998 resultados para disfunção da articulação temporomandibular
Resumo:
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A disfunção temporomandibular (DTM) é um termo que descreve um grupo de doenças que afetam funcionalmente o aparelho mastigatório, particularmente a musculatura mastigatória e a articulação temporomandibular (ATM). Tem etiologias múltiplas e tratamentos específicos, entre os quais a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS). O objetivo deste artigo é o de revisar a literatura científica sobre o uso da TENS em pacientes com DTM. CONTEÚDO: Estudos epidemiológicos mostram que aproximadamente 75% da população apresentam algum sinal de DTM, enquanto 33% possuem ao menos um sintoma. Sempre que possível deve-se tratar a causa da dor, caso não se consiga estabelecer a sua etiologia, inicia-se com procedimentos menos invasivos e reversíveis, especialmente nos casos de dor e disfunção muscular. A terapia com TENS consiste na administração de corrente elétrica na superfície cutânea, de modo a relaxar os músculos hiperativos e promover o alívio da dor. CONCLUSÃO: Embora existam controvérsias quanto ao uso de TENS para o controle da dor crônica, seu uso na dor muscular mastigatória continua relevante. Entretanto, é fundamental o diagnóstico preciso para evitar uso inadequado. São necessários ainda estudos randomizados controlados que incluam amostras selecionadas para homogeneizar o uso de TENS em pacientes com DTM.
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OBJETIVO: revisar a literatura mais atual, dos últimos 15 anos, em busca de estudos clínicos que relatem a relação entre a disfunção temporomandibular (DTM) e o tratamento ortodôntico e/ou a má oclusão. A intenção foi verificar se o tratamento ortodôntico aumentaria o aparecimento de sinais e sintomas de DTM, e se o tratamento ortodôntico seria um recurso para o tratamento ou prevenção dos sinais e sintomas de DTM. MÉTODOS: artigos dos tipos revisão de literatura, editorial, carta, estudo experimental em animais e comunicação foram excluídos dessa revisão. Foram incluídos artigos prospectivos, longitudinais, caso-controle ou retrospectivo com amostra maior, com relevante análise estatística. Estudos que abordassem deformidades e síndromes craniofaciais e tratamento por cirurgia ortognática também foram excluídos, bem como aqueles que relatassem apenas a associação entre má oclusão e DTM. RESULTADOS: foram encontrados 20 artigos relacionando Ortodontia à DTM, segundo os critérios adotados. Os estudos, então, associando sinais e sintomas de DTM ao tratamento ortodôntico apresentaram resultados heterogêneos. Alguns encontraram efeitos positivos do tratamento ortodôntico para os sinais e sintomas de DTM; entretanto, nenhum deles apresentou diferença estatisticamente significativa. CONCLUSÕES: todos os estudos citados nessa revisão de literatura relataram que o tratamento ortodôntico não forneceu risco ao desenvolvimento de sinais e sintomas de DTM, independentemente da técnica utilizada para tratamento, da exodontia ou não de pré-molares e do tipo de má oclusão previamente apresentada pelo paciente. Alguns estudos realizados com acompanhamento em longo prazo concluíram que o tratamento ortodôntico não seria preventivo ou uma modalidade de tratamento para DTM.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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We surveyed subjective symptoms of 600 patients referred to the Occlusion and Craniomandibular Dysfunction Center of the School of Dentistry, Campus of São José dos Campos São Paulo, Brazil. We have only considered those symptoms reported by the patients as major complaints. Our purpose on this project was to draw a profile of the disease considering sex, age and incidence of the symptoms that presented themselves or associated with others. Findings were that we found a significant larger number of women, 82.83%, comparing with 17.17% of men. Most of the patients belonged to the third decade, followed by the fourth and second. The most frequent symptom was pain on TMJ region, 42%, followed by TMJ noises, 26.6%, facial pain, 15.5%, earache, 14.5% and headache, 12.1%. The symptom TMJ noises showed to be statistically more significant in men, while headaches, pain in the neck region and temporary locking were more frequent in women. The most frequent association between two symptoms was: TMJ noises with TMJ pain, earache with headache and TMJ pain with earache. There was no statistical difference between sexes. The most frequent association of three symptoms was: TMJ noises together with TMJ pain and pain or difficulty in chewing
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One hundred non-patient dentistry students aged 17 to 25, were interviewed through questionnaire and were clinically examined in order to asses the prevalence and degree of severtty of Craniomandibular Dysfunction, through indeces which are subdivided into three classes: anaminestic index, clinical dysfunction index, and occlusal index. The following variables were introduced to the original indeces: sex, age, and whether the subjects had or had not received orthodontic treatment. The results showed that 42% of the subjects presented mild subjective symptoms whereas, no one showed severe subjective symptoms. Women, as well as the older subjects, showed a higher trend to presenting more subjective complaints. Subjects, whether treated orthodontically or not, showed a similar trend to having dysfunction symptoms. Fifty-six per cent of the subjects presented some score of clinical dysfunction, 25% of them showed moderate or severe clinical dysfunction. Women showed a statistically significant higher index. The older subjects trented to have indeces with more severe degrees. Orthodontic treatment suggested to have no influence on the clinical dysfunction index. Sixty-six per cent of the subjects showed a mild occlusal index and 11% a severe occlusal index. Sex, age, and orthodontic treatment did not show any significant difference as to the presence or absence of malocclusion
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Pós-graduação em Odontologia Restauradora - ICT
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Purpose: due to the presence of major masticatory dysfunction in patients with temporomandibular joint (TMJ) ankylosis, this study analyzed mouth opening and EMG activity of masticatory muscles in order to detect changes in these parameters after surgical release of mandible ankylosis. Method: in 7 patients with temporomandibular ankylosis, between 7 and 30 years (median = 9 years), the distance was measured as interincisal maximum active (DIMA) and we recorded the electromyographic activity (EMG) of masseter and temporal muscles during voluntary isometric contraction (VIC) and chewing, comparing the data before and after surgery using the Wilcoxon test. Results: higher values were observed for DIMA after surgery (p=0.0277), the asymmetry index showed no difference between the two evaluated periods for both studied muscles, the values of the EMG during VIC decreased after surgery for the right (p=0.0179) and left (p=0.0179) masseter but not for the temporal muscle, there were no changes in EMG values for the studied muscles during mastication. Conclusion: the surgical release of TMJ ankylosis resulted in an increase of mouth opening and decreased amplitude of action potentials generated during maximum isometric voluntary contraction of the masseter muscle on both sides, this did not change the asymmetry index of the masseter and temporal as well as the electromyographic activity of the temporal muscle bilaterally during isometric contraction and masseter and temporal muscles during mastication.
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Temporomandibular joint (TMJ) sounds are important and common physical signs of temporomandibular disorders (TMD). The aim of this study was to evaluate the influence of the effect of the use of occlusal bite splints (stabilizing and repositioning) on the sounds produced in the TMJ, by means of the electrovibratography (EVG). Thirty-one patients with TMD from the Dental School of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Brazil were selected for this study. Group 1 (n=23) wore stabilizing bite splints and Group 2 (n=8) used anterior repositioning splints. Before and after treatment with occlusal splints both groups were analyzed using the SonoPAK Q/S recording system (BioResearch System, Inc.). The treatments with stabilizing bite splints were satisfactory, since they reduced the total amount of the sound energies (p<0.05), but the use of anterior repositioning splints for no more than 4 weeks produced significantly better results (p<0.01). The total amount of vibration energy involved in the vibrating movements of the TMJ showed significant improvement using anterior repositioning splints.
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A disfunção têmporo-mandibular é caracterizada pela presença de sintomatologia dolorosa articular/muscular na região da face. A principal justificativa do uso do laser da laserterapia na disfunção é seu efeito analgésico, fato observado na maioria dos estudos encontrados na literatura. OBJETIVO: Foi avaliar a eficácia da laserterapia no tratamento das disfunções têmporo-mandibulares. MATERIAL E MÉTODO: 50 voluntários com disfunção têmporo-mandibular foram divididos em dois grupos (controle e experimental) tiveram as amplitudes dos movimentos de abertura bucal, lateralidade direita e esquerda registrados, antes e após aplicação do laser. Foi registrada, também, a nota de dor do indivíduo através da escala analógica visual de dor e, através do exame físico, os pontos álgicos. Utilizou-se o laser de AsGaAl com potência de 40mW, com 80J/cm², por 16 segundos, em quatro pontos selecionados por apenas uma sessão com reavaliação após uma semana. Desenho Científico Utilizado: Clínico. RESULTADOS: Notou-se que a laserterapia promoveu aumento da média de amplitude dos movimentos mandibulares (p=0,0317) e houve redução significativa (43,6%) da intensidade de dor dos pacientes medida através da escala analógica visual de dor. CONCLUSÕES: A laserterapia promove redução da sintomatologia dolorosa do paciente após a aplicação por ação analgésica e/ou por um efeito placebo.
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PURPOSE: Juvenile idiopathic arthritis (JIA) has unknown etiology, and the involvement of the temporomandibular joint (TMJ) is rare in the early phase of the disease. The present article describes the use of computed tomography (CT) and magnetic resonance (MRI) images for the diagnosis of affected TMJ in JIA. CASE DESCRIPTION: A 12-year-old, female, Caucasian patient, with systemic rheumathoid arthritis and involvement of multiple joints was referred to the Imaging Center for TMJ assessment. The patient reported TMJ pain and limited opening of the mouth. The helical CT examination of the TMJ region showed asymmetric mandibular condyles, erosion of the right condyle and osteophyte-like formation. The MRI examination showed erosion of the right mandibular condyle, osteophytes, displacement without reduction and disruption of the articular disc. CONCLUSION: The disorders of the TMJ as a consequence of JIA must be carefully assessed by modern imaging methods such as CT and MRI. CT is very useful for the evaluation of discrete bone changes, which are not identified by conventional radiographs in the early phase of JIA. MRI allows the evaluation of soft tissues, the identification of acute articular inflammation and the differentiation between pannus and synovial hypertrophy.
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Os sintomas otológicos são freqüentes em pacientes com desordem temporomandibular, e estudos são necessários para elucidar os mecanismos envolvidos. OBJETIVO: O objetivo desse estudo clínico foi investigar a associação de sintomas otológicos (otalgia, zumbido e plenitude auricular) com os achados audiológicos, os outros sinais/sintomas relacionados à desordem temporomandibular, e os hábitos parafuncionais orais. FORMA DE ESTUDO: Prospectivo clínico. MATERIAL E MÉTODO: 27 pacientes com desordem temporomandibular, da Clínica de Oclusão da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, responderam um questionário sobre sinais, sintomas e hábitos orais, e passaram por avaliações otorrinolaringológica e audiológica. Os dados foram analisados pelos testes Binomial, Exato de Fisher e correlação produto-momento de Pearson. O índice de significância adotado foi p<0,05. RESULTADOS: Os sintomas otológicos foram presentes em 88,88% dos pacientes (59,26% apresentavam otalgia, 74,07% zumbido e 74,07% plenitude auricular). Não houve associação significante entre os sintomas otológicos e os achados audiológicos. Houve associação significante entre os sintomas otológicos e os movimentos mandibulares e funções (falar, abrir e fechar a boca). Houve também correlações significantes entre o grau de severidade dos sintomas otológicos e o grau de outros sinais/sintomas de desordem temporomandibular; e entre o sintoma plenitude auricular e número de hábitos parafuncionais. CONCLUSÃO: Este estudo fornece sustentação adicional à noção de que há relação entre desordem temporomandibular e sintomas otológicos. Nos pacientes com desordem temporomandibular as alterações do sistema estomatognático, como a dor orofacial e a dificuldade nas atividades funcionais, foi associada de modo significante aos sintomas otológicos.
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A interação entre disfunção temporomandibular e otalgia é, mesmo nos dias atuais, motivo para especulações e hipóteses. Vários pesquisadores sugerem causas, conseqüências e supostos tratamentos. OBJETIVO: Verificar a prevalência de pacientes portadores de DTM em um serviço de otorrinolaringologia. TIPO DE ESTUDO: Este é um estudo epidemiológico do tipo descritivo com amostra transversal. MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliados 221 pacientes do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital da Cidade, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, durante um período de dois meses. Para captação e interpretação dos dados, bem como verificação da disfunção temporomandibular, foi utilizado um questionário auto-aplicado previamente validado. RESULTADO: Após coleta e interpretação dos dados de 221 pacientes, os resultados obtidos foram: 48 pacientes (21.72%) considerados como necessitando de tratamento para DTM (índice de DTM moderada e severa), dos quais 35 pertenciam ao gênero feminino (72.9%) e 13 ao masculino (21.1%). Apenas 15 indivíduos do total (7.24%) estavam totalmente livres de sintomas de DTM. Quanto aos demais, apresentaram: dor de cabeça (33,5%), dor no pescoço e ombro (28,5%), dor na região do ouvido (29%) e ruídos articulares (25%). CONCLUSÃO: A prevalência de DTM foi de 21.72% sendo significantemente maior no gênero feminino (p: 0.0001); e as prevalências, em relação aos índices, foram: DTM ausente 37.56%; DTM leve 40.72%; DTM moderada 19%, e DTM severa 2.72%.
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OBJETIVO: Avaliar, radiograficamente, a prevalência de alterações morfológicas do processo estilóide em pacientes com desordens temporomandibulares. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas 1.500 radiografias panorâmicas da articulação temporomandibular de pacientes de ambos os sexos e sem limitação de idade, que foram atendidos pelo Serviço de Desordem Temporomandibular da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, no período de 1997 a 2003. RESULTADOS: Oitenta e três (5,53%) dos pacientes da amostra apresentaram pelo menos um dos lados da articulação com alteração morfológica do processo estilóide, sendo 74 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, concentrados na faixa dos 41 a 50 anos de idade (32,5%). Com relação ao tipo morfológico do processo estilóide, verificaram-se 113 alongados, 21 pseudo-articulados e 19 segmentados. Constatou-se, também, que as alterações morfológicas do processo estilóide desenvolvem-se de forma simétrica. CONCLUSÃO: Em pacientes com desordem temporomandibular as alterações do processo estilóide ocorrem de forma diferenciada e de maneira simétrica em cada paciente, independentemente do sexo e da idade.
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OBJETIVO: Verificar a relação entre sinais e sintomas observados no exame clínico de pacientes com diagnóstico de disfunção temporomandibular, conforme os resultados fornecidos pelo exame de ressonância magnética. MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta pacientes que apresentavam sinais e sintomas de disfunção temporomandibular foram submetidos a exame clínico e de ressonância magnética. Cada exame de ressonância magnética de articulação temporomandibular foi interpretado, independentemente, por dois radiologistas experientes. Os exames de ressonância magnética foram realizados com 12 cortes de 3 mm de espessura, em orientação coronal (T1) em posição de boca fechada, cortes sagitais em posição de boca aberta e fechada (T1 e T2) e em abertura e fechamento progressivos, com intervalo de 5 mm, para reproduzir toda a extensão do movimento mandibular. A significância estatística entre a análise clínica dos pacientes com disfunção temporomandibular e os resultados obtidos no exame de ressonância magnética foi avaliada pelo teste kappa. RESULTADOS: Obteve-se, na análise interobservadores de imagens, concordância bruta do lado esquerdo e direito, respectivamente, de 56,7% (kappa = 0,1) e 56,7 (kappa = 0). CONCLUSÃO: Não foi encontrada correlação entre o diagnóstico clínico da luxação discal e imagens de ressonância magnética.
Resumo:
Relata-se o caso de um gato de aproximadamente um ano e meio de idade, macho, não castrado, que foi encaminhado por apresentar incapacidade de abrir a boca e aumento de volume flutuante na região intermandibular. As lesões estavam presentes há um ano, desde quando o gato foi encontrado e adotado. A causa não foi determinada. Baseado nos exames físicos e radiográficos diagnosticou-se anquilose da articulação temporomandibular esquerda e mucocele salivar. O aspecto lateral do processo condilar da mandíbula esquerda foi removido, e a mucocele foi tratada por ressecção das glândulas salivares mandibular e sublingual direita e por drenagem da mucocele. Após a cirurgia, o gato mostrou bom uso funcional da mandíbula, sem sinais de desconforto.