999 resultados para Museu de História Natural do Brasil
Resumo:
Inclui notas explicativas, bibliográficas e bibliografia.
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A melhor ferramenta para comparação fisiológica entre organismos diferentes é a taxa metabólica basal, inter-relação fundamental que existe entre todos os seres vivos. Mensurações diretas das concentrações de oxigênio e dióxido de carbono, pela análise do ar inspirado e expirado, podem ser usadas para a mensuração de taxa metabólica. Este trabalho foi executado com o propósito de aferir as taxas metabólicas basal e específica, e reexaminar o escalonamento do metabolismo basal em cutias (Dasyprocta azarae). Foram utilizadas 34 cutias (D. azarae) adultas sadias, sendo 9 machos não castrados, 9 machos castrados e 16 fêmeas, pertencentes ao plantel do Criadouro Científico do Museu de História Natural Capão da Imbuia, Curitiba, PR. Os animais passaram por jejum prévio de 6 horas e foram acondicionados em caixas especiais, com temperatura ambiente controlada (22,0±1,0ºC), sendo então submetidos à aferição da taxa metabólica basal, por calorimetria indireta. Empregou-se o monitor metabólico Deltatrac®II, (Datex Ohmeda, Finlândia) usualmente indicado para a mensuração da produção de dióxido de carbono (VCO2) e do consumo de oxigênio (VO2) em seres humanos, por meio da mensuração das variações na concentração de VCO2 e de VO2, com uma precisão de 0,01%. Após a aferição da taxa metabólica basal, foi calculada a taxa metabólica específica, e efetuada a análise dos dados por estatística indutiva. Os testes de hipóteses para comparação entre amostras indicaram que a taxa metabólica específica de machos não castrados é maior que a de fêmeas e machos castrados (5% de significância), e que a taxa metabólica específica de fêmeas e machos castrados é equivalente (1% de significância). Constatou-se ainda, com a análise da correlação de pontos experimentais, que outra variável que não o tamanho corporal afeta a taxa metabólica dos machos não castrados (1% de significância), o que indica a necessidade de novos estudos sobre o metabolismo de Dasyprocta azarae, sugerindo-se a realização de aferição da taxa metabólica basal e aferição simultânea da concentração sérica de testosterona, estradiol e cortisol para os três grupos.
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As ilhas da plataforma continental estão isoladas do continente, há cerca de 10.000 anos, após a última elevação do nível dos oceanos. O isolamento, a ocupação de novos habitats e/ou diferentes pressões ecológicas podem ter levado a alterações em caracteres genotípicos, fenotípicos e também comportamentais. Este trabalho visa o estudo dos padrões reprodutivos em populações de Thoropa taophora e suas adaptações no continente e em seis ilhas do litoral Norte do Estado de São Paulo. Como hipóteses tem se que fêmeas das populações insulares possuem ovócitos maiores e em menor número devido à redução na disponibilidade de sítios reprodutivos, e machos insulares devem apresentar testículos maiores e maior agressividade associada à defesa de territórios mais escassos. Foram avaliadas as variações de caracteres reprodutivos, como peso de testículos dos machos, número e tamanho dos ovócitos das fêmeas e esforço reprodutivo de 147 indivíduos adultos de T. taophora (87 machos e 60 fêmeas) de populações provenientes das ilhas de Toque-Toque, Redonda, Prumirim, Gatos, Couves, Porcos Pequena; e três localidades no continente: Tuim Parque - Barra do Una e Praia de Toque-Toque Grande no Município de São Sebastião-SP e Praia Domingas Dias no Município de Ubatuba-SP. Todos os indivíduos analisados foram coletados durante o verão (outubro a março) e encontram-se depositados na Coleção de Anfíbios (CFBH), UNESP - Rio Claro e Coleção do Museu de História Natural (ZUEC), UNICAMP. O comprimento rostrocloacal (CRC) das fêmeas variou de 26,7 – 78,3 mm, ao passo que o CRC dos machos variou de 55 – 93,8 mm. Os machos foram significativamente maiores que as fêmeas em quatro localidades. Nas fêmeas, o diâmetro dos ovócitos da população continental da praia Domingas Dias é maior que nas populações das ilhas dos Gatos, Toque-Toque e Redonda... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)
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Abstract Background The family Accipitridae (hawks, eagles and Old World vultures) represents a large radiation of predatory birds with an almost global distribution, although most species of this family occur in the Neotropics. Despite great morphological and ecological diversity, the evolutionary relationships in the family have been poorly explored at all taxonomic levels. Using sequences from four mitochondrial genes (12S, ATP8, ATP6, and ND6), we reconstructed the phylogeny of the Neotropical forest hawk genus Leucopternis and most of the allied genera of Neotropical buteonines. Our goals were to infer the evolutionary relationships among species of Leucopternis, estimate their relationships to other buteonine genera, evaluate the phylogenetic significance of the white and black plumage patterns common to most Leucopternis species, and assess general patterns of diversification of the group with respect to species' affiliations with Neotropical regions and habitats. Results Our molecular phylogeny for the genus Leucopternis and its allies disagrees sharply with traditional taxonomic arrangements for the group, and we present new hypotheses of relationships for a number of species. The mtDNA phylogenetic trees derived from analysis of the combined data posit a polyphyletic relationship among species of Leucopternis, Buteogallus and Buteo. Three highly supported clades containing Leucopternis species were recovered in our phylogenetic reconstructions. The first clade consisted of the sister pairs L. lacernulatus and Buteogallus meridionalis, and Buteogallus urubitinga and Harpyhaliaetus coronatus, in addition to L. schistaceus and L. plumbeus. The second clade included the sister pair Leucopternis albicollis and L. occidentalis as well as L. polionotus. The third lineage comprised the sister pair L. melanops and L. kuhli, in addition to L. semiplumbeus and Buteo buteo. According to our results, the white and black plumage patterns have evolved at least twice in the group. Furthermore, species found to the east and west of the Andes (cis-Andean and trans-Andean, respectively) are not reciprocally monophyletic, nor are forest and non-forest species. Conclusion The polyphyly of Leucopternis, Buteogallus and Buteo establishes a lack of concordance of current Accipitridae taxonomy with the mtDNA phylogeny for the group, and points to the need for further phylogenetic analysis at all taxonomic levels in the family as also suggested by other recent analyses. Habitat shifts, as well as cis- and trans-Andean disjunctions, took place more than once during buteonine diversification in the Neotropical region. Overemphasis of the black and white plumage patterns has led to questionable conclusions regarding the relationships of Leucopternis species, and suggests more generally that plumage characters should be used with considerable caution in the taxonomic evaluation of the Accipitridae.
The cascudos of the genus Hypostomus Lacépède (Ostariophysi: Loricariidae) from the rio Iguaçu basin
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We reviewed several large collections of the genus Hypostomus from the rio Iguaçu basin summing up to 793 specimens mainly from the Laboratório de Ictiologia do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva from Universidade Federal de São Carlos, from fish collection of Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura da Universidade Estadual de Maringá, and from the Museu de História Natural do Capão da Imbuia. Hypostomus albopunctatus, H. commersoni, H. derbyi, and H. myersi are redescribed and Hypostomus nigropunctatus is described as a new species. A practical key for identification of Hypostomus species from the rio Iguaçu is also provided.
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O presente artigo trata da história do Museu Paulista entre 1946 e 1956, com o objetivo de entender o lugar dessa instituição no campo da antropologia durante aquela década. Para isso, investigam-se as atividades desempenhadas pelos funcionários desse museu, bem como sua ligação com os outros centros de pesquisa em ciências sociais em São Paulo. Os dados levam à conclusão de que os antropólogos alemães tiveram, na primeira metade do século XX, papel fundamental no desenvolvimento e na consolidação das ciências sociais no Brasil.
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O confronto entre certas criações ficcionais e a dinâmica da colonização nos leva a diversos campos disciplinares. Se a história registrou o intenso intercâmbio de mercadorias e idéias que ocorreu entre Portugal e Brasil, a partir da descoberta do Novo Mundo, a literatura revisitou e recriou esse passado. É o que se constata na obra do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, em que articulando a realidade e a imaginação, a natureza e o homem, o regional e o universal, o escritor de perfil naturalista ilumina a linguagem da História e da Ciência pela Arte. Com relação às expedições científicas portuguesas pelo Brasil, a história relata que, na segunda metade do século XVIII, Portugal impulsionou a elaboração de um projeto de confecção de uma História Natural, tendo como espaço de criação cultural a Academia Real das Ciências de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, não teria sido possìvel sem as ―viagens imaginárias‖ do intelectual Domenico Agostino Vandelli, correspondente de Lineu e um dos principais articuladores da política portuguesa dirigida às colônias. Assim, instruídos conforme o livro Viagens filosóficas ou dissertações sobre as importantes regras que o filósofo naturalista nas suas peregrinações deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de História Natural e Química, são preparados para explorar as colônias ultramarinas. Em meio à produção literária de Guimarães Rosa, destacamos o conto ―O recado do morro‖, do livro Corpo de baile, lançado em 1956, para um paralelo com a História. Nessa ficção, um narrador conta a estória de uma pitoresca expedição, formada por moradores de um vilarejo, contratados por um viajante alemão, que percorre o interior do estado de Minas Gerais. Região de grutas, minerais, vegetação de cerrado (com diversidade em espécies comestíveis e medicinais), de fazendas de gado, animais em perigo de extinção e homens sábios do sertão, é com o uso dessa enigmática paisagem, que o escritor vai moldar o seu ―recado‖. Através de um estudo comparado entre os ideais naturalistas de Vandelli (evidentes nas correspondências trocadas com Lineu e nas Instruções aos viajantes) e do escritor Guimarães Rosa (expresso de forma ficcional), destacamos a necessidade de se resgatar, nos dias atuais, seus trabalhos, como forma de se propor uma nova relação do homem com o meio ambiente. Nós, de fato, reconhecemos que Deus todo-poderoso escreveu dois livros, a natureza e a revelação [...] (Lineu, 1765) O confronto entre certas criações ficcionais e a dinâmica da colonização nos leva a percorrer interessantes caminhos da História, da Literatura e das Ciências da Natureza. Se a história registrou o intenso intercâmbio de produtos e idéias, que ocorreu entre Portugal e Brasil, via Atlântico, a partir da descoberta do Novo Mundo, alguns escritores do Modernismo brasileiro revisitaram e recriaram esse passado. No que se refere às expedições científicas portuguesas pelo Brasil, o historiador Oswaldo Munteal Filho lembra que, na segunda metade do século XVIII, Portugal impulsionou a elaboração de um projeto de confecção de uma História Natural de suas colônias, tendo como espaço de criação cultural e reflexiva a Academia Real das Ciências de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, não teria sido possìvel sem as ―viagens imaginárias‖ do intelectual ilustrado Domenico Agostino Vandelli, um dos principais articuladores da política portuguesa dirigida às colônias no âmbito da Academia. Segundo seu pensamento, era preciso munir os naturalistas com ferramentas capazes de desvendar um Brasil desconhecido do ponto de vista da ciência e ainda intocado quanto às potencialidades de seus elementos naturais. Portanto, o olhar do naturalista deveria passar, primeiro, pelo utilitário: as virtudes das plantas medicinais, os usos dos gêneros exóticos, o aproveitamento do reino animal e mineral e a fertilidade das extensas terras. Reordenar a Natureza, não mais de forma alegórica, mas através da observação e experiência figurava-lhe como medida necessária e urgente. A par disso e instruídos conforme o livro Viagens filosóficas ou dissertações sobre as importantes regras que o filósofo naturalista, nas suas peregrinações, deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de História Natural e Química, são preparados para explorar as colônias ultramarinas (p. 483-518).
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A história da maconha no Brasil tem seu início com a própria descoberta do país. A maconha é uma planta exótica, ou seja, não é natural do Brasil. Foi trazida para cá pelos escravos negros, daí a sua denominação de fumo-de-Angola. O seu uso disseminou-se rapidamente entre os negros escravos e nossos índios, que passaram a cultivá-la. Séculos mais tarde, com a popularização da planta entre intelectuais franceses e médicos ingleses do exército imperial na Índia, ela passou a ser considerada em nosso meio um excelente medicamento indicado para muitos males. A demonização da maconha no Brasil iniciou-se na década de 1920 e, na II Conferência Internacional do Ópio, em 1924, em Genebra, o delegado brasileiro Dr. Pernambuco afirmou para as delegações de 45 outros países: "a maconha é mais perigosa que o ópio". Apesar das tentativas anteriores, no século XIX e princípios do século XX, a perseguição policial aos usuários de maconha somente se fez constante e enérgica a partir da década de 1930, possivelmente como resultante da decisão da II Conferência Internacional do Ópio. O primeiro levantamento domiciliar brasileiro sobre consumo de psicotrópicos, realizado em 2001, mostrou que 6,7% da população consultada já havia experimentado maconha pelo menos uma vez na vida (lifetime use), o que significa dizer que alguns milhões de brasileiros poderiam ser acusados e condenados à prisão por tal ofensa à presente lei. No presente, um projeto de lei foi aprovado no Congresso Nacional propondo a transformação da pena de reclusão por uso/posse de drogas (inclusive maconha) em medidas administrativas.
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A formação e o estudo de coleções de história natural e de paleontologia participaram da instauração da ordem política do Império do Brasil, delineando também uma ordem científica. A simbiose entre ciência e nação encontrou em Peter W. Lund, iniciador dos estudos de paleontologia em nosso país, um agente ativo e constante. As coleções e escritos desse naturalista deram amparo à visualização do passado e à escrita da história em museus, instituições científicas e culturais brasileiras e europeias. As disputas pelo ordenamento político sob as Regências e a Maioridade foram acompanhadas de perto pelo estudo e a explicação das formas de vida e do globo no passado.
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Instalado em um edifício-Monumento, data de 1895 a inauguração do Museu Paulista. Seu primeiro diretor, o zoólogo Hermann Von Ihering (1895-1916), teve a tarefa de organizar suas vastas coleções, as quais possuíam objetos de diversos ramos do conhecimento, entre eles, a História. Este artigo tem a intenção de entender a dimensão, dinâmica e concepção desta coleção de História, que recebeu pouca atenção da Historiografia relativa ao tema.
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Este ensaio visa sistematizar os primeiros resultados de uma pesquisa, ainda em curso, sobre o processo de legitimação da fotografia pelo sistema de arte no Brasil, cujo foco principal é o museu. Os museus de arte da cidade de São Paulo foram escolhidos para dar início a essa investigação. Primeiramente, será abordada, em linhas gerais, a presença da fotografia no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Bienal de São Paulo, dada a vinculação de origem do Museu de Arte Contemporânea com essas duas instituições paulistanas. Na seqüência será analisada a formação do acervo fotográfico do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo durante a década de 1970. Por fim, esse percurso permitirá observar que a atuação de Walter Zanini, o primeiro diretor do Museu, e as particularidades da posição do MAC-USP no sistema de arte no Brasil naquele período resultaram no entendimento da fotografia prioritariamente no âmbito da arte contemporânea de caráter experimental e não como obra de arte autônoma, segundo os princípios da chamada fotografia artística.
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Este artigo analisa as características assumidas pela arquitetura de tendência art déco em construções ligadas à indústria - moradias, igrejas, escolas, clubes, fábricas etc. - erguidas no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, investigando o repertório formal utilizado em diferentes tipologias. Faz uma análise mais detalhada das construções criadas pela Companhia Industrial Fiação de Tecidos Goyanna, em Pernambuco, no período entre 1937 e o final da década de 1940. Trata-se de um conjunto notável pela unidade formal, vinculada à linguagem art déco, e pelo emprego de soluções inovadoras em termos de forma e de programa.