974 resultados para Dietas


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O objetivo do presente estudo foi determinar a exigência protéica e correspondente relação energia/proteína em dietas para alevinos de piracanjuba, Brycon orbignyanus. Seis dietas semi-purificadas isocalóricas foram formuladas para conter 3.000 kcal de energia metabolizável (EM)/kg e concentrações de proteína bruta (PB) de 24, 26, 29, 32, 36 e 42%. Para essas concentrações, as relações E/P das dietas foram de 12,3; 11,6; 10,4; 9,2; 8,5 e 7,1 kcal EM/g PB, respectivamente. As fontes de proteína, lipídios e carboidratos digestíveis foram, respectivamente, caseína/gelatina, óleo de fígado de bacalhau/óleo de soja e dextrina. Após condicionamento de cinco dias, as dietas foram fornecidas, até a saciedade, em duas alimentações diárias, a 162 alevinos (27 peixes/dieta), que apresentaram 8,38 ± 0,09 g de peso médio inicial, distribuídos em 18 tanques de fibra-de-vidro de 100 L, conectados a um sistema de recirculação de água. A temperatura média da água foi de 26,3°C, com extremos de 23,7 e 30,2°C. Após 90 dias, a concentração de proteína na dieta que proporcionou ganho em peso máximo aos peixes foi 29% PB, com relação E/P igual a 10,4 kcal EM/g PB. As dietas com concentrações de PB iguais a 32, 36 e 42% não se mostraram superiores para conversão alimentar, taxa de eficiência protéica, valor produtivo da proteína e retenção de energia bruta. A deposição corporal de proteína e gordura não sofreu influência da concentração de PB da dieta

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O objetivo do presente trabalho foi determinar as exigências de proteína para aves reprodutoras pesadas através do método fatorial. A exigência de proteína bruta para mantença (PBm) foi determinada por intermédio da técnica do balanço de nitrogênio por meio de ensaio de metabolismo com aves submetidas a quatro dietas com níveis decrescentes de proteína, proporcionando balanço positivo, próximo a zero e negativo. Para determinar a exigência de proteína bruta para o ganho de peso (PBg) dois experimentos foram conduzidos, sendo que em um, determinou-se as exigências líquidas de nitrogênio e no outro, a eficiência de utilização do nitrogênio para o ganho, por meio de abates semanais de aves no período de 26 a 33 semanas de idade. A exigência de proteína bruta para produção de ovos (PBo) foi determinada através de análises semanais de proteína bruta dos ovos coletados, no período de 31 a 37 semanas de idade, considerando a eficiência de deposição da proteína no ovo. A exigência e eficiência de utilização da proteína para mantença foram 2.282 mg PB/kg0,75/dia e 60,79%; respectivamente. As exigências de PBg e PBo determinadas foram: 356 mg PB/g e 262 mg PB/g, respectivamente, e as eficiências de utilização do nitrogênio, 40 e 46,80%, respectivamente. A equação de predição elaborada para aves reprodutoras pesadas na fase de produção foi: PB=2,282.P0,75+0,356.G+0,262.MO, onde PB é a exigência de proteína bruta (g/ave/dia), P o peso corporal (kg), G o ganho de peso (g/dia) e MO a massa de ovos (g/dia).

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Alevinos de trairão (Hoplias cf. lacerdae), com peso e comprimento total médios de 12,52 g e 10,5 cm, respectivamente, previamente condicionados ao aceite de dietas artificiais, foram distribuídos em seis tanques de alvenaria (5m²) nas densidades de: 1 e 4 alevinos/m². Os peixes dos diferentes tratamentos foram alimentados ad libitum nos horários de 8 e 14 h com ração comercial extrusada contendo 42% de proteína bruta. A cada trinta dias realizou-se a troca do volume total de água de todos os tanques. Ao final do experimento (120 dias) foi avaliado o desempenho produtivo dos peixes, por meio da taxa de sobrevivência, conversão alimentar, ganhos em comprimento e em peso diário. Foram observadas taxas médias de sobrevivência de 86,7 e 96,7% para as densidades de 1 e 4 peixes/m², respectivamente. A conversão alimentar foi de 1,6 e 1,2; o ganho em peso diário e em comprimento de 0,70 e 0,38 g e 8,01 e 7,27 cm, respectivamente. Estes valores não diferiram entre si. Com os resultados obtidos pode-se concluir que as densidades de estocagem de 1 e 4 peixes/m² podem ser utilizadas no cultivo de alevinos de trairão sem que haja comprometimento no seu desempenho produtivo.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de sódio e balanços eletrolíticos da dieta (BED) sobre desempenho produtivo e a qualidade externa dos ovos de poedeiras comerciais no primeiro e segundo ciclos de produção. Foram realizados dois experimentos com duração de 112 dias cada, divididos em quatro ciclos de 28 dias. No experimento I, utilizaram-se 160 poedeiras Lohmann com 25 semanas de idade e no experimento II, 160 poedeiras Babcok pós-muda forçada, com 80 semanas de idade. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, quatro repetições e oito aves por unidade experimental. As rações foram formuladas à base de milho e farelo de soja, utilizando-se os valores de composição química e energética dos alimentos, segundo Rostagno et al. (1985), e o balanço eletrolítico da dieta foi calculado segundo Mongin (1980). Os tratamentos consistiram de cinco níveis de sódio provenientes do bicarbonato de sódio e sal comum, sendo que para o experimento I os níveis de sódio empregados foram de 0,12; 0,15; 0,18; 0,21 e 0,24% e os balanços eletrolíticos calculados, de 205, 218, 231, 243 e 246 mEq/kg; para o experimento II, foram de 0,13; 0,15; 0,17; 0,19 e 0,21% e 174, 183, 192, 200 e 209 mEq/kg, respectivamente. Foram avaliados os dados referentes ao desempenho produtivo, à qualidade externa dos ovos e porcentagem de umidade das excretas, a qual foi avaliada somente no primeiro experimento. Os níveis de sódio estudados e os balanços eletrolíticos das dietas não influenciaram as variáveis analisadas nos dois experimentos. Portanto, conclui-se que o nível de 0,12% de sódio, em dietas com 205 mEq/kg, para poedeiras no primeiro ciclo de produção, e de 0,13% de sódio, em dietas com 174 mEq/kg, para poedeiras no segundo ciclo de produção, foram suficientes para proporcionarem bom desempenho produtivo e boa qualidade externa dos ovos.

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Foi avaliado o efeito, no desempenho animal, da adição da casca do grão de soja em substituição ao grão de sorgo na fração concentrada da dieta de novilhos confinados na fase de terminação dos 19 aos 23 meses de idade. Os tratamentos foram correspondentes aos diferentes níveis de substituição do grão de sorgo por casca de soja: 0, 25, 50, 75 e 100%. A dieta com relação volumoso:concentrado de 60:40 continha 12% de proteína bruta. Analisando os dados por regressão, verificou-se comportamento quártico para ganho de peso diário e conversão alimentar, com valores de 1,040; 1,242; 1,167; 1,264 e 1,208 kg para ganho e de 8,490; 7,340; 7,611; 7,029 e 7,201 para conversão alimentar, respectivamente, nos níveis 0, 25, 50, 75 e 100% de substituição do sorgo pela casca de soja. Comportamento linear decrescente foi observado para consumo diário de matéria seca por 100 kg de peso vivo, com valores de 2,43; 2,46; 2,40; 2,37 e 2,32%, e por unidade de tamanho metabólico, de 106,5; 107,6; 105,4; 104,4 e 102,2 g, respectivamente. Verificou-se, por intermédio da análise de contrastes, que os animais alimentados com as dietas contendo casca de soja apresentaram melhores ganho de peso e conversão alimentar em relação aos alimentados com a dieta que continha somente sorgo.

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Objetivou-se avaliar, por meio do desempenho animal, silagens de três híbridos de milho (Zea mays, L.): Agroceres AG-5011, Braskalb XL-344 e Cargill C-806. Foram utilizados 27 machos, não-castrados, mestiços Nelore x Charolês, com idade média de 10 meses e peso médio inicial de 252 kg, confinados durante 84 dias, subdivididos em quatro períodos de 21 dias. As silagens dos híbridos testados corresponderam a 70% da matéria seca ofertada. Não houve interação do híbrido de milho testado com o período de avaliação em confinamento, para os parâmetros estudados. A dieta que incluiu a silagem do híbrido AG-5011 resultou em maior consumo voluntário médio diário de matéria seca, expresso por 100 kg de peso vivo e tamanho metabólico, e maior consumo médio diário de fibra em detergente ácido, expresso nas diferentes formas, em relação aos híbridos XL-344 e C-806, que, por sua vez, foram semelhantes entre si. As dietas que incluíram silagens dos híbridos AG-5011, XL-344 e C-806 apresentaram semelhanças quanto ao consumo voluntário de matéria seca, expresso em kg/animal/dia (6,73; 6,05; e 6,19), consumo médio diário de FDN, em kg/dia (3,054; 2,837; e 2,836), e energia digestível, expressa nas diferentes formas, ganho de peso médio diário, em kg/dia (1,283; 1,219; e 1,249), ganho em estado corporal, conversão alimentar (5,26; 4,98; e 4,97) e eficiência energética (14,02; 13,68; e 13,21). Os três híbridos são indicados como materiais genéticos de muito boa qualidade para produção de silagem, promovendo ganhos de peso diário superior a 1,2 kg/animal/dia, quando utilizados em dietas com relação volumoso:concentrado de 70:30.

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Os efeitos de diferentes níveis de fibra bruta na digestibilidade aparente e velocidade de trânsito gastrintestinal de tilápias do Nilo alimentadas com dietas purificadas fornecidas foram avaliados. Utilizaram-se cinco aquários circulares (250 L) para alimentação, dotados de sistema fechado de filtragem, reabastecimento e aquecimento da água, e cinco aquários de digestibilidade (100 L), dotados de sistema individual de filtragem, reabastecimento e aquecimento. Utilizaram-se 32 peixes por aquário, com peso inicial médio de 30,65 ± 0,50 g. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado caracterizado por cinco níveis de fibra bruta (2,5; 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5%) e 5 repetições. Concluiu-se que níveis crescentes de fibra bruta, em dietas purificadas, interferem significativamente na digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta e do extrato etéreo. Níveis de até 5,00% de fibra bruta não diminuiu a digestibilidade aparente da matéria seca e da proteína bruta e 7,50% de fibra bruta não diminuiu a digestibilidade aparente do extrato etéreo da dieta purificada pela tilápia do Nilo. Entretanto, o aumento do teor de fibra bruta da dieta diminui significativamente o tempo de trânsito gastrintestinal.

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Objetivou-se avaliar a ingestão de matéria seca, o ganho de peso diário, a conversão alimentar, o peso vivo ao abate e o período de confinamento em cordeiros Santa Inês puros e ½Dorset ½Santa Inês, alimentados com dietas isoenergéticas (76,59% de NDT) e isoprotéicas (17,48% de PB) contendo diferentes fontes de óleo vegetal (óleos de soja, canola e linhaça) e uma dieta controle (sem inclusão de óleo vegetal). A relação volumoso:concentrado foi de 30:70 e utilizou-se feno de aveia como volumoso. Realizou-se também um ensaio de digestibilidade, utilizando quatro cordeiros não-castrados, distribuídos em delineamento quadrado latino, avaliando-se ingestão, excreção fecal e digestibilidade total dos nutrientes das rações. A ingestão de matéria seca, expressa em porcentagem do peso vivo, foi menor nos cordeiros que receberam dieta contendo óleo de canola que naqueles que receberam dieta controle. Porém, todas as rações proporcionaram ganhos de peso e conversão alimentar satisfatórios. Os valores de digestibilidade total da matéria seca (76,02%) e matéria orgânica (76,82%) da dieta controle foram superiores aos da dieta contendo óleo de linhaça (72,11% e 72,97%, respectivamente), embora não tenham diferido das dietas contendo óleos de soja (72,94 e 73,71%) e canola (73,45 e 74,25%). A digestibilidade do extrato etéreo foi menor na dieta controle (84,02%), enquanto as demais dietas apresentaram valor médio de 91,98%. Os óleos vegetais reduziram a digestibilidade da matéria seca e da matéria orgânica, não afetando a ingestão e digestão dos demais nutrientes.

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Objetivou-se avaliar os efeitos dos grãos de milho e sorgo, secos ou ensilados úmidos, sobre o consumo de nutrientes e o desempenho de cordeiros em confinamento. O confinamento teve duração de 77 dias e foi dividido em dois períodos: no primeiro (35 dias), utilizou-se como volumoso capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.), na proporção de 50:50 e, no segundo (42 dias), feno de capim-braquiária (Brachiaria brizantha), na proporção de 30:70. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em blocos, de acordo com o peso, conforme os tratamentos, que consistiram de diferentes fontes de alimento concentrado energético: silagem de grão úmido de milho; silagem de grão úmido de sorgo; grão seco de milho; e grão seco de sorgo. Os consumos de MS, em g/dia, em %PV e em PV0,75, não diferiram entre os animais alimentados com grãos de milho e sorgo, secos ou úmidos, e capim-elefante cv. Napier, com média de 920,79 g/dia; 3,59% e 81,01 g/kg PV0,75. Os grãos de milho e de sorgo ensilados úmidos, quando comparados aos grãos secos, proporcionaram melhor ganho de peso (0,17 vs 0,13 e 0,19 vs 0,13 kg/dia), conversão (5,57 vs 6,37 e 5,05 vs 6,86) e eficiência alimentar (17,95 vs 15,69 e 19,79 vs 14,74). O uso de grãos de sorgo, secos e úmidos, em dietas à base de feno de capim-braquiária, resultou em maior ganho de peso, ao passo que o de grãos secos de sorgo promoveu melhor conversão alimentar. Na proporção volumoso:concentrado 50:50, os grãos de milho e sorgo ensilados proporcionaram melhores ganhos de peso, conversão e eficiência alimentar que os grãos secos. em dietas com maior participação de concentrado (proporção 30:70), fontes de maior degradabilidade (milho) influenciaram negativamente o ambiente ruminal, resultando em desempenho inferior.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Com o objetivo de estudar as características qualitativas da carcaça e da carne de bovinos machos não-castrados abatidos aos 13-14 meses de idade, foram utilizados 16 animais, oito Aberdeen Angus (AA) e oito Hereford (HE), alimentados na fase de terminação com dietas formuladas com dois níveis de energia digestível (ED), o menor 3,07 Mcal/kg de ED (12% de concentrado) e o maior 3,18 Mcal/kg de ED (32% de concentrado). Os animais foram confinados a partir dos 9 meses de idade com peso médio de 220,31 kg e foram abatidos quando, por estimativa, o peso da carcaça atingiu, no mínimo, 190 kg. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, em esquema fatorial 2 x 2 (duas raças vs dois níveis de energia). A carne dos animais HE perdeu menos líquido durante os processos de descongelamento e cocção. Além disso, apresentou maior maciez pelo painel de avaliadores e pelo aparelho Shear Force. As carcaças dos animais que receberam o maior nível de energia na dieta apresentaram maior proporção de músculo e, durante o processo de descongelamento, perdeu menos líquido (2,54 vs 7,22%). Quando avaliada pelo aparelho Shear Force, a carne dos animais alimentados com maior nível de energia na dieta mostrou-se mais macia. Verificou-se interação significativa raça ´ nível de energia para o sabor e a coloração da carne, de modo que a carne dos animais AA, alimentados com menor nível de energia, mostrou-se mais saborosa e com melhor coloração.

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Avaliou-se o efeito da utilização de duas fontes de carboidratos solúveis, amido ou fibra solúvel em detergente neutro, associadas a dois níveis de FDN, sobre o desempenho de novilhos de corte em confinamento na fase de terminação. Foram confinados 24 novilhos ½ Angus x ½ Nelore, com idade inicial de 18 meses e peso de 329 ± 24 kg. As quatro dietas foram calculadas para fornecer nível de PB suficiente para ganho diário de 1,4 kg. As dietas foram constituídas de 40% de silagem de milho e 60% de concentrado (grão de milho, polpa cítrica e casca de soja), além de minerais e uréia, arranjados de forma a promover nível alto de amido associado a dois níveis de FDN (48 e 39%) ou nível alto de fibra solúvel associado aos dois níveis de FDN. Observou-se que os animais alimentados com a dieta com maior nível de polpa cítrica (45%), com baixos teores de fibra solúvel e FDN, apresentaram consumo reduzido e, conseqüentemente, baixo ganho de peso e pior conversão alimentar. Entre as dietas com maior nível de FDN, verificou-se que os animais alimentados com fibra solúvel apresentaram o melhor ganho de peso (1,435 vs 1,262 kg/dia) e a melhor conversão alimentar (7,494 vs 8,651), mas não diferiram daqueles do tratamento com amido e baixo teor de FDN. Os resultados demonstraram que é possível alterar o desempenho animal manipulando a fonte e a concentração dos carboidratos solúveis.

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Este experimento foi realizado para avaliar os efeitos da suplementação de enzimas exógenas (pancreatina suína) em microdietas sobre o crescimento, a sobrevivência e as alterações morfológicas do trato digestório de larvas de pacu, Piaractus mesopotamicus. Foram testados oito programas alimentares: alimentação exclusiva com náuplios de Artemia (AV); alimentação exclusiva com dieta microparticulada com (DMP) ou sem (DM) suplementação enzimática; substituição, aos cinco dias, dos náuplios de Artemia por dietas inertes com (AV5DMP) ou sem (AV5DM) suplementação; e substituição dos náuplios aos dez dias por dietas com (AV10DMP) ou sem (AV10DM) suplementação. O experimento teve duração de 28 dias. Larvas que receberam o alimento vivo durante todo o período experimental apresentaram maiores médias de peso. O efeito negativo da supressão do alimento vivo sobre o crescimento das larvas foi verificado tanto na substituição aos cinco dias como aos dez dias. No entanto, nas avaliações biométricas subseqüentes, observaram-se efeitos positivos da suplementação enzimática; a partir do 20º dia de experimento, as larvas que receberam a dieta suplementada com enzima exógena apresentaram peso médio estatisticamente superior ao daquelas alimentadas com a dieta sem suplementação. As diferenças morfológicas mais evidentes proporcionadas pela suplementação enzimática foram observadas nas larvas que receberam substituição alimentar aos cinco dias. As diferenças foram relativas à quantidade de grânulos de zimogênio no pâncreas e às inclusões supranucleares no intestino. As larvas submetidas à transição alimentar aos dez dias de experimento já apresentavam diferenciação morfológica do sistema digestório mais avançada, assemelhando-se muito às larvas do tratamento com alimento vivo. Os resultados deste experimento indicam que a suplementação com pancreatina proporcionou efeitos positivos sobre o crescimento e a sobrevivência das larvas de pacu.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)