Estudos taxonômicos e biológicos de Cunaxidae (Acari: Prostigmata) do Brasil

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Diversidade morfológica e molecular do gênero Oecomys thomas, 1906 (Rodentia: Cricetidae) na Amazônia oriental brasileira

Os roedores arborícolas do gênero Oecomys possuem distribuição reconhecida para áreas de floresta tropical e subtropical da América Central e do Sul, e compreendem 17 espécies atualmente reconhecidas, além de duas descritas, mas não nomeadas, reconhecidas em estudos prévios. Destas, apenas seis têm ocorrência esperada para a Amazônia oriental brasileira. A delimitação das espécies com base apenas em caracteres morfológicos é complicada, de forma que diversos táxons nominais já foram associados ao gênero e diversos arranjos taxonômicos foram propostos. Na única revisão taxonômica para o gênero, realizada há 50 anos, foram reconhecidas apenas duas espécies politípicas. Desde então, vários trabalhos envolvendo análises morfológicas, moleculares e cariotípicas têm demonstrado que há uma maior diversidade de espécies em Oecomys, resultando em descrições de espécies novas e revalidações de espécies anteriormente sinonimizadas. Este trabalho buscou caracterizar a variação morfológica e a diversidade molecular das espécies com ocorrência na Amazônia oriental brasileira. Para isto, empregamos análises filogenéticas com base no gene mitocondrial citocromo-b a fim de definir clados que representassem espécies, para as quais descrevemos a morfologia externa e craniana. Como resultado, reconhecemos 11 espécies com ocorrência para o leste da Amazônia brasileira, das quais cinco são esperadas para a região (Oecomys auyantepui, O. bicolor, O. paricola, O. rex e O. rutilus), duas são registradas pela primeira vez para o bioma Amazônia (Oecomys catherinae e O. cleberi) e quatro espécies são novas ou não reconhecidas como válidas atualmente, aqui denominadas Oecomys sp. A, Oecomys sp. B, Oecomys sp. C e Oecomys sp. D. Além disso, corroboramos estudos moleculares prévios em que Oecomys bicolor é um complexo de espécies, com base na alta taxa de divergência nucleotídica apresentada (7,5 %). Observamos dimorfismo sexual e variação ontogenética na morfometria craniana da espécie Oecomys paricola, e para efeito de comparação extrapolamos estas variações para as demais espécies tratadas aqui. Sugerimos também uma hipótese filogenética entre as espécies do gênero a partir de 653 pb do gene citocromo-b, sendo esta a filogenia mais abrangente para Oecomys publicada até o momento, devido ao elevado número de espécies incluídas (11 das 16 espécies atualmente reconhecidas e sete prováveis novas espécies) e a amplitude geográfica das amostras aqui utilizadas.

Biologia, morfologia e bioquímica de veneno da formiga lava-pés Solenopsis saevissima Smith (Insecta, Hymenoptera, Formicidae)

Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) - IBRC

Novos táxons de Cerambycidae (Coleoptera) das Américas Central e do Sul

Novos táxons descritos: em Cerambycinae, Bomarion caudatum sp. nov., da Bolívia (Ectenessini); Nephalius levigatus sp. nov., do Brasil, Paraíba (Elaphidiini); Bothriospila pulcherrima sp. nov., do Brasil, Bahia (Bothriospilini); Cycnidolon rufescens sp. nov., do Brasil, Paraíba (Neoibidionini). Em Lamiinae: Cicatricallia gen. nov., espécie-tipo: C. cicatricosa sp. nov. de Trindade e Tobago (Calliini); Mimasyngenes clarkei sp. nov., de Trinidad e Tobago e Mimasyngenes fonticulus sp. nov., do Brasil, Piauí; Ibypeba gen. nov., espécie-tipo: I. camiri sp. nov., da Bolívia; Micratelodesmis gen. nov., espécie-tipo: M. minor sp. nov. (Desmiphorini); Lycidola affinis sp. nov. de Trinidad e Tobago (Hemilophini). Novos registros: Lycidola beltii Bates, 1872 para a Costa Rica e Alampyris fuscus Martins & Galileo, 2008 para o Panamá (Hemilophini).

Novos táxons e novos registros sobre Cerambycidae (Coleoptera) Neotropicais

Novos táxons e novos registros sobre Cerambycidae (Coleoptera) Neotropicais. Novos táxons descritos em Cerambycinae, Eligmodermini: Eligmoderma lara sp. nov. da Venezuela; Elaphidiini: Cratericus gen. nov., espécie-tipo, C. divaricatus sp. nov., da Jamaica. Em Lamiinae, Desmiphorini: Capillicornis gen. nov., espécie-tipo, C. basilaris sp. nov. do Equador; Cotycicuiara acuminata sp. nov. do Panamá; C. guiana sp. nov. da Guiana Francesa; Eupromerini: Puanama skillmani sp. nov. do Brasil (Rondônia). Novos registros são feitos para Temnopis martinezi Martins, 1995 (Oemini) e Estoloides (E.) aurantius Martins & Galileo, 2010 (Desmiphorini). A localidade-tipo de Hovorelus adiectus Galileo & Martins, 2010 (Prioninae, Anacolini) é corrigida e novos dados são acrescentados.

Novos táxons de Lamiinae (Coleoptera, Cerambycidae) da América do Sul

Novos táxons descritos: Acanthoderini, Nesozineus osorioensis sp. nov., do Brasil (Rio Grande do Sul); Calliini, Drycothaea clara sp. nov., do Brasil (Rondônia) e Drycothaea hovorei sp. nov., do Equador (Napo); Forsteriini, Itacolomi gen. nov., espécie-tipo I. letiziae sp. nov., do Brasil (Minas Gerais); Yapyguara gen. nov., espécie-tipo Y. fusca sp. nov., da Bolívia (Santa Cruz); Xenofreini, Xenofrea zischkai sp. nov., do Equador (Napo) e da Bolívia (Santa Cruz).

Phylogeny of Western Palaearctic long-eared bats (Mammalia, Chiroptera, Plecotus) - a molecular perspective

Die Phylogenie der Westpaläarktischen Langohren (Mammalia, Chiroptera, Plecotus) – eine molekulare Analyse Die Langohren stellen eine Fledermausgattung dar, die fast alle westpaläarktischen Habitate bist zum Polarkreis hin besiedeln und in vielerlei Hinsicht rätselhaft sind. In der Vergangenheit wurden zahlreiche Formen und Varietäten beschrieben. Trotzdem galt für lange Zeit, dass nur zwei Arten in Europa anerkannt wurden. Weitere Arten waren aus Nordafrika, den Kanaren und Asien bekannt, aber auch deren Artstatus wurde vielfach in Frage gestellt. In der vorliegenden Dissertation habe ich mittels molekularer Daten,der partiellen Sequenzierung mitochondrialer Gene (16S rRNA und ND1), sowie der mitochondrialen Kontrollregion, eine molekular Analyse der phylogenetischen Verwandtschaftsverhältnisse innerhalb und zwischen den Linien der westpaläarktischen Langohren durchgeführt. Die besten Substitutionsmodelle wurden berechnet und phylogenetische Bäume mit Hilfe vier verschiedener Methoden konstruiert: dem neighbor joining Verfahren (NJ), dem maximum likelihood Verfahren (ML), dem maximum parsimony Verfahren (MP) und dem Bayesian Verfahren. Sechs Linien der Langohren sind genetisch auf einem Artniveau differenziert: Plecotus auritus, P. austriacus, P. balensis, P. christii, P. sardus, und P. macrobullaris. Im Falle der Arten P. teneriffae, P. kolombatovici und P. begognae ist die alleinige Interpretation der genetischen Daten einzelner mitochondrialer Gene für eine Festlegung des taxonomischen Ranges nicht ausreichend. Ich beschreibe in dieser Dissertation drei neue Taxa: Plecotus sardus, P. kolombatovici gaisleri (=Plecotus teneriffae gaisleri, Benda et al. 2004) and P. macrobullaris alpinus [=Plecotus alpinus, Kiefer & Veith 2002). Morphologische Kennzeichen, insbesondere für die Erkennung im Feld, werden hier dargestellt. Drei der sieben Arten sind polytypisch: P. auritus (eine west- und ein osteuropäische Linie, eine sardische Linie und eine aktuell entdeckte kaukasische Linie, Plecotus kolombatovici (P. k. kolombatovici, P. k. gaisleri und P. k. ssp.) und P. macrobullaris (P. m. macrobullaris und P. m. alpinus). Die Verbreitungsgebiete der meisten Arten werden in dieser Arbeit erstmals ausschließlich anhand genetisch zugeordneter Tiere dargestellt.Die Untersuchung der ökologischen Einnischung der nun anerkannten Formen, insbesondere in Gebieten sympatrischer Verbreitung, bietet ein spannendes und lohnendes Feld für zukünftige Forschungen. Nicht zuletzt muss sich die Entdeckung eines beachtlichen Anteils kryptischer Diversität innerhalb der westpaläarktischen Langohren auch bei der Entwicklung spezieller Artenschutzkonzepte widerspiegeln.

Cretaceous calcareous nannofossils of DSDP Leg 77 holes

Five of the six sites drilled during Leg 77 of the Deep Sea Drilling Project yielded Cretaceous sediments. Two of these sites, 535 and 540, form a composite section that spans the upper Berriasian through most of the Cenomanian. Olive black marly limestones in this interval yield relatively rich, well-preserved nannofossil assemblages that allow biostratigraphic subdivision of the sequence. This composite section provides important information on the Early Cretaceous history of the Gulf of Mexico, as well as additional information on tropical Lower Cretaceous nannofossil assemblages. The post-Cenomanian nannofossil (and sedimentary) record is limited to a thin, condensed section of Santonian through lower Maestrichtian pelagic sediments at one site (538) and is absent or represented by redeposited material at the other sites. Two new genera, Perchnielsenella and Darwinilithus, are described. Two new taxa, Darwinilithus pentarhethum and Lithraphidites acutum ssp. eccentricum, are described; and two new combinations, Rhagodiscus reightonensis and Perchnielsenella stradneri, are propose.

Silicoflagellates of early Paleocene to early Miocene sediments of the subantarctic South Atlantic

Nearly complete Paleogene sedimentary sequences were recovered by Leg 114 to the subantarctic South Atlantic. Silicoflagellate assemblages from the Paleogene and immediately overlying lower Neogene from Sites 698 (Northeast Georgia Rise), 700 (East Georgia Basin), 702 (Islas Orcadas Rise), and 703 (Meteor Rise) were examined. The described assemblage from Hole 700B represents the most complete yet described from the Paleocene, encompassing planktonic foraminifer Zones Plb (upper part) through P4 and Subchrons C25N to C23N. All lower Eocene sediments are barren as a result of diagenesis, except for a single sample from Hole 698A. Middle Eocene silicoflagellates described from Hole 702B range in age from early middle Eocene (P10) to late Eocene (PI5), with correlations to Subchrons C21N to C18N. Hole 703A contains late Eocene through early Miocene assemblages, with paleomagnetic control from Subchrons C16R to C6AAN. Leg 114 biosiliceous sequences contain exceptionally diverse assemblages of silicoflagellates. Approximately 155 species and separate morphotypes are described from the Paleogene and earliest Neogene. New taxa described from Leg 114 sediments include Bachmannocena vetula n. sp., Corbisema animoparallela n. sp., Corbisema camara n. sp., Corbisema constricta spinosa n. subsp., Corbisema delicata n. sp., Corbisema hastata aha n. subsp., Corbisema praedelicata n. sp., Corbisema scapana n. sp., Corbisema triacantha lepidospinosa n. subsp., Dictyocha deflandreifurtivia n. subsp., Naviculopsis biapiculata nodulifera n. subsp., Naviculopsis cruciata n. sp., Naviculopsis pandalata n. sp., Naviculopsis primativa n. sp., and Naviculopsis trispinosa eminula n. subsp. Taxonomic revisions were made to the following taxa: Corbisema constricta constricta emended, Corbisema disymmetrica crenulata n. comb., Corbisema jerseyensis emended, and Distephanus antarcticus n. comb. Silicoflagellate assemblages from the Paleogene and earliest Neogene of Holes 698A, 699A, 700B, 702B, and 703A are the basis of a silicoflagellate zonation spanning the interval from 63.2 to 22.25 Ma. Silicoflagellate zones recognized in this interval include the Corbisema hastata hastata Zone, Corbisema hastata aha Zone, Dictyocha precarentis Zone, Naviculopsis constricta Zone, Naviculopsis foliacea Zone, Bachmannocena vetula Zone, Dictyocha grandis Zone, Naviculopsis pandalata Zone, Naviculopsis constricta-Bachmannocena paulschulzii Zone, Bachmannocena paulschulzii Zone, Naviculopsis trispinosa Zone with subzones a and b, Corbisema archangelskiana Zone, Naviculopsis biapiculata Zone, Distephanus raupii Zone, Distephanus raupii-Corbisema triacantha Zone, and Corbisema triacantha mediana Zone.

Paleocene to middle Eocene calcareous nannofossils of Maude Rise, Weddell Sea

Cores from Sites 689 and 690 of Ocean Drilling Program Leg 113 provide the most continuous Paleocene and Eocene sequence yet recovered by deep sea drilling in the high latitudes of the Southern Ocean. The nannofossil-foraminifer oozes and chalks recovered from Maud Rise at 65°S in the Weddell Sea provide a unique opportunity for biostratigraphic study of extremely high southern latitude carbonate sediments. The presence of warm water index fossils such as the discoasters and species of the Tribrachiatus plexus facilitate the application of commonly used low latitude calcareous nannofossil biostratigraphic zonation schemes for the upper Paleocene and lower Eocene intervals. In the more complete section at Site 690, Okada and Bukry Zones CP1 through CP10 can be identified for the most part with the possible exception of Zone CP3. Several hiatuses are present in the sequence at Site 689 with the most notable being at the Cretaceous/Tertiary and Paleocene/Eocene boundaries. Though not extremely diverse, the assemblage of discoasters in the upper Paleocene and lower Eocene calcareous oozes is indicative of warm, relatively equable climates during that interval. A peak in discoaster diversity in uppermost Paleocene sediments (Zone CP8) corresponds to a negative shift in 5180 values. Associated coccolith assemblages are quite characteristic of high latitudes with abundant Chiasmolithus, Prinsius, and Toweius. Climatic cooling is indicated for middle Eocene sediments by assemblages that contain very abundant Reticulofenestra, lack common discoasters and sphenoliths and are much less diverse overall. Two new taxa are described, Biscutum? neocoronum n. sp. and Amithalithina sigmundii n. gen., n. sp.

Neogene Radiolarians in Neogene sediments of the Norwegian Sea

Radiolaria are present in frequencies ranging from rare to abundant and with generally moderate to good preservation quality in Leg 104 sediments younger than 22 Ma. Preservation degrades in progressively younger sediments, and upper Pliocene to mid-Pleistocene radiolaria were found only at Site 644, where sporadic assemblages of moderate to poorly preserved specimens persist to approximately 0.75 Ma. Radiolaria are essentially absent in Leg 104 recovery older than basal Miocene. The stratigraphic ranges of 55 taxa of radiolaria are documented in 451 samples from the biosiliceous recoveries of Holes 642B, 642C, 642D, 643A, and 644A. The stratigraphic ranges of 25 of these species are used as boundary criteria for a new system of 28 Neogene zones and subzones that are used to characterize approximately 72% of the past 22 m.y. of sedimentation on the Vriring Plateau. This new scheme is intended to supercede the NRS zones provisionally proposed in the Leg 104 Initial Reports. The applicability of this regional biozonation beyond the Wring and Iceland Plateaus is not presently known. The radiolaria biostratigraphy serves as a basis for inferring a sequence of hiatuses and faunal overturns that may be associated with sea-level low stands and consequent cold-water isolation of the Norwegian Sea. Twenty-one new taxa are described as follows: Actinomma henningsmoeni, Actinomma livae, Actinomma mirabile, Actinomma plasticum, Ceratocyrtis broeggeri, Ceratocyrtis manumi, Ceratocyrtis stoermeri, Clathrospyris vogti, Corythospyris hispida, Corythospyris jubata sverdrupi, Corythospyris reuschi, Crytocapsella ampullacea, Cyrocapsella kladaros, Gondwanaria japonica kiaeri, Hexalonche esmarki, Larcospira bulbosa, Phormospyris thespios, Pseudodicytophimus amundseni, Spongotrochus vitabilis, Spongurus cauleti, and Tessarastrum thiedei.

Late Cretaceous dinoflagellate cysts of ODP Hole 120-748C

At Ocean Drilling Program Hole 748C in the Southern Indian Ocean, a total of 171 Late Cretaceous dinoflagellate taxa were encountered in 38 productive samples from Cores 120-748C-27R through 120-748C-62R (407-740 mbsf). Four provisional dinoflagellate assemblage zones and five subzones were recognized based on the character of the dinoflagellate flora and the first/last occurrences of some key species. Isabelidinium korojonense and Nelsoniella aceras occur in Zone A together with Oligosphaeridium pulcherrimum and Trithyrodinium suspect urn. Zone B was delineated by the total range of Odontochitina cribropoda. Zone C was separated from Zone B by the presence of Satyrodinium haumuriense, and Zone D is dominated by new taxa. The dinocyst assemblages bear a strong affinity to Australian assemblages. Paleoenvironmental interpretations based mainly on dinocysts suggest that during the ?Santonian-Campanian to the Maestrichtian this portion of the Kerguelen Plateau was a shallow submerged plateau, similar to nearshore to offshore to upper slope environments with water depths of tens to hundreds of meters, but isolated from the major continents of the Southern Hemisphere. Starting perhaps in the late Cenomanian (Mohr and Gee, 1992, doi:10.2973/odp.proc.sr.120.196.1992), the Late Cretaceous transgression over the plateau reached its maximum during the late Campanian. The plateau may have been exposed above sea level and subjected to weathering during the latest Maestrichtian. The studied dinocyst assemblages characterized by species of Amphidiadema, Nelsoniella, Satyrodinium, and Xenikoon together with abundant Chatangiella (the large-size species) and Isabelidinium suggest that a South Indian Province (tentatively named the Helby suite) may have existed during the Campanian-Maestrichtian in comparison with the other four provinces of Lentin and Williams. One new genus, three new species, and two new subspecies of dinocysts are described.

Paleocene and Eocene diatom biosttarigraphy of ODP Hole 121-752A, eastern Indian Ocean

The Paleocene/Eocene boundary was recovered for the first time in diatom-bearing sediments at Broken Ridge, Site 752. Diatom assemblages are documented throughout the 180-m-thick sequence of upper Paleocene to lower Eocene sediments. Age control available from magnetostratigraphy, calcareous nannofossils, and planktonic foraminifers allows calibration of diatom datum levels to absolute time. A partly new/partly revised diatom zonation is proposed for the Paleocene/early Eocene based on the results of Site 752 and consideration of other studies. The diatom zones are defined as follows (from the youngest to the oldest): Pyxilla gracilis Zone (first occurrence of Craspedodiscus undulatus to first occurrence Pyxilla gracilis); Hemiaulus incurvus Zone (first occurrence Pyxilla gracilis to first occurrence Hemiaulus incurvus); Hemiaulus peripterus Zone (first occurrence Hemiaulus incurvus to first occurrence Hemiaulus peripterus var. peripterus). Three new taxa are described: Anaulus fennerae n. sp., Stictodiscus bipolaris n. sp., and Hemiaulus peripterus var. longispinus n. var.

Sistemática dos Phlebotominae (Diptera, Psychodidae) das Américas

Propôe-se classificação dos Phlebotominae, com ênfase para os da América, baseada em cladograma obtido pela análise de 101 caracteres. Os estudos foram desenvolvidos a partir do exame detalhado da morfologia dos adultos das espéciés-tipos dos gêneros e subgêneros americanos e das espécies denominativas ou representativas de seus grupos e séries de espécies. Quando possível, os estudos foram complementados pela observação de alguns caracteres em espécimens adicionais de cada grupo e informações bibliográficas. Incluiram-se, ainda, no estudo as espécies-tipos dos gêneros do Velho Mundo, Phlebotomus e Sergentomyia e, espécies dos gêneros Bruchomyia e Nemopalpus de Bruchomyiinae (grupo externo). Apresenta-se, segundo a classificação proposta até o nivel de série, o elenco das espécies e subespécies americanas, com a distribuiçâo geográfica. Descrevem-se os táxons novos: Blancasmyia, gen.n.; B1.(Blancasmyia), subgen.n.; B1. (Higonemyia), subgen.n.; Psychodopygus (Martinsimyia), subgen.n.; Ps.(Rodentophagus), subgen.n.; Sergentomyia (Coquillettimyia), subgen.n.;S.(Falcaomyia), subgen.n. e S.(Flochimyia), subgen.n. Acrescentam-se chaves para a identificação das categorias coletivas.

Morfologia, taxonomia e análise cladística da tribo Kingsleyini (Crustacea: Decapoda: Pseudothelphusidae)

Kingsleyini corresponde a uma das cinco tribos de Pseudothelphusidae, grupo exclusivamente americano de caranguejos de água doce. Atualmente a tribo inclui 59 espécies agrupadas em 13 gêneros, com distribuição associada aos rios, riachos e igarapés das bacias do Amazonas e do Orinoco. Desde a criação de Kingsleyini o aumento de novos táxons atribuídos a esta tribo não tem sido acompanhado por estudos cladísticos. No presente trabalho é realizada a análise cladística de Kingsleyini, acompanhada de uma revisão morfológica e taxonômica do grupo. Com este propósito, foram estudados espécimes de 60 espécies representantes das cinco tribos e duas subfamílias inclusas em Pseudothelphusidae. O material estudado se encontra depositado nas coleções carcinológicas de seis instituições e inclui os tipos nominais de 29 espécies. Na revisão morfológica foram descritas e ilustradas estruturas somáticas e sexuais da morfologia externa do grupo de estudo. Os estudos morfológicos foram auxiliados por técnicas de Microscopia Electrônica de Varredura (MEV) e cortes histológicos. A partir destas observações foram propostas modificações na terminologia utilizada para denominar as estruturas do primeiro apêndice sexual masculino (primeiro gonópodo) em Kingsleyini. A parte taxonômica deste trabalho inclui chaves de identificação, mapas de distribuição, listas sinonímicas e a descrição e ilustração do primeiro apêndice sexual masculino para a grande maioria das espécies examinadas, assim como a diagnose dos gêneros considerados monofiléticos. A análise filogenética foi realizada a partir de 92 caracteres obtidos de 57 táxons terminais: 49 terminais do grupo interno (Kingsleyini) e oito do grupo-externo (representantes dos demais Pseudothelphusidae). Como resultado da análise cladística foram obtidas seis hipóteses filogenéticas igualmente parcimoniosas: todas elas apoiam o monofiletismo de Kingsleyini e a exclusão do gênero Spirocarcinus da tribo. O monofiletismo dos gêneros Fredius, Kingsleya, Eudaniela e Rodriguezus também encontra-se sustentado em todas as hipóteses filogenéticas obtidas, enquanto que os gêneros Microthelphusa, Neopseudothelphusa, Orthothelphusa e Brasiliothelphusa revelaram-se parafiléticos.