991 resultados para Saúde na escola
Resumo:
Estudo exploratório de abordagem qualitativa que objetivou identificar as concepções de profissionais da saúde de um Centro de Referência para o tratamento dos problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas acerca da Reabilitação Psicossocial. Onze profissionais da saúde de nível superior foram submetidos à entrevista semi estruturada. Os dados foram analisados segundo os pressupostos da Hermenêutica Dialética, que originou a categoria Reabilitação Psicossocial. Os resultados evidenciaram que na concepção dos profissionais a Reabilitação Psicossocial se dá na realização de oficinas terapêuticas, atividades externas e no estabelecimento de parcerias com outras instituições. Conclui-se que o conceito de Reabilitação Psicossocial que mais se evidencia na concepção desses sujeitos, ainda está associado ao modelo psiquiátrico tradicional, ou seja, atrelado à lógica da normalidade social, sendo esse o principal desafio a ser superado quando se considera o modelo psicossocial de atenção aos usuários de álcool e outras drogas.
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O estudo investigou agravos à saúde que predispõem ao estresse com o uso do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) que avalia possíveis transtornos mentais comuns não psicóticos e identificar a associação com a hipertensão arterial. A amostra foi de 258 motoristas profissionais de transporte de cargas em uma rodovia brasileira (37,5±10,0 anos), 55% ingeriam bebidas alcoólicas, 37% com hipertensão arterial e 57% referiram já ter usado remédios para manter estado de alerta. Os motoristas referiram sentirem-se nervosos, tensos ou preocupados (56%), dormirem mal (47%), dores de cabeça (37%), terem dificuldade de tomar decisões (38%) e dificuldade de pensar com clareza (20%). Obteve-se como resultados que 33% eram portadores de possíveis transtornos mentais comuns e houve associação (p<0,05) com referência de cansaço, diminuição da concentração, considerar-se nervoso ou estressado, ter problemas pessoais ou no trabalho e transportar carga de horário. Não houve associação com hipertensão arterial. Conclui-se que foi expressiva a presença de prováveis transtornos mentais comuns provavelmente decorrentes das condições estressantes de trabalho.
Resumo:
Pesquisa qualitativa que evidencia as convergências e contradições na implementação da Estratégia de Saúde da Família no Sistema de Saúde Suplementar no município de São Paulo. Identifica o conceito de saúde da família de profissionais da saúde de nível superior de uma empresa de autogestão; identifica as possibilidades e limites vivenciados pelos profissionais na implementação da ESF na empresa. Foram realizadas entrevistas com 14 profissionais e feita análise de conteúdo. O conceito de saúde da família parece transitar entre o modelo hegemônico, curativo, e o modelo idealizado de atenção integral à saúde com bases nas ações de promoção da saúde, porém vinculadas sempre à prevenção de doenças, ao trabalho multidisciplinar, à lógica da diminuição dos custos do sistema. Foram identificadas contradições que dificultam a implementação de propostas baseadas na Promoção à Saúde. São necessários investimentos de ordem política, organizacional, financeira e, fundamentalmente, na formação e educação permanente dos profissionais.
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O artigo teve como objetivo realizar uma reflexão teórica sobre corpo durante eventos no curso da vida da mulher na perspectiva teórica fenomenológica e os métodos de pesquisa usados na sua abordagem, conduzidas por docentes da área da Saúde da Mulher da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Esta temática foi escolhida em decorrência da centralidade adquirida pelo corpo na sociedade atual e a relevância do tema. Neste texto mostramos sua aplicabilidade na área da Saúde da Mulher, os resultados de algumas pesquisas com diferentes métodos, tendo como foco o corpo em eventos do curso da vida da mulher.
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Os conceitos de Vulnerabilidade e Adesão têm sido foco de debate na Saúde Coletiva. É desafio posto pela Saúde Coletiva, propiciar tecnologias, dispositivos e instrumentos que apóiem a construção de práticas qualificadas, para responder às necessidades dos grupos sociais. Na produção do conhecimento, tem buscado inovar no desenvolvimento de instrumentos que apóiem a captação da realidade de vida e saúde e que auxiliem na leitura das necessidades e no desencadeamento e sustentação de projetos de intervenção que produzam o impacto desejado: atender os grupos sociais que mais carecem de apoio para conquistar autonomia para viver a vida com qualidade e a consecução do auto-cuidado, no cenário da equidade e da justiça social. O artigo apresenta aspectos das categorias analíticas Adesão e Vulnerabilidade, quanto à proposição de marcadores/ indicadores para o seu monitoramento, o que pode contribuir para o adensamento do conceito e para a prática do processo de produção à saúde.
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Este artigo de reflexão discute as bases teórico-metodológicas da Promoção da Saúde e seu potencial na construção de tecnologias de caráter emancipatório, bem como a complexidade de pesquisas de avaliação de ações nesse campo. Para tanto, descreve e analisa um projeto de promoção de desenvolvimento infantil, construído segundo as bases da Promoção da Saúde na vertente crítica e implementado por equipes de saúde da família em regiões prioritárias no município de São Paulo, e pesquisas de avaliação de suas tecnologias e estratégias de implantação. Conclui que o referencial da Promoção da Saúde contribuiu para reorientação das ações dos profissionais para a atenção integral e fortalecimento dos potenciais de saúde das crianças e famílias e que as pesquisas de avaliação de ações no campo da Promoção demandam instrumentos e abordagens múltiplos, que possibilitem abranger a complexidade de processos e resultados das ações.
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O estudo é uma revisão narrativa de teses e dissertações concluídas no período de 2000 a 2009 produzidas pelo Grupo de Pesquisa Enfermagem Obstétrica e Neonatal e pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa em Aleitamento Materno da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo que focalizaram os fatores maternos e perinatais que repercutem na saúde neonatal. A produção científica evidencia alinhamento com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos de saúde nacionais e internacionais para a promoção da saúde neonatal e infantil.
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O objetivo deste estudo é avaliar a percepção do adolescente obeso sobre as repercussões da obesidade em sua saúde. Baseou-se no relato de quinze adolescentes obesos, acompanhados no Ambulatório do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período de abril a julho de 2007. Os depoimentos, obtidos através de entrevista semi-estruturada, foram submetidos à análise de conteúdo, modalidade temática transversal. Foram identificadas quatro temáticas relacionadas com os objetivos do estudo: 1. A percepção do conceito de obesidade; 2. A obesidade afetando a auto-imagem; 3. Obesidade versus Saúde e 4. O difícil retorno à saúde. Os adolescentes perceberam a obesidade como doença, repercutindo negativamente sobre sua saúde, apresentando uma baixa auto-estima e a sensação de isolamento. Reconhecem que ser saudável é ter uma alimentação correta e praticar atividade física, sendo imprescindível o apoio formal e informal, sobrepujando as dificuldades para manter uma qualidade de vida satisfatória.
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Esta é uma investigação com abordagem qualitativa, que foi desenvolvida junto a idosos participantes de um centro de lazer em Porto Alegre (Brasil). O objetivo foi compreender a influência do senso de auto-eficácia na manutenção dos comportamentos promotores de saúde dessas pessoas. Foram entrevistados 11 idosos, que alcançaram escores com um desvio-padrão igual ou acima da média do grupo (>85,18), no questionário WHOQOL-bref. Na análise de conteúdo das entrevistas, surgiram quatro categorias: atitudes e atributos pessoais positivos; expectativa de viver melhor; expectativa de viver mais tempo; e priorizar comportamentos promotores de saúde. A investigação evidenciou que esses indivíduos mantêm comportamentos promotores de saúde similares aos recomendados pelos profissionais e pelas organizações de saúde. Além disso, supomos que a manutenção de tais comportamentos foi determinada pelo senso positivo de auto-eficácia desses indivíduos.
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A pesquisa teve como objetivo identificar as ações realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), analisando-as à luz do paradigma da Promoção da Saúde. Para isto optou-se por uma pesquisa exploratória do tipo quantitativa, com os ACS de São Bernardo do Campo (SP). Como resultado, evidenciou-se que as competências Integração da equipe com a população local, Prevenção e monitoramento de risco ambiental e sanitário, Prevenção e monitoramento a grupos específicos e morbidades são em sua maioria realizadas pelos ACS; enquanto que as competências de Planejamento e avaliação das ações de saúde e Promoção da saúde são realizadas de forma heterogênea no município. Conclui-se pela necessidade de se fortalecer a competência do ACS para a Promoção da Saúde, de forma que esta possa encaminhar para o empowerment da comunidade e para a intersetorialidade.
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O referencial das Funções Essenciais de Saúde Pública (FESP), da Organização Pan-Americana da Saúde, foi desenvolvido para melhorar o desempenho da saúde pública, o qual depende da formação dos profissionais de saúde. Foi realizado um estudo de caso com objetivo de identificar a inserção das FESP no Currículo do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foram definidas palavras-chave a partir das definições das onze FESP, procedendo-se à busca nos planos de ensino das disciplinas do Currículo. Verificou-se a inserção de dez FESP, sendo a de maior ocorrência a de desenvolvimento de recursos humanos e capacitação em saúde pública. O Currículo em estudo contempla algumas FESP de forma mais intensa, o que deve propiciar a formação de enfermeiras capazes de contribuir para o desempenho destas. É necessário inserir as demais, contribuindo para o bom desempenho da saúde pública pelos profissionais formados na instituição.
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Trata-se de um estudo descritivo, desenvolvido junto a dezesseis equipes de Estratégia de Saúde da Família de Santa Maria (RS), que objetivou identificar os trabalhadores com a Síndrome de Burnout e as variáveis associadas a este distúrbio. A amostra foi composta por 86 trabalhadores, representando 86,3% dos profissionais (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, odontólogo e auxiliar de consultório dentário) e 30,2% dos agentes comunitários de saúde, os quais responderam ao Maslach Inventory Burnout. A idade média do grupo foi de 36,94±9,3 anos, com predominância do sexo feminino (84,9%). A maioria possui companheiro (68,2%), tem filhos (69,4%), trabalha, em média, 3,38±1,9 anos na equipe e não realiza atividades físicas (62,8%). Identificaram-se seis trabalhadores (6,9%) com a Síndrome de Burnout, a qual teve associação estatística significativa (p= 0,034) com a variável idade jovem. Os mais jovens obtiveram escores superiores nas subescalas de desgaste emocional e despersonalização do Inventário de Burnout.
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Analisar a cobertura e os exames colpocitológicos não retirados de uma Unidade de Saúde. Pesquisa documental retrospectiva, na qual foram avaliados os dados de cobertura de 2007 e os 225 exames realizados e não retirados da unidade até janeiro de 2008. Para a análise estatística foi aplicado o cálculo da freqüência das variáveis pesquisadas. A média mensal de exames realizados foi de 102,6 exames. A cobertura do exame em 2007 foi de 11,22% entre as mulheres de 25 a 59 anos. Dos 938 exames realizados entre fevereiro e novembro de 2007, 225 (23,98%) mulheres não receberam o resultado. A maioria das mulheres (67,5%), que realizou o exame e não retornou, tinha até 30 anos de idade. O não retorno das mulheres para receber o resultado do exame dificulta o acompanhamento, a integralidade e continuidade da assistência, contribuindo para uma intervenção em fases mais avançadas da doença.
Resumo:
O artigo analisa o destaque conferido por profissionais de Equipes de Saúde da Família (ESFs) ao puerpério na adolescência como um período em que as mulheres estão particularmente vulneráveis. A especial vulnerabilidade de puérperas na idade da adolescência é justificada em função de modos adolescentes de viver a vida, revelando uma tendência à naturalização do fenômeno da adolescência. A análise traz alguns dos resultados de um estudo qualitativo realizado com ESFs de Santa Maria, RS, desenvolvido por meio de grupos focais, cujos dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Este estudo contribui para o trabalho dos profissionais de saúde, no sentido de indicar e dar visibilidade às circunstâncias e elementos implicados na produção da vulnerabilidade de adolescentes no puerpério. Os resultados sugerem a necessidade de reorientação das práticas de educação e promoção da saúde das ESFs dirigidas a puérperas adolescentes, para além do componente informativo, e a incorporação da perspectiva da vulnerabilidade no planejamento destas ações.
Resumo:
O elo entre as práticas de saúde mental e a Estratégia Saúde da Família está alicerçado no vínculo, na corresponsabilidade, no envolvimento e conhecimento do grupo familiar. Estudo do tipo analítico, com abordagem qualitativa, utilizando a técnica de história oral temática. Foi realizado com dez enfermeiros pertencentes a três unidades de saúde da família do Distrito Sanitário Oeste da cidade de Natal/RN. Seu objetivo foi descrever as atividades voltadas para a atenção ao portador de transtorno mental na Estratégia Saúde da Família e identificar se os profissionais encontram-se preparados para atender a essa clientela específica. De acordo com as falas pôde-se constatar que não há atividades para o portador de transtorno mental na rede básica, e que a falta de capacitação das enfermeiras emerge como um desafio a ser superado.