1000 resultados para concepções de leitura e escrita
Resumo:
Com este artigo pretende-se uma abordagem psicológica do insucesso de gravidez. Através de uma resenha bibliográfica define-se o conceito e aborda-se em primeiro lugar a sua etiologia dando particular ênfase aos factores de ordem psicológica. Num segundo momento destacam-se as diferentes formas de reacção emocional ao insucesso de gravidez relevando-se a situação de luto.
Resumo:
Amante da Cidade, é a sua configuração do espaço através dos tempos que se impõe como desafio ou ainda, a marca indelével dos tempos na vivência do espaço. Transformá-la em linguagem é talvez redator. Mas a atracção a considerá-la como "um tecido", "uma escrita", acarreta e desafia a sua leitura. Desta leitura se poderá dizer que ela é tanto o discurso que sobre a cidade se tece, lendo, apreendendo, articulando os elementos arquitectónicos e a sua inserção no espaço urbano, a rede de vias, acessos, comunicações que no seu interior se estabelece, como também a própria deambulação no espaço urbano, feita de vivências, ritmos e paragens: hipóstases e êxtases, enfim, o conjunto de prádcas citadinas a que poderemos chamar globalmente actos de enunciação.
Resumo:
No princípio, porque de um escritor se frata, devia estar o verbo. Lamento dizê-lo, mas no meu caso está a imagem: José Cardoso Pires, vestido casualmente, casacão grosso, cigarro pensativo, pela praia despida. Isto foi, salvo erro, por ocasião do lançamento de Balada da Praia dos Cães, em 1982. Na altura, ainda não era muito um cUchê, esta imagem do escritor, não em Portugal, pelo menos. O escritor solitário, fumegante, maciço, caminhando pelo areai desolado, o horizonte recortado a preto e branco, preto no branco, ao fundo e em fundo. A imagem ainda não estava gasta pelo uso, e Cardoso Pires encamava-a à perfeição. O lobo soUtário, lutando com as palavras, fazendo longos passeios - solitários, pois então - por uma praia invemil. O tempo, a época do ano é aqui fundamental: se fosse no verão, a fotografia seria um fiasco: a roupa inapropriada, e a areia branca estaria decerto pejada de corpos adolescentes, namorando o bronze. A praia só é do escritor quando enfregue a si própria.
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Dissertação apresentada para obtenção do Grau de Mestre em Ensino da Biologia e da Geologia, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo:
A leitura crítica da literatura médica é uma actividade exigente. Requer uma atitude activa de reflexão e de aquisição prévia de conhecimentos, pois implica dar atenção especial não apenas a aspectos formais mas principalmente aos elementos metodológicos e estruturantes dos artigos científicos, verificando o rigor e consistência da informação partilhada e a possibilidade da sua utilização prática. Na primeira parte deste artigo discutem-se os aspectos aos quais o leitor deve prestar atenção para seleccionar a leitura médica e como avaliar a qualidade e utilidade de um artigo através da leitura das suas primeiras secções: do título à apresentação da metodologia seguida.
Resumo:
Estendo o pé e toco com o calcanhar numa bochecha de carne macia e morna; viro-me para o lado esquerdo, de costas para a luz do candeeiro, e bafeja-me um hálito calmo e suave; faço um gesto ao acaso no escuro e a mão, involuntária tenaz de dedos, pulso, sangue latejante, descai-me sobre um seio momo nu ou numa cabecita de bebê, com um tufo de penugem preta no cocuruto da careca, a moleirinha latejante; respiramos na boca uns dos outros, trocamos pemas e braços, bafos suor uns com os outros, uns pelos outros, tão conchegados, tão embrulhados e enleados num mesmo calor como se as nossas veias e artérias transportassem o mesmo sangue girando, palpitassem compassadamente, silenciosamente, duma igual vivificante seiva. Esta é uma das mais belas frases-iniciais da literatura portuguesa. Sim, frase: aquilo que vos pareceram pontos finais eram, na verdade, pontos e vírgula. E que bem maneja Luiz Pacheco o ponto e vírgula! Como sói acontecer aos grandes escritores, Luiz Pacheco transforma um mísero sinal prosódico numa marca de estilo. Nada que nos surpreenda, ou o livro onde, na minha edição, o conto se insere não se intitulasse, aliás. Exercícios de Estilo.
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Assumindo-se que "não há uma leitura mas inúmeras espécies de leituras" (Escarpit e Barker, 1973: 113), o sentido em que o vocábulo "leitura" é desenvolvido no presente texto é o do seu exercício enquanto acto a que estão associadas diferentes variáveis do foro social. Mais do que um comportamento expresso pela idéia de hábito ou do que uma acção de descodificação cognitiva de símbolos ou referenciais, o acto de ler é aqui entendido como uma prática - traduzida num conjunto de modalidades de apropriação do discurso impresso em papel ou fixado noutros suportes (Chartier, 1988, 1995, 1997; Furtado, 2000) e tomado público - portadora de usos e formas para indivíduos e gmpos. Reconhecendo-se a dimensão discursiva como essencial na fecunda polissemia do conceito, as próximas linhas não se ocuparão, todavia, da leitura enquanto discurso, elemento ordenador da realidade e valor de troca no comércio das idéias nos universos comunicacionais e representacionais. Idéia que trilhou um caminho de integração na agenda das ciências sociais, a leitura sedimentou uma posição cardinal nos esforços diligenciados nos domínios de pesquisa e reflexão de áreas como a Sócio-Semiótica, os Estudos Culturais, a História Cultural, a Sociologia das Práticas Culturais, a Antropologia da Literatura, a História do Livro ou a Sociologia da Leitura. Ponto de intersecção destes campos, o tema da leitura foi-se construindo como um conceito central nas respectivas propostas de exame e experimentação intelectual tanto como um pretexto legitimador das aspirações de credenciação institucional dessas mesmas propostas.
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Reflectir sobre noções como liberdade individual, democracia, o papel dos meios de comunicação e dos produtos culturais, é uma das principais tarefas das ciências sociais e humanas, reflexão particularmente pertinente nestes primeiros anos do séc. XXI marcados pela popularização de dispositivos tecnológicos destinados à circulação de informação em rede e pela virtualização de mecanismos de distribuição de bens de consumo cultural. Adomo constitui hoje uma das fontes mais importantes surgidas nos últimos 50 anos para esta reflexão. Marcado pelo advento do Nacional Socialismo e a perseguição de todos os "degenerados da condição ariana" (judeus, comunistas e homossexuais), Adomo produziu ao longo de quatro décadas, uma reflexão que marcou indelevelmente muitos autores que, escrevendo sobre a contemporaneidade, a adoptaram ou a ela se opuseram. A pergunta que coloco, e que serve de ponto de partida para este artigo, é proposta por Jameson: é hoje possível ler Adomo e Horkheimer junto à piscina? (1990: 248), ou posto de outra forma, que lugar ocupa a obra de Adomo como ferramenta para perspectivar o mundo actual.
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Relatório de Estágio apresentado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Ensino de Física e de Química
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Durante muito tempo interroguei-me por que razão a civilização egípcia era, simultaneamente, tão simples e tão atraente para as crianças. Há anos atrás, quando ouvi Arthur Rubinstein falar de Mozart dizendo que ele era demasiado fácil para as crianças e excessivamente difícil para os adultos, julguei encontar, finalmente, a resposta para a minha questão. Para uma criança, em Mozart, como no Egipto, o apelo é o da simplicida de, da naturalidade, do se ns íve l, da "melodiosa cor". Mas o adulto descobre-lhe s as diferentes camadas de sentido e mergulha numa complexidade que parece desvanecer o encanto original. Que me perdoe Mozart a quem continuadamente chamo para o horizonte egípcio, mas assim como ele "acordou" os homens e os deuses com a sua música, também os hieróglifos, os "pequenos de senhos animados" que tocam as crianças, despertaram o mundo e os homens do Egipto antigo.
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Ao ser concebida como mito, Florbela Espanca ter-se-ía (re)inventado a si própria? Ao longo do tempo, este alcance mítico pode ser observado como “espaço de fruição”, mediante as leituras promovidadas pelo “prazer do texto” atemporal florbeliano. Em algum momento, a face mítica da autora, poderia implicar o mérito do seu potencial literário? Florbela Espanca, com seu estilo ímpar, imprime à sua escrita um caráter híbrido e de difícil “categorização” diante de certos parâmetros estéticos canonizados pela teoria e crítica literária. Seria este aspecto – elemento propagador da circularidade da recepção dos textos da autora portuguesa – uma espécie de eco que converge para um ser que se faz mito? Eis alguns questionamentos, aos quais buscar-se-á observar no presente trabalho, que visa lançar o olhar sobre uma figura que se inscreveu na literatura, cujo produto advém da atividade da poetisa que realizou sua obra mediante um processo vital pouco convencional para o cenário da sua época. Florbela Espanca, com estilo inovador, sobretudo diante do contexto feminino, conseguiu elaborar uma escritura que provoca, no leitor mais atento, possíveis exercícios de análises entre texto poético versus contexto histórico-social. Face ao exposto, buscar-se-á uma visão panorâmica capaz de realçar a convergência entre universos tão distintos quanto os da produção/recepção, escrita/leitura, porporcionados pela fruição dos textos de Florbela Espanca por entre mundos unidos pelo mesmo idioma. Na abordagem a realizar, Brasil e Portugal serão tomados como pontos de intersecção, ao formar pano de fundo para esse espaço de fruição. Como aporte teórico e crítico literário, buscaremos ancorar nossa pesquisa mediante norteamentos elaborados por Dominique Maingueneau, Italo Calvino, Mikhail Bakhtin, Roland Bathes, dentre outros/as.
Resumo:
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História Medieval.
Resumo:
Trabalho de projecto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Edição de Texto.
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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos sobre as Mulheres.
Resumo:
Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Filosofia.