995 resultados para Musica - Interpretação (Fraseado, dinamica, etc.)


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A ciência da natureza humana é o projeto de Hume que concerne à toda sua filosofia –estética, ética, política, teoria do conhecimento, história, economia, filosofia da religião, etc. – coisa de que jamais poderíamos dar conta, dado a natureza do trabalho de mestrado. Por isso, contentamo-nos em falar apenas da fundamentação da ciência da natureza humana, referente à investigação acerca da origem das ideias e operações do entendimento, ou da investigação sobre as causas e os poderes ocultos do entendimento humano, com base no método experimental. A questão a que o nosso trabalho visa a lançar luz é precisamente esta: o que é uma ciência da natureza humana baseada no método experimental? Essa será, pois, a nossa tarefa adiante. Julgamos que, a partir de uma abordagem holística e científica da mente humana, Hume tenta explicar a natureza dos poderes ou faculdades intelectuais, sobretudo suas limitações e sua fragilidade. Sendo, pois, a base da ciência do homem o método experimental, o qual, por sua vez, tem o seu fundamento sólido na experiência e na observação, então é preciso perguntar: como e em que medida o uso de tal método tornou-se imprescindível à filosofia moral – isto é, às questões filosóficas de modo geral – e que tangem à ciência da natureza humana? Compreender isso é compreender a etapa inicial do projeto filosófico humiano, ou seja, o estudo do entendimento humano que, por sua vez, subdivide-se em dois momentos, a saber: (1) A ciência da mente, pela qual Hume mostra as limitações de nossas faculdades e poderes intelectuais e (2) o ceticismo que é, pois, as consequências desse estudo, a constatação da fragilidade e das limitações do entendimento humano. Nesse sentido, sentimo-nos livres para falar de algumas reflexões tanto do Tratado quanto da primeira Investigação, muitas vezes de maneira indistinta, tentando ressaltar que tais obras, quando comparadas, podem revelar o amadurecimento de um mesmo projeto filosófico que é a ciência da natureza humana. E este é exatamente o fio condutor de nossa pesquisa: como uma ciência da natureza humana é projetada por Hume e em que medida é possível falar do amadurecimento de seus propósitos? Com este exame inicial, poderemos responder alguns problemas acerca da visão pela qual Hume foi falsamente apontado como um cético radical. Apresentaremos por que a crítica sobre a sua “teoria das ideias” elaborada pelos filósofos do senso comum não considera importantes pontos de sua ciência da mente, gerando muitos mal-entendidos na posteridade. Em suma, no Capítulo 1 deste trabalho, examinaremos o que seria o projeto filosófico de Hume e, por meio desse exame, tentaremos apresentar, no Capítulo 2, as bases em que essa ciência da mente construída por Hume está sustentada. No capítulo 3, mostraremos que a interpretação cético-destrutiva da posteridade está equivocada, na medida em que desconsidera os meios que Hume encontrou à sua fundamentação da ciência da natureza humana.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Letras - IBILCE

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Este trabalho apresenta uma interpretação funcional para a ordem de palavras no português falado, demonstrando que as motivações pragmáticas para os padrões funcionais SVO e VSO realmente em uso os relacionam a uma possível mudança na classificação tipológica do português do Brasil de VSO para SVO.

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Este trabalho estuda os encontros de vogais na escrita do Português Arcaico (de agora em diante PA), no seu período trovadoresco, em busca de seus status fonológicos. Foram focalizados os encontros entre vogais no interior de palavras, como objetivo de definir se se está diante de ditongos ou hiatos. Utilizando a Fonologia Não-Linear, em especial, o modelo métrico, que trata da estrutura da sílaba, foi possível chegar a conclusões sobre a estruturação silábica do português da época e organizar hipóteses para interpretar os encontros vocálicos no nível fonológico. Finalmente, foi possível concluir que o tipo de encontro vocálico mais comum em PA, não por coincidência, é ditongo (foram constatados no corpus 722 ditongos e 123 hiatos), também o mais comum no Português Brasileiro atual. Mas é preciso ressaltar que o PA tolera os hiatos (inclusive não aceita outra solução, em alguns casos) enquanto o Português Brasileiro os evita. A conclusão a que se chega, a partir das análises empreendidas neste trabalho, é que, no PA, no nível fonológico, existem, no máximo, ditongos (os tritongos só são possíveis no nível fonético). E, mesmo no caso dos ditongos, o glide está posicionado na coda da sílaba (e não no núcleo).

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A quantidade vocálica é traço fundamental da prosódia em língua latina e, embora não seja usualmente aproveitada na leitura de poemas, é o dado mais relevante de sua natureza e constituição, visto que, sem ela, não há versos na antiguidade clássica. A quantidade é, assim, fundamental para o canto poético dos pastores, praticado na poesia bucólica, cujo paradigma, instaurado por Teócrito nos Idílios, tem em Virgílio um digno continuador. Nos poemas bucólicos virgilianos, é comum o poeta retratar pastores alternando cantos entre si, forma poética conhecida como amebeu. O objetivo deste artigo é, pois, o de fazer uma leitura de tal topos literário, tendo como ponto de partida a relação intertextual que se funda na derivação genérica, de Teócrito a Virgílio, mas também e principalmente a que se obtém pela leitura integrada da prosódia e da métrica latinas ao texto poético, tendo em vista não apenas os códigos específi cos do gênero bucólico, mas sobretudo os dados que, inferidos da realidade moderna, como os que nos apresenta o lingüista e romancista Gavino Ledda, podem ser aproximados da realidade dos antigos guardadores de rebanho da Sicília – cenário comum aos dramas do universo pastoril virgiliano – ao mesmo tempo que se estuda como quantidade vocálica e ritmo verbal atuam para consubstanciá-lo e dar-lhe expressão poética característica.

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A proposta do presente livro é oferecer ao leitor uma descrição fonológica das qualidades vocálicas vigentes na primeira fase (período trovadoresco) do português arcaico a partir da análise das rimas e da grafia das Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio, Rei de Leão e Castela, elaboradas na segunda metade do século XIII.

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Pós-graduação em Filosofia - FFC

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Pós-graduação em Fonoaudiologia - FFC

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)