178 resultados para Ironia
Resumo:
A poesia contemporânea portuguesa do século XX procurou inovar continuamente a arte poética através de reinvenções da escrita e de experimentações diversas. Nesta comunicação serão apresentados textos poéticos de Ana Hatherly, construídos por meio da ironia, conforme identificação feita por Floriano Martins na antologia A idade da escrita e outros poemas, e que pode ser entendido como a experimentação com a linguagem, que sugere a ironia socrática e a humoresca. A argumentação será respaldada com os estudos publicados por Lélia Parreira Duarte e estará concentrada em fragmentos poéticos ou antifábulas chamadas Tisanas, onde Hatherly expande as releituras de seu próprio grafismo irônico pela desconstrução de sentido existente nesses textos que dialogam diretamente com o leitor, este incitado pela dúvida e a curiosidade em desvendar o sentido quase inexistente nos escritos dessas narrativas poéticas. Esta pesquisa faz parte dos trabalhos do Grupo de Estudos e Pesquisas em Literaturas de Língua Portuguesa.
Resumo:
Revista do IHA, N.5 (2008), pp.152-167
Resumo:
Nas disposições relativas à instituição de capelas fúnebres contidas na lei de 7 de Setembro de 1769, o Marquês de Pombal, pela boca do régio legislador, apresentava, como principal razão para as medidas tomadas, a necessidade de evitar uma catástrofe iminente: “se chegará ao caso de serem as almas do outro Mundo senhoras de todos os Predios destes Reinos” . Inserida num documento trespassado por uma impaciência flagrante contra a irracionalidade de um mundo que se procura iluminadamente organizar, a expressão situa-se na fronteira da ironia com a descrença. E, no entanto, por mais absurda que a sentisse, e exprimisse, o Marquês de Pombal sabia estar a referir-se a uma realidade bem real. As almas eram “senhoras”, isto é, proprietárias de pleno direito, de bens terrenos, vastas parcelas do reino do Senhor D. José... O legislador iluminado situava-se ainda no limiar de um mundo regido pela lógica que colocava, com toda a naturalidade, as almas dos mortos a par dos vivos, com eles comungando direitos e privilégios jurídicos. Ou seja, num sistema como o que ele procurava destruir, a instituição das capelas fúnebres tinha limpidamente aquela função. Por detrás de cada uma delas, estava um proprietário do Outro-Mundo, a que aquele instituto possibilitava continuar, neste mundo, a deter bens e direitos. Assim, ainda que formulado com ironia, o diagnóstico era certeiro, e apenas por via legislativa, ao nível supremo, era possível alterar, com a legalidade que se impunha, uma situação de iure. Sebastião José saberia ainda, com toda a probabilidade, que a sua lei era mais uma na longa colecção de actos régios que tinham tentado interferir nas duas esferas legais em que se moviam as capelas: as vinculações e as disposições pro anima. Desde o século XIII que os reis de Portugal, à semelhança dos outros soberanos europeus, legislavam sobre o tema. É certo, porém, que a legislação de Pombal marcou uma viragem decisiva: não se inseria já na aceitação do “planeta” sócio-legal onde as capelas tinham lugar natural, e onde ao legislador régio cabia apenas a função de evitar abusos – aceitando que a natureza do instituto envolvia uma outra esfera legislativa, a canónica, dotada de autoridade sobrenatural (o que não se discutia), e com a qual se construía uma convivência “caso a caso”.
Resumo:
Corte na Aldeia (1619), de Francisco Rodrigues Lobo, é o primeiro manual de cortesania em língua portuguesa, inspirado por Il Cortegiano (1528), de Baldesar Castiglione, a obra-matriz do género. Em tempo de usurpação do trono português por Castela, é necessário “resgatar” a glória da antiga corte, que servirá de base à escrita de um manual destinado a formar o cortesão do futuro, o “discreto”, na sua expressão mais exigente. Este, investido da devida doutrina, poderá entretanto brilhar numa corte política e simbolicamente dispersa “pelas aldeias”. Ora, o domínio da eloquência e a adopção de uma retórica apropriada ao trato cortesão, assente numa língua portuguesa “renascida”, constituem as ferramentas essenciais de que importa munir o aspirante a cortesão, que, neste início do século XVII, poderá até ser originário da burguesia.
Resumo:
A presente tese de doutoramento visa analisar o conceito de vanguarda artística, bem como investigar se é possível existir uma vanguarda artística no século XXI. Apresentada ao longo da história segundo diferentes perspectivas, a genética vanguardista deve ser sempre reestudada e redesenhada definindo-se a sua ligação ao modernismo e ao cosmopolitismo, assim como identificando os seus objectivos e as suas dinâmicas geo-sociais. Se no início do século XIX o saint-simoniano e matemático francês Olinde Rodrigues considerava urgente, mas também impossível, que uma vanguarda artística vingasse politicamente, então interessa saber o que mudou para que a frente artística possa avançar no campo da batalha. É essencialmente sobre a reinterpretação desse primeiro “manifesto” que esta investigação estabelece as suas fundações. É também de assinalar a utilidade que certos conceitos como a “cólera” e a “globalização” detêm, à qual os estudos do filósofo alemão Peter Sloterdijk servem como ponto de partida. A terminologia militar da vanguarda também não pode ser ignorada. O exército artístico deve ter um treino específico para atacar com toda a sua força, bem como saber identificar os seus diferentes alvos ao longo da história. Sublinhe-se que o campo de investigação é o europeu. A vanguarda europeia tem um perfil singular que se liga tanto à memória, quanto ao sentido utópico de unidade e à singularidade da sua crítica. A actualidade do conceito de vanguarda deve ser posta em causa no século XXI. Esta é uma Europa definida pela queda do muro de Berlim e amedrontada por ataques terroristas, definida pelo regresso de grupos extremistas no seio europeu e por uma Rússia que perde os seus pudores ofensivos. É um tempo em que as guerras se fazem com drones e a internet permite reorganizar o activismo, mas também vincar uma realidade de controlo. Neste panorama é difícil não ser cínico.
Resumo:
Este trabajo pretende realizar un acto de lectura e interpretación del texto de Enrique Vila-Matas París no se acaba nunca (2003). La lectura se sitúa desde la perspectiva concreta y delimitada de la red literaria que se teje en el novela. La metáfora de la red, atendiendo a sus tres acepciones: red como tejido, red como ardid y red como conexión, da las directrices del trabajo que intenta responder a estas cuestiones: a) qué hilos forman su tejido narrativo, b) cómo se configura la red, c) qué posibles mecanismos establecen la red como conexión. La lectura se inscribe en el doble marco de la intertextualidad y de la ironía. A través de las citas, alusiones y referencias literarias se destacan algunos procedimientos e intencionalidades en la configuración de la novelística de Enrique Vila-Matas, en su Manifiesto estético
Resumo:
Este trabajo de investigación pretende ser una guía de lectura e interpretación del volumen de cuentos Suicidios ejemplares (1991), de Enrique Vila-Matas, delimitando en su contexto histórico y literario la trayectoria del género, para extraer la calidad y significación de la obra y del autor. El análisis se enlaza a la producción total de sus escritos, dotados de una visión lúdica de la vida y la literatura, que acaban confluyendo en un mismo plano. Algunos de los conceptos vertebradores son las vanguardias, el posmodernismo, el absurdo o la ironía. Y sobre todo la ficción como elemento liberador por excelencia
Resumo:
Cassandra's Dream, de Woody Allen (2007), no tingué les crítiques excel·lents de pel·lícules anteriors com ara Crimes and Misdemeanors i Match Point, on s'abordaven temes semblants. Tanmateix, segons l'opinió de l'autor d'aquest article, analitzada des de la perspectiva del llegat de la tragèdia grega en la cultura occidental, els mèrits d¿aquest film no són pas menyspreables. Les nombroses referències a la tragèdia grega, ja siguin títols o personatges, demostren la voluntat del director americà d'il·lustrar la contemporaneïtat del gènere esmentat, com també de presentar els homes i les dones d¿avui com a víctimes d'una gairebé omnipotent i sorneguera ironia tràgica. L'autor es proposa també de mostrar-hi les relacions evidents d'aquest guió amb el de Match Point i, sobretot, amb el que considera guió matriu de totes tres: Crimes and Misdemeanors.
Resumo:
Summary: Irony or not? The meaning of texts and conducting research in this field
Resumo:
[spa] El artículo plantea una breve revisión de la idea de ironía desde el punto de vista de la retórica y sus derivaciones en algunos de los estudios lingüísticos del siglo XX. Se parte de la clasificación tradicional de la ironía socrática, la ironía retórica y la ironía romántica para centrar el análisis en aspectos básicos del fenómeno irónico tales como la oposición, la verosimilitud, la complicidad con el intérprete o el papel desempeñado por el contexto. [eng] This article is a brief review of the concept of irony from the point of view of rhetoric and its influences in some of the twentieth century linguistic studies. The review begins with the traditional classification of Socratic irony, rhetoric irony and romantic irony in order to focus the analysis on some fundamental elements of ironic phenomenon such as opposition, verisimilitude, camaraderie with the interpreter or the role played by the context.
Resumo:
Opinnäytetyö pohtii aiheympäristöstä esityksen valmistamista. Siinä tutkitaan Mätäoja-esityksen valmistusvaiheita aiheympäristön ollessa lähtökohtana. Esityksen teoria pohjaa hermeneuttiseen kehään, jossa osat muodostavat kokonaisuuden siinä missä kokonaisuus muodostuu osista. Opinnäytetyö on jaettu kokemuksen, merkityksen ja ymmärtämisen käsitteisiin, joita reflektoidaan Mätäoja-esityksen kirjoitusvaiheen, harjoitusvaiheen sekä esitysten ja luopumisen vaiheiden kautta. Aiheympäristön nähdään koostuvan kokemuksista, joihin taiteilija suuntaa "huomion valokeilansa" valmistaessaan esitystä. Harjoitusvaihe on merkitysten antamista. Esitysten myötä taiteilija luovuttaa esityksen muille merkitessään sen uusilla merkityksillä. Tätä vaihetta työssä tutkitaan ymmärtämisen käsitteen kautta. Kokemusta ja kirjoitusvaihetta tarkasteltaessa työssä käsitellään problemaattista totuudellisuutta, joka työn mukaan ei voi olla liitettävissä aiheympäristöön, todellisuuden jatkuvan muutostilan vuoksi. Opinnäytetyössä pyritään etsimään työvälineitä, joilla harjoitusvaiheen merkitysten anto olisi mahdollista. Näitä työkaluja etsitään reflektoitavan työn prosessista. Työvälineitä ovat ironia, näyttelijäntyön leikki, rakenne, omaperäisyys, omakohtaisuus ja henkilökohtaisuus, metaforinen merkitys, inter- ja kontekstuaaliset viittaukset sekä intuitiivinen leikki. Ironia nähdään etäännyttävänä ja totuudellisuuden välttämisen keinona. Näyttelijäntyön leikki viittaa näyttelijän tapaan hallita käytössä oleva tekstimateriaali kevyesti. Rakenne muodostuu aiheympäristön muotoiseksi. Omaperäisyys, omakohtaisuus sekä henkilökohtaisuus ovat eri tulokulmia taiteilijan kokemuksen merkityksellistämiseen. Metaforisten viittausten kautta pohditaan uuden metaforan syntymisen prosessia ja merkitystä. Inter- ja kontekstuaaliset viittaukset toimivat etäännyttäjinä. Intuitiivisella leikillä tarkoitetaan työssä esityksen valmistajan ristiriitaa tämän hallitessa hallitsematonta. Ymmärtämisen käsitteen kautta pyritään opinnäytetyössä laajentamaan perspektiiviä ihmis- ja maailmankuvaan, johon aiheympäristö liittyy. Tässä pohditaan nomadista ihmiskuvaa ja nomadisen ihmisen maailmankuvaa.
Resumo:
Per a començar a reflexionar sobre el paper de la ironia en l"assaig, pot ser un bon punt de partida una de les sempre interessants reflexions sobre el gènere que Joan Fuster (1965: 9) tenia per costum regalar cada cop que en preparava un recull, rescatats de la calaixera o de l"hemeroteca: 'D"això que jo escric proses divagatòries de tímida especulació, oscil·lants entre la ironia i la bona fe , els experts solen dir-ne «assaigs».
Resumo:
Editorial del número 6 de OBSERVAR Revista electrónica del Observatorio sobre la Didáctica de las Artes. El sumario se abre con un artículo, de José Luis Menéndez Varela, sobre la carpeta de aprendizaje desde el momento en que entra en la educación superior. El tema del segundo artículo de Gabriela De la Cruz y Luis Felipe Abreu son las rúbricas, que según los autores no constituyen únicamente un instrumento de evaluación sino también un recurso llamado a desempeñar un papel relevante en la reorganización de los curricula. A continuación, siguen dos artículos que comparten el tema de las tutorías. Guillem Antequera aporta un artículo de revisión sobre el tutor de ABP en el que, se realiza un estudio comparado de las figuras del tutor experto y del tutor no experto. Carla Costa dedica su artículo a la tutoría entre iguales y comienza advirtiendo de una similar insuficiencia de investigaciones. El texto de Eva Gregori resulta difícil de catalogar al situarse a medio camino entre un artículo teórico clásico y un artículo de revisión. Presenta no una disertación sobre la ironía, sino una exposición de su complejidad. El número se cierra con una extensa noticia crítica de Guillem Antequera sobre las Primeras Jornadas de Innovación Docente en los Estudios de las Artes (IDEA) sobre las competencias comunicativas.
Resumo:
Estudi que analitza els contes de Jesús Moncada en forma de monòleg. Es divideixen aquests relats en contes amb forma de monòleg oral i en contes amb forma d’epístola i se’n descriuen les respectives característiques. S’intenta traçar una evolució pel que fa a l’estil dels monòlegs de l’autor mequinensà; una forma que va emprar amb major freqüència a mesura que avançava la seva producció. El treball inclou tant parts d’anàlisi lingüística com pròpiament literària