1000 resultados para Igreja - Catolicismo


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Presume-se que o plano não tenha merecido atenção dos dirigentes para a sua execução na altura. Nota-se também que se o missionário pioneiro Dias tivesse recebido mais assistência da Sede, teria conseguido realizar muito mais durante o decurso do seu ministério nas ilhas de Cabo Verde. A sensibilidade e solidariedade demonstradas por Dias irão levá-lo a intervir em várias ocasiões em acções de apoio aos famintos, nas épocas de fomes e secas que assolavam as ilhas cada vez com mais frequência. Dirige vários pedidos à Igreja na América, a qual responde enviando géneros alimentícios para aliviar a fome nas ilhas. João Dias sente-se mais encorajado e desafiado para viajar pelas ilhas vizinhas e evangelizá-las. Em 1932, chegara a São Vicente um evangelista protestante português, Pastor José Ilídio Freire, a convite do Reverendo Dias. Dirigiu uma campanha evangelística que resultou na conversão de muitas pessoas. Também visitou outras ilhas, deixando nelas marcas. A ilha de São Vicente seria o berço de mais uma Igreja do Nazareno. João Dias ocasionalmente visitava o grupo de convertidos nessa ilha, até se organizarem numa igreja. Embora sem um pastor residente, esta conseguiu florescer sob os cuidados de um destacado leigo, Augusto Miranda, bem conhecido e respeitado na sociedade mindelense. Infelizmente, esta congregação deixou de funcionar sob os auspícios da Igreja do Nazareno dois anos após a chegada dos primeiros missionários americanos residentes, por causa de desentendimentos com o velho pioneiro. Segundo Manuel Ramos (1994), esses desentendimentos eram puramente administrativos e manifestaram-se primeiro na Brava, onde residiam as duas famílias missionárias. “Houve uma divisão. Dois partidos: a maioria ficou do lado dos novos missionários e a minoria do lado do Irmão Dias. Este, chocado e desiludido da amizade e consideração dos jovens, em especial, para evitar mais escândalos, veio com a família toda para S. Vicente”22 . Mas a mudança da família Dias não resolveu a situação, porque os outros missionários, querendo expandir a obra, também mudaram para esta ilha algum tempo depois “e instalaram o irmão João Gamboa como pastor e nós outros jovens ficamos, coadjuvando-o de boa vontade”. Mas os desentendimentos continuaram. “Os dois missionários, o substituto e o substituído não frequentavam a Igreja, este por já estar

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Esta dissertação sob o tema: «História da Igreja do Nazareno: Uma Igreja Centenária em Cabo Verde (1901-2001) – Uma Perspectiva Educacional» foi projectada com o objectivo fundamental de focar a presença desta instituição religiosa e educativa que por mais de cem anos tem convivido com os cabo-verdianos de todas as ilhas e exercido uma influência marcante no seio desta sociedade. Esforços foram envidados para que se pudesse de forma clara e concisa, atingir tal objectivo. Reconhecendo a pertinência da abordagem do tema, encetou-se um percurso que durou dois anos (2008-2010) para a execução e concretização deste projecto que se encontra integrado no Curso de Mestrado em Estudos Africanos, ministrado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, através do ISE-CV, actualmente UNICV. De forma sucinta, apresenta-se este presente trabalho, estruturado em duas partes que se interligam e se completam: I. História da Igreja do Nazareno em Cabo Verde – versão histórica. II. Influências da Educação Cristã Nazarena nos Cabo-verdianos – versão sociológica. NA PRIMEIRA PARTE, começa-se pelo Capítulo de Enquadramento das Ilhas de Cabo Verde, uma análise da sua situação social, económica, política, religiosa e cultural, com destaque para o aspecto económico e as suas implicações, nomeadamente o fenómeno migratório dos cabo-verdianos para a América do Norte, nos séculos XVIII e XIX, em consequência da pesca de cetáceos nos mares de Cabo Verde por baleeiros americanos e de outros países. Segue-se uma Contextualização da Igreja do Nazareno Internacional, com referência à sua origem histórica, principais objectivos e base doutrinária, no intuito de melhor situar e conhecer as raízes da Igreja do Nazareno de Cabo Verde. Notar-se-á que esta denominação é una e está presente em todos os continentes e em 155 países do mundo. O 2º Capítulo analisa a Evolução Histórica da Igreja Cabo-verdiana, caracterizando-a em termos organizativos e administrativos; suas origens, desenvolvimento, programas de expansão e divulgação da mensagem do Evangelho de Jesus Cristo. Ao longo desta evolução, apercebe-se da existência de três etapas distintas por ela vividos. Uma Primeira Etapa, marcada pelo Pioneirismo (1901-1936), levada a cabo pelo jovem emigrante, de 28 anos de idade, João José Dias, que deixando os E.U.A. para onde fora levado pelo pai contando apenas 16 anos na altura, regressa à sua ilha natal com uma novidade que aos seus olhos era uma preciosidade – O Evangelho de Cristo. 8 A história vivida pelo pregador pioneiro do Protestantismo em Cabo Verde revelar-se-á cheia de surpresas e dificuldades, como se poderá constatar através da leitura do trabalho. A Segunda Etapa, caracterizada pelo Movimento Missionário (1936-1975) representado e desenvolvido pelos vários casais missionários americanos e britânicos, constituirá uma fase marcada pela dependência financeira e administrativa da Igreja Geral, com Sede nos E.U.A. Esses missionários serão os elos de ligação entre a Igreja Cabo-verdiana e a Igreja Geral. Sem dúvida, esta fase mostra-se de grande projecção, pois é durante este período que as principais infra-estruturas são criadas: O Seminário Nazareno, instituição de formação e educação teológica; a Editora Nazarena, casa de publicação de literatura evangélica e outros serviços gráficos; a Hora Nazarena, programa radiofónico para divulgação da mensagem evangélica; aquisição de várias propriedades para construções: templos, capelas, residências pastorais, espaços de recreio e de actividades juvenis (como acampamentos), etc. Se, por um lado, nota-se grande crescimento e desenvolvimento, por outro, chegando a Igreja do Nazareno de Cabo Verde a este estágio, reconhece-se a necessidade de começar a andar pelos seus próprios pés, isto é, atingir a sua própria autonomia. Passando para a Terceira Etapa, como analisado no 3º Capítulo, a Igreja em Cabo Verde experimentará uma nova fase com a transição da liderança missionária para a nacional (Abril de 1975). A responsabilidade dessa primeira liderança nacional recairá sobre os ombros do Pastor cabo-verdiano Reverendo Francisco Xavier Ferreira, o mais antigo obreiro nazareno nessa altura. Seguir-se-ão outros que com tenacidade, competência e profunda espiritualidade saberão manter e dirigir a instituição até o presente. A SEGUNDA PARTE trará algo inovador, com o tratamento de uma amostra, embora pequena, de entrevistas realizadas a cerca de uma dúzia de indivíduos de ambos os sexos, designados «Figuras Públicas», que passaram pela Igreja do Nazareno. Este fenómeno evidencia a forte influência da educação cristã nazarena na vida pessoal e profissional deste grupo. Para além do fenómeno social referido, foca-se também o religioso que naturalmente é relevante, tomando em consideração um dos objectivos fundamentais propostos pela instituição – A Educação na Formação Teológica. Este fenómeno revelar-se-á como um dos maiores investimentos da Igreja do Nazareno ao apostar-se na formação de cabo-verdianos como pastores e líderes nazarenos, conforme registado no Anexo 2 – mais de uma centena de graduados pela Instituição Teológica – O Seminário Nazareno de Cabo Verde, fundado em 1953 pelo missionário americano Reverendo Earl Mosteller. Os Anexos em nº de 20 serão complementos válidos na compreensão e conhecimento do tema. Conclui-se o resumo deste trabalho esperando que tenha prestado algum contributo na área da investigação científica.

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O trabalho ora elaborado é um estudo de pesquisa e análise sobre a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça, na cidade da Praia, e a valorização da sua obra cristã, com a visita do Papa João Paulo II em 1990. O tema justifica-se, pela importância que o referido templo teve no contexto da implantação da Igreja Católica em Cabo Verde, como ponto de referência para os católicos, devido a sua meritosa acção de cuidados com as almas junto dos povoados, e das funções educativas e sociais, que de um modo geral, contribuíram na formação do homem cabo-verdiano. Ainda justifica-se pelas exigências curriculares vigentes na UNICV, para a obtenção do grau de licenciatura em ensino de Historia. Para o estudo desse objecto (Igreja Matriz da Praia) traçamos os seguintes objectivos: • Contextualizar o processo da implantação da Igreja Católica em Cabo Verde; • Descrever e analisar os aspectos relacionados com a estética da obra arquitectónica; • Destacar o valor da sua obra cristã, com a visita Papal em 1990. O presente trabalho consta-se de uma introdução, seguida de dois capítulos. O primeiro relata a situação da Igreja Católica em Cabo Verde, destacando a sua origem, o papel que ela desempenhou, e realça ainda, a importância da Igreja de Nossa Senhora do Rosário como referencia na afirmação da Igreja em Cabo Verde. O segundo capítulo centraliza no edifício arquitectónico, abordando também a sua origem, a parte artística e a visita que o Papa João Paulo II efectuou a Cabo Verde em Janeiro de 1990. Realizar um estudo sobre a Igreja de Nossa Senhora da Graça, implica um recuo ao passado, no que se refere à evangelização do arquipélago, e às construções de ermidas, capelas e igrejas, que, de certo modo, desempenharam funções para que foram edificadas. Sabemos que a arte pode ser definida como a capacidade que o homem possui de produzir objectos, ou realizar acções, com as quais ele possa expressar ideias, sentimentos ou emoções estéticas, isto é, susceptíveis de produzir prazer estético. E uma obra de arte pode ser considerada como um veiculo de comunicação, que requer sempre um suporte de qualquer material, pelo qual e no qual o artista concretiza a sua ideia, sentimento ou emoção, tornando a obra de arte uma mensagem receptível pelos outros. Assim, tratando-se de uma obra arquitectónica, não deixaríamos, de realçar a vertente artística e cultural, de cariz sacro, que pelo seu valor próprio, deve ser considerada de interesse relevante para a permanência da memória colectiva do povo cabo-verdiano.

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Apesar de ainda existirem ecossistemas altomontanos no Paraná em excelente estado de conservação, iminentes ameaças antrópicas e a fragilidade desses ambientes têm sido motivos de preocupação. Este trabalho teve os seguintes objetivos: caracterizar solos de área representativa dos campos e florestas altomontanas ocorrentes na Serra da Igreja; apontar quais os possíveis fatores pedológicos que resultam nessas diferentes fitotipias; e caracterizar algumas das suas funcionalidades ambientais (estoque de C e de água). Os principais solos encontrados nos campos foram Organossolos Fólicos fíbricos/sápricos (líticos e típicos) e Organossolos Háplicos fíbricos/sápricos (típicos e térricos) e, nas florestas altomontanas, Gleissolos Háplicos alíticos típicos. Ambas as classes são de solos distróficos, extremamente ácidos, com alta saturação por Al trocável e altos teores de C orgânico total. A distribuição das florestas altomontanas está fortemente controlada por vales e colos de cumeeiras, os quais estão sujeitos a processos morfogenéticos que resultam em solos com horizontes minerais. Já os campos estão estabelecidos em topos, onde processos pedogenéticos promoveram espessamento de horizontes hísticos, os quais, em função de suas características intrínsecas, aliadas aos fortes ventos, parecem conter com sucesso o avanço da floresta sobre o campo. Os estoques de C por unidade de área nos solos dos campos são superiores aos dos solos das florestas altomontanas, sendo ambos considerados altos quando comparados aos dados de outros ecossistemas, sendo duas a três vezes maiores do que os encontrados em solos de ecossistemas de altitudes mais baixas na mesma latitude. Também foi constatada alta capacidade de retenção hídrica devido à porosidade total verificada nos horizontes hísticos, os quais têm o potencial de reter em média 12 vezes seu volume em água.

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É possível afirmar que estudos sobre colégios católicos, ao propiciarem uma compreensão acerca das estratégias de socialização por eles utilizadas, estariam cooperando para elucidação das novas configurações de poder da Igreja. Acreditamos que os valores e comportamentos ali fabricados constituam a base da ação de sua liderança leiga, que expressariam certos modos de pensar da Igreja. Este texto pretende mostrar que o trabalho educacional religioso, desenvolvido por um tradicional colégio católico para moços no Rio de Janeiro nos anos 1950, ao moldar certo tipo de aluno, espera que a moral cristã impregne suas vidas. Os conceitos de socialização e juventude, o Rio de Janeiro e a Igreja nos anos 1950 são os temas abordados num primeiro momento. Em uma segunda etapa, chama-se a atenção para o conjunto de práticas de educação religiosa utilizado pela escola, bem como para algumas características sociais dos alunos que se encontravam sujeitos a essa ação pedagógica.

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Nos anos 90, com a implementação do "mercado livre" pelo governo Collor, noções como "produtividade" e "resultados" ganham centralidade na vida econômica brasileira. Nessa mesma época, é notório, nas classes trabalhadoras, o aumento do número de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, defensora da "Teologia da Prosperidade". Entendo que o expressivo crescimento da conversão dos pobres brasileiros ao neopentecostalismo que autoriza o direito dos indivíduos a uma existência terrena de "prosperidade" incentivando seus fiéis ao trabalho empreendedor, justamente na década de 1990, e o fenômeno do elogio ao "sucesso" que despontou no horizonte da "economia de mercado" estão intimamente relacionados. A partir de etnografia em uma congregação carioca da IURD reflito sobre a imbricação dos dois processos.

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É em torno dos vários sentidos possíveis do qualificativo de "popular" que gira a problemática deste artigo. A figura carismática do Pe. Cícero Romão Batista, patriarca de Juazeiro, integra de há muito o panteão da devoção popular de milhões de romeiros, mas era objeto até hoje de amplas reservas no seio da Igreja oficial. O momento parece ser de revisão destas perspectivas. A reabilitação institucional do "padrinho" pode estar em curso. Pergunta-se aqui em que medida e com que condições esta transformação da sua imagem pode confluir com certa metamorfose do que se convencionou chamar de "Igreja Popular", de modo a dotar inesperadamente de novo ícone o catolicismo brasileiro em seu conjunto.

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A prece é um fenômeno ritual de fundamental importância no sistema religioso católico. A partir de uma abordagem que se pretende maussiana, este artigo tem por objetivo realizar uma análise etnográfica do ritual da prece entre católicos do bairro de Casa Amarela, em Recife. Para isso, considera-se que, entre outras possibilidades, tal ritual pode se apresentar como: simples (ou como um "gesto mínimo"); composto, por exemplo, no ritual do terço; e, por fim, parte de um conjunto maior, como no sistema de relações entre mortos e vivos, em que, juntamente com os sonhos, a prece se configura como canal de comunicação entre vivos e mortos.

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Este artigo revisita o texto clássico de Marcel Mauss sobre a oração (1909), invocando um dos seus principais argumentos - o da "centralidade epistemológica" do ato de prece no fenômeno religioso - como pretexto para a análise de processos rituais e doutrinais na chamada Igreja Tokoista, um movimento cristão profético de origem angolana. Fá-lo-ei através da análise da relação entre as categorias a priori desconexas de "oração" e "espaço".

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Desde o começo dos anos 1980, a Igreja Católica Progressista organizou e influenciou as práticas, as ideias e os objetivos da sociedade civil brasileira. A proposta do presente artigo consiste em analisar as diferentes maneiras pelas quais a Igreja Católica Progressista influenciou o Fórum Social Mundial (FSM). Os dois principais eixos de análise são, primeiro, a influência dos princípios, da visão de mundo e da metodologia da Igreja Católica Progressista sobre indivíduos e organizações da sociedade civil que estiveram envolvidos na concepção e na realização do FSM e, segundo, a participação da Igreja Católica Progressista no FSM através de organizações ligadas à Igreja Católica, forçando a inclusão da agenda da Igreja Progressista naquela do FSM. O artigo analisa como e por que a Teologia da Libertação e a Igreja Popular brasileiras influenciaram as ideias que levaram à criação e organização do FSM, além de discutir em detalhe a participação da Igreja Católica Progressista nas edições subsequentes do Fórum.