886 resultados para Pediatric ICU


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Sistemas parentais são construídos através das interações no cotidiano dos pais com seus filhos e com base nos padrões culturais vigentes, dentro de um perfil socioeconômico e da história de vida dos indivíduos. Importantes componentes dos sistemas parentais são as metas de socialização e as práticas educativas. As metas de socialização se referem a como os pais desejam que seus filhos sejam no futuro, àquilo que eles esperam que sua criação ajude a promover em seus filhos. Já as práticas educativas são as práticas de comunicar à criança a forma correta com que se espera que ela se comporte. A revisão bibliográfica evidencia que as metas de socialização e práticas educativas são afetadas pelo ambiente cultural dos cuidadores e por variáveis socioeconômicas, mas não há estudos a respeito de possíveis impactos causados por situações de vida particularmente difíceis. A presente dissertação se propôs a examinar as metas de socialização e práticas educativas de mães cujos filhos estão em tratamento oncológico, contrastando-as com as de mães de crianças saudáveis. Nesse sentido, o objetivo estabelecido foi o de investigar se havia particularidades nas metas de socialização e formas de cuidado de mães com filhos que tenham câncer devido à situação específica vivida de um tratamento oncológico. Hipotetizou-se que a vivência da experiência do câncer e a inserção em uma instituição de tratamento, no caso, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), teriam impacto no sistema de cuidados e metas parentais. Participaram deste estudo 20 mães de crianças de três a cinco anos que estavam em tratamento oncológico no INCA e 20 mães de crianças na mesma faixa etária sem problemas de saúde diagnosticados. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram aplicados os formulários "Dados de identificação" e "Dados sociodemográficos", e o Questionário de Metas de Socialização. Foi também realizada com as mães uma entrevista semiestruturada, com questões abertas que buscaram investigar práticas educativas. A análise de dados contemplou uma parte de análises quantitativas em que os dados foram tratados descritivamente (médias, percentuais etc.) e empregados testes não-paramétricos para comparação entre os grupos de mães. Análises qualitativas, voltadas para as respostas ao questionário de metas de socialização e à entrevista sobre práticas de cuidado educativas foram realizadas através do método de análise de conteúdo temático-categorial. Encontrou-se que as metas de socialização das mães de crianças em tratamento oncológico apresentaram diferenças em relação às das mães de crianças sem diagnóstico de doença, refletindo uma tendência mais individualista. Também foram encontradas diferenças entre os dois grupos nas ações para atingir as metas, sendo visto um uso menor da estratégia educar e orientar por parte do grupo das mães de crianças em tratamento no INCA, refletindo uma tendência mais pragmática. Quanto às práticas educativas não foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos. Espera-se que esse estudo traga contribuições para a formulação de programas de intervenção, para pais e cuidadores, através da melhor compreensão das metas e práticas maternas utilizadas nesta situação particular e de grande dificuldade para as crianças e suas famílias

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Esta pesquisa teve como objeto de estudo os saberes e práticas das mães sobre o uso de broncodilatador em crianças com displasia broncopulmonar, e como objetivos: desvelar os saberes e práticas das mães sobre o uso de broncodilatador em seus filhos com displasia broncopulmonar no domicílio; conhecer os cuidados realizados pelas mães no uso do broncodilatador em seu filho com displasia broncopulmonar no domicílio e descrever as reações percebidas pelas mães em seus filhos após o uso da medicação. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. O cenário foi um ambulatório de pneumologia localizado no Município do Rio de Janeiro e os sujeitos, 14 mães de crianças portadoras de displasia broncopulmonar, com idades entre 0 e 2 anos. A coleta dos dados foi realizada através da entrevista semiestruturada, no mês de julho de 2014. Utilizada a análise de conteúdo de Bardin. Como resultados, emergiram duas categorias: os saberes e medos das mães sobre o uso do broncodilatador eas práticas de cuidado da mãe na administração do broncodilatador na criança. A primeira categoria compreende quatro subcategorias: conhecimento das mães sobre a ação do medicamento; sinais de alerta percebidos pelas mães para o uso do medicamento na criança; os efeitos percebidos pelas mães após o uso do medicamento na criança e os medos relacionados ao uso do broncodilatador.A segunda categoria abrange três subcategorias: cuidados com o posicionamento da criança; cuidados com a higiene da criança e cuidados com o espaçador. A maioria das mães consegue identificar a partir dos seus saberes e de seu universo vocabular as principais ações dos broncodilatadores, no entanto podem-se evidenciar alguns relatos com informações inconsistentes, o que nos faz supor a ausência de orientações por parte dos profissionais junto a essa clientela. O esforço respiratório configura-se como sinal de alerta para que as mães utilizem a medicação para tentar evitar a crise respiratória. Sobre as alterações da criança após o uso do broncodilatador, a respiração melhorada surge como prevalente seguida da agitação. Sobre os medos que envolvem o uso do medicamento, as mães destacam aqueles relacionados ao efeito colateral, chegando a realizar subdose da droga a fim de evitá-lo. Com relação às práticas de cuidado das crianças, as mães não possuem consenso acerca da melhor posição para administrar a medicação, baseando suas escolhas em um melhor posicionamento para a criança, para ela mesma e para a eficácia da dose. Elas mencionaram realizar a higiene oral da criança após o uso do medicamento, porém não sabem o motivo correto da ação, denotando novamente que o processo educativo foi baseado em uma metodologia depositária, onde o indivíduo apenas memoriza o que foi aprendido. Conclui-se que o enfermeiro enquanto profissional educador em saúde precisa lançar mão de estratégias baseadas na problematização, dando voz a essas mães, conhecendo sua realidade e visão de mundo para que dessa maneira ela possa atrelar os seus saberes adquiridos com os saberes científicos, possibilitando uma adequada abordagem terapêutica junto aos seus filhos.

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O câncer constitui um problema de saúde pública para o mundo desenvolvido e também para nações em desenvolvimento. Segundo a estimativa realizada pelo Inca para o ano de 2012, a partir dos dados dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), o percentual mediano dos tumores pediátricos encontrava-se próximo de 3%. Para o ano de 2012, com exceção dos tumores da pele não melanoma, estavam previstos 384.340 casos novos de câncer. Destes, ocorrerão cerca de 11.530 casos novos de câncer em crianças e adolescentes até os 19 anos. Este estudo teve por objeto as expectativas de vida do adolescente frente ao transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) e como objetivos: descrever as expectativas dos adolescentes que se submeteram ao TCTH e analisar compreensivamente as expectativas de vida destes jovens que se submeteram ao TCTH. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, pautado no referencial teórico-metodológico da fenomenologia sociológica de Alfred Schutz. O cenário para sua realização foi uma unidade de Transplante de Medula Óssea, localizada em um hospital federal de referência nacional, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Os participantes do estudo foram oito adolescentes, na faixa etária entre 12 e 18 anos de idade, que se encontravam em fase pós-TCTH, em acompanhamento no hospital diariamente ou já de alta hospitalar da unidade. Para a realização do trabalho de campo, foi utilizada a entrevista fenomenológica como instrumento de captação das falas, as quais foram guiadas pelas seguintes questões orientadoras: fale para mim como foi esse período de adoecimento para você. Quais as suas expectativas em relação ao transplante de células tronco hematopoiéticas? O que você espera da sua vida diária/cotidiana agora após a realização do transplante de células tronco hematopoiéticas? As falas foram transcritas, analisadas para então serem categorizadas. A partir da análise compreensiva, emergiram quatro categorias: Ser curado; Ter uma vida normal; Ter uma profissão; Constituir família; e Apresentando o motivo porque. O estudo possibilitou através dos relatos dos adolescentes mergulhar e adentrar no seu universo de significados sobre o que eles esperam do TCTH para a apreensão do que pensam sobre a sua inserção no mundo da vida após a sua realização, como também remeteu para a ação profissional que vislumbra a atuação multidisciplinar na perspectiva do nós, na qual o adolescente, sua família e a equipe sejam parte integrantes desse processo.

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Esta pesquisa refere-se ao desenvolvimento de um novo sistema triagem ou classificação de risco para os serviços de urgências e emergências pediátricas e ao estudo de validade e confiabilidade deste instrumento. O primeiro tópico trata de conceitos e fundamentos relacionados à triagem e evidencia a complexidade do tema em vários aspectos. O segundo tópico apresenta as justificativas para o desenvolvimento de um novo sistema de classificação de risco para o contexto de saúde brasileiro, diante das inadequações de se adotar sistemas idealizados em países com desenvolvimento econômico, social e cultural diversos. O terceiro tópico apresenta os objetivos da pesquisa: rever o estado da arte em relação à validade e confiabilidade de sistemas de triagem em crianças, descrever o desenvolvimento de um sistema brasileiro de classificação de risco para urgências e emergências pediátricas e estudar a validade e confiabilidade do novo instrumento. O quarto tópico é uma revisão sistemática da literatura sobre a validade e confiabilidade dos sistemas de triagem utilizados na população pediátrica. Localizaram-se estudos sobre sete sistemas de triagem desenvolvidos no Canadá, Reino Unido, EUA, Austrália, Escandinávia e África do Sul. Constatou-se a dificuldade de se comparar o desempenho de diferentes instrumentos, devido à heterogeneidade dos desfechos, das populações e dos contextos de saúde estudados. O quinto tópico descreve o processo de desenvolvimento de um instrumento brasileiro de classificação de risco em pediatria, CLARIPED, a partir do consenso entre especialistas e pré-testes. Justificou-se a escolha da Escala Sul Africana de Triagem como referência, pela sua simplicidade e objetividade e pela semelhança socioeconômica e demográfica entre os dois países. Introduziram-se várias modificações, mantendo-se a mesma logística do processo de triagem em duas etapas: aferição de parâmetros fisiológicos e verificação da presença de discriminadores de urgência. O sexto tópico se refere ao estudo prospectivo de validade e confiabilidade do CLARIPED no setor de emergência pediátrica de um hospital terciário brasileiro, no período de abril a julho de 2013. Uma boa validade de construto convergente foi confirmada pela associação entre os níveis de urgência atribuídos pelo CLARIPED e os desfechos evolutivos utilizados como proxies de urgência (utilização de recursos, hospitalização, admissão na sala de observação e tempo de permanência no setor de emergência). A comparação entre o CLARIPED e o padrão de referência mostrou boa sensibilidade de 0,89 (IC95%=0,78-0,95) e especificidade de 0,98 (IC95%=0,97-0,99) para diagnosticar elevada urgência. A confiabilidade interobservadores, resultou num kappa ponderado quadrático substancial de 0,75 (IC95%: 0,74-0,79). O sétimo e último tópico tece considerações finais sobre dois aspectos: a insuficiência de evidências científicas sobre os sistemas de triagem na população pediátrica e a oportunidade e relevância de se desenvolver um sistema brasileiro de classificação de risco para urgências e emergências pediátricas, válido e confiável, com possibilidades de adoção em âmbito nacional.

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O objeto de estudo é o resultado do controle glicêmico proveniente da infusão contínua de insulina (ICI) em pacientes sépticos da terapia intensiva. Os objetivos foram determinar a incidência de hipoglicemia encontrada entre pacientes de duas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que receberam ICI e sua relação com os valores da faixa-alvo de cada protocolo e discutir as implicações para a prática de enfermagem relacionadas à incidência de hipoglicemia. Trata-se de estudo transversal, bicêntrico, retrospectivo, com técnica de coleta de dados por análise do prontuário e avaliação quantitativa dos mesmos. Desenvolvida em duas UTIs, uma de um hospital de oncologia da rede federal e outra de um hospital geral da rede estadual do estado do Rio de Janeiro. As medidas glicêmicas de pacientes sépticos que utilizaram ICI no ano de 2010 nas duas UTIs foram transcritas para o instrumento de coleta de dados, gerando 2213 medidas em 29 pacientes (11,88%) na UTI 1 e 923 medidas em 20 pacientes (9,85%) na UTI 2. Os registros de hipoglicemia foram divididos em duas categorias: as medidas com valores definidos pelo protocolo adotado e aquelas com valores inferiores a 50mg/dL, caracterizados como hipoglicemia grave pelo Institute for Healthcare Improvement; nas duas categorias houve a necessidade de intervenção com a administração de glicose hipertônica a 50%. Dezesseis pacientes da UTI 1 apresentaram hipoglicemia, sendo quatro (25,00%) com medidas entre 50 e 60mg/dL e doze (75,00%) com medidas inferiores a 50mg/dL; treze pacientes da UTI 2 apresentaram hipoglicemia, sendo dez (76,92%) com medidas entre 50 e 80mg/dL e três (23,08%) com medidas inferiores a 50mg/dL. O cálculo da incidência considerou o total dos episódios de hipoglicemia independente da categoria. Comparando as duas UTIs, foi encontrada na UTI 1 uma incidência global de hipoglicemia quase cinco vezes maior (22,60:4,54). Na UTI 1, dos 50 episódios de hipoglicemia, 20 registros foram menores que 50mg/dL; na UTI 2, dos 42 episódios de hipoglicemia, 03 registros foram menores que 50mg/dL. A hipoglicemia grave na UTI 1 é 1,5 vezes menor que a hipoglicemia pelo protocolo; na UTI 2, a hipoglicemia grave é treze vezes menor que a hipoglicemia pelo protocolo. Na UTI 1, das 2213 medidas realizadas, 375 medidas glicêmicas ficaram abaixo da faixa alvo. Destas medidas, 50 se caracterizaram como hipoglicemia (375:50) A cada sete ou oito medidas abaixo da faixa-alvo, uma era de hipoglicemia. Na UTI 2, das 923 mensurações, 223 medidas ficaram abaixo do alvo. Destas, 42 medidas foram de hipoglicemia (223:42). Portanto, para cada cinco medidas abaixo da faixa, uma era de hipoglicemia. Considerando-se que a ICI em pacientes sépticos pode contribuir para melhores resultados, a equipe de enfermagem deve estar apta a realizar um controle glicêmico eficaz e com menor risco de hipoglicemia. Subsidiar a equipe com conhecimentos acerca dos fatores predisponentes à hipoglicemia, além de incrementar o nível da assistência de enfermagem prestada, possibilita que haja redução real na incidência deste evento adverso grave.

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Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é um importante patógeno pulmonar em pacientes com fibrose cística (FC). Caracteriza-se pela resistência a todos os β-lactâmicos, devido a presença do elemento genético móvel SCCmec o qual abriga o gene mecA. Além disso, é reconhecido por vários fatores de virulência o qual destacamos a toxina Panton-Valentine Leukocidin (PVL), uma citolisina formadora de poros na célula hospedeira, e por apresentar diversos clones epidêmicos envolvidos em surtos hospitalares. O objetivo desse estudo foi caracterizar a epidemiologia de MRSA, isolados de pacientes com FC referente a dois centros de referência no Rio de Janeiro a partir da aplicação de técnicas fenotípicas e genotípicas. Um total de 57 amostras de MRSA foi submetido ao teste de difusão em ágar para 11 antimicrobianos a fim de avaliar perfil de resistência, com aplicação da técnica da PCR foi tipificado o SCCmec e investigado a presença do gene LukS-PV responsável pela codificação da toxina PVL com intuito de estabelecer uma melhor caracterização epidemiológica dos clones identificados pela técnica do MLST (Multilocus Sequence Typing). Os antimicrobianos não β-lactâmicos apresentaram um percentual de resistência abaixo de 50%, em que destacamos a eritromicina com o maior percentual 45,6% e quanto ao perfil de resistência 24,6% foram multirresistentes. Com exceção do SCCmec II, os outros tipos foram encontrados (I, III, IV e V) com os respectivos percentuais de 22,8% (n=13), 7,1% (n=4), 61,4% (n=35) e 3,5% (n=2) e apenas 5,3% (n=3) das amostras não foram caracterizadas, não há dados da prevalência do SCCmec IV. Vinte (35,1%) amostras apresentaram produtos de amplificação compatível com a presença do gene lukS, aproximadamente metade dessas amostras (55%) estava correlacionada ao SCCmec IV. Com a análise do MLST, obtivemos os STs 1 (n=1, 1,7%), 5 (n=28, 49,1%), 30 (n=11, 19,3%), 72 (n=1, 1,7%), 398 (n=1, 1,7%), 1635 (n=7, 12,3%), 1661 (n=2, 3,5%), 239 (n=5, 8,8%), e ainda identificamos um novo ST (2732) presente em 1 amostra. A partir de uma análise associativa entre o MLST e o SCCmec foi possível observar a presença de linhagens características de clones epidêmicos, como o UK-EMRSA-3 (ST5, SCCmec I), USA 800/pediátrico (ST5, SCCmec IV), Oceania Southwest Pacific Clone - OSPC (ST30, SCCmec IV) e Brazilian Epidemic Clone - BEC (ST239, SCCmec III). Em conclusão este estudo é o primeiro a caracterizar linhagens epidêmicas de MRSA nos centros de atendimento a pacientes com FC no Rio de Janeiro, sendo necessário um monitoramento constante a fim de evitar a disseminação desses clones.

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Choque séptico é caracterizado por desequilíbrio entre o transporte e o consumo de oxigênio, podendo acarretar hipóxia tecidual. A disfunção microcirculatória, característica cardinal da fisiopatologia do choque séptico, causa má distribuição de fluxo sanguíneo microvascular e, consequentemente, shunt de oxigênio, disóxia tissular e, teoricamente, diminuição no consumo de oxigênio (VO2) pela célula. No presente estudo, foi investigada a associação entre alterações microcirculatórias causadas pela sepse e o consumo de oxigênio em pacientes pediátricos. Dezessete crianças com choque séptico ressuscitadas foram estudadas em quatro momentos durante a internação na unidade de terapia intensiva (dentro de 24, 48 e 72 horas após a admissão ou diagnóstico de choque e após a resolução deste, antes da extubação traqueal). A microcirculação sublingual foi avaliada utilizando o método de imagem Sidestream dark field (SDF) e o VO2 foi calculado através da calorimetria indireta. Outras variáveis hemodinâmicas, como transporte de oxigênio, índice cardíaco, pressão arterial invasiva, lactato arterial e saturação venosa central, foram coletadas. Embora as variáveis hemodinâmicas tenham se mantido em níveis satisfatórios, graves alterações na microcirculação foram visualizadas, especialmente na densidade de vasos pequenos perfundidos (DVPP), na proporção de vasos pequenos perfundidos (PVPP) e no índice de fluxo microvascular (MFI). Foram encontradas assosciações significativas entre o VO2 e os parâmetros da microcirculação: dVO2 e dDVPP (β coefficient= 6,875; p<0,001), dVO2 e dPVPP (β coefficient=92,246; p<0,001) e dVO2 e dMFI (β coefficient=21,213; p<0,001). Não foram encontradas correlações entre as alterações microcirculatórias e as outras variáveis. Em conclusão, este estudo mostrou que pacientes pediátricos com choque séptico apresentaram grave disfunção microvascular e que o fluxo microcirculatório alterado estava associado ao VO2, podendo estar implicado na fisiopatologia da disóxia tecidual da sepse.

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Pela sua alta incidência, morbidade, mortalidade e custos ao sistema de saúde, a sepse se destaca entre as diversas indicações de internação em unidade de terapia intensiva (UTI). A disfunção da microcirculação tem papel central na gênese e manutenção da síndrome séptica, sendo um marco fisiopatológico desta síndrome. Pacientes críticos invariavelmente estão ansiosos, agitados, confusos, desconfortáveis e/ou com dor. Neste contexto, drogas sedativas são amplamente utilizadas na medicina intensiva. A dexmedetomidina, um agonista potente e altamente seletivo dos receptores alfa-2 adrenérgicos, vem conquistando espaço como o sedativo de escolha nas UTIs por seus efeitos de sedação consciente, redução da duração e incidência de delirium e preservação da ventilação espontânea. Apesar destas possíveis vantagens, a indicação de uso da dexmedetomidina na síndrome séptica ainda carece de conhecimentos sobre seus efeitos na microcirculação e perfusão orgânica. Com o intuito de caracterizar os efeitos microcirculatórios da dexmedetomidina em um modelo murino de endotoxemia que permite estudos in vivo da inflamação e disfunção da perfusão microvascular, hamsters Sírios dourados submetidos à endotoxemia induzida por administração intravenosa de lipopolissacarídeo de Escherichia coli (LPS, 1,0 mg.kg-1) foram sedados com dexmedetomidina (5,0 μg.kg.h-1). A microscopia intravital da preparação experimental (câmara dorsal) permitiu a realização de uma análise quantitativa das variáveis microvasculares e do rolamento e adesão de leucócitos à parede venular. Também foram analisados os parâmetros macro-hemodinâmicos e gasométricos (arterial e venoso portal), as concentrações de lactato arterial e venoso portal, a água pulmonar total e a sobrevivência do animal. Animais não-endotoxêmicos e/ou tratados com solução salina a 0,9% serviram como controles neste experimento. O LPS aumentou o rolamento e a adesão de leucócitos à parede venular, diminuiu a densidade capilar funcional e a velocidade das hemácias nos capilares e induziu acidose metabólica. O tratamento com dexmedetomidina atenuou significativamente estas respostas patológicas (p < 0,05). A frequência de pulso dos animais foi significativamente reduzida pela droga (p < 0,05). Outros resultados não foram tão expressivos (estatisticamente ou clinicamente). Estes resultados indicam que a utilização de dexmedetomidina produz um efeito protetor sobre a microcirculação da câmara dorsal de hamsters endotoxêmicos. Efeitos anti-inflamatórios da dexmedetomidina sobre os leucócitos e o endotélio poderiam melhorar a perfusão capilar e representar o mecanismo in vivo de ação da droga na microcirculação.

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Estudo descritivo retrospectivo realizado no Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, INCA/HCI-Rio de Janeiro, Brasil, (INCA- HCI-RJ), avaliou infecções por Corynebacterium sp. com ênfase nos pacientes pediátricos em tratamento nos setores onco-hematológico pediátrico e seus acessos venosos. Os resultados permitiram a elaboração de dois artigos. No Artigo 1 - Foram analisadas as bacteremias causadas por espécies de corinebactérias não produtoras de toxina diftérica, observadas em dois períodos, com intervalo de sete anos (2003/2004 e 2012/2013), totalizando 62 pacientes. No Artigo 2 - Foi realizada investigação clínica e epidemiológica de 24 casos de infecção por Corynebacterium sp. em amostras de sangue de cateter e/ou periférica, em menores de 18 anos em tratamento onco-hematopediátrico, em dois períodos, com intervalo de oito anos (2003/2004 e 2013/2014). Nos dois artigos foram avaliados aspectos clínico-epidemiológicos, tratamentos realizados, conduta em cada paciente e avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos das cepas isoladas. Os tumores sólidos tiveram maior prevalência em ambas análises. No primeiro artigo, as infecções por corinebactérias tiveram relação com os pacientes usuários de cateter venoso central. Após estes primeiros resultados, foi desenhado um segundo estudo retrospectivo com abordagem em pacientes pediátricos em tratamento. Cerca de 83,3% destes pacientes eram portadores de cateter venoso central de longa permanência (CVCLP). A análise microbiológica permitiu a observação da incidência de novas espécies de corinebactérias, algumas multirresistentes, além da evolução dos padrões de susceptibilidade aos antimicrobianos, com aumento da resistência a alguns dos agentes utilizados na rotina de tratamento para infecções por este grupo. Em ambos estudos C. amycolatum foi a espécie predominante. Apesar de terem sido identificadas cepas multirresistentes, todas as cepas isoladas apresentaram susceptibilidade a vancomicina (artigos 1 e 2). O uso de vancomicina permitiu preservação dos dispositivos venosos com estabilização do quadro clínico, na maioria dos casos. Na avaliação retrospectiva do segundo estudo proposto 40% dos CVCLP foram preservados, a análise comparativa dos períodos estudados revelou uma evolução na preservação de dispositivos venosos mediante o tratamento antimicrobiano orientado nos casos de infecção por Corynebacterium. A integração da equipe multidisciplinar, desde a identificação dos casos clínicos, manuseio das amostras, identificação laboratorial e os resultados, bem como na proposta de tratamento promoveu uma melhoria significativa na assistência aos pacientes e contribuiu para o sucesso terapêutico observado neste trabalho. O reconhecimento das corinebactérias como importantes agentes associados a infecções em pacientes oncológicos pediátricos pelos profissionais de saúde contribuiu para a elaboração de estratégias específicas e, conseqüentemente, para melhorias nas condutas e protocolos, bem como na terapêutica aplicada às infecções por estes agentes.

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多年来蒙古文处理系统重复开发、互不兼容的根本原因就是没有统一的标准:编码标准不统一、字库标准不统一、输入法不统一。随着国际化、多语言化的发展,开发基于ISO/IEC10646和UNICODE国际编码标准、OpenType智能字体技术的不同语言文字处理系统已经成为趋势。本文阐述了一个蒙古文显示系统,它完全支持Unicode标准并使用了OpenType技术自动进行字形选型,其实现是基于QT库的,但核心实现很容易移植到Pango,ICU等其他复杂文本布局(CTL)处理项目中。

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以开源项目OpenOffice.org为基础,针对藏文基本字符集在OpenOffice.org办公套件本地化的过程中出现的技术难点,根据藏文自身的特点结合OpenOffice.org中文本显示模块Icu的结构,解决了藏文小字符集在OpenOffice.org办公套件中显示、排序和转写等和文化与文字紧密相关的问题。该本地化软件可以跨Windows和Linux平台运行。

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蒙古文是一种复杂文字,目前操作系统和办公套件都还不支持蒙古文的显示.OpenOffice.org是可以运行在Linux和Windows上跨平台的办公套件,它分别使用ICU LayoutEngine和Uniscribe进行复杂文字处理.本文以支持蒙古文处理的Linux版本OpenOiffice.org为基础,详细分析了OpenOffice.org在Linux和Windows系统上的复杂文本处理过程,采用Uniscribe与ICU相结合的方案,实现了OpenOffice.org在Windows平台上对蒙古文的显示.

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Based on field survey, laboratory testing and numerical modeling, engineering characteristics of undisturbed loess and the mechanism of long-runout loess landslides caused by underground water level rise, as well as the formation conditions and spatial distribution of landslides, are systematically studied and analyzed. Loess landslides at south Plateau of Jingyang County are mainly classified as flowslide, slide and fall. Flowslide is the main type characteristic of high velocity, long runout and multi-stages. The steep relief composed of loose structured loess-old aged soil serials and the rise of groundwater table are the predominant conditions for landslides in the study area. To study loess mechanic poperties and loess landslides mechanisims, isotropically and anisotropically consolidated undrained compression(ICU and ACU) tests and constant-deviator-drained compression (CQD) tests were carried out on undisturbed samples. The results of undrained compression tests performed at the in-situ stress level show that the soils are of consistently strain-softening in the stress-strain relations and cause high excess pore pressure. The steady-state line and the potential region of instability are obtained from ICU and ACU test results. A necessary condition for liquefaction is that the soil state initially lies in or is brought into the potential instability region. In addition, a strong strain-softening model is also formed. CQD tests demonstrate that the mobilized friction angle is far less than the steady-state angle and that the soil experiences undrained contractive failure suddenly at very small strains when its stress path during drained loading tries to cross the potential instability region,thus validates the proposed instability region. Based on the location of the region of potential instability and the stress state of slope soil, a method of static liquefaction analysis is proposed for loess landslides caused by rise in groundwater table. Compared with other liquefaction analysis methods, this method overcomes the limitations inherent in conventional slope stability method and undrained brittleness index method. Triaxial tests composed of constant water content (CW) and wetting tests at constant deviator stress are performed on undisturbed unsaturated samples. The stress-strain relation of CW tests takes on strain-hardening behavior; The results of wetting tests at constant deviator stress designed to study the mechanics of failure of unsaturated loess caused by an increase in the degree of saturation (wetting) shows that a contractive failure occurs in the undisturbed samples. On the basis of the above triaxial test results, the initiation of static liquefaction is presented for long-runout loess landslides caused by rise in groundwater table, that is, the loess slope soil gradually transfer from unsaturated to saturated state under the infiltration of irrigation. A contractive failure occurs in the local region at very small strain by increasing the pore-water pressure at constant deviator stresses under drained conditons. It is the contractive failrue resulting from rise of pore pressure that leads to high excess pore pressure in the neighbour soil which reduces shear resistance of soil. The neighbour soils also fail due to the rapid increase in pore-water pressure. Thus a connected failure surface is developed quickly and a flowslide occurs. Based on the saturated-unsaturated seepage theory, transient seepage is computed using the finite element method on loess slope under groundwater table rise. Pore-water pressure distribution for every time step after irrigation are obtained. The phreatic surface in the slope increases with the groundwater table. Pore-water pressure distribution within 8m above the phreatic surface changes very quickly,but the water content and pore water pressure in the region ranging from 8m above the phreatic surface up to ground surface is almost not affected and the matric suction usually is kept at 100~120 kPa. Based on the results of laboratory tests and seepage flow analysis, the development process of loess landslide is modeled considering groundwater table rise. The shearing plastic zone first occurs at the slope toe where the soil is soaked for long term during rise in groundwater table. As irrigation continues, the shearing plastic zone gradually extends to the interior soils, with the results that the tensile plastic zone occurs at the slope crown. As time goes on, both the shearing plastic zone and tensile plastic zone continue to extend. Then a connected plastic zone is formed and fowslide occurs. In comparision to laboratory test results, the results of numerical simulation quite well verify the presented mechanism of static liquefaction of long-runout loess landslides caused by rise in groundwater table.

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BACKGROUND: Despite numerous studies on endotracheal tube cuff pressure (CP) management, the literature has yet to establish a technique capable of adequately tilling the cuff with an appropriate volume of air while generating low CP in a less subjective way. the purpose of this prospective study was to evaluate and compare the CP levels and air volume required to fill the endotracheal tubes cuff using 2 different techniques (volume-time curve versus minimal occlusive volume) in the immediate postoperative period after coronary artery bypass grafting. METHODS: A total of 267 subjects were analyzed. After the surgery, the lungs were ventilated using pressure controlled continuous mandatory ventilation, and the same ventilatory parameters were adjusted. Upon arrival in the ICU, the cuff was completely deflated and re-inflated, and at this point the volume of air to fill the cuff was adjusted using one of 2 randomly selected techniques: volume-time curve and minimal occlusive volume. We measured the volume of air injected into the cuff, the CP, and the expired tidal volume of the mechanical ventilation after the application of each technique. RESULTS: the volume-time curve technique demonstrated a significantly lower CP and a lower volume of air injected into the cuff, compared to the minimal occlusive volume technique (P < .001). No significant difference was observed in the expired tidal volume between the 2 techniques (P = .052). However, when the subjects were submitted to the minimal occlusive volume technique, 17% (n = 47) experienced air leakage as observed by the volume-time graph. CONCLUSIONS: the volume-time curve technique was associated with a lower CP and a lower volume of air injected into the cuff, when compared to the minimal occlusive volume technique in the immediate postoperative period after coronary artery bypass grafting. Therefore, the volume-time curve may be a more reliable alternative for endotracheal tube cuff management.

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BackgroundMechanical ventilation is important in caring for patients with critical illness. Clinical complications, increased mortality, and high costs of health care are associated with prolonged ventilatory support or premature discontinuation of mechanical ventilation. Weaning refers to the process of gradually or abruptly withdrawing mechanical ventilation. the weaning process begins after partial or complete resolution of the underlying pathophysiology precipitating respiratory failure and ends with weaning success (successful extubation in intubated patients or permanent withdrawal of ventilatory support in tracheostomized patients).ObjectivesTo evaluate the effectiveness and safety of two strategies, a T-tube and pressure support ventilation, for weaning adult patients with respiratory failure that required invasive mechanical ventilation for at least 24 hours, measuring weaning success and other clinically important outcomes.Search methodsWe searched the following electronic databases: Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) (The Cochrane Library 2012, Issue 6); MEDLINE (via PubMed) (1966 to June 2012); EMBASE (January 1980 to June 2012); LILACS (1986 to June 2012); CINAHL (1982 to June 2012); SciELO (from 1997 to August 2012); thesis repository of CAPES (Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior) (http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/) (August 2012); and Current Controlled Trials (August 2012).We reran the search in December 2013. We will deal with any studies of interest when we update the review.Selection criteriaWe included randomized controlled trials (RCTs) that compared a T-tube with pressure support (PS) for the conduct of spontaneous breathing trials and as methods of gradual weaning of adult patients with respiratory failure of various aetiologies who received invasive mechanical ventilation for at least 24 hours.Data collection and analysisTwo authors extracted data and assessed the methodological quality of the included studies. Meta-analyses using the random-effects model were conducted for nine outcomes. Relative risk (RR) and mean difference (MD) or standardized mean difference (SMD) were used to estimate the treatment effect, with 95% confidence intervals (CI).Main resultsWe included nine RCTs with 1208 patients; 622 patients were randomized to a PS spontaneous breathing trial (SBT) and 586 to a T-tube SBT. the studies were classified into three categories of weaning: simple, difficult, and prolonged. Four studies placed patients in two categories of weaning. Pressure support ventilation (PSV) and a T-tube were used directly as SBTs in four studies (844 patients, 69.9% of the sample). in 186 patients (15.4%) both interventions were used along with gradual weaning from mechanical ventilation; the PS was gradually decreased, twice a day, until it was minimal and periods with a T-tube were gradually increased to two and eight hours for patients with difficult and prolonged weaning. in two studies (14.7% of patients) the PS was lowered to 2 to 4 cm H2O and 3 to 5 cm H2O based on ventilatory parameters until the minimal PS levels were reached. PS was then compared to the trial with the T-tube (TT).We identified 33 different reported outcomes in the included studies; we took 14 of them into consideration and performed meta-analyses on nine. With regard to the sequence of allocation generation, allocation concealment, selective reporting and attrition bias, no study presented a high risk of bias. We found no clear evidence of a difference between PS and TT for weaning success (RR 1.07, 95% CI 0.97 to 1.17, 9 studies, low quality of evidence), intensive care unit (ICU) mortality (RR 0.81, 95% CI 0.53 to 1.23, 5 studies, low quality of evidence), reintubation (RR 0.92, 95% CI 0.66 to 1.26, 7 studies, low quality evidence), ICU and long-term weaning unit (LWU) length of stay (MD -7.08 days, 95% CI -16.26 to 2.1, 2 studies, low quality of evidence) and pneumonia (RR 0.67, 95% CI 0.08 to 5.85, 2 studies, low quality of evidence). PS was significantly superior to the TT for successful SBTs (RR 1.09, 95% CI 1.02 to 1.17, 4 studies, moderate quality of evidence). Four studies reported on weaning duration, however we were unable to combined the study data because of differences in how the studies presented their data. One study was at high risk of other bias and four studies were at high risk for detection bias. Three studies reported that the weaning duration was shorter with PS, and in one study the duration was shorter in patients with a TT.Authors' conclusionsTo date, we have found evidence of generally low quality from studies comparing pressure support ventilation (PSV) and with a T-tube. the effects on weaning success, ICU mortality, reintubation, ICU and LWU length of stay, and pneumonia were imprecise. However, PSV was more effective than a T-tube for successful spontaneous breathing trials (SBTs) among patients with simple weaning. Based on the findings of single trials, three studies presented a shorter weaning duration in the group undergoing PS SBT, however a fourth study found a shorter weaning duration with a T-tube.