952 resultados para Judith Butler


Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

A partir da interface entre psicanálise e cultura, este trabalho tem como objetivo analisar o debate contemporâneo acerca das noções psicanalíticas de alteridade e diferença sexual, instaurado pelos deslocamentos ocorridos no campo da sexualidade e pelos desafios que estes impõem à psicanálise. Para isso, propõe-se, em um primeiro momento, examinar a teoria freudiana sobre a diferença sexual, o que é realizado principalmente a partir das formulações acerca da sexualidade feminina. Como a construção do complexo de Édipo apresenta-se como uma tentativa de dar conta da constituição da identidade sexual e da diferença no processo de subjetivação, traça-se o trajeto do autor desde as primeiras menções ao Édipo até o encontro com o impasse do feminino, passando pela teoria das identificações como mecanismo privilegiado de assunção sexual. Em seguida, investiga-se o pensamento de Lacan em relação ao tema da diferença sexual, desde o seu retorno ao complexo de Édipo e a sua estruturação em termos de linguagem até as propostas apresentadas em seu último ensino, em que sublinha o aspecto real da sexuação assim como se valoriza a diferença sexual em termos de gozo. Finalmente, tendo como pano de fundo a nova cartografia das sexualidades, e como fio condutor, o diálogo travado entre Judith Butler e Slavoj iek, considera-se em que medida a psicanálise baseia a constituição da alteridade no modelo binário e hierárquico da divisão sexual, contribuindo para a manutenção normativa do sistema sexo-gênero ou em que medida a teoria psicanalítica proporciona um deslocamento da alteridade do modelo de diferença sexual, contribuindo para a sua compreensão enquanto indeterminação e contingência.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

As práticas discursivas que constituem e sustentam as concepções de sexo e de sexualidade nas sociedades contemporâneas são fortemente arraigadas no discurso normalizado e normalizador segundo o qual há apenas dois sexos que se evidenciam em corpos masculinos ou femininos, naturalmente distintos biológica e fisionomicamente e reconhecíveis em modos de ser diversos - mas perfeitamente identificáveis com o sexo biológico (nascer com pênis/nascer com vagina). Esse sistema dicotômico afirmou por muitos anos uma concepção inequívoca de o que é e como ser homem ou mulher; restringiu os corpos a uma performance estereotipada de masculinidade e de feminilidade; conformou os discursos sobre gênero e sexo e naturalizou a heterossexualidade. Entretanto, o sistema binário no qual se funda a heterossexualidade encontra fissuras ante as identidades sexuais e de gênero que ora se evidenciam e desestabilizam a (hetero)sexualidade normativa. Sustentadas pela teoria queer e por autores como Judith Butler, Michel Foucault e Beatriz Preciado, minhas discussões nesta tese focalizam as repercussões e marcas dos discursos escolares na produção de corpos, gêneros e sexualidades de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros LGBT. Interessa indagar, a partir das narrativas desses sujeitos, as formas como as sexualidades têm sido trabalhadas como conteúdo escolar e discutir os possíveis efeitos das práticas escolares na constituição das sexualidades LGBT. Como constituir-se como sujeito fora da norma em um espaço-tempo altamente regulado como o currículo escolar? Busco evidenciar que, mesmo às margens dos discursos socialmente legitimados que circulam na escola, cuja pretensão é manter a hegemonia da história universal onde apenas alguns sujeitos são inscritos e reconhecidos como inteligíveis, os sujeitos LGBT produzem suas histórias e criam modos de vida. Minhas contribuições ao debate do tema se referem à possibilidade de desconstrução dos discursos predominantes no espaço-tempo da escola que enfatizam as concepções naturalizadas de sexo, de gênero e de sexualidade. Neste sentido acentuo a necessidade de novas/outras abordagens que incluam todas as sexualidades no espaço de inteligibilidade habitado pela norma heterossexual e apontar indícios de como os discursos predominantes contribuem para a manutenção da heteronormatividade e do heterossexismo. As narrativas dos sujeitos LGBT apontam a necessidade de repensar as práticas escolares, visando desconstruir concepções naturalizadas em torno da vivência da sexualidade e avançar das políticas de tolerância para uma política da diferença na qual a concepção do que é ser humano esteja sempre em aberto.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Esta dissertação está inserida no campo epistemológico do currículo e tem por objetivo analisar o contexto de produção dos documentos curriculares do Curso de Extensão em Diversidade Sexual e Identidades de Gênero, considerando o currículo como espaço-tempo de fronteira e enunciação que possibilita a criação e recriação dos diferentes sentidos fixados nos seus textos. O trabalho é desenvolvido visando a discussão de três questões-problema: (a) quais sentidos de sexo, gênero, identidade e diferença são propostos nos documentos curriculares em questão? (b) de que modo esses sentidos são afirmados nos documentos que orientam o curso? (c) quais concepções de currículo estão expressas nos documentos e entrevistas em análise? Para isso, apresenta interações teóricas, principalmente, com os estudos de Elizabeth Macedo, Guacira Louro, Judith Butler e Stuart Hall. Além de análise documental, considerando os diferentes documentos curriculares do curso, foram realizadas entrevistas com sujeitos envolvidos na construção desse currículo. Entre outros aspectos, concluiu, contingencialmente, que o documento hibridizou discursos enunciados vinculados à biologilização dos corpos, as reivindicações identitárias dos movimentos sociais e às perspectivas teóricas que discutem o pós-estruturalismo

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

O presente trabalho teve por objetivo investigar de quais maneiras o professor-homem é enunciado e se autoenuncia a partir do dispositivo da sexualidade no magistério das séries iniciais e na educação infantil. Para compreender essa questão, foram utilizados textos virtuais publicados na web com a temática de homens no magistério e uma comunidade virtual composta por professores-homens e estudantes de Pedagogia do site de relacionamentos Orkut. Partindo do conceito de Auto-reflexão (Sobreira, 2006) e tendo por fundamentação teórica Michel Foucault e Gilles Deleuze, a pesquisa procurou compreender como a sexualidade, enquanto um dispositivo, produz os professores-homens a partir da teoria de Performance (Judith Butler) e recorrendo a uma análise crítica e multimodal dos discursos (Moita Lopes, 2009). A pesquisa constatou que tanto os discursos jornalísticos quanto os discursos de estudantes e professores na comunidade virtual revelam que esses sujeitos são produzidos para culturas masculinas hegemônicas. Essa questão também fica evidente mesmo quando alguns enunciados de professores-homens e estudantes tentam romper com as dificuldades e preconceitos por estarem em uma área profissional considerada feminina.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Os estudos para a realização da presente dissertação estão contextualizados no campo epistemológico do currículo e pretenderam abordar questões relativas ao gênero, no contexto da prática. Para tanto, foi considerada a perspectiva de Elizabeth Macedo, que entende o currículo como espaço-tempo de fronteira e enunciação de sentidos. A pesquisa buscou destacar que sentidos de sexo, gênero e identidades são atribuídos e se mostram na prática curricular de profissionais que trabalham no segundo segmento do Ensino Fundamental (8 e 9 anos) em uma escola privada de ensino regular localizada no município do Rio de Janeiro, que anuncia um posicionamento não sexista no seu projeto político-pedagógico. A análise se propôs a mostrar caminhos de construção e desconstrução de concepções que tentam fixar identidades de gênero, acreditando na fragilidade dessas fixações, por considerar que as identidades estão em constante processo de fluidez. Para aprofundar a reflexão, além da interlocução com a teórica com o campo do currículo, o trabalho contou com os estudos queer para tratar sobre questões de gênero e processos de identificação, principalmente com Judith Butler e Guacira Lopes Louro. O corpus empírico da pesquisa é constituído por entrevistas semi-estruturadas realizadas com profissionais da escola (professores e gestores). As falas dos entrevistados apontaram para a dificuldade de se trabalhar as questões de gênero, mas, ao mesmo tempo, indicaram movimentos de desnaturalização das identidades de gênero, destacando a heteronormatividade e considerando diferentes maneiras de viver as sexualidades. O estudo pretendeu abrir caminhos para que as diferenças de gênero não sejam limitadas a esquemas binários que pretendem operar a partir de oposições dicotômicas fixas, mas, sim, que se movimentam de acordo com os deslocamentos dos inúmeros processos contingentes de diferenciação, produzindo identificações provisórias.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Os estudos para a realização desta dissertação estão contextualizados no campo epistemológico do currículo e pretenderam problematizar questões relativas a gênero e sexualidade no contexto da prática curricular, considerando a perspectiva de Elizabeth Macedo, que entende o currículo como espaço-tempo de fronteira e enunciação de sentidos. A pesquisa buscou problematizar os significados sobre sexualidade, gênero e identidades atribuídos às performances das/os alunas/os considerados rompentes da heteronormatividade, que revelam indícios de homofobia no cotidiano do segundo segmento do Ensino Fundamental de uma escola do município do Rio de Janeiro. As análises revelam que as produções discursivas de professoras/es, gestoras/es e alunas/os sobre as/os alunas/os que rompem com aquilo que se instituiu como a normatividade de gênero estão carregadas de significações culturais em disputa, sendo, portanto, instáveis e ambíguas. O silenciamento é considerado também neste texto como um elemento auxiliar de produções homofóbicas. Auxiliaram nestas análises os estudos culturais e a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe. É importante, entretanto, frisar que práticas curriculares que atuam no campo do combate à homofobia na escola também foram observadas. O texto é também influenciado pelos estudos queer, e se propôs a questionar as concepções que tentam fixar identidades sexuais e de gênero. Esse questionamento leva em consideração que as identidades estão em constante processo de fluidez. Essa reflexão foi aprofundada a partir dos estudos de Judith Butler e Guacira Lopes Louro, além de outros representantes da Teoria Queer, em interlocução com o campo do currículo. Este estudo pretendeu demonstrar que as diferenças de gênero e sexualidade não devem ficar limitadas a esquemas binários operados a partir de oposições dicotômicas fixas. Os sentidos produzidos a partir das diferenças devem ser entendidos enquanto movimentos provisórios de identificação. São processos contingentes produzindo identificações provisórias. Entendendo que há uma necessidade ampliar estudos no que concerne às questões de gênero e sexualidade, esta pesquisa aponta para a perspectiva pós-identitária como ação efetiva no combate à homofobia.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Dada a persistente restrição da presença feminina em diferentes espaços-tempos das sociedades contemporâneas, desenvolvemos esta pesquisa com o objetivo de discutir os significados atribuídos ao feminino em materiais didáticos da atualidade. Partindo da hipótese de que a educação escolar, embora não determine, participa dos processos sociais que resultam em tal quadro de subalternização da mulher, focalizamos as apostilas utilizadas pelos anos finais do ensino fundamental das escolas públicas da rede da Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro, durante o ano de 2013. Foram selecionadas as apostilas das disciplinas Ciência, História e Matemática. Desenvolvemos também estudo sobre a apropriação da noção de gênero na produção acadêmica recente da pesquisa em Educação, de modo a mapear e discutir sobre esta outra importante instância de atribuição de sentido ao ser mulher. Em diálogo com o filósofo Jacques Derrida e suas teorizações sobre os processos sociais de construção de sentidos, nossas análises se basearam no entendimento de que as palavras possuem significados instáveis, provisórios e precários, instituídos de modo relacional e diferencial. Com as teorizações de Joan Scott e Judith Butler, trazemos as proposições de Derrida para pensar os mecanismos de produção do feminino no social, através do conceito de gênero e da noção de identidade performativa. Entre os resultados construídos, está a invisibilidade que a história das mulheres apresenta no material de História, a naturalização de funções apresentadas como femininas nas apostilas de Ciência e a reprodução de concepções tradicionais sobre o lugar de meninas e meninos no corpus de Matemática. Mas concluímos também que os materiais didáticos pesquisados já possuem concepções menos sexistas na forma de significar o feminino, observando-se deslocamentos que sugerem certa hibridação. Porém, esses deslocamentos são inseridos nos textos de forma tímida, fazendo com que os postulados com maior poder de iteração sejam aqueles que ainda reproduzem velhas formas de ser mulher e de ser homem, podendo reforçar os estereótipos de gênero, caso não haja acesso a informações que se contraponham às encontradas.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

The watershed constituted by the historical novels of Leonardo Sciascia (1921- 1989), Vincenzo Consolo (1933-2012) and Andrea Camilleri (born 1925), are starting points for analysing subsequent writings of history in Sicily, particularly those that deal with the hermeneutical function of literature as a means of critically reading official historiography. Nevertheless, whereas ample critical attention has been paid to male writers, whose work is deemed ‘mainstream’, there has been insufficient analysis of the role of female authors in relation to literary representations of Sicilian history. By considering the distinctiveness of the Sicilian literary tradition, the thesis identifies a series of transformations of the genre which have occurred in recent years within the context of feminine writing, and examines the historical narratives of contemporary Sicilian writers Maria Attanasio, Silvana La Spina and Maria Rosa Cutrufelli produced between 1990 and 2007. The study problematizes the lack of critical debate about feminine narratives in Sicily, and places these works in relation to developments in gender and genre theory, focusing particularly on Margherita Ganeri’s studies on the historical genre and the canon. After an introductory chapter which argues the case for examining Sicilian female historical fiction as a distinct literary practice, the subsequent chapters feature textual analyses of each author’s main historical fiction works, supporting the reading of the texts with theoretical readings, including the micro-history of Carlo Ginzburg, the écriture féminine of Hélène Cixous, the abjection theory of Julia Kristeva, the theoretical propositions on “experience” by Joan Wallach Scott and Teresa De Lauretis, and the theory of gender as performance proposed by Judith Butler. The analyses underline the importance of the authors’ distinct feminine perspective over Sicilian history and ultimately suggest that the three writers represent significant examples of a “nomadic writing” to be placed outside the Sicilian male literary tradition.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

What role do organizations play in writing history? In this paper, I address the part played by organizations in the enactment of large-scale violence, and focus on the ways in which the resulting histories come to be written. Drawing on the case of Ireland's industrial schools, I demonstrate how such accounts can act to serve the interests of those in power, effectively silencing and marginalizing weaker people. A theoretical lens that draws on ideas from Walter Benjamin and Judith Butler is helpful in understanding this; the concept of 'affective disruption' enables an exploration of how people's experiences of organizational violence can be reclaimed from the past, and protected in a continuous remembrance. Overall, this paper contributes a new perspective on the writing of organizational histories, particularly in relation to the enactment of violence. 

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

This article explores the relation between humour and control, drawing on participant observation in an organization in which humour was central to daily life. Keys is a leading advertising agency whose staff spent an unusually large amount of time sending humorous e-mails. Examining these e-mails in some depth, we unpack the role of humour in subverting various forms of control, including gender norms and managerial authority. We find the relation between humour, control and subversion to be ambiguous. Building upon current debates in organization studies, we develop the concept of humour based on our observations at Keys. Specifically, we argue that humour is always in excess of both control and subversion, a 'nicely impossible' object that cannot be captured. This article thus contributes to theoretical approaches on organizational humour, conceptualizing the concept of 'newness' through Judith Butler's re-reading of Derridean différance and the Lacanian Real. In addition, we contribute a novel empirical account of the study of e-mail list humour in a contemporary advertising firm. © 2012 Blackwell Publishing Ltd.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Can parody help us to 're-imagine' the organizations and institutions we live with (Du Gay 2007, 13)? Or, like many forms of critique, does parody risk being incorporated: becoming part of the power it aims to make fun of? In this paper, drawing on Judith Butler's work, I argue that certain circumstances enable parody to destabilize hegemonic, taken-for-granted institutions (Butler 1990). I explore these ideas through a reading of the Yes Men documentary (Tartan Video 2005). This film features a series of humorous representations of the World Trade Organization (WTO). I show how these act to denaturalize and effectively critique this dominant force in global trade. This paper discusses the value of parody for helping us to re-think and re-make particular institutions and organizations. In doing so, I point to the importance of creating a spectacle in which parody can travel beyond its immediate location, so that it can reach ever newer audiences with its 'performative surprise' (Butler 1990, xxvi). I suggest that the rise of the Internet and inexpensive documentary techniques offer interesting new ways for achieving this.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Feminist strategising on abortion has been dominated by a “pro-choice” frame. Increasingly, however, pro-choice discourse is being viewed as inadequate to meet contemporary and complex feminist aims and analyses, in particular due to the individualising ontological framework upon which it appears to be based. The work of Judith Butler is one location where such concerns have been explored and an alternative approach based upon a renewed analysis of the concept of “life” has been asserted. Foregrounding the fundamental precariousness of intersubjective life and opening the socio-political conditions sustaining precarious life to democratic public engagement carries significant implications for feminist strategising for Butler, and envisages a reconceptualisation of debate on abortion. In this article Butler’s work on life will be combined with her theoretical tool of the frame to explore space which may exist within pro-choice strategising to potentially work towards such a renewed approach to life in social debate on abortion. This space may be used to rethink feminist strategising on abortion beyond pro-choice discourse, and presents an accessible starting point from which to do so. In carrying out this analysis insights will be drawn from feminist advocacy and activism in the contingent location of Northern Ireland where recent employment of a health frame and a rights frame demonstrate instances of pro-choice strategising which may be reiterated to shift feminist activism towards more radical engagement with life as a precarious social process demanding critical attention.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

The concept of non-discrimination has been central in the feminist challenge to gendered violence within international human rights law. This article critically explores non-discrimination and the challenge it seeks to pose to gendered violence through the work of Judith Butler. Drawing upon Butler’s critique of heteronormative sex/gender, the article utilises an understanding of gendered violence as effected by the restrictive scripts of sex/gender within heteronormativity to illustrate how the development of non-discrimination within international human rights law renders it ineffective to challenge gendered violence due to its own commitments to binarised and asymmetrical sex/gender. However, the article also seeks to encourage a reworking of non-discrimination beyond the heteronormative sex binary through employing Butler’s concept of cultural translation. Analysis via the lens of cultural translation reveals the fluidity of non-discrimination as a universal concept and offers new possibilities for feminist engagement with universal human rights.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

The universality of human rights has been a fiercely contested issue throughout their history. This article contributes to scholarly engagements with the universality of human rights by proposing a re-engagement with this concept in a way that is compatible with the aims of radical politics. Instead of a static attribute or characteristic of rights this article proposes that universality can be thought of as, drawing from Judith Butler, an ongoing process of universalisation. Universality accordingly emerges as a site of powerful contest between competing ideas of what human rights should mean, do or say, and universal concepts are continually reworked through political activity. This leads to a differing conception of rights politics than traditional liberal approaches but, moreover, challenges such approaches. This understanding of universality allows human rights to come into view as potentially of use in interrupting liberal regimes and, crucially, opens possibilities to reclaim the radical in rights.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

The critique of human rights has proliferated in critical legal thinking over recent years, making it clear that we can no longer uncritically approach human rights in their liberal form. In this article I assert that after the critique of rights one way human rights may be productively re-engaged in radical politics is by drawing from the radical democratic tradition. Radical democratic thought provides plausible resources to rework the shortcomings of liberal human rights, and allows human rights to be brought within the purview of a wider political project adopting a critical approach to current relations of power. Building upon previous re-engagements with rights using radical democratic thought, I return to the work of Ernesto Laclau and Chantal Mouffe to explore how human rights may be thought as an antagonistic hegemonic activity within a critical relation to power, a concept which is fundamentally futural, and may emerge as one site for work towards radical and plural democracy. I also assert, via Judith Butler's model of cultural translation, that a radical democratic practice of human rights may be advanced which resonates with and builds upon already existing activism, thereby holding possibilities to persuade those who remain sceptical as to radical re-engagements with rights.