963 resultados para Medicina experimental-S. XVIII


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Estudaram-se os efeitos do carprofeno, aplicado por diferentes vias, em uveítes experimentais em cães. Realizou-se paracentese de câmara anterior em dois momentos (M0 e M1), com intervalo de cinco horas entre si. em M0 e M1, colheram-se 0,2mL de humor aquoso e determinaram-se as concentrações de proteína total e de prostaglandina E2 (PGE2). Constituíram-se quatro grupos (n = 8), que receberam carprofeno ao final de M0 pelas vias subcutânea (GI), subconjuntival (GII) e tópica (GIII). Um quarto grupo não recebeu tratamento (controle). Procedeu-se à avaliação histopatológica nos indivíduos do GII. em todos os grupos, encontrou-se aumento significativo dos níveis proteicos e de PGE2 em M1. Não se observou diferença significativa, em M1, entre os grupos para nenhum dos parâmetros estudados. Exsudado inflamatório de caráter agudo e hemorragia discreta foram vistos à histopatologia após a aplicação do fármaco. O carprofeno foi ineficaz em inibir a síntese de PGE2 e o influxo de proteínas para a câmara anterior, por qualquer uma das vias testadas. Contudo, a redução de 44% nos níveis de proteínas (via tópica), sugere que por esta via ele pode ser utilizado como adjuvante no controle da uveíte em cães.

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O presente estudo acompanhou durante 82 dias o curso da infecção experimental com T. evansi em quatro cães, realizando a avaliação dos achados hematológicos, bioquímicos e anatomopatológicos. Os animais infectados mostraram declínio acentuado na contagem de hemácias, hematócrito e teor de hemoglobina, permanecendo anêmicos a partir da terceira semana de infecção até o final do período experimental. Leucopenia com neutropenia foram observadas entre a segunda e a quinta semanas após a infecção. Os cães inoculados desenvolveram hiperproteinemia, sendo constatada diminuição na relação albumina:globulina. As atividades séricas de alamina aminotransferase e aspartato aminotransferase aumentaram significativamente nos cães infectados em relação aos animais controle. O exame histopatológico revelou hiperplasia linfóide no baço e linfonodos e infiltrado mononuclear periportal e esteatose de padrão centrolobular no fígado de todos os cães infectados. Intenso infiltrado mononuclear foi observado no miocárdio de três cães e acúmulos de células mononucleares junto às meninges foram evidenciados em dois animais infectados.

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Cinco jumentos, adultos foram infectados experimentalmente com cepa brasileira de Trypanosoma evansi, isolada de um cão naturalmente infectado, com o intuito de observar as alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas durante a evolução da enfermidade. O curso da infecção experimental foi de 145 dias. Análise hematológica dos jumentos infectados revelou declínio nos valores de hemoglobina, hematócrito e contagem total de eritrócitos. Notou-se anemia após sucessivos picos de parasitemia. Análise bioquímica indicou aumento dos níveis de índice ictérico, globulinas séricas e diminuição dos valores séricos de albumina e glicose. Todos os jumentos infectados apresentaram aumento do baço e de sua polpa branca, aumento de linfonodos mediastínicos e congestão pulmonar. Meningoencefalite foi o principal achado histopatológico. em algumas áreas do pedículo cerebelar foram observadas desmielinização, além de vacuolização do neurópilo. O estudo mostrou que jumentos infectados com a cepa brasileira do T. evansi desenvolveram doença crônica.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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No presente estudo foi avaliada, através da reação de soroaglutinação microscópica, a eficiência de quatro estirpes apatogênicas de Leptospira biflexa (Buenos Aires, Patoc 1, Rufino e São Paulo) como antígeno único para o diagnóstico sorológico em cobaias experimentalmente infectadas com sete diferentes sorotipos de Leptospira interrogans (canicola, grippotyphosa, hardjo, icterohaemorrhagiae, pomona, tarassovi e wolffi). As estirpes Buenos Aires, Patoc 1, Rufino e São Paulo não foram eficientes em revelar títulos de anticorpos nos soros das cobaias infectadas com Leptospira interrogans. Durante o experimento, foi observada a ocorrên cia de reações sorológicas cruzadas entre as estirpes Patoc 1 e São Paulo e também entre os sorotipos wolffi e hardjo.

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Dezesseis eqüinos adultos foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos (GI, GII, GIII e GIV) constituídos por quatro animais, recebendo cada grupo o seguinte inóculo por via intraperitoneal: GI (100 X 10(7) unidades formadoras de colônia (UFC) de Escherichia coli diluídos em 500 ml de solução salina 0,9% estéril); GII (100 X 10(7) UFC de Bacteroides fragilis diluídos em 500 ml de solução salina 0,9% estéril); GIII (100 X 10(7) UFC de Escherichia coli associados a 100 X 10(7) UFC de Bacteroides fragilis diluídos em 500 ml de solução salina 0,9% estéril); GIV (testemunho - 500 ml de solução salina 0,9% estéril). Leucopenia ocorreu em todos os animais inoculados com bactérias, nas primeiras seis horas após as inoculações. Posteriormente a este período, verificou-se em alguns eqüinos inoculados leucocitose. Os eqüinos inoculados com culturas puras de E. coli ou B. fragilis apresentaram peritonites brandas e autolimitantes, enquanto os inoculados com a associação destas bactérias, apresentaram alterações laboratoriais de maior intensidade e duração.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Este estudo teve por escopo comparar a influência do nó de sutura em três diferentes localizações na recuperação morfofuncional do tendão flexor digital profundo (TFDP) do cão. Foram utilizados 20 cães divididos em três grupos de oito, sete e cinco animais. Os TFDP do segundo e quinto dedos do membro torácico esquerdo foram seccionados e suturados pela técnica de Kessler modificada, alterando-se a localização do nó e o tipo de sutura no epitendíneo. No grupo um, o nó da sutura ficou localizado na região ventral do tendão e no grupo dois na face dorsal. em ambos os grupos, o epitendão foi suturado com pontos simples separados. No grupo três, o nó da sutura ficou interno ao endotendíneo e o epitendíneo foi suturado com ponto simples contínuo. Após a cirurgia, foi realizada diariamente a movimentação passiva controlada do membro do primeiro ao 15º dia. No 7º e no 15º dia os animais foram sacrificados por anestesia profunda e os tendões foram colhidos para avaliação macroscópica do processo de reparo tendíneo. O critério de comparação utilizou como parâmetros para avaliar a recuperação morfofuncional a ruptura do tendão, o afastamento dos cotos e a coaptação completa dos cotos tendíneos. O grupo que apresentou melhor resultado com relação aos parâmetros avaliados foi o terceiro, com ausência de ruptura e índice de afastamento de apenas 2,5% dos cotos tendíneos. Os resultados encontrados permitem concluir que a localização do nó de sutura na tenorrafia do TFDP interfere na resposta reparadora e biomecânica.

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Esse estudo apresenta os resultados obtidos quando da inoculação de Trychophyton mentagrophytes na bolsa jugal do hamster, local imunologicamente privilegiado. Foram utilizados 42 animais: 21 inoculados com 10(6) fungos na bolsa jugal (grupo 1) e, 21 inicialmente inoculados com 10(6) fungos no coxim plantar e, 15 dias após, na bolsa jugal com a mesma quantidade fúngica (grupo 2). Os animais foram sacrificados às 20 h, 3, 7, 14, 30, 60 e 120 dias; foram coletadas amostras da bolsa jugal inoculada, e das patas submetidas ao teste do coxim plantar (TCP). Independente do grupo e do tempo de evolução da infecção, os animais não desenvolveram hipersensibilidade tardia avaliada através do TCP. A pré-inoculação de fungos no coxim plantar não alterou a morfologia das lesões induzidas na bolsa jugal. Assim, nos animais do grupo 1 e grupo 2, a introdução do fungo na bolsa jugal, resultou em lesão focal, constituída por infiltrado inflamatório agudo estéril, com formação de abscesso, que evoluiu para reação macrofágica e, posteriormente, para a resolução mesmo na ausência de resposta imune detectável pelo TCP. Nossos resultados indicam que, apesar do importante papel da resposta imune na regressão espontânea da dermatofitose, outros fatores são, também, parte integral da defesa contra esta infecção fúngica.

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Foram eviscerados os globos oculares esquerdos de 32 ratos, linhagem Wistar, divididos em quatro grupos (A, B, C, D) constituídos, cada um, de cinco testemunhas e três controles. Nos animais-testemunha introduziu-se, dentro da capa córneo-escleral, uma esfera de resina acrílica (metilmetacrilato), previamente confeccionada e esterilizada por autoclavagem, ao passo que nos controles a cavidade eviscerada foi mantida sem prótese. Os ratos dos grupos A, B, C e D foram sacrificados respectivamente aos 7, 15, 30 e 90 dias de pós-operatório, quando os conteúdos orbitários esquerdos foram exenterados e preparados para o exame histopatológico. Observou-se que os animais-testemunha tiveram resposta inflamatória do tipo tecido de granulação ao redor da prótese de cavidade, com edema inflamatório da córnea especialmente nos grupos A e B, quando se iniciou a regressão da inflamação aguda. A cavidade orbitária manteve o tamanho em todos os grupos nos animais-testemunha e houve contração significativa nos animais-controle. Com estas observações, foi possível concluir que a esfera de resina acrílica é uma opção, de baixo custo e fácil confecção, para correção de defeito estético causado pela perda do globo ocular.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Cinqüenta camundongos suíços, brancos, com quatro semanas de idade, foram inoculados com 5x10(5) formas leveduriformes, viáveis de Paracoccidiodes brasiliensis (cepa 18). Dez destes animais tinham sido previamente imunizados com antígeno particulado de P. brasiliensis, durante quatro semanas, por injeção intradérmica. Os controles consistiram de 10 animais que foram somente imunizados e 10 inoculados com solução salina estéril. Os animais foram sacrificados após 2, 4, 7, 11 e 16 semanas. Estudamos: 1) resposta de hipersensibilidade retardada medida pelo teste do coxim plantar, 24 horas antes do sacrifício; 2) anticorpo- gênese específica avaliada pelo teste de imunodifusão dupla em gel de ágar; 3) histopatologia dos pulmões, fígado, baço, supra-renal e rins. Observamos: 1) os animais imunizados desenvolveram resposta imunecelular mais intensa que os infectados; 2) a infecção deprimiu a resposta imunecelular dos animais imunizados; 3) a histopatologia da infecção endovenosa revelou inflamação granulomatosa sistêmica e progressiva. Os animais infectados após imunização prévia apresentaram inflamação pulmonar menos extensa, com granulomas menores e com reduzido número de fungos. O presente modelo murino de paracoccidioidomicose mimetiza alguns achados da forma humana subaguda da micose (doença sistêmica com depressão da imunidade celular). O esquema de imunização extrapulmonar utilizado foi capaz de induzir certo grau de proteção do pulmão contra um desafio infeccioso pelo P. brasiliensis.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)