572 resultados para Paisagens e jardins
Resumo:
Este artigo tem como objetivo analisar as impressões e as interpretações de antigos taxistas a respeito das mudanças ocorridas na cidade de Belém no decorrer do século XX. Nesse contexto, os motoristas autônomos de Belém figuram como portadores de um conhecimento sobre a cidade baseado na prática do deslocamento, revelando uma memória coletiva ligada aos processos de urbanização e transformação do viver na capital paraense. Emerge, então, um imaginário construído a respeito da cidade de Belém no interior de uma categoria profissional específica, bem como representações, aspirações, devaneios e queixas comuns sobre o viver na cidade. Assim, os pontos de vista desses profissionais sobre Belém aparecem expressos em narrativas fantásticas em que os taxistas encontram visagens e assombrações durante sua jornada de trabalho.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Paisagens Urbanas: fotografia e modernidade na cidade de Belém (1846-1908) propõe uma discussão sobre os documentos fotográficos que serviam de instrumentos de propaganda dos governantes na última década do século XIX e no início do século XX. A linguagem visual desta dissertação permite mostrar a forma como os indivíduos se fizeram representar nos cenários urbanos, dando visibilidade aos tipos sociais que foram flagrados sutilmente pelas câmeras fotográficas a serviço da propaganda do governo que tinha por objetivo divulgar uma cidade moderna, revelando a intensidade e a rapidez com que desejava alcançar a modernidade, ao mesmo tempo em que traz a luz uma cidade de acordo com os modelos provenientes da Europa, percebe-se o registro de uma outra cidade que nos remete a espaços de convivência de diferentes realidades. A imagem fotográfica, assim como outras fontes e objetos visuais, constitui-se em importantes instrumentos de investigação histórica para identificar novos objetos e novos problemas. A contribuição deste estudo se ancora no uso da fotografia como principal documento de análise para produção historiográfica, entendendo que a fotografia representa um testemunho que “fala” do passado na intensidade que o historiador a questiona. Este estudo busca analisar a relação entre fotografia e cidade a partir da narrativa visual dos álbuns e relatórios de Belém que foram produzidos no período de 1898 a 1908. A interpretação dos álbuns, enquanto narrativa que visualiza uma cidade moderna, constituí-se em uma das estratégias metodológicas para abordagem do uso da fotografia como documento para o historiador, considerando que nesse tipo de documentação pode mostrar dados dispersos ou mesmo silenciados por outras fontes de pesquisas.
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Esta pesquisa tem como objetivo analisar as pinturas de autoria do artista Antônio Diogo Parreiras, no início do século XX, pertencentes ao Museu de Arte de Belém. São imagens de uma cidade proprietária de uma paisagem equatorial natural que possui também um conjunto urbanístico dos mais representativos de cidades brasileiras, herança de uma época que ficou conhecida como a "Época da Borracha”. Fato que trouxe para o Norte no início do século XX vários artistas, dentre os quais o pintor Antônio Diogo Parreiras que aqui realizou uma exposição de pinturas. As obras de Parreiras que registraram a cidade de Belém são fontes das mais importantes para história. Foi concebida dentro de um contexto no qual faziam parte uma leva de intelectuais e outros artistas brasileiros. Constituem-se como iconografias que possuem em si narrativas irrefutáveis, oferecendo aos espectadores um registro da sociedade e do seu meio ambiente natural, configurando a obra de arte como uma leitura onde é possível revelações, que nos auxiliam na difícil tarefa de compreender a nossa história Social da Amazônia.
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Pós-graduação em Geografia - IGCE
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O artigo em questão estabelece reflexões em torno do tema do trabalho na região missioneira gaúcha, tomando como referência o legado das missões jesuítico-guaranis e seus desdobramentos no contemporâneo, a partir das memórias das pessoas que vivem naquela porção do Estado. Para tanto, o artigo se baseia numa pesquisa de campo de cerca de um ano, que teve como um dos interesses etnográficos a tentativa de compreender os processos de transformação das paisagens na região através das ações técnico-culturais relacionadas ao universo do trabalho.
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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A obra Corola, de Claudia Roquette-Pinto (2000), apresenta um projeto poético consistente advindo do emprego de recursos expressivos metalinguísticos e da coesa estrutura da obra. O recurso à intratextualidade favorece a unidade e as reflexões metalinguísticas dos 48 poemas que compõem a obra. O diálogo com a tradição literária é simultâneo à consciência dos enunciadores de que a poesia de Corola é intervalar e físsil. Os 47 primeiros poemas sem título de Corola constroem forte relação de continuidade e interdependência reveladora da presença de uma “teoria” do fazer poético baseada em intempéries. O lirismo de Corola não apresenta marcas de autocomiseração em relação à situação de náufrago anunciada no último poema da obra. Os adjetivos exausto, roto, desacreditado, atribuídos ao eu poético, fazem com que ele se desdobre em outro, apreciador crítico de seus próprios ruídos poéticos e refém consciente de um tempo lacunar e intermitente que favorece a construção de uma poética da paciente espera pelo resgate da poesia e do desdobramento em leitor-espectador de si mesmo e do texto poético. Analisaremos alguns procedimentos metalingüísticos e as inquietações compositivas anunciadas pelos eus poéticos de Corola, além da recorrente figura do jardim como espaço poético.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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As reflexões elaboradas neste livro fazem parte dos resultados de tese de Livre Docência em Geografia Urbana da UNESP, campus de Rio Claro que abordou o consumo como categoria de análise. Por meio do entendimento do consumo procurou-se compreender os principais impactos na produção do espaço urbano, na atualidade. Observadas as metrópoles de São Paulo, Lisboa, Seoul e Dubai, construiu-se um pensamento que considera a metrópole como espaço-sedutor. Nesta construção, elaborou-se uma leitura das paisagens do consumo nas referidas metrópoles e várias foram as contradições encontradas nas relações de consumo e na produção do espaço urbano. O reconhecimento das articulações entre a produção, a circulação, o comércio e o consumo, dentro do processo de generalização da mercadoria, também ganhou importância, e assim outros conflitos foram apontados.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Este estudo de interpretação e valoração de paisagens e uma contribuição na área da Geografia para as pesquisas teóricas e aplicadas sobre educação ecológica, tendo a paisagem como ambiente de aprendizagem direcionada e incidental, através de experiências ambientais imediatas, tais como trilhas interpretativas e vivências na Natureza. Estas atividades visam uma estimulação pluri-sensorial, de busca do equilíbrio ecológico e emocional através do estabelecimento de laços afetivos com o meio ambiente, envolvendo o significado do reconectar-se com a Terra. Visa ainda contribuir para processos de sensibilização e conscientização ambiental a partir da visão ecológica, induzindo a mudanças atitudinais no sentido do desenvolvimento de condutas pro-ambientais mais conscienciosas, bem como subsidiar programas e projetos vinculados às políticas públicas direcionadas à conservação e valoração da paisagem natural e cultural.
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O presente trabalho tem o objetivo de realizar o levantamento e pesquisa sobre os jardins de valor histórico na cidade de Jaú (SP), visando dar subsídios para a elaboração do inventário, revitalização e proposta de proteção como patrimônio cultural. O estudo de caso adotado é a Praça da República tendo como subsídio as fichas de inventário disponíveis no Brasil a nível federal, estadual e municipal, bem como a recomendada pelo International Council on Momuments and Sites (ICOMOS)
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Uma das principais alterações ambientais decorrentes da ação antrópica é o efeito de borda, consequência direta da fragmentação, que altera condições microclimáticas nas bordas dos fragmentos. Este processo afeta a biodiversidade, interferindo na dinâmica das comunidades, tanto vegetais, quanto animais, alterando a composição e a estrutura das comunidades. Através da utilização de bioindicadores é possível compreender como alterações nos hábitats interferem nas comunidades locais, ou em processos ecológicos essenciais para a manutenção do ecossistema e da biodiversidade local ou regional. Devido à grande riqueza, abundância e importância em diversos processos ecológicos, como por exemplo, dispersão de sementes e ciclagem de nutrientes, as formigas têm sido utilizadas como indicadores ambientais. Os objetivos deste trabalho foram avaliar como as comunidades de formigas de fragmentos de cerrado respondem ao efeito de borda, especificamente se essa resposta ocorre de forma gradiente ou hábitat-matriz (formigas não estão presentes na borda). Também foi analisado se o tipo de matriz adjacente influencia nessas respostas observadas em 15 paisagens de cerrado circundadas por matrizes de pasto, cana-de-açúcar e eucalipto onde se utilizou armadilhas de queda ao longo de transectos posicionados tanto dentro como fora dos fragmentos. Para a riqueza total de formigas o modelo hábitat-matriz com interferência da matriz foi o que melhor explicou a distribuição. Os modelos que melhor explicaram a riqueza e abundância dos grupos funcionais variaram consideravelmente, o que evidencia a importância de buscar modelos mais complexos (modelo gradiente) que expliquem tanto as respostas mais simples (hábitat-matriz)como as mais multíplices. As comunidades analisadas apresentam diferentes funções dentro do hábitat e das matrizes, dessa forma participam de vários processos ecológicos sendo assim bons indicadores...