115 resultados para Letrado pícaro
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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O trabalho busca analisar a apropriação que dois romances históricos brasileiros contemporâneos fazem dos mitos literários hispânicos do pícaro e de Dom Juan: O Chalaça (1994), de José Roberto Torero e O feitiço da ilha do Pavão (1997), de João Ubaldo Ribeiro. Segundo o autor, ambos privilegiam uma releitura crítica da história oficial, especialmente por meio de recursos como a carnavalização, a ironia, a intertextualidade e a metaficção. Na abordagem do romance de Torero, o autor discute as relações que o livro estabelece com a picaresca espanhola clássica, a partir de um jogo de máscaras e níveis narrativos, uma maneira engenhosa de fazer reemergir um personagem (o Chalaça) que teve grande importância política no Primeiro Reinado, mas foi soterrado pela história oficial como um mero alcoviteiro a serviço de Dom Pedro I. No romance de João Ubaldo Ribeiro, é posto em debate o processo pelo qual o texto, ao dialogar com as narrativas do realismo mágico, reitera o mito de Dom Juan em uma imaginária ilha do Pavão, localizada no Recôncavo Baiano e eivada de conflitos entre o grupo principal de personagens (e seus ideais de liberdade e igualdade) e as instituições oficiais no período colonial, como a Igreja e o Estado, que tentam impor as mais diversas formas de dominação. Para o autor, esses dois romances, além de se aproximarem pela via da apropriação mítica e da intertextualidade, ainda utilizam anti-heróis como referências de um espaço social excêntrico, contrário às normas instituídas, o que também iria ao encontro de aspectos mais tipicamente desconstrucionistas do romance histórico contemporâneo
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This research aimed at studying the social role of reading, its importance in building knowledge and training of readers, as well as reflect on the teaching of reading in schools, with children in the literacy process. For their achievement, were used as theoretical support authors who are dedicated to the study of language, thematic reading, and phenomena that occur through it in the school environment, especially those of Bakhtin, Kleiman, Chartier, Foucambert, among others . The research was carried out using the approach of qualitative research, using participatory action research, through which the researcher could have direct contact with the observed phenomena, to participate and collect the participants' actions in its natural context, the from their perspective and their views. As for collecting and analyzing data, we used the tools of questionnaire, interview and participant observation. Its subjects a literacy class and their respective teacher, in 2009. By analyzing this information, one can draw a picture of reading in the school environment and teaching practices that surround this object. The results of the literature survey and data analysis suggest that reading is a social practice, and as such has indispensable social function in society today. And the school, one of the greatest instruments of contact with the world of letters, therefore, of reading for children means not literate, have key role in developing and training of readers who are aware of the importance of reading and perpetuate this practice in their daily lives. Similarly, subjects of research, have achieved an advanced level of literacy and understand the social role of reading and its importance to live in society, in which they belong
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Pós-graduação em Televisão Digital: Informação e Conhecimento - FAAC
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This article is based on the results of an experience with training undergraduate and postgraduate communication students for media education. The activities were founded on the theory and practice proposed by British researchers. It was found that many participants held a fragmented knowledge on the subject, permeated by theoretical and mainly methodological doubts.
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O escritor Dalcídio Jurandir (1909-1979) teve uma longa e profícua produção literária, da qual resultou em dez romances de ambientação amazônica e um – Linha do Parque –de orientação comunista. Entretanto, seu contato com o universo letrado não se restringiu a sua criação ficcional, o escritor exerceu intensa atividade na imprensa de modo geral e na imprensa comunista de modo particular. Essa última, em razão de seu envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o qual foi substancial para a fundamentação do pensamento dalcidiano, tanto no que se refere ao modo enxergar a realidade e o seu funcionamento, quanto ao direcionamento da sua criação artística. Dois importantes periódicos para os quais Dalcídio colaborou nas cidades em que residiu foram O Estado do Pará e Diretrizes, ambos de orientações políticas esquerdistas, embora não organicamente ligados ao PCB. Nesses dois periódicos, é possível termos contanto com outra face do romancista, que além de compor seus romances, aventurou-se pelo caminho das crônicas. Dessa forma, objetivamos, com este trabalho, fazer um estudo dessas crônicas, nos dois jornais, entre os anos de 1937 a 1944, a fim de divulgar esses textos cronísticos do escritor marajoara e de compreender como ele se comportou na criação de outro gênero literário.
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Depois das "palavras em liberdade" de Pauliceia desvairada, Mário de Andrade inaugurou, nos anos de 1920, uma nova fase de sua obra literária, que correspondia a uma reorientação do próprio Modernismo brasileiro: a busca da "contribuição milionária de todos os erros" (Oswald de Andrade, "Manifesto Pau Brasil"). Contra as regras da gramática e do discurso letrado, procurava-se imitar a "língua errada do povo". No caso de Mário de Andrade, o desejo de estilizar a fala popular resultou no projeto da Gramatiquinha da Língua Brasileira, que tinha no chamado dialeto caipira uma de suas inspirações. O diálogo com a cultura caipira ocorre em momentos centrais da sua produção literária: Macunaíma, Clã do jabuti, Os contos de Belazarte. Estudando a pintura de Tarsila do Amaral, Mário dirá que a sua brasilidade consiste no "caipirismo" das cores e das formas; algo que também se aplica, e mais radicalmente, à literatura cada vez mais enraizada de Mário de Andrade, na qual os "erros" de linguagem e a presença de personagens caipiras ou selvagens figuram o deslocamento do Brasil e o do próprio escritor em relação ao processo de modernização.
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El juguete rabioso (1926), la primera novela de Roberto Artl, es una voz incisiva sobre la vida de los jóvenes marginales en la década del 20. Nuestro enfoque, centrado en lo literario y antropológico, quiere acercar una visión de conjunto que permita una comprensión integrada del hombre y las ocultas motivaciones que orientan sus conductas. La obra se apoya en lo confesional y en la autocrítica de índole expresionista y existencial, de allí su auténtica fuerza discursiva. Sin despegarse del referente histórico-social porteño, Arlt articula en cuatro capítulos, que siguen una primera línea de “novela de aprendizaje", el itinerario de la búsqueda del propio centro del protagonista de la novela. El adolescente Silvio Astier, “pícaro urbano", a quien la educación sistemática le ha sido negada, enfrenta el orden establecido iniciándose en el robo en una escuela. Prosigue luego, en su primer trabajo en una librería de viejo, quemando el establecimiento porque considera “esos libros" y las personas que los usan, una degradación del ideal por él concebido. Despedido de la Escuela Militar deambula por los barrios de Buenos Aires hasta llegar al suicidio que resulta frustrado. Finalmente, con un acto de delación, concluye este periplo iniciático que comprende sus fracasados ingresos en los sistemas sociales vigentes: estudio, trabajo. Rebeldía, angustia, autoagresiones y autocríticas, sueños, reflexiones y también poesía, son la urdimbre de este relato convocante de Roberto Arlt. El joven protagonista responderá a las sucesivas humillaciones de su entorno con conductas contradictorias que oscilan entre la profunda tristeza y los impulsos autodestructores y aniquiladores. Este personaje asumirá otros nombres en la novelística posterior de Roberto Arlt, pero no podrá desprenderse de los impulsos automutilantes y de los estallidos agresivos.
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La trayectoria como escritor público de Domingo Faustino Sarmiento, particularmente en su etapa chilena (1842-1852), resulta ejemplar en varios sentidos para indagar los procesos por los cuales un redactor de periódicos ?figura dominante del mundo letrado de la época- llegaba, o podía llegar, a convertirse en autor literario. Uno de esos sentidos está representado por la singular implicancia entre escritura y prensa periódica, entre demandas de lectura y construcción de autoría. Siguiendo esa lógica, nos proponemos en este trabajo observar ambas caras de la misma moneda: por un lado, los recursos empleados por Sarmiento para lograr un lugar en el mundillo letrado de la época, por el otro las técnicas, formatos y modalidades de la prensa que delimitaron o determinaron esos recursos
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En este trabajo analizo los manuscritos inéditos (hasta hace dos años) de Jacinto Ventura de Molina (1766-c.1837), un letrado afrodescendiente que escribió entre 1817 y 1837. En la primera parte presento su caso en relación al concepto de ciudad letrada de Angel Rama. Luego analizo las "tretas del débil" (Ludmer) que Molina utilizó para acumular su capital cultural a través de estrategias similares a las utilizadas por otros afrodescendientes. El resultado de ambas prácticas es diferente pero ambas muestran cómo a partir de un concepto de ciudad letrada menos rígido se puede dar cuenta de lugares de enunciación intermedios o liminares, establecer tránsitos entre opuestos (lo culto, lo popular, oralidad, escritura, entre otros) y dar una mayor densidad a nuestras explicaciones sociales de lo literario
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Uno de los aspectos que caracterizaron al régimen liberal instaurado en España en 1810, y que proveyó un sustento ideológico fundamental a las elites criollas que encabezaron las guerras de Independencia en Hispanoamérica, fue la apelación al sistema de publicidad frente al secreto del régimen absolutista y, consecuentemente, a la figura de la 'opinión pública' como novedosa instancia de legitimidad pública. En ese marco, la creciente publicación de impresos periódicos contribuyó a perfilar una nueva concepción del espacio público, reflejada en los modernos parámetros del Estado-nación. Concluido el ciclo de las guerras de Independencia, la figura de la 'opinión pública' se expandió en Hispanoamérica e hizo visibles los proyectos literarios de las nuevas élites letradas, constituyendo un fenómeno peculiar en el lento proceso de institucionalización (y secularización) de la cultura letrada. Este trabajo se propone examinar el problema de la autoría literaria y sus vinculaciones con la nueva legitimidad pública a partir de una revisión teórica e historiográfica de las funciones de la prensa, el mercado y el campo letrado durante el siglo XIX en Sudamérica
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La primera parte del Guzmán despliega una serie de imágenes de lectura y escritura que se implican mutuamente. El narrador es consciente de los procesos de producción y recepción de la obra y proyecta diversos estratos significativos para diversos tipos de lectores. La lectura profunda, se presenta como un trabajo arduo y activo, que requiere de la experiencia del camino que el propio texto brinda con un estilo ambiguo y desarticulador. Las figuras surgen como metáforas del proceso de escritura ?bosquejo, matiz, literalidad? y piden una mirada atenta que pueda trabajar completándolas y descubriéndolas. La operación básica es la de discernir: si el pícaro reconfigura su pasado en una autobiografía; el lector debe reconsiderar esa materia textual para que surja de ella una figura que explique las problemáticas sociales en su conjunto. Por ello es esencial desarmar el discurso de la lógica escolástica mostrando siempre un origen que se escapa, que se difumina, que es fragmentario y episódico. Sobre él debe fraguar el lector su síntesis. De ella, deberá surgir el escrúpulo que avale el proyecto didáctico de construir el "bien común". En este sentido, el texto sí es un comienzo, una palabra y una acción que sueñan expandirse como las ondas concéntricas de una piedra en el agua.
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A partir de un discurso anclado en la necesidad de modernización cultural e institucional, el campo letrado de la primera mitad del siglo XIX establece nuevas formas de intervención pública en procura de captar (y mediar con) los diversos intereses del público lector. Las nuevas promociones letradas intentan llevar adelante esa tarea en los intersticios dejados por la prensa política y doctrinaria, reformulando su relación con el espacio público, y apelando a una serie de géneros menores (crónicas de moda, artículos satíricos, relatos de costumbres) que dialogan con las formas emergentes del mercado, la lógica del consumo, los temas "banales", etc. Ese nuevo emplazamiento permite revisar los modos en que la élite letrada diagramó sus proyectos literarios, culturales y políticos en el marco de las publicaciones periódicas de la primera mitad del siglo XIX.
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Esta tesis aborda los cambios y las continuidades en la administración de la Justicia de Paz en la provincia de Buenos Aires desde mediados del siglo XIX hasta mediados del siglo XX, desde un análisis de múltiples escalas, combinando la indagación de la dimensión estatal y las prácticas de los sujetos a través del estudio de un juzgado puntual. Para ello se propone, por un lado, reconocer los cambios que, en el marco normativo, definieron la forma institucional de la Justicia de Paz a nivel provincial, incursionando en los debates que se dieron al interior del mundo letrado respecto de las jurisdicciones de esta Justicia, sus atribuciones, las características de los procedimientos, en un camino que iba orientado a la especialización judicial. En este sentido, se pone el acento en las indefiniciones y vaivenes en esta política, así como en el entramado del complejo institucional provincial que se fue construyendo y que definió estas múltiples especializaciones. Por el otro lado, se aborda la experiencia concreta de un Juzgado de Paz -el de Tres Arroyos-, en el contexto de la expansión de la frontera en el sur de la provincia de Buenos Aires, entre 1865 y 1935, donde los cambios contextuales definieron las formas en que esas normativas y debates genéricos se enmarcaron localmente. De esta manera, se estudia quiénes fueron los jueces que encarnaron la institución, qué lógicas guiaron su designación, cómo se conformó la cultura judicial de estos jueces legos y cuál fue su accionar concreto en términos de las actividades que realizaron desde el Juzgado de Paz, tanto en funciones de gobierno, como, especialmente, de administración de justicia. En este sentido, se aborda el archivo completo del Juzgado de Paz de Tres Arroyos desde múltiples enfoques teóricos y metodológicos, de manera tal de tener una lectura de las prácticas judicializadas entre 1865-1935. Con ese objetivo, se diferencian los motivos de judicialización del fuero civil y correccional/criminal y se profundiza en este último, para analizar la lectura que, sobre esa criminalidad, realizaron los sujetos que tuvieron a su cargo el juzgado, resaltando, a su vez, la presencia de múltiples actores institucionales que definieron la forma de administrar justicia. En síntesis, esta tesis propone tanto un análisis de la forma de administración de Justicia de Paz localizada, como el de las formas institucionales, a través de una triangulación metodológica de múltiples enfoques cuanti y cualitativos.
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El presente trabajo analiza la trayectoria como letrado de Jacinto Ventura de Molina (1766-c.1841), un afrodescendiente libre que escribió cartas, memoriales, oraciones y documentos jurídicos sobre diversas materias durante la primera mitad del siglo XIX en Montevideo. Es tal vez el único caso de un escritor afrodescendiente en ese período en el Río de la Plata. El objetivo de este trabajo es proporcionar una descripción densa de su acción en un período de grandes transformaciones, ubicado entre fines del siglo XVIII y las primeras décadas del XIX, en el que cae la dominación colonial española, se dan las guerras por la independencia y se instituye el Estado- nación. En tal sentido procuraré exhibir las tramas de significación que explican a Molina, el proceso de aculturación y alfabetización del que fue objeto, la red de relaciones que fue tejiendo en Montevideo, las dificultades de tomar la palabra en una sociedad racista, su lugar en la cultura letrada montevideana, las implicancias de escribir su propia historia y de asumir la representación colectiva de otros afrodescendientes. En el primer capítulo "Jacinto Ventura de Molina en la ciudad letrada (1766-1837)" reconstruyo la trayectoria letrada de Molina desde la perspectiva del actor y a través de sus manuscritos contrastándola con otra documentación y con la bibliografía sobre el período. Como un ejercicio de microhistoria, a la manera de Carlo Ginzburg, pretendo estudiar a los letrados montevideanos, los modos de circulación de sus textos, la publicación, la educación formal e informal, las reglas de inclusión/exclusión del grupo a través de la perspectiva de un sujeto marginal que la historia dejó a un lado. En el segundo capítulo, "Cultura letrada y etnicidad en el siglo XIX rioplatense", discuto el concepto de ciudad letrada de Angel Rama como modelo teórico para entender al letrado como sujeto y sus relaciones con el poder en América Latina. Propongo a su vez ciertos ajustes al modelo y su sustitución por el concepto de cultura letrada a partir de las distintas críticas que el texto ha recibido desde su publicación en 1984. En los dos capítulos siguientes abordo dos aspectos específicos de los manuscritos. En el capítulo "Escribir «yo»: mimesis y autobiografía", analizo el resultado de asumir la palabra escrita y construir un "yo" a partir de la experiencia de ser un hombre negro en una sociedad racista, la importancia de la mimesis con la cultura de los blancos como estrategia básica para construir un yo y las implicancias de este dispositivo mimético en el caso de Molina (Ramos, 1996). Este capítulo se complementa con una perspectiva comparada sobre las autobiografías de esclavos tanto en el ámbito hispanoamericano como en el anglosajón. En el capítulo "Intermediar, representar: Jacinto Ventura de Molina entre esclavos", estudio la dimensión colectiva de la resistencia de los africanos y sus descendientes en Uruguay y la posición fronteriza que Molina ocupó entre los colectivos de afrodescendientes y el Estado. El trabajo reconstruye el punto de vista de Jacinto Ventura de Molina en la cultura letrada del siglo XIX a través de una perspeciva étnico-racial poco o nada explorada en la historia, la crítica y la teoría de la literatura uruguaya. Creo que su caso permite describir otras posiciones liminares en América Latina y proporcionar herramientas para comprender las posibilidades emancipatorias que la escritura y el accionar colectivo ofrecen a los sujetos subalternos en contextos hostiles como la primera mitad del siglo XIX