965 resultados para International Union for the Protection of Literary and Artistic Works.


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A actividade vitivinícola possui um conjunto diverso de características presentes no solo, território e comunidade que fazem parte do património cultural de uma determinada região. Quando a tradição se traduz num conceito como terroir que é formado por características territoriais, sociais e culturais de uma região rural, o vinho apresenta uma “assinatura” que se escreve “naturalmente” no paladar regionalmente identificado. Os vinhos da Região de Nemea, na Grécia e de Basto (Região dos Vinhos Verdes) em Portugal, estão ambos sob a proteção dos regulamentos das Denominações de Origem. No entanto, apesar de ambos serem regulados por sistemas institucionais de certificação e controlo de qualidade, afigura-se a necessidade de questionar se o património cultural e a identidade territorial específica, “impressa” em ambos os terroirs, pode ser protegida num sentido mais abrangente do que apenas origem e qualidade. Em Nemea, a discussão entre os produtores diz respeito ao estabelecimento de sub-zonas, isto é incluir na regulação PDO uma diferente categorização territorial com base no terroir. Ou seja, para além de estar presente no rótulo a designação PDO, as garrafas incluirão ainda informação certificada sobre a área específica (dentro do mesmo terroir) onde o vinho foi produzido. A acontecer resultaria em diferentes status de qualidade de acordo com as diferentes aldeias de Nemea onde as vinhas estão localizadas. O que teria possíveis impactos no valor das propriedades e no uso dos solos. Para além disso, a não participação da Cooperativa de Nemea na SON (a associação local de produtores de vinho) e como tal na discussão principal sobre as mudanças e os desafios sobre o terroir de Nemea constitui um problema no sector vitivinícola de Nemea. Em primeiro lugar estabelece uma relação de não-comunicação entre os dois mais importantes agentes desse sector – as companhias vinícolas e a Cooperativa. Em segundo lugar porque constituiu uma possibilidade real, não só para os viticultores ficarem arredados dessa discussão, como também (porque não representados pela cooperativa) ficar impossibilitado um consenso sobre as mudanças discutidas. Isto poderá criar um ‘clima’ de desconfiança levando a discussão para ‘arenas’ deslocalizadas e como tal para decisões ‘desterritorializadas’ Em Basto, há vários produtores que começaram a vender a sua produção para distribuidoras localizadas externamente à sub-região de Basto, mas dentro da Região dos Vinhos Verdes, uma vez que essas companhias tem um melhor estatuto nacional e internacional e uma melhor rede de exportações. Isto está ainda relacionado com uma competição por uma melhor rede de contactos e status mais forte, tornando as discussões sobre estratégias comuns para o desenvolvimento rural e regional de Basto mais difícil de acontecer (sobre isto a palavra impossível foi constantemente usada durante as entrevistas com os produtores de vinho). A relação predominante entre produtores é caracterizada por relações individualistas. Contudo foi observado que essas posições são ainda caracterizadas por uma desconfiança no interior da rede interprofissional local: conflitos para conseguir os mesmos potenciais clientes; comprar uvas a viticultores com melhor rácio qualidade/preço; estratégias individuais para conseguir um melhor status político na relação com a Comissão dos Vinhos Verdes. Para além disso a inexistência de uma activa intermediação institucional (autoridades municipais e a Comissão de Vinho Verde), a inexistência entre os produtores de Basto de uma associação ou mesmo a inexistência de uma cooperativa local tem levado a região de Basto a uma posição de subpromoção nas estratégias de promoção do Vinho Verde em comparação com outras sub-regiões. É também evidente pelos resultados que as mudanças no sector vitivinícolas na região de Basto têm sido estimuladas de fora da região (em resposta também às necessidades dos mercados internacionais) e raramente de dentro – mais uma vez, ‘arenas’ não localizadas e como tal decisões desterritorializadas. Nesse sentido, toda essa discussão e planeamento estratégico, terão um papel vital na preservação da identidade localizada do terroir perante os riscos de descaracterização e desterritorialização. Em suma, para ambos os casos, um dos maiores desafios parece ser como preservar o terroir vitivinícola e como tal o seu carácter e identidade local, quando a rede interprofissional em ambas as regiões se caracteriza, tanto por relações não-consensuais em Nemea como pelo modus operandi de isolamento sem comunicação em Basto. Como tal há uma necessidade de envolvimento entre os diversos agentes e as autoridades locais no sentido de uma rede localizada de governança. Assim sendo, em ambas as regiões, a existência dessa rede é essencial para prevenir os efeitos negativos na identidade do produto e na sua produção. Uma estratégia de planeamento integrado para o sector será vital para preservar essa identidade, prevenindo a sua desterritorialização através de uma restruturação do conhecimento tradicional em simultâneo com a democratização do acesso ao conhecimento das técnicas modernas de produção vitivinícola.

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This article provides an overview of the concept of vulnerability through the lens of the U.S. federal regulations for the protection of human subjects of research. General issues that emerge for nurse researchers working with regulated vulnerable populations are identified. Points of current controversy in the application of the regulations and current discourse about vulnerable groups are highlighted. Suggestions for negotiating the tension between federally regulated human subject requirements and the realities of research with vulnerable subjects are given. The limitations of the designation of vulnerable as a protection for human subjects will also be discussed.

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In June 2011, a research project team from the Institute for Ethics, Governance and Law (IEGL), Queensland University of Technology, the United Nations University, and the Australian Government’s Asia Pacific Civil-Military Centre of Excellence (APCMCOE) held three Capacity-Building Workshops (the Workshops) on the Responsibility to Protect (R2P) and the Protection of Civilians (POC) in Armed Conflict in Manila, Kuala Lumpur, and Jakarta. The research project is funded by the Australian Responsibility to Protect Fund, with support from APCMCOE. Developments in Libya and Cote d’Ivoire and the actions of the United Nations Security Council have given new significance to the relationship between R2P and POC, providing impetus to the relevance and application of the POC principle recognised in numerous Security Council resolutions, and the R2P principle, which was recognised by the United Nations General Assembly in 2005 and, now, by the Security Council. The Workshops considered the relationship between R2P and POC. The project team presented the preliminary findings of their study and sought contributions and feedback from Workshop participants. Prior to the Workshops, members of the project team undertook interviews with UN offices and agencies, international organisations (IOs) and non-government organisations (NGOs) in Geneva and New York as part of the process of mapping the relationship between R2P and POC. Initial findings were considered at an Academic-Practitioner Workshop held at the University of Sydney in November 2010. In addition to an extensive literature review and a series of academic publications, the project team is preparing a practical guidance text (the Guide) on the relationship between R2P and POC to assist the United Nations, governments, regional bodies, IOs and NGOs in considering and applying appropriate protection strategies. It is intended that the Guide be presented to the United Nations Secretariat in New York in early 2012. The primary aim of the Workshops was to test the project’s initial findings among an audience of diplomats, military, police, civilian policy-makers, practitioners, researchers and experts from within the region. Through dialogue and discussion, the project team gathered feedback – comments, questions, critique and suggestions – to help shape the development of practical guidance about when, how and by whom R2P and POC might be implemented.