984 resultados para Sofrimento no trabalho


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O debate envolvendo a questão da segurança pública destaca-se no cenário nacional, colocando em pauta, dentre outras questões, a necessidade de problematização do papel e das atribuições das instituições policiais. Freqüentemente, vemos a atuação da polícia militar sendo veiculada pela mídia, colocando os policias numa posição ambígua, ora como heróis, ora como vilões. O trabalho policial constitui-se, portanto, em um território de controvérsias, onde se engendra uma realidade muitas vezes pouco conhecida pela sociedade: a do policial trabalhador. Esta pesquisa, de caráter qualitativo, aborda o trabalho dos Capitães da Brigada Militar, que, na escala hierárquica, inscrevem-se como Oficiais Intermediários, a partir de dois eixos articulados: o das suas relações com a produção de subjetividade e com a saúde mental, tomando como referência os mecanismos disciplinares que caracterizam o trabalho policial militar e os aspectos deste ofício que geram prazer e sofrimento. Os resultados apontam que as vivências de sofrimento dos Capitães estão fortemente ligadas à rigidez da organização do trabalho policial militar e que a profissão, tendo em vista o código moral a ela relacionado, ocupa um lugar central na produção de subjetividade destes.

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O presente estudo visa determinar quais os fatores de sofrimento e os fatores de resiliência (de proteção) utilizados pelos trabalhadores de duas unidades industriais de um mesmo grupo multinacional, buscando compreender um pouco mais a relação entre o trabalho, seus sentidos e significados, e a saúde física e mental das pessoas encarregadas de executá-lo, explorando o fato de que os indivíduos, em geral, conseguem evitar a doença e o sofrimento apesar das pressões que devem enfrentar em seu dia-a- dia. O problema fundamental da pesquisa era o de identificar, as causas mais freqüentes de sofrimento entre os trabalhadores de uma empresa e os mecanismos ou fatores de suporte existentes que lhes garantissem obter, através das atividades desempenhadas, o senso de utilidade, conferindo-lhes assim dignidade e a possibilidade de auto-realização. Procurava-se ainda definir, se possível, ações capazes de alterar o destino de sofrimento dos mesmos e favorecer sua transformação, de modo a fortalecer a identidade dos indivíduos, aumentando assim suas resistências aos riscos de desestabilização psíquica e somática. Os resultados indicaram que entre as principais causas de sofrimento nas organizações encontram-se a pressão e responsabilidade do trabalho, a incapacidade de aceitar próprias falhas, a culpa pela desinformação, a falta de tempo para a família, a falta de apoio de pares / superiores, a frustração e a falta de domínio sobre o futuro, a falta de reconhecimento, o “conteúdo significativo" do trabalho insuficiente (pouca liberdade de criação, autonomia das atividades, rotina), tarefas estafantes, repetitivas e pesadas e que demandem esforço físico elevado, doença e suas conseqüências (discriminação, vergonha e sentimento de inutilidade), medo da perda do emprego, obrigação de ter que efetuar cortes, enxugamento ou redução de pessoal e por fim, assédio Moral. Por último, foi possível identificar nas falas dos entrevistados os mesmos fatores de proteção encontrados na literatura clássica sobre sobreviventes de situações traumáticas, conhecidos como fatores de resiliência, isto é: vontade de viver, auto-estima, amor-próprio, respeito próprio, esperança, crença, autonomia, iniciativa pessoal, autodeterminação, busca de significado para a vida, auto-afirmação, preservação da identidade, curiosidade e capacidade de estabelecer bons relacionamentos.

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O retorno ao trabalho de trabalhadores metalúrgicos afastados por LER/DORT é uma preocupação constante entre órgãos públicos do setor saúde/trabalho e órgãos representativos das diversas categorias profissionais expostas a este tipo de agravo. Este estudo teve por objetivos identificar as dificuldades a que estes trabalhadores estão expostos no processo de retorno ao trabalho e investigar que significados tem o trabalho no seu processo de (re)inserção profissional e sua potencialidade como recurso terapêutico. O referencial teórico baseou-se em autores como Arendt, Canguilhem, Le Guillant, Lima e Assunção, entre outros. A abordagem metodológica foi a da pesquisa qualitativa, estudo de caso múltiplo. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas, complementadas por anotações retiradas dos prontuários médicos, analisadas com base na análise de conteúdo. Constatou-se que se repete o contexto de adoecimento apontado na literatura. Importante papel tem a valoração positiva do ato de trabalhar na manutenção do trabalhador no contexto patogênico e na busca de atendimento precoce. No retorno, são fatores facilitadores: troca de função, possibilidade do trabalhador controlar a execução das atividades, apoio dos colegas e supervisão. Como agentes dificultadores têm-se: alta prematura para o trabalho, retorno para a mesma função (ou semelhante) ausência de programas de retorno ao trabalho, dificuldades no relacionamento com supervisão/colegas, dificuldades de impor limites na execução das tarefas, acompanhadas de medo de ser demitido/discriminado na busca de um novo emprego, vivências de impotência e insegurança quanto ao futuro. São atribuídas ao trabalho as funções de sobrevivência, inserção social, valorização moral e promoção da saúde mental. Paradoxalmente, o trabalho é percebido como causador de adoecimento físico e de sofrimento psíquico. A ausência de trabalho também se associa ao sofrimento psíquico e a práticas contrárias à saúde (tabagismo, alcoolismo, obesidade). Constatou-se que os trabalhadores preferem manter-se no trabalho, visto a positividade conferida ao ato de trabalhar pelo contexto sociocultural.

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Utilizamos como quadro de referência teórico e método de avaliação a Psicopatologia e a Psicodinâmica do Trabalho. Desde os anos de 50, na França, vem sendo desenvolvidas pesquisas e intervenções na situação do trabalho tendo como preocupação central a questão do adoecimento psíquico o trabalho. Estes trabalhos permitiram perceber a importância central que o sofrimento psicológico tinha neste processo. Este campo de pesquisa vai ser designado como Psicopatologia do Trabalho. Christophe Dejours desponta como referência nesta área de investigação. Aos poucos com o acúmulo de dados e o desenvolvimento teórico, o campo de investigação foi-se ampliando e incluindo novos elementos. Não só a patologia era importante, mas questão da saúde mental passa a ser objeto de preocupação também. O autor vai nomear este novo campo de investigação ampliado de Psicodinâmica do Trabalho. Para se compreender a produção da saúde ou o adoecimento psíquico dentro da ótica da Psicodinâmica do Trabalho, um conceito torna-se crucial: identidade. Dejours, afirma em diversas passagens de seus escritos que a identidade é uma espécie de armadura que protege a saúde mental do indivíduo. Se a organização do trabalho com suas fortes injunções afetar esta armadura, o indivíduo corre o risco de adoecer pois começa a ficar vulnerável às forças desestabilizadoras das organizações. Compreender os processos psico-sociais-organizacionais que agem no sentido de desestabilizar a identidade, no nosso entender, irá permitir intervenções organizacionais que amenizem ou, no limite, resolvam os entraves institucionais que produzem estas injunções que afetam psiquicamente os indivíduos.

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Romantic love constitutes a central value in the social imaginary of modern societies and with reflexes in today s society. This is because the romantic expectation of realization of love appears, in the majority of cases, as a guarantee of completeness and happiness of individuals. However, the ideal of romantic love imposes a series of demands and character roles that are not easy, in modern age, to be brought about into practice by the ones in love. And, it is in this sense that possible conflicts appear between the romantic proposition and the practical reality of contemporary love. Consequently, the possibility of suffering from love emerges because of these propositions. Initiating from these presumptions, this paper aims to study the contemporary forms of representation and expression of love and of the suffering because of love, through the course of love in the life of some men and women, residents of Natal/RN, that live and/or have lived emotional-sexual relationships, observing the relationship that can be established between suffering from love and the ideal romantic love

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Analyzes the factors that unleash violence by banalization of the problems and health questions of workers in a federal public institution, in Natal/RN. It analyzes transformations in the world of the work, with its politic, social and economic determinatives and its relation to the worker health. Boarding the violence in the work enviroment and its implications to the worker health, focusing on the banalization of problems faced by the workers as a kind of violence in and with the work. It was chosen an analitic methodology with qualitative approach, through the collection tecnic and information analyzes according to the thematic oral history, with recorders of authorized personal narratives, through individual interview with a semi-structured guide. In the analyzis of results it were made empiric cathegories: the daily work enviroment and its influence to the worker profession and life; the violence presents in the work enviroment and its consequences to the worker life and health; the banalization of the social injustice, due to violence against the worker that broked their dreams concerned to the nursing contribution. The results revealed the ordinary work of these workers showing enviromental and organizational unhealthy conditions, caracterized by physical and tecnical insecurity; absence and disqualification of instrumental and human supplies; overload and complexity service; bad distribution of the duties and pressure to the deadline and productivity, producing tension, conflict and anxiety related to the users, colleagues, superiors and to the duties. In the work enviroment, it were identified a external violence, caracterized by physical and verbal aggresion, psychic suffering, worker depreciation; and internal, caracterized by: moral and psychological molestations and accupational structural violence. These kinds of violence bring consequences to the life, that is, professional, economic and moral order of factors and to the health by biological, mental and emocional factors. The banalization of social injustice during the daily work was discussed in the aspects of banalization of problems and work conditions, the health, qualification banalizations and professional valorization. The workers expectatives pointed out to the necessity of: secure conditions of work; trainning and tecnical assistance; politics of attention to the physical, mental and social health to the workers and their family. We conclude the enviromental and organizational conditions of the workers interviewed do not offer physical and tecnical security that they need to the execution of their activities, neither offer comfort or physical and psychological satisfactions. The politic the instituition has used points out to the depreciation and inhumanization of them producing feelings as unsatisfaction, frustation and indignation related to the institution and the work, bringing suffering and physical and mental sicking. We noticed the most terrible violence found in the work enviroment is the banalization of social injustice related do the problems and health of these workers, producing a slowly debility and simbolic death of their lifes. Therefore, it is necessary the implementation of a politic that promotes assurance, health and integral education, valorization and humanization of these workers

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We believe that the dissatisfaction arising from the lack of belief in the possibilities of change in the workplace, which cause difficulties to achieve professional results in the professional psychological distress that currently fits into the context of mental health. This is a qualitative, descriptive and representational research aiming to discover how the professional nurses represent the very psychological distress from work in the hospital environment. Aided and supported by specific objectives of identifying factors that generates this suffering and strategies for defense and confronting these professionals in the hospital. 22 nurses participated in this research, officials of the University Hospital Onofre Lopes, located in the city of Natal / RN, with length of service in the institution more than one year and less than five, and they accepted, by signing the Term of Free and Informed Consent, participate in the study. We use plurimethodological approach: a questionnaire, a semi-structured interview and the design-story with a theme adapted from Trinca with the support of the Theory of Social Representations and that nurses do in their psychological distress of the Central Core. We reviewed the data from the results generated by the ALCESTE software, based on hierarchical categorization downward, leading seven classes used as categories: Work process: completeness vs. incompleteness; labor contradiction of the nurse; qualitative aspects of interpersonal relationships; hospital surveillance: Challenges, muteness and neglect; Expectations, conflicts and feelings in the work process; Leisure: the other side of the work process, and Suffering generating aspects of in the work process. We consider the analysis of quarters generated by the program, which SLQ houses in the central core of the representations; the SRQ and the DLQ the intermediaries elements and the DRQ the peripheral elements that nurses do in their psychological distress. We analytically adequate results in the three belonging dimensions of social representations: the Subjectivity, the Intersubjectivity and Trans-subjectivity. We infer that the interpersonal relationship, the extra work, the deviation in the role of nurse show themself as the factors responsible for psychological distress of it. In that sense, the central core of SR of this profession is based on the level of trans-subjectivity and understood as a Social Representation controversy

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Pesquisas na área da Saúde no Trabalho têm revelado a preocupação com os agravos à saúde de trabalhadores rurais decorrentes da utilização de defensivos agrícolas. Diante disso, este estudo objetivou conhecer o cotidiano de trabalho de produtores rurais de uma cooperativa agrícola localizada no interior do estado de São Paulo, bem como avaliar a exposição deles quando da utilização de agrotóxicos no desenvolvimento de suas atividades. Esperamos, com base nos resultados, estar contribuindo com discussões sobre o tema relacionado à saúde dos trabalhadores no contexto considerado. Para coleta de dados, utilizamos entrevistas semi-estruturadas, aplicadas de formas individual e coletiva. Participaram do estudo cinqüenta produtores rurais que desenvolvem atividades nas lavouras de café, soja, trigo e milho. Os dados foram agrupados em cinco categorias e analisados qualitativamente. Os resultados expõem as características da atividade agrícola na região, a utilização dos equipamentos de proteção individual, as técnicas no uso dos agrotóxicos, o sofrimento psíquico e a produção rural e maneiras de lidar com as situações de intoxicação e alertar os órgãos competentes para o problema da subnotificação.

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Behind the high walls of a prison, there is suffering! Suffering from those who atone to their punishment, from those who work on behalf of an alleged regeneration, suffering that has remained for over two centuries. For those who had their conducts characterized as a crime, many studies have been developed. On the other hand, little is known about the prison servants. This research focused mainly on the identification, from the perspective of the correctional officers from two prisons in different states of Brazil, of the negative influence that their jobs have on them, on the factors that serve as protection, as well as the ones that offer them risk. It was observed that hygiene and security conditions are precarious in both prisons. From the reports, scabies, tuberculosis, hepatitis, H1N1, constant violence, politicization of the working environment, doubled working hours, lack of career planning and salaries emerge as evidence of the place where the bodies who work there are subdued, not taking the differences into account. From the above, and as of the many things that still need to be said about this category, it is reiterated the importance in developing studies about the conditions and the work organization and its implications on the mental health of those workers, who lack of public policies committed to their working realities

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O problema que motivou a realização do presente trabalho foi a dificuldade em se acolher o sofrimento psíquico nas unidades de atenção básica. Neste trabalho, investigamos se esta dificuldade se deve à inadequação epistemológica do paradigma hegemônico. Realizamos uma revisão de literatura e analisamos a utilização do termo paradigma na produção científica brasileira recente. Após busca pelas palavras-chave paradigma e medicina e seleção prévia, foram escolhidos 17 textos. A análise foi feita em duas etapas: análise linguística e levantamento da temática emergente. Levantamos as cinquenta palavras mais frequentes e as agrupamos em comunidades de coocorrência, utilizando o algoritmo de Clauset. Os textos discutiam as ideias de Kuhn e trouxeram tanto experiências inovadoras já implantadas em unidades de saúde quanto exemplos de mudanças curriculares nos cursos de medicina. A promoção da saúde aparece como um novo e promissor paradigma para a saúde.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Pós-graduação em Enfermagem (mestrado profissional) - FMB

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Pós-graduação em Psicologia - FCLAS