904 resultados para M. Foucault
Resumo:
Kirjallisuusarvostelu
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O texto nasceu de uma comunicação apresentada e discutida junto a um público de psicólogos (em agosto de 1977) e cujo objetivo era preparar (ou despertar) os ouvintes para a eventual leitura direta dos escritos de Michel Foucault, particularmente aqueles escritos que interessassem mais de perto a estudiosos da área de psicologia. Para tanto, escolheu-se pois, elaborar uma "introdução" à leitura do livro Histoire de la folie à l'âge classique, introdução esta que é, feita através de duas vias de abordagem : a primeira, mais especÃfica, detém-se no exame de um momento preciso do livro, a saber, a "Introdução" da 2.a Parte; a segunda, mais genérica, busca "localizar" o livro no itinerário dos escritos de M. Foucault (até a época de L'Archéologie du savoir), fornece uma visão ampla de seu conteúdo interno e se conclui com uma remissão ao Prefácio de Les Mots et les Choses onde se coloca a questão da diferenciação entre o "outro" e o "mesmo".
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O objetivo deste artigo é mostrar algumas convergências entre o pensamento de Hannah Arendt e o de Foucault. Minha tese a respeito é, que no fundo, ambos os autores visam a um pensamento do aberto e do não determinado, uma alternativa polÃtica que vai além de uma polÃtica partidista e que aponta para recuperar o espaço público. PolÃtica como atividade de criação e de experimentação. A teoria polÃtica de Hannah Arendt representa uma tentativa de pensar o acontecimento, de afrontar a contingência, de recusar as imagens e metáforas tradicionais oferecidas para imaginar o polÃtico, como uma vontade de agir, de transgredir e superar os limites.
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Ainda pouco estudada, a última fase do pensamento de Michel Foucault traz contribuições inegáveis ao debate ético e polÃtico de nossa época, sobretudo por enfatizar o papel do indivÃduo e das coletividades nas lutas de transformação das estruturas de poder ora vigentes. Os modos de ser das lutas de resistência, sua importância no quadro referencial do último Foucault, revelam uma dimensão polÃtica antes insuspeitada em sua obra. Essa dimensão, para além da analÃtica do poder, concede aos pequenos e múltiplos movimentos de contestação papel importante e decisivo para o futuro da vida sociopolÃtica, fora do quadro programático dos partidos polÃticos estabelecidos e das formas de ação instituÃdas. O que nos leva a retomar, a partir de novos referenciais teóricos, a discussão sobre o potencial revolucionário ainda possÃvel da atualidade.
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O artigo versa sobre a possibilidade de uma história crÃtica da verdade no pensamento de Michel Foucault, ressaltando seu distanciamento do vÃnculo tradicional entre sujeito e conhecimento da verdade em benefÃcio da articulação entre práticas históricas (práticas discursivas, práticas sociais e práticas de si) e produção de verdade. Destaca ainda em que aspectos sua investigação está inserida no projeto crÃtico inaugurado por Kant e em que medida, paradoxalmente, dele se afasta.
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Discute-se o diagnóstico crÃtico da Modernidade proposto por Heidegger e Foucault enfatizando as suas continuidades. Em linhas gerais, pode-se afirmar que, em Heidegger, é a reflexão filosófica que se assume enquanto essencialmente histórica, ao passo que, para Foucault, é a investigação essencialmente histórica que assume o caráter de reflexão filosófica. No entanto, ainda que a partir de démarches teóricas distintas, ambos consideram que a compreensão a respeito de quem somos, hoje, depende de uma análise da constituição da modernidade como época histórica determinada pelo humanismo, isto é, pela concepção do homem como senhor da totalidade do ente (Heidegger) e pela concepção do homem como sujeito e objeto de relações de poder-saber (Foucault). Tal mutação epocal na concepção do humano foi decisiva para a liberação da revolução cientÃfica que culminou na técnica moderna e na biopolÃtica. Se, como afirma Foucault, a biopolÃtica é a polÃtica de nosso tempo, ou seja, de uma época que politizou o fenômeno da vida por meio de sua gestão técnico-administrativa, então a técnica moderna, que implica a concepção do homem como sujeito assujeitado pela tecnologia, constitui a instância por meio da qual a vida humana pode ser simultaneamente produzida e aniquilada por meios cientÃficos.
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Este artigo pretende avaliar a relação que Foucault estabelece com a modernidade, tendo como fio condutor seu vÃnculo com o pensamento de Kant. Aborda-se, num primeiro momento, a leitura que Foucault faz de Kant na época em que estava escrevendo As Palavras e as Coisas, observando uma tensão entre o projeto crÃtico e o antropologismo kantiano e, num segundo momento, interroga-se sua relação com Kant a partir de alguns de seus últimos textos, nos quais Foucault procura uma "ontologia do presente".
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A constituição do sujeito na investigação do último Foucault geralmente é conhecida pela perspectiva de sua estética da existência. Tal abordagem deve-se sobremaneira à leitura dos dois últimos volumes de Histoire de la sexualité (1984). No entanto, o presente artigo aponta que nos cursos no Collège de France intitulados Subjectivité et verité (1981) e L'herméneutique du sujet (1982) outra leitura pode ser elaborada. A relação entre subjetividade e verdade evidencia-se como central em seu pensamento e seus desdobramentos são apresentados a partir das diferenças estabelecidas entre filosofia e espiritualidade, das articulações entre cuidado de si e conhecimento de si, conhecimentos úteis e inúteis, cuidado de si e conversão a si, ascese e verdade.
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Pretende-se analisar como, no pensamento de Michel Foucault, a investigação em torno da ética do cuidado de si pode ser lida como desdobramento da ideia de governamentalidade, problematizada a partir de 1978; procura-se indicar, ainda, que essa ética do cuidado de si é a condição do governo polÃtico dos outros, na leitura da tradição socrática, o que possibilita uma revisitação da polÃtica. Mas, desde a avaliação que Foucault faz da figura de Sócrates em relação à polÃtica ateniense até seu diagnóstico da polÃtica contemporânea, essa revisitação tem sido conflitante, pelo menos quando se trata da constatação da maneira como as instituições polÃticas cuidam dos cidadãos. Esse conflito beira ao paradoxo, posto que, ao mesmo tempo em que a biopolÃtica afirma uma polÃtica da vida, no sentido de proporcionar seu cuidado, preservação, longevidade, observa-se também a atuação de uma polÃtica sobre a vida, enquanto vida controlada e submetida ao biopoder. Essa discrepância entre dispositivos discursivos e práticas efetivas demonstra uma ausência do cuidado da verdade, entendido aqui como coerência entre o que se diz e o que se faz. Enquanto desdobramento do cuidado de si, o cuidado da verdade pode ser interpretado como uma chave de leitura fundamental para o diagnóstico dos riscos e perigos que ameaçam recorrentemente a vida humana.
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Sob a inspiração de Bataille, Foucault propõe, em 1963, uma ontologia crÃtica fundada na ideia de transgressão. Esta não é nem uma atitude, nem um comportamento, e não pertence por conseguinte nem ao domÃnio da ética, nem ao da moral. Pelo contrário: a transgressão é um acontecimento do ser que ocorre nos limites do ser, acontecimento no qual esses limites são simultaneamente violados, revelados e abolidos. Vinte anos mais tarde, depois de seu regresso à antiguidade clássica, Foucault propõe uma outra ontologia crÃtica, que se apoia desta vez sobre a ética. Em ambos os casos, trata-se de pensar o ser e os limites. Porém, a transgressão despedaça o sujeito, ao passo que a ética o molda e o protege.