Croire aux esprits? Plutôt les percevoir, ou comment l'anthropologue apprend sensiblement le monde de ses hôtes

Alors que dans notre culture francophone et occidentale les relations avec les "esprits" sont presque invariablement qualifiées dans les termes de la croyance, à Zanzibar elles sont déclinées selon des modalités fort différentes. "Croire aux esprits" se révèle donc inadéquat, voire même insensé, dans la pratique de l'uganga, les rituels d'incorporation des "esprits". C'est pourquoi je propose dans cet article un déplacement : remplacer "croire" par "percevoir". Cela ouvre un vaste champ d'investigation quant à la part expérientielle de notre rapport aux esprits et aux manières dont nous percevons le monde que nous habitons.

Geology of the NW Indian Himalaya

This review paper deals with the geology of the NW Indian Himalaya situated in the states of Jammu and Kashmir, Himachal Pradesh and Garhwal. The models and mechanisms discussed, concerning the tectonic and metamorphic history of the Himalayan range, are based on a new compilation of a geological map and cross sections, as well as on paleomagnetic, stratigraphic, petrologic, structural, metamorphic, thermobarometric and radiometric data. The protolith of the Himalayan range, the North Indian flexural passive margin of the Neo-Tethys ocean, consists of a Lower Proterozoic basement, intruded by 1.8-1.9 Ga bimodal magmatites, overlain by a horizontally stratified sequence of Upper Proterozoic to Paleocene sediments, intruded by 470-500 Ma old Ordovician mainly peraluminous s-type granites, Carboniferous tholeiitic to alkaline basalts and intruded and overlain by Permian tholeiitic continental flood basalts. No elements of the Archaen crystalline basement of the South Indian shield have been identified in the Himalayan range. Deformation of the Himalayan accretionary wedge resulted from the continental collision of India and Asia beginning some 65-55 Ma ago, after the NE-directed underthrusting of the Neo-Tethys oceanic crust below Asia and the formation of the Andean-type 103-50 (-41) Ma old Ladakh batholith to the north of the Indus Suture. Cylindrical in geometry, the Himalayan range consists, from NE to SW, from older to younger tectonic elements, of the following zones: 1) The 25 km wide Ladakh batholith and the Asian mantle wedge form the backstop of the growing Himalayan accretionary wedge. 2) The Indus Suture zone is composed of obducted slices of the oceanic crust, island arcs, like the Dras arc, overlain by Late Cretaceous fore arc basin sediments and the mainly Paleocene to Early Eocene and Miocene epi-sutural intra-continental Indus molasse. 3) The Late Paleocene to Eocene North Himalayan nappe stack, up to 40 km thick prior to erosion, consists of Upper Proterozoic to Paleocene rocks, with the eclogitic and coesite bearing Tso Morari gneiss nappe at its base. It includes a branch of the Central Himalayan detachment, the 22-18 Ma old Zanskar Shear zone that is intruded and dated by the 22 Ma Gumburanjun leucogranite; it reactivates the frontal thrusts of the SW-verging North Himalayan nappes. 4) The late Eocene-Miocene SW-directed High Himalayan or ``Crystalline'' nappe comprises Upper Proterozoic to Mesozoic sediments and Ordovician granites, identical to those of the North Himalayan nappes. The Main Central thrust at its base was created in a zone of Eocene to Early Oligocene anatexis by ductile detachment of the subducted Indian crust, below the pre-existing 25-35 km thick NE-directed Shikar Beh and SW-directed North Himalayan nappe stacks. 5) The late Miocene Lesser Himalayan thrust with the Main Boundary Thrust at its base consists of early Proterozoic to Cambrian rocks intruded by 1.8-1.9 Ga bimodal magmatites. The Subhimalaya is a thrust wedge of Himalayan fore deep basin sediments, composed of the Early Eocene marine Subathu marls and sandstones as well as the up to 8'000 m-thick Miocene to recent Ganga molasse, a coarsening upwards sequence of shales, sandstones and conglomerates. The active frontal thrust is covered by the sediments of the Indus-Ganga plains.

Parents' alcohol use: gender differences in the impact of household and family chores.

BACKGROUND: Social roles influence alcohol use. Nevertheless, little is known about how specific aspects of a given role, here parenthood, may influence alcohol use. The research questions for this study were the following: (i) are family-related indicators (FRI) linked to the alcohol use of mothers and fathers? and (ii) does the level of employment, i.e. full-time, part-time employment or unemployment, moderate the relationship between FRI and parental alcohol use? METHODS: Survey data of 3217 parents aged 25-50 living in Switzerland. Mean comparisons and multiple regression models of annual frequency of drinking and risky single occasion drinking, quantity per day on FRI (age of the youngest child, number of children in the household, majority of child-care/household duties). RESULTS: Protective relationships between FRI and alcohol use were observed among mothers. In contrast, among fathers, detrimental associations between FRI and alcohol use were observed. Whereas maternal responsibilities in general had a protective effect on alcohol use, the number of children had a detrimental impact on the quantity of alcohol consumed per day when mothers were in paid employment. Among fathers, the correlations between age of the youngest child, number of children and frequency of drinking was moderated by the level of paid employment. CONCLUSION: The study showed that in Switzerland, a systematic negative relationship was more often found between FRI and women's drinking than men's. Evidence was found that maternal responsibilities per se may protect from alcohol use but can turn into a detrimental triangle if mothers are additionally in paid employment.

A qualidade da educação infantil: um estudo em seis capitais Brasileiras

O artigo apresenta resultados de pesquisa de avaliação sobre a qualidade da educação infantil no Brasil, desenvolvida em parceria com a Fundação Carlos Chagas, o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Os dados foram colhidos em 147 instituições de educação infantil em seis capitais brasileiras, durante o segundo semestre de 2009. Para a observação dos ambientes de creches e pré-escolas foram utilizadas versões adaptadas das escalas Infant/Toddler Environment Rating Scale Revised Edition e Early Childhood Environment Rating Scale Revised Edition. Foram também aplicados questionários a diretores das instituições e professoras das turmas avaliadas. Os principais resultados revelaram que: creches e pré-escolas apresentam em média níveis de qualidade insatisfatórios; os níveis de qualidade mais comprometidos se referem às atividades (creche e pré-escola), rotinas de cuidado pessoal (creche) e estrutura do programa (pré-escola); mudanças em determinadas características das instituições poderiam levar à melhoria da qualidade da educação infantil nos municípios investigados

[Voyage en Italie : 1824-1830]. , Charpente de la grande salle du vieux palais ; charpente du nouveau theâtre de Prato : [élévations d'une ferme et sous-face d'un entrait pour chacune des deux charpentes] : [dessin] / h. L. [Henri Labrouste]

Référence bibliographique : Weigert, 147

Democracia nas políticas de currículo

Com base na teoria do discurso, analiso a noção de democracia, a partir de suas relações com a representação, em um espaço de identidades não fixas e de políticas pós-fundacionais. Defendo que toda representação implica a constituição mútua entre representante e representado, na qual é impossível haver uma pura transparência. Na democracia, é impossível escapar à representação, mas é possível inserir sua análise em uma contingência radical. Cotejo essa conclusão com as atuais políticas de currículo para a educação básica no Brasil. Argumento que, a despeito de não se poder concluir homogeneamente quanto à democracia nas políticas de currículo, permanecem sendo mascaradas as contingências das políticas pautando a política pela tentativa de reduzir traduções contextuais e, com isso, minimizando as potencialidades democráticas.

Currículo e conhecimento: aproximações entre educação e ensino

Minha intenção, neste artigo, é desconstruir os vínculos entre currículo e ensino, o que considero crucial para que a diferença possa emergir no currículo. Analisando a teoria curricular de matriz técnica e crítica e a política curricular recente em torno da definição de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, argumento que a centralidade no conhecimento tende a reduzir a educação ao ensino. Defendo que a responsabilidade da teoria e das políticas curriculares é bloquear a hipertrofia da ideia de conhecimento como núcleo central do currículo. Isso implica redefinir o currículo como instituinte de sentidos, como enunciação da cultura, como espaço indecidível em que os sujeitos se tornam sujeitos por meio de atos de criação.

Políticas de currículo e avaliação e políticas docentes

O artigo retoma alguns princípios norteadores das reformas de currículo no país, em especial o das políticas da equidade e do ensino por competência; problematiza aspectos referentes à relação entre modelos de gestão de currículo e profissionalismo docente e desdobra questões relativas às políticas de avaliação de resultados e suas implicações no currículo e nas práticas escolares.