924 resultados para Literatura comparada - Brasileira e portuguesa - História e crítica


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A pesquisa visa estudar as três versões de O Crime do Padre Amaro (1875, 1876, 1880) pelo viés da religiosidade, do anticlericalismo, da política. Ao abrir a dissertação, apresentar-se-á um quadro sucinto do momento histórico em que a obra foi escrita. A obra de José Maria Eça de Queirós costuma ser dividida em três fases: o primeiro momento, dito romântico, das Prosas Bárbaras (1866-1867) e da primeira versão de O Crime do Padre Amaro (1875); o segundo momento, quando, atraído pelas teorias do realismo/naturalismo, escreve a segunda e a terceira versões do Crime do Padre Amaro (1876 e 1880) e o Primo Basílio (1878); e o terceiro, desligado de normas específicas, de O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A ilustre casa de Ramires (Póstumo, 1900) e A cidade e as serras (Póstumo, 1901). A história literária de O Crime do Padre Amaro inicia-se em 1875, e continua em duas outras edições, de 1876 e 1880. O objetivo do nosso estudo, ao revisitar as três versões de O Crime do Padre Amaro, é sobretudo analisar o processo de criação queirosiano na obra em tela, para, deste modo, identificar os pontos vitais que levaram o nosso autor a reescrevê-la duas vezes. Nossa hipótese maior de discussão para o problema levantado tem a ver com as teorias do realismo-naturalismo e com o anticlericalismo de Eça

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O misticismo na Idade Média pode ser entendido como uma prática de espiritualidade que confirma a legitimidade da experiência íntima do ser humano com a divindade e desempenha uma função importante neste período histórico: ser um modo para se alcançar a relação direta e individual com Deus, num momento em que a instituição religiosa buscava a uniformização da fé, extirpando muitas práticas heterodoxas (heresias). Todavia, a mística se impõe como uma evolução natural da espiritualidade cristã no medievo ocidental, que estava submergida na razão (teologia), possibilitando ao indivíduo uma expressão mais livre e sensível da fé. O Boosco Deleitoso, classificado por estudiosos como uma obra mística, expressa esta condição emotiva da fé. O objetivo deste estudo, portanto, concentra-se em observar a mística na referente obra portuguesa. Para isso, foi preciso sustentar este trabalho em dois alicerces: a história e a psicanálise. No primeiro momento, far-se-á um estudo da espiritualidade medieval e a evolução da mística neste ambiente sociopolítico; em seguida, será traçado pontos de identificação entre o Boosco Deleitoso e os autores e autoras da mística medieval. No segundo momento, a partir de um estudo sobre a mística sob o olhar da psicanálise, buscar-se-á fazer uma abordagem literária dos discursos místicos tendo em consideração as contribuições teóricas de Freud e Lacan sobre o assunto. O corpus desta pesquisa se encontra entre os capítulos 118 e 153 do Boosco Deleitoso, parcela da obra que perceptivelmente foi influenciada pela mística medieval

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A proposta desta tese é analisar a abordagem dos temas da morte, do morrer, da perda e do luto pela literatura infantil brasileira contemporânea. Com base em livros disponibilizados no mercado (lojas físicas e virtuais), portanto acessíveis ao público, busca compreender como a morte é narrada em seus textos e ilustrações, conjunto que, na literatura infantil, assume papel essencial. Nesta trajetória, faz-se igualmente necessária a reflexão sobre a concepção infantilizada da infância, que, na hipermodernidade, culmina na fragilização de sua autonomia e na noção equivocada, dentre outras, de que crianças não são capazes de vivenciar dores intensas e devem ser poupadas do contato com a morte. A abordagem dos livros de literatura infantil sobre a morte torna ainda imprescindível colocar em discussão as possibilidades que a literatura proporciona para a compreensão do homem diante deste evento no contexto histórico e social hipermoderno. Para tanto, o percurso escolhido desconstrói a noção vigente sobre a literatura, na qual é considerada como elemento ilustrativo, reconhecendo-a como importante recurso para as ciências humanas e sociais. Para além desta proposta, cabe ainda considerar a literatura não a partir de uma perspectiva utilitarista (o ler é importante), nem tão pouco como um recurso meramente terapêutico, mas como perspectiva de ressignificação de experiências de vida, de conhecimento do humano, de abertura para o outro e de inserção social e política. Num movimento recíproco, lemos e somos lidos pelos textos e pelas imagens; construímos nossas narrativas ao mesmo tempo em que elas nos constroem. Neste sentido, nosso momento histórico é uma folha em branco que traz em si o potencial de escrevermos as próximas linhas, páginas, capítulos... até o fim

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A proposta deste estudo é analisar o surgimento de uma nova manifestação do insólito ficcional no cenário literário francês novecentista, caracterizada pela incorporação insólita de eventos históricos. Em consonância com o questionamento pós-moderno sobre as limitações do discurso histórico tradicional, que pretendeu representar fielmente o passado, muitos romances insólitos publicados na França na segunda metade do século XX inseriram o referente histórico posicionando-o no mesmo grau de realidade que os fenômenos insólitos narrados. Levando em conta o quadro geral da pós-modernidade, pretendemos analisar a confluência entre elementos insólitos e referências históricas em Le Livre des Nuits, de Sylvie Germain, publicado em 1984. Tal romance, caracterizado pela fusão entre o ordinário e o extraordinário, apresenta eventos históricos, como a guerra franco-prussiana e as grandes guerras mundiais, que provocam reações sobrenaturais nos personagens. Utilizando a noção de metaficção historiográfica proposta por Linda Hutcheon, analisaremos a incorporação de eventos do passado em Le Livre des Nuits, não como dados históricos, mas como elementos ficcionais que integram a realidade mágica e plural do romance. Esta dissertação visa identificar como os elementos insólitos atribuem uma dimensão sócio-histórica aos personagens, analisando os procedimentos textuais que viabilizam a coexistência entre o real e o irreal no universo romanesco. Para um estudo mais aprofundado dos protocolos narrativos que compõem nosso objeto de estudo, examinaremos também outros romances publicados no mesmo período, como Moi, Tituba, Sorcière... de Maryse Condé e La Sorcière de Marie Ndiaye, que apresentam uma caracterização similar das manifestações insólitas, que se integram harmoniosamente à realidade histórica dos personagens

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A presente dissertação tem como objetivo analisar o romance de sensação, gênero da literatura popular, que fez muito sucesso e alcançou tiragens significativas no Rio de Janeiro da virada do século XIX. Com isso, busca-se contribuir para a compreensão da circulação cultural entre romances canônicos e populares, tema ainda pouco estudado pela literatura acadêmica. O romance de sensação será abordado, nos capítulos um e dois, no contexto do processo de modernização do Rio de Janeiro no século XIX que faz com que ele ganhe força enquanto produto estético da vida urbana frenética capaz de produzir sensações diversas a partir de elementos como as transformações do espaço, as novas tecnologias, uma nova forma de viver, bem como pela criminalização, pelo medo, pela fascinação pelo terrível e pela mistura entre ficção e notícia. Argumenta-se, ainda, que este tipo de romance terá seu desenvolvimento propiciado por elementos como o barateamento do livro, uma linguagem jornalística e sensacionalista e adequações estruturais que teriam viabilizado um aumento do público leitor e consumidor. Por fim, no terceiro capítulo, analisamos o romance Os estranguladores do Rio ou o crime da Rua Carioca. Romance sensacional do Rio oculto, do autor Abílio Soares Pinheiro, onde podemos observar as características dessas narrativas de caráter popular, que dialogam com textos jornalísticos e científicos, com estruturas de sedução e composição do folhetim, com audaciosas temáticas que incorporam o submundo da pobreza e do mundo criminoso, ambos marcados pela violência, sangue e sexo.

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Algunos criticos como Croce defendieron la originalidad y la individualidad de toda obra literaria basandose en que se trataba de algo unico, irrepetible y por tanto siempre al margen de cualquier catalogacion (cfr. Croce 1946). Por supuesto, esta vision implicaba un rechazo directo hacia los rotulos y la causa generacional, que segun el prof. Pires de Aguiar e Silva podian sugerir, bien implicando, una buena dosis de imprecision (cfr. Aguiar e Silva 1990: 243). Sin embargo, desde un punto de vista eminentemente sociologico hemos de tener en cuenta que cada escritor o escritora puede considerarse como producto de un tiempo y un pensamiento determinados, lo cual permite su inclusion en un proyecto comun que lo delata, la delata, como miembro de una comunidad precisa y concreta, de una epoca determinada y, por supuesto, de un espacio y un momento claramente definidos. Es asi como, aludiendo a Godzich, que ha criticado la ceguera de la historiografia literaria ante una realidad tan compleja como el manifiesto (cfr. Godzich 1986: 8-9), podriamos apostar en el mismo sentido por la vena periodologica en semejante clave historiografica

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Análisis de la incorporación progresiva de la mujer en el mundo de la producción y del consumo cultural, en especial al mundo de la escritura y la lectura literaria. El incremento incesante de autores y, paralelamente, de público femenino ha constituido uno de los fenómenos más remarcables de la literatura de los tiempos modernos, fundamental para comprender la realidad de la sociedad occidental.

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Definir los principios teóricos de la estructura literaria que hagan posible su enseñanza de forma sistemática y progresiva y estructurar su práctica con ayuda de todas aquellas actitudes didácticas, ideológicas, estéticas o pragmáticas adecuadas. La enseñanza de la estructura literaria a personas de trempana edad. Principios estructurales de la Literatura: marco teórico y historia. Pautas generales de la práctica. Elementos: poesía, narración, cine. Bibliografía. Se pone de manifiesto la necesidad, tanto de un sistema en el entendimiento y en la enseñanza de la Literatura, como del estudio progresivo y continuo de su estructura. El estudio de la Literatura no depende de los programas ministeriales, libros de textos imprescindibles, sino de la lectura de historias y poemas. Debemos considerar seriamente la enseñanza de la Literatura desde la más temprana edad hasta la universidad como parte de la formación humana y educativa.

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Reivindicación de la utilidad de la enseñanza de la Literatura para la formación ética e intelectual de los ciudadanos. Se rechaza la teoría de la deconstrucción porque ha contribuido al desprestigio de la Literatura, al vaciarla de contenido. Se defiende la enseñanza de la Literatura comparada, que fomenta el relativismo cultural e ideológico pero sin llegar a la destrucción de la herencia tradicional.

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Se presenta la génesis, secuenciación y gradación de dos modelos de unidades didácticas que ayude a los profesores en su ejercicio, y a elaborar y llevar a la práctica, en sus aulas de Reforma Educativa, unidades didácticas diseñadas por ellos mismos. Los modelos son: el modelo sobre la sátira irónica y el modelo sobre las interrelaciones literarias, visuales y musicales.

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Se examinan algunas prácticas textuales literarias latinoamericanas, caracterizadas por presentar visiones profundas de los sujetos humanos y la naturaleza. Se indaga en ellas tanto las relaciones de los sujetos con su medio y la presencia de una conciencia ecológica activa, como la plasmación discursiva de un imaginario vinculado a esa conciencia relacional: la plasmación de vivencias de profunda integración del ser humano con el cosmos. Se indaga tanto los referentes ambientales como la articulación de elementos de la naturaleza en tanto expresión de los sujetos textuales.Todo en el marco de los procesos de globalización y la defensa de los valores culturales regionales.

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O item não apresenta o texto completo, para aquisição do livro na íntegra você poderá acessar a Editora da UFSCar por meio do link: www.editora.ufscar.br

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O texto parte da recente valorização da origem brasileira de Julia Mann, a matriarca da célebre família de escritores alemães, para discutir o tema da nacionalidade associado às categorias de gênero e raça. Discutimos a historicidade de categorias sociais e como estas determinam a auto-compreensão dos indivíduos. A sociedade alemã do século XIX caracterizou Julia como brasileira e, apesar do estigma que isto representava, ela utilizou-se desta origem exótica como forma de autocompreensão e resistência.