945 resultados para Hiv Aids
Resumo:
Foram estudados retrospectivamente 399 pacientes diagnosticados como infecção por HIV. Os pacientes infectados predominavam na faixa etária de 20 a 40 anos (73,4%), sendo 75% do sexo masculino. A razão entre pacientes do sexo masculino e feminino não diferiu quando foram consideradas infecção pelo HIV (assintomática) e AIDS. Os casos de infecção pelo HIV sem AIDS se concentram no grupo etário de 20-29 anos enquanto que a AIDS predomina na faixa de 30-39 anos. Dentre os pacientes infectados com HIV, apenas 0,8% eram hemofílicos, 3,5% usavam drogas injetáveis e 4,8% foram hemotransfundidos nos últimos 5 anos. 33% eram heterossexuais, 11% bissexuais, 23% homossexuais e 33% não declararam a inclinação sexual. Sífilis foi a associação mais freqüente (8,8%), seguido de herpes (5,8%) e candidíase genital (4,3%). Nossos resultados sugerem que existe uma associação entre candidíase genital e AIDS, embora isso não tenha sido observado para as outras DSTs estudadas.
Resumo:
A expansão da infecção pelo HIV/AIDS entre as mulheres e os mais pobres, são importantes características da epidemia no Brasil e no mundo. Estudo descritivo delineou-se com objetivo de descrever um grupo de 82 mulheres com HIV/AIDS de Salvador - Bahia. A idade média é 32 ± 7,2 anos; 75% têm filhos, 82,5% estão desempregadas e o grau de instrução situa-se entre analfabeto e primeiro grau em 77,8%. O número de parceiros sexuais foi igual ou inferior a cinco na vida em 71% dos casos e 25% relatavam um único parceiro. Quarenta e seis (55,4%) mulheres apresentaram 77 episódios de infecções oportunistas. A maioria das pacientes tem baixo grau de instrução, baixa renda e poucos parceiros sexuais. A forma de transmissão foi predominantemente sexual, muitas mulheres adquiriram o vírus com o próprio companheiro/ marido.
Resumo:
Patients with AIDS are particularly susceptible to infection with intestinal coccidia. In this study the prevalence of infections with Cryptosporidium sp and Cystoisospora belli were evaluated among HIV/AIDS patients in the Triângulo Mineiro region, Brazil. Between July 1993 and June 2003 faecal samples from 359 patients were collected and stained by a modified Ziehl-Neelsen method, resulting in 19.7% of positivity for coccidian (8.6% with Cryptosporidium sp, 10.3% with Cystoisospora belli and 0.8% with both coccidian). Patients with diarrhoea and T CD4+ lymphocyte levels < 200 cells/mm3 presented higher frequency of these protozoans, demonstrating the opportunistic profile of these infections and its relationship with the immunological status of the individual. It was not possible to determine the influence of HAART, since only 8.5% of the patients positive for coccidian received this therapy regularly. Parasitism by Cryptosporidium sp was more frequent between December and February and thus was characterised by a seasonal pattern of infection, which was not observed with Cystoisospora belli.
Resumo:
In order to estimate the incidence of and risk factors for developing tuberculosis, the clinical charts of a retrospective cohort of 281 HIV-positive adults, who were notified to the AIDS Program of the Health Department of Brasilia in 1998, were reviewed in 2003. All the patients were treatment-naive regarding antiretroviral therapy at the time of inclusion in the cohort. Twenty-nine patients were identified as having tuberculosis at the start of the study. Thirteen incident tuberculosis cases were identified during the 60 months of follow-up, with an incidence density rate of 1.24/100 person-years. Tuberculosis incidence was highest among patients with baseline CD4+ T-lymphocyte counts < 200 cells/µl who were not using antiretroviral therapy (incidence = 5.47; 95% CI = 2.73 to 10.94). Multivariate analysis showed that baseline CD4+ T-lymphocyte counts < 200 cells/µl (adjusted hazard ratio [AHR] = 5.09; 95% CI = 1.27 to 20.37; p = 0.02) and non-use of antiretroviral therapy (AHR = 12.17; 95% CI = 2.6 to 56.90; p = 0.001) were independently associated with increased risk of tuberculosis.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar mudanças na prevalência de lesões intra-epiteliais escamosas cervicais entre mulheres HIV-1 positivas após a introdução da terapia antiretroviral altamente eficaz e avaliar modificações na prevalência de fatores de risco para lesões intra-epiteliais escamosas cervicais. Foram estudadas 50 pacientes em 1995-1999 e 120 pacientes em 2006-2007. Coletaram-se dados demográficos, comportamentais, laboratoriais. Calculou-se a prevalência de lesões intra-epiteliais escamosas cervicais entre os dois períodos, assim como as prevalências dos outros fatores de risco. No primeiro período, encontrou-se uma prevalência de lesões intra-epiteliais escamosas cervicais de 66% e no segundo de 43% (p=0,007). A média do CD4 em 1995-1999 foi de 275,71 (DP 283,23); a média do CD4 em 2006-2007 foi de 463,32 (DP 231.90), (p=0,001). Houve mudanças significativas nos fatores idade, cor, estado conjugal e fumo entre os dois períodos. A diminuição da prevalência de lesões intra-epiteliais escamosas cervicais pode estar relacionada ao uso da estratégia de terapia antiretroviral altamente eficaz assim como à mudança de fatores de risco para lesões intra-epiteliais escamosas cervicais ao longo do tempo.
Resumo:
Investigou-se a tuberculose quanto à apresentação clínica, desfecho de tratamento e perfil sociodemográfico dos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana atendidos em 2003-2005 em um serviço de referência sulmatogrossense. Analisaram-se 66 prontuários de pacientes maiores de 14 anos e informações do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação para Tuberculose e do Sistema de Informações de Mortalidade. Predominaram indivíduos do sexo masculino, cor branca, pouca escolaridade e procedência do meio urbano. Identificou-se incremento da apresentação clínica extrapulmonar e sua relação com o comprometimento imunológico. Sobressaíram-se como formas de encerramento da tuberculose a cura (alcançada com acompanhamento mais longo que o previsto) e o óbito (de seis pacientes no início do tratamento da tuberculose). Observaram-se lacunas de preenchimento nas notificações de tuberculose e nos prontuários. Detectou-se a necessidade de diagnosticar precocemente a tuberculose em soropositivos para HIV, de aperfeiçoar os registros nos prontuários e de acompanhar os casos além do período recomendado, por alteração da evolução clínica da tuberculose em co-morbidade com a infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi descrever a infecção pelo HIV em Manaus, Amazonas no período de 1986 a 2000. Estudo descritivo dos casos confirmados de HIV/Aids em adultos, registrados nos prontuários do Serviço de Referência Estadual, foi realizado. Para o delineamento da epidemiologia espacial e tendência histórica foram considerados os períodos: 1986-1990, 1991-1995 e 1996-2000. As variáveis comportamentais, sociais e clínicas foram analisadas por meio de estatística descritiva. Mapas temáticos apresentaram os padrões e tendências espaciais e taxas de incidência segundo bairros de residência. Entre os 1.400 casos estudados, a letalidade diminuiu de 61,3% para 17,8%, a razão entre sexos (4 homens/1 mulher) diminuiu durante o período do estudo, a principal via de exposição foi a sexual: bissexual (31%) e heterossexual (19,3%) e o alto índice de diagnóstico tardio realizado na fase sintomática da Aids (50,8%). Este estudo mostrou que a infecção pelo HIV/Aids em Manaus apresenta difusão lenta e progressiva localizada na área central da cidade, dispersiva no sentido centro-sul para o norte, leste e oeste.
Resumo:
INTRODUÇÃO: a transmissão vertical constitui a principal via de infecção infantil pelo vírus HIV-1 (vírus da imunodeficiência humana). A presente pesquisa tem como objetivo estudar a evolução clínica e laboratorial de crianças vivendo com HIV/AIDS decorrente da transmissão vertical. MÉTODOS: trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados em prontuário médico de todas as crianças atendidas em um Serviço de Assistência Especializada, no período de janeiro de 1998 a junho de 2006. RESULTADOS: foram avaliadas 80 crianças que preencheram critérios de inclusão. Observou-se que em 56 (70%) crianças, o diagnóstico da infecção pelo HIV na mãe deu-se após o parto e que em 44 (55%) o parto foi via vaginal. Amamentação ao seio materno foi documentada em 56 (70%) crianças e esta variou de um mês até mais de 12 meses. A não utilização ou uso incompleto do Protocolo ACTG 076 foi documentado em 63 (78,5%) casos. CONCLUSÕES: os dados observados em nosso estudo são bastante preocupantes e revelam falha na assistência materno-infantil, especialmente voltada para prevenção da transmissão.
Resumo:
INTRODUÇÃO: AIDS é uma doença causada pelo HIV que compromete o sistema imune do organismo. O advento da terapia antirretroviral (TARV) altamente eficaz promoveu melhora substancial do prognóstico da doença e da qualidade de vida dos pacientes com HIV/AIDS. Durante seu tratamento prolongado, notam-se algumas alterações hematológicas, dentre elas, anemia e macrocitose, bem como carências de micronutrientes, tais como, de vitamina B12 e ácido fólico. O objetivo do presente trabalho é relacionar a macrocitose e anemia ao uso de TARV, ou à deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico. MÉTODOS: Foram avaliados 110 pacientes HIV positivos, comparando-se aqueles em uso de TARV com zidovudina (AZT) (grupo 1), TARV sem AZT (grupo 2) ou sem uso de TARV (grupo 3). RESULTADOS: Os pacientes dos três grupos não apresentaram diferenças estatísticas significativas quanto aos níveis de hemoglobina (p = 0,584) e de ácido fólico (p = 0,956). Os pacientes do grupo 1 (G1) apresentaram volume corpuscular médio (VCM) aumentado quando comparado ao grupo 3 (G3) (p < 0,05), bem como do grupo 2 (G2) em relação ao G3 (p < 0,001). As dosagens de vitamina B12 do G1 e G3 foram menores do que as encontradas pelo G2 (p = 0,008). CONCLUSÕES: Conclui-se que os indivíduos em uso de TARV apresentaram macrocitose, embora não pudesse ser relacionada ao tipo de TARV ou a deficiência de vitamina B12. Entretanto, a deficiência de ácido fólico não esteve relacionada ao uso de TARV e nem à macrocitose.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Onicomicoses são comuns em pacientes imunocomprometidos embora espécies emergentes tenham sido verificadas, modificado o perfil epidemiológico desta micose. Assim, o objetivo desta pesquisa é avaliar o perfil clínico e micológico da onicomicose em pacientes com infecção pelo HIV/AIDS. MÉTODOS: Amostras clínicas foram coletadas, processados para exame direto e a cultura mantida a temperatura de 30°C e 37ºC durante 15 dias. RESULTADOS: Dos 100 pacientes, 32 apresentavam onicomicose. Os agentes isolados foram Candida albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. guilliermondii, Trichophyton rubrum, T. mentagrophytes, Fusarium solani, Scytalidium hialinum, S. japonicum, Aspergillus niger, Cylindrocarpon destructans e Phialophora reptans. CONCLUSÕES: Onicomicoses em HIV/AIDS apresentam variadas manifestações clínicas e podem ser causadas por fungos emergentes. As peculiaridades apresentadas pelos diferentes agentes de origem fúngica justificam a necessidade de identificação ao nível da espécie, com a finalidade de orientar uma melhor abordagem terapêutica e minimizar a exposição desses pacientes a condições de risco de uma infecção disseminada.
Resumo:
INTRODUCTION: Lipodystrophy is related to the use of highly active antiretroviral therapy (HAART) and can cause aesthetic stigma and increase the risk of developing cardiovascular diseases. Physical activity may be a valid alternative for the treatment and prevention of lipodystrophy. However, few studies address this issue. The objective of this study was to assess lipodystrophy related to highly active antiretroviral therapy in HIV/AIDS patients with different physical activity habits. METHODS: The sample was composed of 42 HIV/AIDS patients taking HAART medication who were visiting the Counseling and Testing Center (CTC) in Presidente Prudente. The level of physical activity was obtained using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ); lipodystrophy was diagnosed using a self-report questionnaire that was administered to the patient and then followed up by medical confirmation. The percentage of trunk fat was estimated by dual X-Ray absorptiometry (DEXA). Information about sex, age, length of HAART treatment, CD4+ T lymphocyte count (CD4) and viral load was also collected. RESULTS: A higher prevalence of lipodystrophy was observed in the sedentary group when compared to the physically active group, which indicates that physical activity may be a protective factor in relation to the occurrence of lipodystrophy. The group that had a higher CD4 had a higher proportion of lipodystrophy and a higher proportion of younger and physically active individuals. The patients with lipodystrophy had a higher percentage of trunk fat and were more sedentary than active individuals. CONCLUSIONS: A physically active lifestyle has a protective effect against the occurrence of lipodystrophy related to HAART.
Resumo:
The reactivation of human herpesvirus 6 (HHV-6) in patients with AIDS can result in an acute and severe diffuse meningoencephalitis. We describe the epidemiological, clinical and outcome findings of five patients with diagnosis of HIV/AIDS and central nervous system involvement (CNS) due to HHV-6. Fever was present in all the patients. Meningeal compromise, seizures and encephalitis were present in some of the patients. Polymerase chain reaction (PCR) of cerebrospinal fluid (CSF) specimens was positive for HHV-6 in all the patients. HHV-6 should be included among opportunistic and emerging pathogens that involve the CNS in patients with AIDS.
Resumo:
INTRODUCTION: Since the emergence of antiretroviral therapy, the survival of patients infected with human immunodeficiency virus has increased. Non-adherence to this therapy is directly related to treatment failure, which allows the emergence of resistant viral strains. METHODS: A retrospective descriptive study of the antiretroviral dispensing records of 229 patients from the Center for Health Care, University Hospital, Federal University of Juiz de Fora, Brazil, was conducted between January and December 2009. RESULTS: The study aimed to evaluate patient compliance and determine if there was an association between non-adherence and the therapy. Among these patients, 63.8% were men with an average age of 44.0 ± 9.9 years. The most used treatment was a combination of 2 nucleoside reverse transcriptase inhibitors with 1 non-nucleoside reverse transcriptase inhibitor (55.5%) or with 2 protease inhibitors (28.8%). It was found that patients taking lopinavir/ritonavir with zidovudine and lamivudine had a greater frequency of inadequate treatment than those taking atazanavir with zidovudine and lamivudine (85% and 83.3%, respectively). Moreover, when the combination of zidovudine/ lamivudine was used, the patients were less compliant (χ2 = 4.468, 1 degree of freedom, p = 0.035). CONCLUSIONS: The majority of patients failed to correctly adhere to their treatment; therefore, it is necessary to implement strategies that lead to improved compliance, thus ensuring therapeutic efficacy and increased patient survival.
Resumo:
INTRODUCTION: Studies strongly indicate Dientamoeba fragilis as one of the causes of diarrhea in human immunodeficiency virus (HIV) patients. METHODS: The objective of the present study was to evaluate the prevalence of D. fragilis associated with the causes of diarrhea in 82 HIV/ AIDS patients hospitalized at the Instituto de Infectologia Emílio Ribas from September 2006 to November 2008. RESULTS: In total, 105 samples were collected from 82 patients. Unprotected sex was the most frequent cause of HIV infection (46.3%), followed by the use of injectable or non-injectable drugs (14.6%). Patients presented with viral loads of 49-750,000 copies/ mL (average: 73,849 ± 124,850 copies/mL) and CD4 counts ranging of 2-1,306 cells/mm³ (average: 159 ± 250 cells/mm³). On an average, the odds of obtaining a positive result by using the other techniques (Hoffman, Pons and Janer or Lutz; Ritchie) were 2.7 times higher than the chance of obtaining a positive result by using the simplified iron hematoxylin method. Significant differences were found between the methods (p = 0.003). CONCLUSIONS: The other techniques can detect a significantly greater amount of parasites than the simplified iron hematoxylin method, especially with respect to Isospora belli, Cryptosporidium sp., Schistosoma mansoni, and Strongyloides stercoralis, which were not detected using hematoxylin. Endolimax nana and D. fragilis were detected more frequently on using hematoxylin, and the only parasite not found by the other methods was D. fragilis.
Resumo:
INTRODUCTION: The present study investigated cancer prevalence and associated factors among HIV-infected individuals attending an AIDS outpatient clinic in Vitória, State of Espírito Santo, Brazil. METHODS: A sectional study was conducted among HIV infected adults attending an AIDS outpatient clinic in Vitória, State of Espírito Santo, Brazil. Demographic, epidemiological and clinical data were abstracted from medical records, including cancer diagnoses; nadir and current CD4 cell count, HIV viral load, time on antiretroviral treatment (ART), type of ART and smoking status. RESULTS: A total of 730 (91.3%) patients were included in the study. Median age was 44.0 [interquartile range (IQR): 35-50.3] years; median time since HIV diagnosis was 5.5 years (IQR: 2-10); 60% were male; and 59% were white. Thirty (4.1%) cases of cancer were identified of which 16 (53%) were AIDS defining cancers and 14 (47%) were non-AIDS defining malignancies. Patients diagnosed with cancer presented higher chance of being tobacco users [OR 2.2 (95% CI: 1.04-6.24)]; having nadir CD4 ≤200 cells/mm³ [OR 3.0 (95% CI: 1.19-7.81)] and higher lethality [OR 13,3 (95% CI: 4,57-38,72)]. CONCLUSIONS: These results corroborate the importance of screening for and prevention of non-AIDS defining cancers focus in HIV-infected population, as these cancers presented with similar frequency as AIDS defining cancers.