Aspectos fundamentais da recepção de Kierkegaard em Portugal

O artigo apresenta uma análise cronológica da recepção de Kierkegaard em Portugal. Na primeira parte, analisam-se as traduções até agora publicadas em língua portuguesa, contextualizando-as no panorama filosófico e literário em que vieram a lume; na segunda parte, comentam-se os artigos de diversos quadrantes que, sensivelmente, desde a década de quarenta do século passado foram publicados em Portugal, realçando-se ainda o papel desempenhado por alguns desses comentadores na divulgação de Kierkegaard. É dado particular relevo às mais recentes traduções realizadas a partir do original dinamarquês, bem como ao lugar ocupado na actualidade pelo filósofo, na investigação e no ensino, nas universidades portuguesas.

Mundanidade e secularização: um diálogo entre Kierkegaard e Agostinho

O objetivo do nosso artigo é empreender, uma análise do conceito de mundanidade (verdslighed) em Kierkegaard e seu diálogo com a tradição agostiniana. Tal conceito pode ser tomado em Kierkegaard tanto como mundanidade como por secularização, por isso o usaremos com esse duplo sentido. Para tanto, serão analisados com especial atenção o livro XV da Cidade de Deus (As duas cidades na Terra) de Agostinho e o discurso A imutabilidade de Deus de Kierkegaard (1855).

Kierkegaard e o idealismo alemão: o problema da subjectividade

O artigo propõe uma leitura do pensamento de Kierkegaard sobre o problema da subjetividade dentro do período histórico que na filosofia ficou conhecido como idealismo alemão, dialogando com os três maiores representantes do pensamento alemão: Fichte, Schelling e Hegel.

Kierkegaard: entre los primeros románticos y Hegel

Una misma crítica de abstracción irreal y universalidad vacía se repite de Hegel hacia los románticos, y de Kierkegaard hacia estos y hacia aquel. Lo que nos proponemos en el siguiente artículo es cuestionar la consistencia conceptual de esta crítica, acercar el contenido esencial de sus respectivos pensamientos y plantear finalmente una posible continuidad especulativa, que se extendería desde el primer romanticismo a Hegel y desde éste hacia Kierkegaard, para llegar incluso hasta nosotros.

Kierkegaardian philosophy in the faith of a scholar,

"The addresses ... were given at various times and upon various occasions ... between 1927 and 1936."

Opbyggelige taler i forskjellig aand /

Mode of access: Internet.

Af en endnu levendes papirer. Udg. mod hans villie.

"Om Andersen som romandigter, med stadigt hensyn til hans sidste vaerk: 'Kun en spillemand'."

Gesammelte Werke,

v. 1-2. Entweder-oder.--v. 3. Furcht und Zittern.--v. 4. Stadien auf dem Lebensweg.--v. 5. Der Begriff der Angst.--v. 6-7. Philosophische brocken.--v. 8. Die Krankheit zum tode.-- v. 9. Einübung im Christentum.--v. 10. Der Gesichtspunkt für meine Wirksamkeit als Schriftsteller.--v. 11. Zur Selstfrüfung der Gegenwart.--v. 12. Der Augenblick.

Kierkegaard as a paradoxical therapist

The essential problem that Soren Kierkegaard is concerned with in his authorship is that of becoming a Christian. It is argued that Kierkegaard's authorial strategy reflects the principles of paradoxical psychotherapy. These principles indicate that both the psychological problem and its solution involve an ironic process. In the Kierkegaardian frame of reference, the situation of the immature self is paradoxical, and so is the pathway to full selfhood. The philistine and the aesthete attempt to secure autonomy and personal freedom through an external orientation. But the way to the self is inwards. Consequently, these personalities get caught in an ironic process. The further they push outwards, the further they move away from the locus of genuine selfhood and freedom. This immature form of life can only lead to a loss of self and the associated experience of despair. Paradoxically, Kierkegaard advocates the choice of despair as the way to find oneself in God.

Recension av Andkjær, Søren, Bentsen, Peter & Ejbye-Ernst, Niels (2009) ”Friluftsliv: Natur, samfund og pædagogik” : Ambitiöst om friluftsliv i Danmark – kanske alltför ambitiöst...

Friluftsliv uppvisar ett uppsving som för många säkert är oväntat men som nog till stor del är i samklang med den skandinaviska tidsandan. Visserligen är det ett i huvudsak urbant fenomen, de senaste årens fokus på fysisk aktivitet, konditionsträning och fitness, aktiviteter som dessutom ofta äger rum inomhus i speciella kommersiellt drivna träningshallar – där är luften inte fri! – men trenden tar sig också uttryck i löpning eller joggning i urbana parkområden eller i lagom tuktad natur i anslutning till städer. Man kan tänka att steget inte skulle vara långt till verkliga naturupplevelser, och, som sagt, det finns ett uppsving. Det nymornade intresset för autentiska naturupplevelser kan säkert också bottna i en civilisationskritisk trend i det tidiga tredje millenniet, vars beståndsdelar spretar på ett sätt som gör det omöjligt att närmare skärskåda företeelsen i detta sammanhang. Istället konstaterar vi att forskningen varit kvick att fånga upp friluftsintresset, vilket inte minst märks i recensionsfloran på den här webbplatsen, som denna gång utvidgas med en recension av Friluftsliv: Natur, samfund og pædagogik av Peter Bentsen, Søren Andkjær och Niels Ejbye-Ernst (Munksgaard Danmark). Erik Backman, som disputerat i ämnet, har läst och recenserar, och han bjuder redaktörerna på många tips till förbättringar inför nästa upplaga av boken.

Religião e cultura : um breve itinerário do fim do mundo antigo aos dias de Kierkegaard

Kierkegaard nos mostra, em boa parte de suas obras, sua categórica rejeição em aceitar que a religião cristã pudesse ser reduzida a uma questão de cultura. Mesmo vivendo numa época em que muitos parecem aceitar essa premissa, o filósofo enfrenta inúmeras dificuldades para fazer valer seu posicionamento e, por outro lado, sua proposta parece, ao mesmo tempo, profundamente discutível e polêmica. O cristianismo parece se confundir com a cultura desde seus primórdios e, inclusive, talvez tenha dependido disso para sua sobrevivência até a atualidade. Desse modo, a tese kierkegaardiana de recusa a uma ligação mais efetiva entre cristianismo e cultura não pode ter, em si mesma, um aspecto intolerante ou reacionário? Para investigar tal questão, almejamos analisar aspectos da obra kierkegaardiana e, a partir de um dado recorte, o contexto de implantação do cristianismo no fim do mundo antigo. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT

Kierkegaard e Plantinga : a subjetividade e a crença em Deus

O objetivo do presente trabalho é apresentar a discussão da temática da subjetividade como um importante fator para a afirmação da crença religiosa, tanto na obra de Kierkegaard como na obra de Plantinga. A despeito de algumas diferenças conceituais, avaliamos que ambos os autores não se interessam por provar a existência de Deus, mas antes se concentram na experiência como um fator central. Além disso, em ambos os autores, e na tradição cristã em geral, a subjetividade é fundamental para a afirmação da crença. Em Kierkegaard, tal conceito se encontra com a afirmação da fé enquanto absurdo. Em Plantinga, a afirmação da “basicalidade da crença” abre espaço para a relação de experiência e amplia o debate sobre a crença, reafirmando a sua posição crítica aos fundamentos da modernidade. Desse modo, a partir de alguns recortes específicos, busca-se o estabelecimento de um diálogo que consegue apontar, mesmo com diferenças essenciais entre os dois autores, notadamente na questão do absurdo e na ênfase maior de Kierkegaard sobre a fé como algo apaixonado, um fecundo debate. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT

Sócrates entre a ética e a ironia : o pensador ateniense segundo as interpretações de Hegel e Kierkegaard

O intuito deste artigo é analisar a relação entre a ética e a ironia no pensamento socrático. Para tal, serão utilizadas as interpretações de Hegel e de Kierkegaard sobre o tema. A proposta é comparar as duas interpretações e destacar semelhanças e diferenças na compreensão da ética e da ironia socráticas. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT