146 resultados para podridões
Resumo:
A incidência de danos pós-colheita em goiabas foi quantificada no período de abril de 2005 a agosto de 2006 em quatro permissionários do Entreposto Terminal de São Paulo da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). As amostragens foram feitas de forma estratificada, utilizando calibre, procedência, cor da polpa e ensacamento do fruto como critérios de estratificação. Injúrias mecânicas e doenças pós-colheita foram quantificadas por meio de análise visual de todos os frutos de 323 caixas de goiaba. Foram avaliados 5.081 frutos, dos quais 51,1 % foram provenientes de pomares onde a prática do ensacamento dos frutos era utilizada. Injúrias mecânicas pós-colheita foram observadas em 63 % dos frutos, mas apenas 5,5 % dos frutos mostraram sintomas de doenças. A incidência de doenças pós-colheita foi correlacionada à incidência de injúrias mecânicas apenas nos frutos ensacados (R=0,20, p< 0,05). Essas variáveis não foram correlacionadas nos frutos não- ensacados (R=0,09). Pinta-preta (Guignardia psidii) foi observada em 3,5 % dos frutos e antracnose (Colletotrichum spp.), em 1,1 % deles. Podridões pós-colheita ocasionadas pelos fungos dos gêneros Fusicoccum, Rhizopus e Pestalotia ocorreram em menos de 1% dos frutos. A incidência de doenças provocadas por patógenos quiescentes foi significativamente maior em frutos ensacados (7,7 % dos frutos) que em frutos não-ensacados (2,1 % dos frutos). O oposto foi observado para patógenos que penetram o fruto exclusivamente por ferimentos, cujas médias foram de 0,3 % e 0,8 % de incidência de frutos sintomáticos, respectivamente para frutos ensacados e não-ensacados. Não houve diferença estatística significativa na incidência de doenças quiescentes nos frutos ensacados das variedades de polpa branca (7,8 %) e nas variedades de polpa vermelha (7,3 %).
Resumo:
Após a colheita do maracujá-amarelo, ocorre aumento na suscetibilidade do fruto às podridões e significativa perda de massa fresca. Diante disso, objetivou-se identificar e quantificar as doenças pós-colheita e avaliar as características físicas e químicas de frutos de maracujazeiro-amarelo produzidos em sistemas de cultivo convencional e orgânico. Os frutos foram individualizados e submetidos a 24h de câmara úmida, permanecendo por mais 13 dias a 25±2ºC e 70-80% de UR. As doenças e o índice de murchamento foram avaliados visualmente após a coleta do fruto e a cada três dias. Os frutos também foram caracterizados quanto à espessura da casca, rendimento em polpa e teores de acidez titulável e de sólidos solúveis. A ocorrência de podridões foi elevada, tanto no pomar orgânico como no convencional. A antracnose foi a principal doença, com 100% de incidência nos frutos de ambos os pomares, seguida pela podridão de Fusarium, com 25,5% no convencional e 19,0% no orgânico. Já para a podridão de Phomopsis, a incidência foi superior no pomar convencional (11,0%), comparado ao orgânico (2,0%). Com auxílio de uma escala diagramática, estimou-se a severidade da antracnose, de 34,1% nos frutos orgânicos e de 39,8% nos frutos do pomar convencional. Os frutos orgânicos apresentaram-se maiores, com maior espessura da casca, menor rendimento em polpa e maior teor de sólidos solúveis. O índice de murchamento não diferiu entre os maracujás dos dois sistemas de cultivo. Com base nos resultados obtidos, medidas de controle fitossanitárias no campo e na pós-colheita devem ser adotadas, visando a obter frutos de maior qualidade.
Indução da expressão precoce de sintomas de Guignardia citricarpa em frutos de laranjeira 'pêra-rio'
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência de diferentes concentrações de ethephon na expressão precoce de sintomas de Guignardia citricarpa em frutos de laranjeira 'Pêra-Rio'. Para tal, frutos assintomáticos e isentos de aplicações com fungicidas, com 20 e 28 semanas após a queda de pétalas, foram coletados em área de comprovada existência da doença, no município de Conchal-SP e levados ao Laboratório de Fitopatologia da FCAV/UNESP, em Jaboticabal-SP, onde foram tratados com soluções nas seguintes doses de ethephon: i) 1,57 g L-1; ii) 2,10 g L-1; iii) 2,42 g L-1; iv) Testemunha (água). Todas acrescidas de imazalil a 0,25 g L-1, para prevenir podridões de pós-colheita. Após os tratamentos, os frutos foram mantidos em câmara incubadora para B.O.D., calibrada à temperatura de 25ºC ±1ºC, por 15 dias. Posteriormente, os frutos foram submetidos a quatro avaliações, em intervalos semanais, sendo atribuídas notas que variaram de zero (ausência de sintomas) a 6 (sintomas severos). Os dados da severidade da doença observados nos frutos colhidos prematuramente e submetidos aos diferentes tratamentos com ethephon foram comparados aos observados em frutos ensacados e não ensacados, mantidos no campo até a maturação natural. Constatou-se maior equivalência de sintomas nos frutos com idade entre 20 e 28 semanas, quando estes foram tratados com 2,10 g L-1 de ethephon e avaliados entre 28 e 35 dias. Concluiu-se que o emprego de ethephon, nestas condições, viabilizou a expressão precoce dos sintomas da mancha preta em frutos contendo infecções quiescentes de G. citricarpa, com antecedência de, pelo menos, 105 dias antes da colheita. Tal resultado constitui-se, portanto, em alternativa de grande aplicabilidade na detecção precoce de sintomas de mancha preta.
Resumo:
No presente trabalho, foram avaliados os efeitos do hidrorresfriamento para manutenção da qualidade em pêssegos 'Chimarrita' e 'Chiripá'. O hidrorresfriamento foi realizado por imersão em água com gelo a 5ºC, sendo o abaixamento da temperatura monitorado por 3 minutos. O tratamento-controle foi transferência para a câmara fria imediatamente após a colheita dos pêssegos. Os frutos foram armazenados a 0ºC ('Chiripá') e 0,5ºC ('Chimarrita') por 7; 14 e 21 dias e avaliados na colheita, nas saídas de frio, seguidos de 2 a 3 dias a 20ºC para o amadurecimento. O hidrorresfriamento foi efetivo em retirar o calor de campo dos frutos. Os frutos hidrorresfriados desidrataram mais na armazenagem, e pêssegos de ambos os tratamentos apresentaram murchamento no amadurecimento. A ocorrência de podridões não diferiu entre pêssegos hidrorresfriados e controles no armazenamento, nas duas cultivares, mas foram maiores no tratamento-controle, no amadurecimento na 'Chimarrita'. A firmeza da polpa foi igual entre os tratamentos na 'Chimarrita' e superior nos pêssegos 'Chiripá' hidrorresfriados durante a armazenagem. No amadurecimento a 20°C, a firmeza de polpa de ambas as cultivares decresceu a valores semelhantes nos frutos-controle e nos hidrorresfriados. Após 21 dias em frio, 50% dos pêssegos da cv. Chiripá e 15% dos pêssegos da cv. Chimarrita, de ambos os tratamentos, apresentaram lanosidade. O distúrbio retenção de firmeza ocorreu em 20% dos pêssegos 'Chiripá' e em 50% dos 'Chimarrita'.
Resumo:
O cultivo protegido de videira no Brasil tem-se expandido, em área, visando principalmente à diminuição de danos por adversidades climáticas sobre a produção e a maturação das uvas. Entretanto, não se dispõe de informações sobre o microclima e as necessidades de controle fitossanitário que são impostas por essa tecnologia, as quais constituem os objetivos deste trabalho. O experimento foi instalado no ciclo 2005-2006, em Flores da Cunha-RS, em um vinhedo de 'Moscato Giallo', conduzido em "Y", com cobertura plástica impermeável (160µm), em 12 fileiras com 35m, deixando-se 5 fileiras sem cobertura (controle). Em ambas áreas, avaliou-se o microclima quanto à presença de água livre (registro visual), temperatura (T), umidade relativa (UR) do ar, radiação fotossinteticamente ativa (RFA) e velocidade do vento (VV) próximos ao dossel vegetativo e aos cachos. Na área coberta, foram aplicados fungicidas quando necessário, enquanto na área descoberta foram realizadas aplicações por calendário. Durante a floração e a maturação, avaliaram-se a incidência e a severidade de míldio (Plasmopara viticola), oídio (Uncinula necator), podridão-cinzenta-da-uva (Botrytis cinerea), podridão-da-uva-madura (Glomerella cingulata) e podridão ácida (leveduras imperfeitas e leveduras esporógenas). A cobertura plástica aumentou a temperatura diurna próxima ao dossel vegetativo, não influenciou na umidade relativa do ar, diminuiu a radiação fotossinteticamente ativa e a velocidade do vento e restringiu drasticamente a água livre sobre as folhas e cachos. Nessas condições, na área coberta, realizaram-se apenas duas aplicações para o controle do oídio, enquanto na área descoberta foram realizadas 17 aplicações para o controle de doenças fúngicas. Não houve incidência de doenças na avaliação realizada na floração, nos dois sistemas de cultivo; contudo, no período de maturação, houve decréscimos significativos de incidência de podridão ácida (-77,10%) e a severidade de podridão-da-uva-madura (-89,47%), podridão-cinzenta-da-uva (-57,56%) e podridão ácida (-84,54%) em função da cobertura plástica. De modo geral, as condições microclimáticas do cultivo protegido não permitiram o estabelecimento de míldio e diminuíram a incidência e severidade de podridões de cacho reduzindo as exigências e os custos com controle fitossanitário. Portanto, essa tecnologia pode apresentar-se como uma possibilidade de cultivo com menores impactos de contaminação para o ambiente, produtor e consumidor, desde que sejam consideradas as reduções de tratamentos fitossanitários. Isso fica evidente com os dados de acúmulo residual de fungicidas, que foi maior no cultivo protegido comparado ao convencional, de forma que o manejo fitossanitário deve ser diferenciado em relação ao cultivo convencional.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade do pêssego cv. Douradão, quando aplicados tratamentos pós-colheita, associada à temperatura adequada de refrigeração. Os tratamentos foram: aplicação de quitosana a 1%; embalagem de polietileno e controle (não- tratado e sem embalagem plástica). Após serem embalados em caixas de papelão e armazenados a 3º C e 90% UR, durante 14; 21 e 28 dias, foram transferidos para condições- ambiente, permanecendo por 3 dias. Com o polietileno, houve menor perda de massa dos frutos durante o armazenamento; no entanto, verificou-se aumento na incidência das podridões na fase de comercialização. A quitosana não foi eficiente como protetivo contra a perda de massa, porém reduziu a incidência de podridões. Foi constatado o dano fisiológico causado pelo frio, denominado de lanosidade nos pêssegos, após 21 dias de refrigeração e mais 3 dias de comercialização, não tendo influência dos tratamentos realizados. Se o consumo dos pêssegos 'Douradão' for imediato à saída da câmara fria, o período de conservação dos frutos é de 21 dias (podridão zero), com destaque para a embalagem de polietileno, que reduziu a perda de massa. Considerando a avaliação após a comercialização simulada, o período de vida útil dos frutos é restrito aos 14 dias, a 3º C, seguido de 3 dias em condições-ambiente devido à posterior ocorrência de lanosidade e podridão-parda.
Resumo:
O uso de indutores de resistência em plantas representa um método alternativo e promissor no controle de podridões pós-colheita de frutos. Assim sendo, foi conduzido um experimento na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos - PR, no ano de 2004, com objetivo de avaliar a aplicação pré-colheita de quitosana e acibenzolar-S-metil (ASM) sobre o comportamento pós-colheita de frutos de morangueiro da cultivar Aromas. O efeito da aplicação de quitosana (0,5; 1,0 e 2,0%) e de uma dose de ASM (0,0025%) foi verificado em relação à testemunha (água destilada) e ao tratamento-controle com aplicação de fungicidas. A aplicação na pré-colheita de quitosana, nas três doses avaliadas, retardou a maturação dos frutos, manteve maior firmeza de polpa e acidez titulável e diminuiu a perda de massa. Esses tratamentos também diminuíram a produção de etileno, o teor de açúcares redutores e mantiveram mais elevado os teores de polifenóis totais. A aplicação de quitosana, nas três doses avaliadas, induziu maior resistência das plantas a patógenos, resultando na diminuição de podridão dos frutos em pós-colheita. No entanto, a concentração de 2% de quitosana causou dano aos frutos na pós-colheita, elevando a taxa respiratória e o teor de açúcares redutores. O ASM teve efeito na retenção da acidez titulável e na redução de podridões, similar ao tratamento com fungicidas. A aplicação de quitosana e ASM na pré-colheita não interferiu na qualidade organoléptica dos frutos em pós-colheita.
Resumo:
O presente trabalho objetivou estudar os efeitos do estádio de maturação e temperatura de armazenamento sobre a fisiologia de araçá-vermelho. Frutos colhidos nos estádios de maturação verde (coloração vermelha da epiderme < 20%) e maduro (coloração vermelha da epiderme > 50%) foram armazenados nas temperaturas de 0; 5; 10; 20 e 30ºC (UR de 85-90%) para a quantificação das taxas respiratórias e alterações na coloração da epiderme (L='lightness' e hº=ângulo 'hue'). Houve aumento substancial na taxa respiratória com o aumento na temperatura de armazenamento de 0 a 30ºC, com Q10 @ 2,7. Frutos colhidos no estádio de maturação verde apresentaram, em relação a frutos colhidos no estádio maduro, sensível redução na qualidade, caracterizada pelo menor teor de sólidos solúveis e maior acidez, porém melhor retenção de firmeza e de coloração da epiderme (com menor alteração na coloração de verde para vermelho), especialmente quando armazenados a 0ºC, e menor incidência de podridões. Frutos de araçá-vermelho devem ser colhidos no estádio maduro e imediatamente armazenados a temperaturas próximas de 0ºC, visando a prolongar a sua conservação, já que apresentam elevadas taxas respiratórias e rápido amadurecimento à temperatura ambiente (20ºC).
Resumo:
O estudo objetivou o estabelecimento de um método efetivo e satisfatório do controle do dano de frio em limas-ácidas. Os frutos colhidos no município de Boa Vista-RR, 140 e 150 dias após a floração, apresentaram valores médios de 7,9 e 8,2 ºBrix; 6,3 e 6,0 mL de ácido cítrico.100mL de polpa-1 e pH de 2,8 e 3,0, respectivamente, nas duas colheitas. Após cada colheita, os frutos foram levados ao laboratório de Fitotecnia/UFRR, onde foram selecionados, limpos e submetidos aos tratamentos: T1 - controle; T2, T3 e T4 - condicionamento a 35ºC, por 6, 12 e 24 horas, respectivamente; T5 - aquecimento intermitente a 20ºC, por 8 horas, após 5 e 10 dias a 1ºC; T6 - aquecimento intermitente a 20ºC, por 8 horas, após 10 e 20 dias a 1ºC; T7 - ethephon a 1.500 mg.L-1; T8 - ethephon a 3.000 mg.L-1. Os tratamentos T9 ao T16, diferenciaram-se dos tratamentos T1 a T8, apenas, na data da colheita (10 dias após a primeira). O experimento foi avaliado a cada 15 dias, durante 75 dias, a 1 ± 0,5 ºC e 92 ± 5 % de UR, quanto ao dano de frio, aspecto visual, perda de massa fresca, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), SS/AT (ratio - RT), clorofila total e ácido ascórbico. O atraso na colheita não proporcionou efeito significativo algum. Todos os tratamentos, à exceção do controle e do aquecimento intermitente aos 10 e 20 dias, foram eficientes no controle do dano de frio. No entanto, o tratamento químico e o condicionamento térmico aceleraram precocemente o metabolismo dos frutos, principalmente no que concerne à perda de massa fresca e ao aspecto visual. O maior teor de clorofila total e de ácido ascórbico, bem como o melhor aspecto visual, a não-incidência de podridões e a menor perda de massa fresca foram detectadas nos frutos submetidos ao aquecimento intermitente aos 5 e 10 dias. Os SS, AT e RT estavam dentro dos padrões de qualidade e não variaram estatisticamente entre os tratamentos.
Resumo:
O desempenho agronômico da videira 'Syrah' cultivada em ciclo outono-inverno foi avaliado nos anos de 2005 e 2006, em vinhedo não-irrigado, localizado em Três Corações- MG. Avaliou-se a duração do ciclo entre a poda e a colheita, porcentagem de brotação e fertilidade das gemas, produção, incidência de podridões, superfície foliar primária, potencial hídrico foliar de base, taxa fotossintética líquida, temperatura próxima aos cachos, sólidos solúveis totais, acidez total e pH, durante o período da maturação. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que, para as condições climáticas da região cafeeira do sul de Minas Gerais, é possível a alteração do ciclo da videira 'Syrah' em vinhedo não-irrigado, mantendo-se índices de produtividade entre 6,16 e 7,70t.ha-1.
Resumo:
Com a finalidade de reduzir as perdas ocasionadas pela degrana e podridões na pós-colheita de uva 'Niagara Rosada', foram realizados em 2005, em vinhedos localizados nos municípios de Jales e Louveira, São Paulo-Brasil, experimentos utilizando-se de cinco concentrações de cloreto de cálcio (CaCl2) a 0; 5; 10; 15 e 20 g.L-1, com ou sem a aplicação de 100 mg.L-1 de ácido naftalenoacético (ANA). Com base nos resultados obtidos, realizou-se, em 2006, experimento com quatro concentrações de ANA a 0; 50; 100 e 150 mg L-1, associadas ou não a 10 g.L-1 de CaCl2. As aplicações do ANA foram realizadas um dia antes da colheita, e a do CaCl2, no início da maturação das bagas. Após a colheita, avaliaram-se o teor de sólidos solúveis, a acidez titulável, o pH, a degrana e a incidência de podridões. Os cachos provenientes dos diferentes tratamentos foram armazenados sob condição ambiente a 25ºC/70% UR, por 5 dias, e sob refrigeração a 1ºC/85% UR, por 21 dias, seguido por transferência para condição ambiente por mais 5 dias, sendo avaliadas após esses períodos as mesmas variáveis. O ANA foi eficiente na redução da degrana e da incidência de podridões nos cachos, principalmente após acondicionamento dos mesmos sob condição ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais efetiva. Os tratamentos promoveram poucas alterações nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez titulável.
Resumo:
As exigências do consumidor são cada vez maiores com relação à qualidade de produtos in natura. As podridões, além de causar perdas na produção, reduzem a qualidade final do fruto, interferindo significativamente na comercialização. Objetivou-se, com este trabalho, avaliar a eficiência de produtos alternativos, aplicados na pós-colheita, no controle da podridão-parda (Monilinia fructicola) e da podridão-mole (Rhizopus spp.) em pêssegos. O experimento foi conduzido no município de Nepomuceno-MG, em talhão de pessegueiro da cultivar Diamante, com 10 anos de idade. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 7 tratamentos e 3 repetições. Para o estudo, foram selecionados frutos sem lesões e sem sintomas das doenças. Os frutos foram mergulhados por 30 segundos em solução contendo os seguintes tratamentos: 1-Óleo de cravo 0,01%; 2-Dióxido de cloro 0,1%; 3-Dióxido de cloro 0,05%; 4-Cloreto de benzalcônio 0,25%; 5-Dicloran 0,12%; 6-Iprodione 0,15% e 7-Testemunha (somente água). Após os tratamentos, os frutos, em número de 10, foram colocados em bandejas esterilizadas, em três repetições. O experimento foi conduzido em condições de ambiente não controlado, sendo feitas avaliações do desenvolvimento das doenças aos 3 e aos 5 dias após os tratamentos em 2005 e aos 3; 6 e aos 9 dias após o tratamento em 2006. O iprodione controlou a incidência e a severidade de M. fructicola e Rhizopus spp. O dicloran foi o tratamento mais eficiente para o controle do Rhizopus spp. e intermediário para M. fructicola. Os tratamentos com óleo de cravo e dióxido de cloro, na maior dose, reduziram a incidência de Rhizopus spp. e para severidade apresentaram resultados intermediários.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de doenças pós-colheita em 15 variedades de manga, cultivadas em Pindorama-SP, sem adição de agroquímicos. Os frutos foram colhidos e submetidos a 24h de câmara úmida, permanecendo por mais nove dias a 25±2ºC e 70-80% de UR. A incidência de podridões e a severidade da antracnose foram avaliadas em intervalos de três dias. No início do armazenamento, os frutos foram caracterizados quanto aos teores de sólidos solúveis e acidez titulável. A antracnose foi a doença mais frequente nas quinze variedades de manga, com 100% de incidência um dia após a colheita dos frutos, seguida pela podridão peduncular com média entre as variedades de 20,8% ao final do armazenamento. Menor severidade de antracnose foi observada nas variedades Surpresa e Zill, enquanto menor incidência da podridão peduncular foi observada em 'Winter' e 'Pele-de-Moça'. Análises de correlação entre os parâmetros sólidos solúveis e acidez titulável das variedades com a intensidade da antracnose e da podridão peduncular foram significativas apenas entre acidez e antracnose, antes e após o período de armazenamento.
Resumo:
A alta perecibilidade da goiaba é o principal problema enfrentado pelos produtores na comercialização da fruta in natura, tanto no mercado nacional, como no internacional. O 1-metilciclopropeno (1-MCP) é um regulador vegetal conhecido como bloqueador da ação do etileno, empregado para retardar o amadurecimento de frutos e estender sua vida útil. Assim, o presente trabalho teve por objetivo determinar os efeitos da aplicação do regulador vegetal 1-MCP sobre a qualidade pós-colheita de goiabas 'Kumagai'. As goiabas foram colhidas quando a cor da casca começou a mudar de verde-escura para verde-clara, tendo como base os índices de firmeza (N) e cor da casca (ºh) de 85N e 117ºh, respectivamente, em lotes uniformes, sem defeitos. Os frutos foram expostos ao 1-MCP durante 3 horas, em câmara hermética, nas concentrações de 0; 100; 300 e 900 nL.L-1 e armazenadas a 22±2 ºC e 80-85 %UR durante 12 dias. O regulador vegetal retardou a perda da cor verde da casca e da firmeza da polpa, bem como o incremento dos teores de ácido ascórbico e de sólidos solúveis, entretanto não alterou a perda de massa, a acidez titulável e a incidência de podridões. A atividade respiratória e a produção de etileno também foram influenciadas pelo 1-MCP, tendo atingido os menores valores ao empregar a maior concentração deste regulador vegetal. A aplicação de 1-MCP, nas concentrações de 300 a 900 nL.L-1, durante 3 horas, retarda o amadurecimento de goiabas 'Kumagai', prolongando sua vida pós-colheita.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de diferentes fontes de Ca2+ no solo sobre o teor deste nutriente no solo, nas folhas e nos frutos, e sobre atributos físico-químicos e conservação pós-colheita da uva 'Vênus' (Vitis labrusca x V. vinifera). O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. Utilizaram-se os seguintes tratamentos: T1 - testemunha (sem aplicação de Ca2+ no solo); T2 - cloreto de cálcio; T3 - gesso agrícola; T4 - Nitrabor®; T5 - cal hidratada, e T6 - borra de celulose. Para todas as fontes, aplicou-se o equivalente a 80 kg de Ca2+ ha-1, parcelados em três aplicações, a cada 21 dias, a partir do início da brotação da videira. Avaliou-se o teor de macronutrientes no solo, nas folhas e frutos. Na maturação, foram coletados quatro cachos por parcela, sendo dois cachos avaliados por ocasião da colheita e dois cachos mantidos sob temperatura ambiente e atmosfera modificada, sendo avaliados após cinco dias. Em geral, as fontes de Ca2+ proporcionaram maior teor de Ca2+ no solo, nas folhas e nos frutos. O Nitrabor® e o gesso agrícola aumentaram o peso médio de bagas. As fontes de Ca2+ reduziram a perda de peso, o degrane e a incidência de podridões dos frutos em pós-colheita.