114 resultados para hibridismo


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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Analisa através das ferramentas dos estudos culturais, o erotismo na obra Batuque do poeta Bruno de Menezes, como meio de leitura para se estudar a identidade negra. Para tanto se estudou o conceito de erotismo relacionado ao corpo e ao sagrado, enquanto manifestação identitária negra. O estudo do fenômeno da identidade do erotismo serviu de base para a análise de como o autor, através do erotismo na linguagem, construiu o signo poético, fruto do fenômeno do hibridismo.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Os estudos sobre a cultura vêm, desde a década de 60 do último século, tornando-se cada vez mais explorados como ferramenta de observação em diversas áreas. A cultura, neste sentido, é, então, muito mais complexificada por ela ser resultante de um contato entre diversos grupos sociais e, portanto, necessitar de um estudo aprofundado no que diz respeito à sua formação. A literatura, inserida neste contexto, reflete essa complexificação cultural. Nesse aspecto, utilizada como forma da história e da cultura, a literatura é uma rica fonte de informações que pode desvendar muitos mistérios acerca da formação cultural em diferentes níveis, do local ao global. A conjuntura de um maior contato intercultural atinge a região amazônica, sendo refletida, principalmente, por meio do aspecto migratório após os ápices da comercialização da borracha, o chamado boom da borracha, na região durante a segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX. A literatura de Bruno de Menezes, em Candunga, faz referências a esta realidade ligada aos deslocamentos humanos, mais precisamente dando enfoque à Estrada de Ferro Belém-Bragança. Nesse sentido, nosso foco de estudo será a relação cultural estabelecida entre os migrantes nordestinos recém-chegados e o caboclo amazônico, este último representado no romance pela voz do narrador de Candunga, detentor de um discurso cultural em prol do homem amazônico da zona bragantina. Perceberemos que há um conflito identitário e cultural em partes várias de Candunga por conta da emergência das diferenças entre caboclos e nordestinos. Notaremos um discurso de afirmação, por meio do narrador, da cultura amazônica em detrimento da nordestina, agregando, inclusive, juízo de valor, em que a cultura do caboclo seria superior à cultura do migrante. No entanto, não se deixará de ressaltar a relação de hibridação, observando como se dá o processo de hibridação cultural existente no romance.

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Pós-graduação em Letras - IBILCE

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Em O enteado (2002), de Juan José Saer, tem-se um velho narrador que conta de forma poética a sua história, uma singular experiência de vida. Quando jovem, ele viajava como grumete num navio que costeava a Bacia do Rio da Prata, quando presenciou o ataque súbito e posterior massacre da tripulação do barco pelos índios da região. Como único sobrevivente da carnificina, é praticamente adotado pelos selvagens, passando a conviver com eles, sem saber ao certo a razão de ter sido poupado. Mas a maneira de viver daqueles índios revelou-se bem estranha, pois eram antropófagos, faziam sexo em grupo (orgias), morriam muito cedo, e a peculiar linguagem que praticavam dificultava o aprendizado da língua, e, conseqüentemente, da própria cultura. Assim, esse livro tacitamente promove um debate sobre a Conquista Hispânica da América, do ponto de vista particular de um narrador que constrói poeticamente a sua visão daquele passado, que não diz respeito a nenhum fato histórico preciso. Mas, enquanto a historicidade desse texto transparece nas suas entrelinhas, a sua imanente poesia define o seu aspecto de prosa poética, senão de narrativa poética, traços que apontam para um possível hibridismo literário nesse romance.

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A finalidade desse trabalho é discutir a problemática acerca da tensão produzida por variações de discursos, que cedem forma à experiência narrativa da “poeta do lixo” Carolina Maria de Jesus em seu diário/romance/reportagem Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960). Entendemos que sua literatura é marcada por uma mistura de estilos literários desterritorializados, sendo capaz de ativar uma linha de fuga em relação às literaturas canonizadas. Nisso incide a caracterização desse tipo de composição artística, comum em países de formações culturais híbridas. Observamos nesse texto a presença de uma potência rizomática que consiste justamente na reformulação de elementos que compõem esta poética de resíduos justapostos numa certa “deformidade” estilística para além de livros em registro. Notamos que, assim como a escritora reciclava lixo para comer, também o fazia com os discursos de sua poética. Renova por tentar administrar e, conseqüentemente, reestruturar os sentidos de nosso sistema social, no campo da arte escrita, de maneira intuitiva pois, como sabemos, não possuía um projeto literário como os escritores tradicionais.

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O léxico de uma língua sustenta-se na constante evolução de seu acervo lexical. Os responsáveis por esse dinamismo lingüístico são os neologismos, que se referem à criação de uma nova unidade léxica ou ao empréstimo de um elemento oriundo de um outro idioma. Com base em um corpus extraído de edições do caderno Informática de O Estado de S. Paulo e de entrevistas com técnicos, procuramos estudar os neologismos por empréstimo no vocabulário técnico-científico da informática, analisando a sua integração ao sistema lingüístico português, sob os pontos de vista fonético/ fonológico, morfossintático e semântico, e comentando os problemas que algumas adaptações podem acarretar à estrutura da língua e, consequentemente, à comunicação.

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A autora investiga o romance O selvagem da ópera, de Rubem Fonseca, publicado em 1994 e que se destaca por certa excepcionalidade dentro da obra do escritor, conhecido pelo uso da linguagem das ruas e pela ênfase nas situações de violência social - embora neste texto, publicado quatro anos após ter lançado Agosto, em que mesclava história e ficção para narrar os acontecimentos do mês em que Getúlio Vargas se suicidou, também volte a utilizar esses elementos. No livro, Fonseca debruça-se sobre a vida do compositor Carlos Gomes, famoso por sua ópera O Guarani, desde a sua partida de Campinas para o Rio de Janeiro de D. Pedro II, e depois para a Itália, onde encontraria a glória e o fracasso. O autor não se limita, porém, à simples narrativa histórica: investe também no hibridismo de gêneros, já que é contado para o leitor que o romance servirá de base para um filme de longa-metragem. Dessa forma, segundo a pesquisadora, Fonseca, empregando o recurso da metaficção, monta um jogo de simulacros e armadilhas, deixando o leitor indeciso se está diante de um material biográfico ou de um roteiro cinematográfico. Além da análise formal, o livro também discute as implicações trazidas pelo olhar inovador de Fonseca diante do cenário artístico e cultural da segunda metade do século 19

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Pós-graduação em Artes - IA

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O presente trabalho toma como objeto de estudo o discurso sobre a literatura marginal em blogs. A literatura marginal é um movimento literário que tem como tema central o relato da própria experiência de sobreviver nos espaços marginais e marginalizados da sociedade brasileira contemporânea. A vida na periferia, lugar este pouco representado pela literatura canônica, passa a ser extensão do que se escreve, deste modo, o autor assume de forma concreta seus distintivos traços artísticos, culturais e sociais. Tendo em vista a internet como instrumento de “democratização” da prática e do uso da palavra escrita, por conta da heterogeneidade dos discursos veiculados, a literatura marginal contemporânea encontra, neste espaço, a possibilidade para expor e divulgar seus discursos carregados de traços distintivos de hibridismo, contraditoriedade, além de propagar, por meio da linguagem coloquial, sua temática que possui um caráter coletivo e representa uma específica realidade brasileira. Nos blogs, mais especificamente, os escritores de literatura marginal encontram um espaço de divulgação de textos inéditos e de suas obras. Para a realização do estudo proposto, foram feitas considerações gerais sobre os blogs pesquisados, segundo uma abordagem dialógica do material de pesquisa. O corpus compõe-se de blogs de sujeitos que têm alguma relação com a literatura marginal contemporânea: o blog da editora literatura marginal (editoraliteraturamarginal.blogspot.com.br) e os blogs pessoais dos escritores Ferréz (ferrez.blogspot.com.br) e Sérgio Vaz (colecionadordepedras1.blogspot.com.br). Para a descrição/análise dos dados, foi feito um estudo bibliográfico de escritos bakhtinianos, que embasam teoricamente a pesquisa. Também foi desenvolvido um estudo bibliográfico de literatura marginal no Brasil... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)

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This paper addresses issues regarding my translation of selected poems by Harryette Mullen, a rising African-American contemporary poet, whose dense poetry works on the black oral tradition, the experimentalism of writing, the (African-American) pop music, in addition to delving into issues such as the representation of (black) female sexuality. One of the complex aspects of her poetry is the notion of miscegenation, conceived as an aesthetic argument and as a constitutive condition of the identity of multiracial Americans. This concept establishes a textuality that questions the accessible intelligibility generally expected from black American poetry, insofar as a mosaic of dissonant voices are brought to light in her text, which makes it difficult to categorize. In Brazil, especially among politically engaged Afro-Brazilians, there has been criticism towards the praise of miscegenation, since the latter has been considered to support of the myth of racial democracy. Building on these aspects, we investigate the extent to which it is a challenge to translate her poetry – based on miscegenation and hybridity as aesthetic constructs – especially when taking into account the discursive locus of readers identified with an Afro-Brazilian aesthetic, particularly critical of miscegenation. From the point of view of translation, we evaluate the extent to which her poetry could be read by the predominant cultural discourse in Brazil, inclined to favor miscegenation as an integral concept of national identity, as a seductively experimental poetry. In view of this, one wonders whether this perspective makes hers poetry “less black” for Afro-Brazilian literary standards.

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