1000 resultados para Hanseníase tuberculóide Teses
Resumo:
Em hansenianos internados num sanatório em Bambui, Minas Gerais, área endêmica de doença de Chagas, encotrou-se 38.63% de positividade da reação de Guerreiro & Machado, realizando-se exames clÃnicos, radiològicos e eletrocardiográficos em pacientes do grupo positivo e negativo. Os resultados são comparados a outros dados da região, sugerindo que o tratamento sulfônico. nestes casos, não interferiu na positividade daquela reação. Não parece ter havido influência do processo leprótico sobre a evolução da doença de Chagas e nem desta sóbre a lepra. Os estudos realizados sôbre o grupo não chagásico deixam entrever a possibilidade da existência de conseqüências cardiovasculares da hanseniase, aparentemente mal delimitadas e pouco estudadas na literatura.
Resumo:
Ao estudar 30 casos de cromoblastomicose diagnosticados no Hospital dos Servidores do Estado do Maranhão, no perÃodo de novembro de 1988 a março de 1993, os autores observaram 2 (6,6 %) casos, que apresentaram associação desta doença com hansenÃase. O primeiro paciente desenvolveu as duas doenças concomitantemente, apresentando espessamento no nervo cubital bilateral, mal perfurante plantar em pé direito e lesões em placas verrucóides na perna esquerda, com biópsia de nervo cubital direito positiva para hansenÃase dimorfa T e biópsia da lesão em placa, positiva para Fonsccaea pedrosoi. O segundo caso, paciente com história de hansenÃase virchowiana há 30 anos, em pausa terapêutica por "cura", com lesões verrugo-confluentes em cotovelo direito há 12 meses, histopatológico e cultura positiva, para cromoblastomicose. Os possÃveis fatores para o desenvolvimento da cromoblastomicose nestes pacientes são discutidos.
Resumo:
Relata-se caso de hansenÃase virchowiana diagnosticada à necropsia, com alterações cardÃacas causadas diretamente por micobactérias, em homem de 34 anos portador de miocardiopatia crônica chagásica. Enfatiza-se o possÃvel papel de mediadores inflamatórios na gênese da disfunção miocárdica; bem como a possibilidade de que fatores associados à insuficiência cardÃaca, como esplenomegalia congestiva e infartos esplênicos, possam causar imunodepressão, predispondo à infecção generalizada.
Resumo:
Durante o curso da hansenÃase, o edema comumente descrito como um sintoma de estados reacionais, pode ocorrer. Tanto o diagnóstico como a terapêutica adequada são, freqüentemente, difÃceis de conseguir e assim podem acarretar permanente dano aos membros inferiores. Em um ano de acompanhamento, pacientes hansenianos - 10 multibacilares e 1 paucibacilar -, que foram submetidos a um protocolo clÃnico para o diagnóstico e classificação histopatológica, apresentaram clinicamente edema, localizado ou sistêmico. Entre estes pacientes, cinco apresentaram simultaneamente outros sintomas de reação, 4 foram classificados como reação Tipo I e um como reação tipo II. Por outro lado, três pacientes não apresentaram reação no momento do diagnóstico, mas desenvolveram alguns aspectos de reação posteriormente (2 tiveram neurite e um teve reação tipo I). Os edemas observados precedendo ou associados a quadros reacionais apresentaram ótima resposta clÃnica à s drogas de ação anti-inflamatória (corticóide, talidomida e pentoxifilina) utilizadas para o tratamento dos estados reacionais, na ausência de qualquer outro tratamento normalmente usado para edema. Embora necessitem ser confirmados por estudos controlados, estes dados sugerem fortemente que mecanismos imunológicos estejam envolvidos na fisiopatologia dos edemas na hansenÃase.
Resumo:
A implementação da poliquimioterapia (PQT/OMS) - composta pelas drogas dapsona, clofazimina e rifampicina - possibilitou a cura da hansenÃase, porém não foram priorizados o manejo dos efeitos adversos pelas equipes de saúde. Objetivando determinar a magnitude dos efeitos adversos da poliquimioterapia para hansenÃase e relacioná-los como possÃvel causa de não adesividade do paciente ao tratamento, revisou-se prontuários de 187 pacientes tratados com PQT, de 1995 a 2000, no Centro de Saúde Escola (CSE) <FONT FACE=Symbol>-</FONT>UFU, com registro de efeitos colaterais em 71 pacientes (37,9%). Dentre os 113 efeitos adversos, 80 (70,7%) relacionaram-se à dapsona, 7 (6,2%) à rifampicina, 26 (20,5%) à clofazimina. Esses efeitos levaram à mudança de esquema terapêutico em 28 (14,9%) dos 187 pacientes ou 39,4% dos 71 com efeitos adversos. Discute-se a importância de considerar os efeitos adversos da PQT na capacitação das equipes de saúde para maior adesão do paciente ao tratamento, colaborando para eliminar a hansenÃase como problema de saúde pública.
Resumo:
Estudo transversal, realizado de agosto/1998 a novembro/2000, envolvendo 207 pacientes hansenianos com o objetivo de analisar o perfil socioeconômico, demográfico e ambiental e as incapacidades fÃsicas em decorrência da doença. O estudo foi desenvolvido em Buriticupu, área hiperendêmica em hansenÃase, localizado na Amazônia do Maranhão. O grau de incapacidade foi determinado de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil. A avaliação clÃnica e os resultados do exame fÃsico foram registrados em uma ficha padronizada. Observou-se predomÃnio de pessoas casadas (45,9%), com escolaridade de 1º grau (56%), lavradores (40,1%), com renda familiar inferior a um salário mÃnimo (76,3%), na faixa etária de 14 a 44 anos (63,3%), do gênero masculino (60,9%) e da cor parda (67,6%). 44% residiam em casa de taipa, 82,6% destinavam os dejetos em fossa negra, 63,8% lançavam o lixo a céu aberto, 58% utilizavam água proveniente de poço e 51,7% não tratavam a água utilizada para ingestão. A maioria (75,4%) apresentava algum grau de incapacidade fÃsica, sendo predominante o Grau I (67,6%). Os segmentos mais afetados foram pés (62,3%), olhos (51,2%) e mãos (7,2%), sendo o maior percentual de incapacidades fÃsicas observado entre os da forma dimorfa (93%) principalmente em mãos e pés, e na forma virchowiana maior freqüência de incapacidades oculares. Conclui-se que a hiperendemicidade associada a precárias condições socioeconômicas e ao elevado Ãndice de incapacidades fÃsicas podem interferir na qualidade de vida dos pacientes.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo detectar os casos novos de hansenÃase do perÃodo de 1998 a 2005 no municÃpio de Prudentópolis, PR. Assim como, verificar a faixa etária e a forma clÃnica predominante entre os casos de hansenÃase. Os dados foram obtidos através das fichas clÃnico-epidemiológicas de casos com diagnóstico definitivo de hansenÃase notificado no Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação, de 1998 a 2005. Neste perÃodo, foram relatados 222 casos de hansenÃase, dos quais 63% apresentavam a forma multibacilar, com predominância da forma clÃnica virchowiana, indicando um processo de intensa transmissão da doença. Dos casos de hansenÃase, 35% dos pacientes se encontravam na faixa economicamente ativa, 31 a 45 anos. Esses indicadores apontam para uma elevada circulação do bacilo na comunidade, já que um fator de risco para infecção pelo bacilo Mycobacterium Leprae é o contato com pacientes com a forma multibacilar, sem tratamento, embora nas duas últimas décadas, tenha havido redução drástica da prevalência da hansenÃase pela implementação da poliquimioterapia e outras medidas preventivas.
Resumo:
O episódio reacional tipo 1 ou reação reversa é ocorrência inflamatória aguda que atinge a pele e nervos periféricos, encontrada em até 30% dos pacientes com hansenÃase, sendo causa comum de incapacidade fÃsica. Fatores de risco associados incluem uso de poliquimioterapia e infecções virais. Neste estudo, foram avaliados 620 pacientes com hansenÃase. Reação reversa foi diagnosticada em 121 (19,5%) casos, sendo mais freqüente nos indivÃduos borderlines (48%). InÃcio da poliquimioterapia foi considerado fator de risco para reação reversa, com 52% dos casos apresentando o primeiro episódio neste momento. Neurite foi documentada em 73% dos casos. A presença de vÃrus B ou C da hepatite foi documentada em 9% de 55 pacientes com reação reversa e em nenhum dos 57 pacientes sem reação (p = 0, 026; teste exato de Fisher), sugerindo possÃvel papel destes agentes como fatores de risco para desenvolvimento de reação reversa na hansenÃase.
Resumo:
A neurite na hansenÃase é responsável pelas deformidades e incapacidades. O objetivo desta coorte histórica foi investigar os fatores de risco associados ao tempo até a ocorrência da neurite. Foram acompanhados 595 pacientes, no perÃodo de 1993 a 2003. Empregou-se a técnica de tabela de vida e o método de Kaplan-Meier para a curva de sobrevida. Para testar diferenças entre os grupos quanto ao tempo até a ocorrência de neurite, foi usado o log-rank e para estimar as razões de risco, o modelo de regressão de Cox. Pouco mais da metade (54%) da amostra teve neurite, sendo o principal intervalo de tempo de zero a 11,9 meses. O grau de incapacidade na admissão e o Ãndice baciloscópico associaram-se fortemente à ocorrência de neurite, confirmando a necessidade do diagnóstico precoce da hansenÃase, bem como do acompanhamento neurológico regular e intervenções adequadas.
Resumo:
A taxa de detecção da hansenÃase no Brasil aumentou nas duas últimas décadas do século XX, sendo que a reforma sanitária ocorreu no mesmo perÃodo. A taxa de detecção é função da incidência real de casos e da agilidade diagnóstica do sistema de saúde. Utilizou-se a cobertura vacinal por BCG como uma variável procuradora do acesso à atenção primária em saúde. Uma regressão log-normal foi ajustada à taxa de detecção de 1980 a 2006, com o tempo, tempo ao quadrado e da cobertura do BCG como variáveis independentes, sendo positivo o coeficiente de regressão desta última variável, sugerindo que o comportamento da taxa de detecção da hansenÃase refletiu a melhora de acesso à atenção primária no perÃodo estudado. A tendência de aumento da taxa de detecção se reverte em 2003, indicando o inÃcio de uma nova fase no controle da hansenÃase.
Resumo:
A sorologia utilizando o antÃgeno espécie-especÃfico do Mycobacterium leprae, PGL-I, pode ser um marcador de carga bacteriana em pacientes com hansenÃase. Estudos identificaram potencial de uso da sorologia na classificação de pacientes para fins de tratamento, monitoramento de terapia, risco de recidiva e na seleção dos contatos com maior risco de adoecer. Foi realizada uma revisão sistemática e 26 artigos foram incluÃdos na análise comparativa. Avaliamos os resultados do uso da sorologia PGL-I em diferentes situações, suas limitações e possÃveis aplicações. Estudos mostraram eficácia da sorologia PGL-I na classificação de pacientes, monitoramento da terapia, e nas reações hansênicas como teste preditivo. Para diagnóstico precoce e seguimento de população de alto risco, as metodologias utilizadas ainda não demonstraram custo-benefÃcio favorável, porém estudos indicam que a utilização do teste poderá influenciar positivamente nos programas de controle da hansenÃase. Com técnicas simples e robustas, o uso da sorologia PGL-I é viável.
Resumo:
O ML Flow e o ELISA PGL-I são testes sorológicos que detectam anticorpos IgM contra o glicolipÃdio fenólico I especÃfico do Mycobacterium leprae. Para avaliar o comportamento destes testes em áreas endêmica e não endêmica para hansenÃase foram estudados 351 voluntários no Brasil e no Chile, incluindo pacientes com hansenÃase, controles sadios, portadores de outras doenças infecciosas, não infecciosas e dermatoses que fazem diagnóstico diferencial com hansenÃase. O ponto de corte do ELISA foi estabelecido pelo método da Curva ROC (> 0,157). Em área endêmica, o ML Flow apresentou resultados positivos em 70% dos pacientes com hansenÃase; o ELISA foi positivo em 53,3%. Em área não endêmica, o ML Flow foi negativo em todos os voluntários testados; o ELISA foi positivo em 4 voluntários. O ML Flow é um ensaio mais rápido, facilmente aplicável e, portanto, mais adequado para ser utilizado na Atenção Básica; o ELISA necessita, alem de uma infra-estrutura de laboratório adequada, pessoal treinado e especializado em sua execução.