1000 resultados para Ilha de São Jorge (Açores)
Resumo:
Realizou-se estudo prospectivo com 648 crianças de zero a cinco anos no município da Raposa-MA, de julho/97 a junho/98, com o objetivo de avaliar as características da infecção por L.(L.)chagasi e verificar se existe associação entre desnutrição e infecção assintomática. Utilizou-se questionário com dados socioeconômicos, ambientais e hábitos de vida; realizou-se Intradermorreação de Montenegro(IDRM) com antígeno de L. amazonensis e Enzyme Linked Immunosorbant Assay(ELISA) para detectar infecção, e exame antropométrico. A prevalência inicial, final e incidência da infecção foram 18,6%, 20,6% e 10,8% pelo IDRM, e 13,5%, 34,4% e 28% pelo ELISA, respectivamente. A prevalência da desnutrição crônica (altura/idade) foi 26%. Não houve associação estatisticamente significante entre desnutrição e infecção assintomática por L. (L.) chagasi. A forma assintomática da doença está presente nas áreas estudadas, necessitando de medidas de controle mais efetivas.
Resumo:
O estudo foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar um foco de transmissão de malária em Guarapiranga, município de São José de Ribamar, MA. A unidade de estudo foi o grupo familiar, aplicando-se questionário sobre identificação, situação econômica, hábitos dos moradores e características dos domicílios. Foram visitadas 54 famílias, totalizando 207 habitantes, sendo 113 do sexo masculino e 95, do feminino. 95 pessoas tinham de 5 a 24 anos. Agricultura e pesca são a base da economia local, com 64,8% das famílias auferindo renda mensal menor que um salário mínimo. A maioria das casas é construída de taipa, coberta de palha, tem piso de chão batido e não tem instalações sanitárias. Em relação à entrada de mosquitos, 62,2% são parcialmente protegidas. A água para consumo provém de cacimbas ou poços rasos em 78,8%, e o lixo é deixado a céu aberto em 53,7% dos domicílios. Foram registrados 106 casos de malária por Plasmodium vivax. O provável transmissor foi o Anopheles (N) aquasalis e o tratamento com cloroquina associado à primaquina teve bons resultados.
Resumo:
Apresenta-se o resultado de um estudo de campo sobre a leishmaniose visceral autóctone da Ilha de São Luís. Com início em 2004 e término em 2006, a pesquisa visou conhecer aspectos epidemiológicos e clínicos determinantes da endemia. Foram analisados 299 casos autóctones, sendo 83,6% em menores de 9 anos e 54,1% do sexo masculino. O agravo ocorreu em todos os meses do ano com pico em junho. O coeficiente de incidência foi reduzido de 46,1 para 35,2 casos por 100.000 habitantes nos anos estudados. O diagnóstico teve confirmação laboratorial em 93,3% dos casos. O tratamento de escolha foi à base de N-metilglucamina com percentual de cura de 96,1%. A letalidade média foi de 3,7%. Em função da inexistência de ações mais sistemáticas de controle, propõe-se a criação de um programa a ser desenvolvido pelos municípios sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde.
Resumo:
O estudo foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar os genótipos da proteína circunsporozoíta de Plasmodium vivax, circulantes em área periférica da Ilha de São Luís, Maranhão. Foram obtidas amostras de sangue para exame parasitológico direto (gota espessa) de 126 indivíduos, dentre os quais, foram coletadas também 109 amostras para diagnóstico molecular, por reação em cadeia da polimerase. O exame parasitológico demonstrou a presença de Plasmodium vivax em 2 indivíduos, sintomáticos, enquanto o estudo molecular foi positivo para o Plasmodium vivax em 7 indivíduos (2 sintomáticos e positivos na gota espessa e 5 assintomáticos e negativos na gota espessa). Em dois havia associação com Plasmodium falciparum. A genotipagem das amostras de Plasmodium vivax revelou a variante VK 210, havendo associação com a variante VK 247 em duas delas.
Resumo:
A Ilha de São Luís, situada ao norte do Estado do Maranhão, constitui-se numa região de transição entre duas floras distintas: flora amazônica e flora nordestina. Considerando esta peculiar situação fitogeográfica, o objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento florístico nas prais arenosas da Ilha de São Luis e compaará-lo com os de outras áreas amostradas no litoral brasileiro. Foram totalizadas 260 espécies, compreendidas em 76 famílias, sendo Fabaceae com o maior número de espécies (24). A comparação floristica constatou que o estado da Bahia apresentou o maior número de espécies em comum com São Luís (63) e, em seguida, o estado do Pará (59). Dentre as espécies amostradas em São Luís, 125 foram exclusivas da região.
Comunidades de morcegos em hábitats de uma Mata Amazônica remanescente na Ilha de São Luís, Maranhão
Resumo:
Estudos com comunidades de morcegos são escassos no Brasil, não sendo encontrado nenhum no Maranhão. Este estudo teve como objetivo investigar a composição de espécies da comunidade de morcegos do Parque Estadual do Bacanga (PEB), São Luís - MA, além de contribuir para o levantamento da fauna de morcegos do estado. Os morcegos foram capturados com três redes neblina de maio a agosto de 2004 em quatro diferentes hábitats (mata de capoeira, mata de terra firme, mata de várzea e mangue). A diversidade e similaridade entre hábitats foram calculadas, bem como a amplitude e sobreposição dos nichos das espécies consideradas comuns na área. Foram registradas 24 espécies de morcegos, sendo a maior diversidade encontrada na mata de várzea. A baixa similaridade constatada entre o hábitat de mangue e os demais hábitats indica a existência de dois conjuntos de espécies de morcegos distintos, o que é reforçado pelas sobreposições de nicho espacial das espécies mais comuns.
Resumo:
Este trabalho propõe-se analisar a evolução demográfica da ilha de São Vicente, desde o seu descobrimento até 1950. A análise é complementada pelo estudo da natalidade e mortalidade desta ilha que, à semelhança do resto do arquipélago, foi marcada histórica e demograficamente por cíclicas crises de mortalidade e uma elevada natalidade. As particularidades da ilha prendem-se com o seu povoamento tardio e com a sua ligação ao Porto Grande que lhe deu uma dinâmica diferente do resto do país. A pesquisa foi desenvolvida nos arquivos da Conservatória do Registo Civil de São Vicente e da Câmara Municipal de São Vicente. The present work aims at analysing the demographic evolution on the island of S. Vicente since its discovery till 1950, being the analysis complemented by a study on birth and mortality rates on this island. Similarly to the other islands, these rates were marked, both historically and demographically, by recurrent mortality crises, as well as by high birth-rate. The island particularities not only result from its late settlement, but also from its close relationship with the “Porto Grande” harbour, which conferred it a different dynamic, if compared to other parts of this country. This research was based on the files recorded at the Registry Office and the Town-Hall, both in S. Vicente.
Resumo:
The Cape Verde Archipelago location and its biogeographical features are of special interest for Marine Ecology. However, there’s a lack of knowledge regarding the composition of the coastal ecosystems in this region, especially about benthic macroinvertebrates subtidal communities. Between August and October of 2007, eight locations around the island of São Vicente were sampled. Within each of those spots, fragments of substratum were collected and throughout the processing of the collected data, a total of 4032 individuals were counted, which belong to 81 different species. Shannon’s Entropy and Gini-Simpson’s diversity index were calculated, as the real number of species each one represented. By comparing the results, differences between sampling stations and between indices within the same sampling station were found. With the purpose of clustering the sampled locations according to the number of collected organisms by species, a dendrogram was elaborated and a principal component analysis was carried out. The considered sampling stations didn’t reveal significant differences according to the composition of their benthic macroinvertebrates subtidal communities in terms of great taxonomic groups or functional groups. It’s assumed that they differ only by minute traits.
Resumo:
A localização do arquipélago de Cabo Verde e as suas características biogeográficas conferem-lhe um especial interesse no domínio da Ecologia Marinha. Todavia, o conhecimento da composição dos ecossistemas costeiros desta região é incipiente, especialmente no que concerne as comunidades subtidais de macroinvertebrados bentónicos. Entre Agosto e Outubro de 2007, foram amostrados oito locais em redor da ilha de São Vicente. Em cada um desses locais recolheram-se fragmentos do substrato, de onde se contou um total de 4032 indivíduos, pertencentes a 81 espécies diferentes. Calculou-se o valor de índices de diversidade (Entropia de Shannon e Índice de Gini-Simpson) e o número real de espécies que cada um representava. Ao comparar os valores obtidos constataram-se diferenças entre estações e entre valores dos dois índices para o mesmo local. Com o intuito de agrupar as estações prospectadas de acordo com o número de indivíduos recolhidos de cada espécie identificada, elaborou-se um dendrograma e realizou-se uma análise de componentes principais. As estações consideradas para este estudo não mostraram diferenças significativas no que diz respeito à composição das suas comunidades subtidais de macroinvertebrados bentónicos em termos de grandes grupos taxonómicos ou grupos funcionais. Assume-se que as estações diferem apenas por discrepâncias pontuais.
Resumo:
Com o objectivo de se fazer um estudo restrito da flora autóctone de São Vicente, realizou-se o presente trabalho, para se clarificar qual é a situação actual da flora autóctone da ilha, focalizando as potenciais áreas de ocorrência das mesmas. Com base nos inventários florísticos realizados nos meses de Dezembro de 2006 e Abril de 2007, são apresentados neste trabalho, dados sobre a distribuição, o tamanho populacional e o estatuto de conservação de angiospérmicas autóctones ocorrendo na ilha. Por conseguinte, apresentam-se, também, os principais locais de ocorrência e uma avaliação quantitativa de 21 dos 35 taxa endémicos e de 1 arbusto indígena. Do total dos taxa endémicos, 21 são dicotiledóneas e 1 é monocotiledónea, representantes de 16 famílias e 21 géneros destas duas divisões, concluindo-se que a família Asteraceae é a melhor representada, com 5 espécies. Realizou-se ainda, o esboço cartográfico das espécies endémicas e indígenas em risco de extinção e a monitorização dos ecossistemas em que as mesmas se encontram inseridas evidenciando o seu grau de degradação. Populações de espécies endémicas são apresentadas em vários locais da ilha, destacando-se a nova população de Limonium jovi-barba com 217 espécimes, encontrada no Carriçal, bem como a população relativamente grande de Euphorbia tuckeyana com 2320 espécimes inventariados no Madeiral. Identificaram-se ainda diferentes espécies raras, em pontos de relativa incidência de factores degradativos, como é o caso do Parque Natural do Monte Verde. Citam-se os exemplos de Aeonium gorgoneum (835 espécimes), Conyza pannosa (16 espécimes), Campanula jacobaea (16 espécimes), Lavandula rotundifolia (46 espécimes), Launaea gorgadensis (14 espécimes) e Sonchus daltonii (11 espécimes). Estas espécies apresentam elevado valor científico e socio-económico, sendo aquelas encontradas em reduzido número.