal species and Quercus ilex trees in Mediterranean forest environments.

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La evolución del arbolado en la Península Ibérica pasó por numerosos episodios que le condujeron a una situación grave de deforestación. Tras varios intentos de reforestación en épocas distintas, finalmente la apuesta definitiva se produciría con la creación del Patrimonio Forestal del Estado y el Plan Nacional de Repoblación Forestal de España de 1939. La sustitución del PFE por el ICONA en 1971, supuso un nuevo contexto, en el que se puso en duda tanto la actuación repobladora, como las especies utilizadas, principalmente del género Pinus. Este trabajo trata de poner en valor la información que aportan distintas corrientes científicas, la botánica, la biogeografía, paleobotánica y los datos de otros estudios realizados en numerosos yacimientos arqueológicos en Andalucía, especialmente en la zona oriental. Estos trabajos ponen de manifiesto la presencia de especies del género Pinus en distintos periodos geológicos, con avances y retrocesos del binomio Pinus-Quercus, durante períodos más o menos extensos. La repoblación forestal supuso un avance a una de esas situaciones, que dió como resultado el marco de nuevas intervenciones de manejo del bosque por la Administración Andaluza, siendo las exigencias de conservación prioritarias en la gestión de los espacios forestales, muchos de ellos declarados Espacios Protegidos. Se trata pues, de poner en valor aquellas actuaciones que dieron lugar a la nueva situación en la que se apuesta por la conservación y en la que juegan un papel importante la genética y la productividad de las especies utilizadas en las intervenciones forestales.

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A criação de espaços territoriais especialmente protegidos é uma estratégia utilizada pelo homem desde a antiguidade, objetivando a reserva de áreas com características naturais necessárias à manutenção ou à reprodução cultural de populações humanas específicas, regulando e limitando o acesso e a apropriação de certos recursos e/ou reservando-os para usos ou futuros. Os processos de criação dessas “áreas especialmente protegidas” foram contudo intensificados, no final do século XX, com a percepção da finitude dos recursos naturais, e acelerados pelo florescimento e a consolidação do capitalismo, agora “globalizado”. Quando tais processos, são orientados por interesses diversos de grupos sociais hegemônicos, são comuns não só a desestruturação do modo de vida dos usuários dos recursos naturais tradicionalmente relacionados aos “territórios especiais”, como também a expulsão de grupos não-hegemônicos neles já instalados, sempre que suas práticas culturais sejam consideradas como incompatíveis com os fins e os objetivos da área que se pretende proteger. Entre os tipos de área especialmente protegida estabelecidos pela legislação brasileira, encontram-se as Unidades de Conservação da Natureza (UC). Criadas por Lei com o objetivo de conservar a biodiversidade brasileira, as UC vem sendo palco de diversos conflitos ambientais envolvendo populações tradicionais em todos os biomas brasileiros, mas pode ser mais facilmente evidenciada na Amazônia, aonde a megabiodiversidade a proteger se sobrepõe a territórios ocupados por diversas etnias indígenas e outros povos tradicionais. Os conflitos são intensificados quando a categoria de manejo da UC criada restringe o acesso e altera os modos de apropriação e/ou dos usos tradicionais dos recursos naturais da área por parte dos residentes, inclusive impedindo a continuidade da permanência das populações no interior da UC, no caso o grupo das UC de Proteção Integral. À luz dos debates que vem sendo travados no campo da ecologia política, tais processos conflituosos estariam associados à desterritorialização dos grupos afetados pela criação da UC, nos quais o Estado brasileiro seria o responsável direto. Independentemente das diversas abordagens acadêmicas para o conceito de “território”, entende-se atualmente que a territorialização e a desterritorialização (com consequente reterritorialização) são processos interrelacionados e circularmente conectados, não podendo ser compreendidos separadamente. Assim, o objetivo do presente trabalho é contribuir para a compreensão desses processos de des-re-terrritorialização, avaliando como alguns mecanismos previstos na Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservação para o reassentamento das populações anteriormente residentes vem sendo aplicados, no sentido de promover processos de reterritorialização. As reflexões apresentadas se dão a partir do caso dos ribeirinhos e colonos residentes na Estação Ecológica da Terra do Meio, Pará, Brasil. A partir da avaliação, são propostas alternativas para minimizar a situação de injustiça ambiental na qual se encontram esses atores sociais específicos.

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The aim of this thesis was to evaluate historical change of the landscape of Madeira Island and to assess spatial and temporal vegetation dynamics. In current research diverse “retrospective techniques”, such as landscape repeat photography, dendrochronology, and research of historical records were used. These, combined with vegetation relevés, aimed to gather information about landscape change, disturbance history, and vegetation successional patterns. It was found that landscape change, throughout 125 years, was higher in the last five decades manly driven by farming abandonment, building growth and exotic vegetation coverage increase. Pristine vegetation was greatly destroyed since early settlement and by the end of the nineteenth century native vegetation was highly devastated due to recurrent antropogenic disturbances. These actions also helped to block plant succession and to modify floristical assemblages, affecting as well as species richness. In places with less hemeroby, although significant growth of vegetation of lower seral stages was detected, the vegetation of most mature stages headed towards unbalance between recovery and loss, being also very vulnerable to exotic species encroachment. Recovery by native vegetation also occurred in areas formerly occupied by exotic plants and agriculture but it was almost negligible. Vegetation recovery followed the successional model currently proposed, attesting the model itself. Yet, succession was slower than espected, due to lack of favourable conditions and to recurrent disturbances. Probable tempus of each seral stage was obtained by growth rates of woody taxa estimated through dendrochronology. The exotic trees which were the dominant trees in the past (Castanea sativa and Pinus pinaster) almost vanished. Eucalyptus globulus, the current main tree of the exotic forest is being replaced by other cover types as Acacia mearnsii. The latter, along with Arundo donax, Cytisus scoparius and Pittosporum undulatum are currently the exotic species with higher invasive behaviour. However, many other exotic species have also proved to be highly pervasive and came together with the ones referred above to prevent native vegetation regeneration, to diminish biological diversity, and to block early successional phases delaying native forest recovery.

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The Balkan Vegetation Database (BVD; GIVD ID: EU-00-019; http://www.givd.info/ID/EU-00- 019) is a regional database that consists of phytosociological relevés from different vegetation types from six countries on the Balkan Peninsula (Albania, Bosnia and Herzegovina, Bulgaria, Kosovo, Montenegro and Serbia). Currently, it contains 9,580 relevés, and most of them (78%) are geo-referenced. The database includes digitized relevés from the literature (79%) and unpublished data (21%). Herein we present descriptive statistics about attributive relevé information. We developed rules that regulate governance of the database, data provision, types of data availability regimes, data requests and terms of use, authorships and relationships with other databases. The database offers an extensive overview about studies on the local, regional and SE European levels including information about flora, vegetation and habitats.

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The present-day condition of bipolar glaciation characterized by rapid and large climate fluctuations began at the end of the Pliocene with the intensification of the Northern Hemisphere continental glaciations. The global cooling steps of the late Pliocene have been documented in numerous studies of Ocean Drilling Program (ODP) sites from the Northern Hemisphere. However, the interactions between oceans and between land and ocean during these cooling steps are poorly known. In particular, data from the Southern Hemisphere are lacking. Therefore I investigated the pollen of ODP Site 1082 in the southeast Atlantic Ocean in order to obtain a high-resolution record of vegetation change in Namibia between 3.4 and 1.8 Ma. Four phases of vegetation development are inferred that are connected to global climate change. (1) Before 3 Ma, extensive, rather open grass-rich savannahs with mopane trees existed in Namibia, but the extension of desert and semidesert vegetation was still restricted. (2) Increase of winter rainfall dependent Renosterveld-like vegetation occurred between 3.1 and 2.2 Ma connected to strong advection of polar waters along the Namibian coast and a northward shift of the Polar Front Zone in the Southern Ocean. (3) Climatically induced fluctuations became stronger between 2.7 and 2.2 Ma and semiarid areas extended during glacial periods probably as the result of an increased pole-equator thermal gradient and consequently globally enhanced atmospheric circulation. (4) Aridification and climatic variability further increased after 2.2 Ma, when the Polar Front Zone migrated southward and the influence of Atlantic moisture brought by the westerlies to southern Africa declined. It is concluded that the positions of the frontal systems in the Southern Ocean which determine the locations of the high-pressure cells over the South Atlantic and the southern Indian Ocean have a strong influence on the climate of southern Africa in contrast to the climate of northwest and central Africa, which is dominated by the Saharan low-pressure cell.

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Abrupt climate changes from 18 to 15 thousand years before present (kyr BP) associated with Heinrich Event 1 (HE1) had a strong impact on vegetation patterns not only at high latitudes of the Northern Hemisphere, but also in the tropical regions around the Atlantic Ocean. To gain a better understanding of the linkage between high and low latitudes, we used the University of Victoria (UVic) Earth System-Climate Model (ESCM) with dynamical vegetation and land surface components to simulate four scenarios of climate-vegetation interaction: the pre-industrial era, the Last Glacial Maximum (LGM), and a Heinrich-like event with two different climate backgrounds (interglacial and glacial). We calculated mega-biomes from the plant-functional types (PFTs) generated by the model to allow for a direct comparison between model results and palynological vegetation reconstructions. Our calculated mega-biomes for the pre-industrial period and the LGM corresponded well with biome reconstructions of the modern and LGM time slices, respectively, except that our pre-industrial simulation predicted the dominance of grassland in southern Europe and our LGM simulation resulted in more forest cover in tropical and sub-tropical South America. The HE1-like simulation with a glacial climate background produced sea-surface temperature patterns and enhanced inter-hemispheric thermal gradients in accordance with the "bipolar seesaw" hypothesis. We found that the cooling of the Northern Hemisphere caused a southward shift of those PFTs that are indicative of an increased desertification and a retreat of broadleaf forests in West Africa and northern South America. The mega-biomes from our HE1 simulation agreed well with paleovegetation data from tropical Africa and northern South America. Thus, according to our model-data comparison, the reconstructed vegetation changes for the tropical regions around the Atlantic Ocean were physically consistent with the remote effects of a Heinrich event under a glacial climate background.

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Isotopic ratios of Sr and Nd from lithogenic components of three isochronous core sections recovered from an east-west transect in the Eastern Mediterranean Sea (EMS) have been analyzed. The data are used for a quantitative estimate of the temporal and spatial variation of detrital flux to the EMS, assuming Saharan dust and Aegean/Nile particulate matter as dominant end members. It was established that the carbonate-free Saharan dust flux during deposition of the nonsapropel layers of marine oxygen isotope stage 5.4 (MIS 5.4) was similar to the present flux. During the deposition of sapropels S5 and S6, however, the Saharan dust input was drastically reduced and was not balanced by a change in the riverine influx at this time. Denser vegetation cover during more humid conditions may have reduced physical erosion and sediment removal in the source area. During marine oxygen isotope stage 6.2 (MIS 6.2) a pronounced increase of Saharan dust and detrital influx from the Aegean region is evident and implies more arid conditions in the southern and northern catchment areas. During this period, intersite variations are interpreted in terms of their geographic location relative to the seaways connecting the Aegean Sea and EMS. The width of the straits and hence the amount of sediment entering the eastern basins may have been affected by a low sea level that impeded interbasin sediment dispersal.

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Tropical scleractinian corals are particularly vulnerable to global warming as elevated sea surface temperatures (SST) disrupt the delicate balance between the coral host and their algal endosymbionts, leading to symbiont expulsion, mass bleaching and mortality. While satellite sensing of SST has proven a good predictor of coral bleaching at the regional scale, there are large deviations in bleaching severity and mortality on the local scale, which are only poorly understood. Here, we show that internal waves play a major role in explaining local coral bleaching and mortality patterns in the Andaman Sea. In spite of a severe region-wide SST anomaly in May 2010, frequent upslope intrusions of cold sub-pycnocline waters due to breaking large amplitude internal waves (LAIW) alleviated heating and mitigated coral bleaching and mortality in shallow LAIW-exposed waters. In LAIW-sheltered waters, by contrast, bleaching susceptible species suffered severe bleaching and total mortality. These findings suggest that LAIW, which are ubiquitous in tropical stratified waters, benefit coral reefs during thermal stress and provide local refugia for bleaching susceptible corals. The swash zones of LAIW may thus be important, so far overlooked, conservation areas for the maintainance of coral diversity in a warming climate. The consideration of LAIW can significantly improve coral bleaching predictions and can provide a valuable tool for coral reef conservation and management.

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Soil degradation threatens agricultural production and food security in Sub-Saharan Africa. In the coming decades, soil degradation, in particular soil erosion, will become worse through the expansion of agriculture into savannah and forest and changes in climate. This study aims to improve the understanding of how land use and climate change affect the hydrological cycle and soil erosion rates at the catchment scale. We used the semi-distributed, time-continuous erosion model SWAT (Soil Water Assessment Tool) to quantify runoff processes and sheet and rill erosion in the Upper Ouémé River catchment (14500 km**2, Central Benin) for the period 1998-2005. We could then evaluate a range of land use and climate change scenarios with the SWAT model for the period 2001-2050 using spatial data from the land use model CLUE-S and the regional climate model REMO. Field investigations were performed to parameterise a soil map, to measure suspended sediment concentrations for model calibration and validation and to characterise erosion forms, degraded agricultural fields and soil conservation practices. Modelling results reveal current "hotspots" of soil erosion in the north-western, eastern and north-eastern parts of the Upper Ouémé catchment. As a consequence of rapid expansion of agricultural areas triggered by high population growth (partially caused by migration) and resulting increases in surface runoff and topsoil erosion, the mean sediment yield in the Upper Ouémé River outlet is expected to increase by 42 to 95% by 2025, depending on the land use scenario. In contrast, changes in climate variables led to decreases in sediment yield of 5 to 14% in 2001-2025 and 17 to 24% in 2026-2050. Combined scenarios showed the dominance of land use change leading to changes in mean sediment yield of -2 to +31% in 2001-2025. Scenario results vary considerably within the catchment. Current "hotspots" of soil erosion will aggravate, and a new "hotspot" will appear in the southern part of the catchment. Although only small parts of the Upper Ouémé catchment belong to the most degraded zones in the country, sustainable soil and plant management practices should be promoted in the entire catchment. The results of this study can support planning of soil conservation activities in Benin.