999 resultados para Fungos patogênicos
Resumo:
A Reserva Indígena Xacriabá situa-se no norte do Estado de Minas Gerais, próxima do município de Manga e do vale do Rio São Francisco. A população índia é miscigenada com brancos e negros e exerce atividades agrícolas e pecuária. Amostras de sangue foram coletadas de 180 habitantes da Reserva (85 homens e 95 mulheres), com 15 a 84 anos de idade, testando-se o soro pelo método da contraimunoeletroforese com antígenos de Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum, Cryptococcus neoformans e Candida albicans. Verificou-se soros reagentes em, respectivamente, 5%, 3,9%, 7,2% e 6,7% do total de amostras. Os indivíduos reativos com antígenos de P. brasiliensis e H. capsulatum eram predominantemente mulheres e tinham idade menor e títulos médios mais elevados de anticorpos do que os reativos com outros antígenos.Os resultados são sugestivos da ocorrência de paracoccidiodomicose-infecção e de histoplasmose-infecção, nas primeiras décadas de vida dos habitantes, na área da Reserva Indígena Xacriabá.
Resumo:
Avaliaram-se 40 amostras de ostras (Crassostrea rhizophorae) servidas in natura em 15 restaurantes da Cidade do Rio de Janeiro, a fim de investigar a presença de Vibrio spp. As amostras de ostras foram analisadas e submetidas a enriquecimento em água peptonada alcalina adicionada de 1 e 3% de NaCl, incubadas a 37°C por 24 horas. Em seguida, os cultivos foram semeados em agar tiossulfato citrato bile sacarose e as colônias suspeitas foram submetidas à caracterização bioquímica. Vibrio parahaemolyticus, Vibrio carchariae, Vibrio alginolyticus e Vibrio vulnificus representaram as principais espécies (> 60%) isoladas a partir das ostras in natura.
Resumo:
A despeito da relativa freqüência de infecções fúngicas oportunísticas em pacientes sob hemodiálise, os reservatórios ambientais destes permanecem desconhecidos, embora alguns estudos recentes tenham correlacionado o suprimento de água como fonte desses microrganismos. O objetivo deste trabalho foi monitorar a qualidade micológica do sistema hídrico de uma Unidade de Hemodiálise, do interior do Estado de São Paulo, Brasil, no período entre abril e julho de 2006. Foram coletadas amostras (15), de 1000mL em 7 pontos de distribuição de água empregando-se técnica da membrana filtrante (0,45µm). Foram isolados 116 fungos filamentosos, dos quais 47 (40,5%) Trichoderma sp, 29 (25%) Cladosporium sp, 16 (13,8%) Aspergillus sp e 11 (9,5%) Fusarium sp. Mediante os resultados, sugerimos que suprimentos de água para Unidades de Hemodiálise devam ser monitorados também quanto ao aspecto micológico, adotando-se medidas profiláticas eficazes que minimizem a exposição destes pacientes imunodeficientes a fontes aquáticas ambientais contaminadas.
Resumo:
Existe preocupação sobre as reais possibilidades de agravos à saúde pública que possam ser causados pela veiculação de agentes patogênicos através de formigas urbanas. O presente trabalho teve por objetivo isolar e identificar os microrganismos associados às formigas em ambiente hospitalar. Foram coletadas 125 formigas, da mesma espécie, em diferentes unidades de um Hospital Universitário. Cada formiga foi coletada com swab embebido em solução fisiológica e transferida para um tubo com caldo Brain Heart Infusion e incubados 35ºC por 24 horas. A partir de cada tubo, com crescimento, foram realizadas inoculações, em meios específicos, para isolamento dos microrganismos. As formigas apresentaram alta capacidade de veiculação de grupos de microrganismos, sendo que 63,5% das cepas eram bacilos Gram positivos produtores de esporos, 6,3% eram bacilos Gram negativos, cocos Gram positivos corresponderam a 23,1% das cepas, 6,7% eram fungos filamentosos e 0,5% eram leveduras. Desta forma, pode-se inferir que as formigas podem ser um dos responsáveis pela disseminação de microrganismos em ambientes hospitalares.
Correlação epidemiológica entre fungos queratinofílicos isolados do solo e agentes de dermatomicoses
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo isolar e identificar os fungos queratinofílicos do solo e correlacioná-los com os agentes de dermatomicose. De acordo com nossos resultados, o predomínio de Trichophyton tonsurans como agente de dermatomicose em crianças na cidade do Recife, PE deve-se provavelmente ao maior contato destas com o solo.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Strongyloides stercoralis é um nematoide que infecta grande parte da população mundial. MÉTODOS: O objetivo deste trabalho foi comparar a capacidade predatória dos fungos nematófagos Duddingtonia flagrans (AC001), Monacrosporium thaumasium (NF34) e Arthrobotrys robusta (I-31) sobre larvas infectantes (L3) de Strongyloides stercoralis em condições laboratoriais no meio ágar-água 2%. RESULTADOS: Ao final do experimento, os percentuais de redução de L3 de Strongyloides stercoralis observados foram de: 83,7% (AC001); 75,5% (NF34) e 73,2% (I-31). CONCLUSÕES: Os fungos nematófagos foram capazes de capturar e destruir in vitro as L3, podendo ser utilizados como controladores biológicos de Strongyloides stercoralis.
Resumo:
Fundação para a Ciência e a Tecnologia(FCT)
Resumo:
INTRODUÇÃO: Strongyloides venezuelensis tem sido utilizado como um modelo para estudo da estrongiloidose humana. MÉTODOS: O objetivo deste trabalho foi comparar a capacidade predatória dos fungos nematófagos Duddingtonia flagrans (AC001), Arthrobotrys robusta (I-31) e Monacrosporium sinense (SF53) sobre larvas infectantes (L3) de Strongyloides venezuelensis em condições laboratoriais no meio ágar-água 2%. RESULTADOS: Ao final do experimento, os percentuais de redução de L3 de Strongyloides venezuelensis observados foram de: 93% (AC001); 77,2% (I-31) e 65,2% (SF53). CONCLUSÕES: Os fungos nematófagos foram capazes de capturar e destruir in vitro as L3, podendo ser utilizados como controladores biológicos de Strongyloides venezuelensis.
Resumo:
É apresentada a lista de 81 tipos nomenclaturas de fungos da Coleção Chaves Batata e colaboradores depositada no Henrbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia. Os táxons pertencem as subdivisões Ascomycotina (65) e Deuteromycotina (16), para os quais são fornecidos: nome, literatura original, número do herbário, classificação do tipo e dados de coleta.
Resumo:
Cem amostras de castanhas do Para, procedentes dos Estados do Amazonas e Sao Paulo, foram analisadas micológico e toxicologicamente para aflatoxinas B1 e G1. Isolou-se 312 colônias de fungos, sendo 91 do gênero Aspergillus, 83 do gênero Penicillium e as restantes incluídas em 23 gêneros diferentes. Entre as amostras de Aspergillus, 26 foram aflatoxigênicos, distribuídos em 3 espécies: Aspergillus flavas Link (18); Aspergillus parasiticus Speare (7) e Aspergillus fresenii Subram (1). Dos 100 extratos de castanhas analisados 3 foram positivos para aflatoxina.
Resumo:
A enzima β-D-frutosiltransferase é responsável pela síntese de FOS (frutooligossacarídeos) a partir de sacarose por reação de transfrutosilação é produzida por diferentes micro-organismos, principalmente por fungos filamentosos. O objetivo deste trabalho foi selecionar a melhor linhagem fúngica produtora da -D-frutosiltransferase por fermentação em estado sólido, bem como o método de extração. A fermentação em estado sólido utilizando o substrato farelo de trigo umedecido com solução de sacarose atingindo 70% de umidade na concentração de esporos de 107 no tempo de 96 horas de crescimento. Todas as linhagens manipuladas apresentaram atividade hidrolítica, no entanto apenas uma linhagem não demonstrou atividade transfrutosilação. O isolado SIS 14 que pertence ao gênero Aspergillus sp. destacou-se pelos maiores valores em atividade no método de extração utilizando água destilada, apresentando 300,90 U/mL na atividade de transfrutosilação e na atividade hidrolítica de 155,74 U/mL. Contudo, pode-se perceber que dos solventes estudados a água destilada foi melhor obtendo o valor em atividade de transfrutosilação, como também a linhagem SIS 14 é promissora para a produção da β-D-frutosiltransferase.
Resumo:
Na Amazônia encontra-se um grande número de espécies florestais, muitas delas já com reconhecido valor econômico, como a Abiurana (Eremoluma williamií), Andiroba (Carapa guianensis), Cardeiro (Scleronema micranthum), Cedrorana (Cedrelinga catenaeformis), Cumarú (Dipterix odorata), Jacareúba (Calophyllum angulare), Marupá (Simaruba amara) e Piquiá (Caryocar villosum). Pouco se sabe sobre suas características nutricionais e infecções por micorrizas arbusculares (MA) quando em solos ácidos e de baixa fertilidade da região. Com o objetivo de obter informações neste sentido, foi realizada uma avaliação de campo com estas espécies em fase adulta. Foram coletadas amostras de solos (rizosfera), raízes e folhas das espécies, de plantios experimentais na Estação Experimental de Silvicultura Tropical do INPA, Manaus, AM, em dois solos podzólicos. Todas as espécies apresentaram infecções por MA, mas diferiram quanto às colonizações, bem como nas concentrações de macro e micronutrientes nas folhas. Foram encontradas algumas correlações significativas (oito de um total de 64) entre as colonizações por micorrizas nas raízes e os teores de Ca, P, Cu, Fe, Mn c Zn nas folhas das espécies. Estas correlações estatisticamente significativas indicam que as endomicorrizas estão contribuindo para a absorção de nutrientes pelas plantas nas condições de terra firme da Amazônia Central.
Resumo:
Foram estudadas as mudanças micromorfotógicas e químicas que ocorrem na madeira de "açacu" Hura crepitans L. através de vários estágios de deterioração provocada pelos fungos Pycnoporus sanguineus (L.: F.) Murr, Antrodia albida (F.) Donk e Tyromyces sp. coletados nos arredores do município de Manaus, AM, Brasil. O microscópio eletrônico de varredura foi utilizado para a observação da extensão do ataque dos fungos aos diversos elementos xilemáticos de Hura crepitans. A otimização das condições de cultivo para os fungos foi estudada no que diz respeito ao efeito da temperatura e pH no crescimento micelial utilizando diferentes meios de cultura. Os fungos tendem a preferir um ambiente com pH entre 5.0-8.0 sendo o pH 6.0 o ótimo. A temperatura ótima ficou na faixa de 30-35 ºC. Ocorreu a perda progressiva do teor de lignina. Os polissacarídeos são degradados simultaneamente com a lignina, sendo que esta é degradada no estágio inicial com razão superior a dos polissacarídeos especialmente para P. sanguineus e Tyromyces sp. A medida que a lignina é removida, a estrutura fibrilar da celulose na parede celular torna-se evidente. Os elementos de vaso são completamente destruídos no estágio inicial da deterioração. Ocorre o estreitamento da parede celular dos elementos fibrosos adjacentes aos raios com ataque à parede primária e secundária. No estágio mais avançado de deterioração ocorre a destruição dos raios e a formação de cristais (presumivelmente oxalato de cálcio).
Resumo:
A durabilidade da madeira de Bactris gasipaes Kunth (pupunha) face aos fungos foi avaliada em ambiente florestal e urbano e em condições de laboratório. Foram utilizadas, cinco árvores com espinhos e cinco sem espinhos da população Tabatinga, raças Putumayo, sendo retirados discos de 25-30cm da base, meio e do topo de cada pupunheira e colocados em uma área florestal próxima ao Banco Ativo de Germoplama de B. gasipaes (2°38'S, 60°03'W). Os discos foram inspecionados trimestralmente, para acompanhar o processo de biodeterioração da madeira causado por fungos durante dezoito meses. No ensaio em ambiente urbano, as amostras do estipe foram distribuídas, uma na posição côncava e outra na convexa, sobre uma estrutura de madeira localizada em uma área próxima da CPPF do Campus do INPA, Manaus e inspecionadas bimestralmente por um ano. Em ambiente florestal, o revestimento dos discos mostrou-se suscetível aos fungos Hymenogramme javanensis Mont. & Berk. e Hypoxylon rubiginosum (Pers.: Fr.) Fr.. Em ambiente urbano, a madeira apresentou alta susceptibilidade a Lenzites striata (Swart.: Fr.) Fr. e a Lenzites sp. e o revestimento a Porostereum amethysteum Hjortst. & Ryv. e a Stereum strigoso-zonatum (Sch.) G. H. Cunn.. Em condições de laboratório, a madeira da pupunheira demonstrou alta resistência aos fungos Lenzites trabea Pers.:Fr., Polyporus fumosus Pers.:Fr. e Pycnoporus sanguineus (L.:Fr.) Murr.
Resumo:
Visando conhecer a diversidade e a incidência de fungos emboloradores e manchadores de madeira da região Amazônica, foi realizado um levantamento em 12 espécies florestais, estocadas em quatro indústrias madeireiras de Manaus. De cada espécie florestal selecionaram-se cinco toras, das quais retiraram-se amostras de onde procedeu-se isolamento dos fungos. Foram isolados 106 fungos associados às essências florestais, representados por nove gêneros e por dezesseis espécies. Paecilomyces variotii e Lasiodiplodia theobromae foram as espécies fúngicas mais freqüentemente associadas às espécies florestais. Ceiba pentandra e Hura crepitans foram as essências florestais que apresentaram maior diversidade de fungos, com sete espécies cada uma. Hymeneae courbaril foi a que apresentou menor diversidade de fungo, com apenas uma espécie.