931 resultados para Doenças cardiovasculares Teses


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As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no mundo, e tm a hipertenso arterial sistmica (HAS) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como uns dos seus principais fatores de risco. Sabidamente, a HAS e o DM2 so doenças frequentemente associadas. A escolha dos frmacos anti-hipertensivos a serem utilizados no tratamento de pacientes hipertensos diabticos tem como objetivo o controle da presso arterial, a reduo da morbimortalidade das complicaes macro e microvasculares. Alteraes na funo endotelial precedem as alteraes morfolgicas do vaso e contribuem para o desenvolvimento das complicaes macrovasculares. O objetivo deste estudo foi avaliar a associao de alteraes vasculares funcionais com o uso de losartana ou anlodipino em pacientes hipertensos e diabticos tipo 2. Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados prospectiva. Os pacientes includos foram randomizados e divididos em dois grupos, sendo avaliados na sexta semana da utilizao de losartana 100 mg/dia ou anlodipino 5 mg/dia, com aferio da PA, realizao de monitorizao ambulatorial da presso arterial e testes para avaliao de parmetros vasculares como tonometria de aplanao, velocidade de onda de pulso (VOP) e dilatao mediada por fluxo (DMF) da artria braquial. Foram includos 42 pacientes, 21 em cada grupo. A distribuio da amostra demonstrou uma predominncia do sexo feminino (71%) nos dois grupos e uma semelhana na idade mdia dos pacientes (54,06,9 anos, no grupo losartana e 54,94,5 anos, no grupo anlodipino). A mdia dos valores de presso arterial na sexta semana foram 15319/909 mmHg no grupo losartana e 14514/848 mmHg no grupo anlodipino, no havendo diferena estatstica entre os grupos. O augmentation index (AIx; 309% vs. 368%, p=0,025), assim como a augmentation pressure (166 mmHg vs. 208 mmHg, p=0,045) foram menores no grupo anlodipino do que no grupo losartana. Os valores obtidos para VOP e DMF foram semelhantes nos dois grupos. Em pacientes hipertensos e diabticos tipo 2, o tratamento com anlodipino em dose mdia comparado com losartana em dose mxima associou-se a menores nveis de presso arterial casual. Menores valores de AIx foram observados no grupo anlodipino, com um padro de reflexo da onda de pulso mais favorvel neste grupo. Os valores da VOP e DMF encontrados foram semelhantes nos dois grupos podendo sugerir influncias da losartana sobre os parmetros vasculares independentes do efeito pressrico.

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Estudos recentes tm avaliado a presena de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoprotena, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatrias intestinais (DII) e suas possveis correlaes com aspectos clnicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da anlise gentica de populaes distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 esto associados com as DII em populao do sudeste do Brasil e suas possveis correlaes com fentipos, atividade de doena, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como mtodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doena de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idioptica (RCUI), que foram recrutados atravs de critrios diagnsticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequncias genotpicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na populao de estudo. Associaes de gentipo-fentipo com caractersticas clnicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutaes foram calculados. Nenhuma diferena significativa foi observada nas freqncias genotpicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associaes significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fentipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposio ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associaes positivas tambm foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, atividade moderada/severa da doena (OR: 3,54, p = 0,046), e resistncia / refratariedade ao corticosteride (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimrficos. Nenhuma associao significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotpicas, atividade de doena ou resposta ao tratamento da RCUI. Em concluso, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fentipo estenosante, como tambm estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relao com a DC suporta a existncia de papis adicionais para o MDR1 em mecanismos especficos subjacentes na patognese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediao e regulao da fibrose. Alm disso, compreender os efeitos de vrios frmacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrio personalizada de regimes teraputicos.

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Introduo. As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na populao brasileira. Desta forma, o Ministrio da Sade apresentou o HiperDia, um sistema de cadastramento e acompanhamento de portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS. Objetivo. Descrever o perfil dos hipertensos e diabticos cadastrados no sistema HiperDia das oito unidades bsicas do municpio de Rio Claro/RJ, no perodo de janeiro a dezembro de 2012. Mtodos. Os dados de bitos foram obtidos a partir do Sistema de Informaes de Mortalidade (SIM), e as populaes estimadas pelo IBGE, foram tambm obtidas na pgina do MS. As demais informaes foram coletadas por meio de uma planilha de dados agregados, elaborada a partir da prpria ficha de cadastramento do HiperDia e distribudo s unidades. Resultados. Pde-se observar que a grande maioria dos pacientes cadastrados no HiperDia era portadora de hipertenso (95%) e que mais de 1/5 (21%) dos pacientes tinham as duas doenças concomitantemente. Alm disso, mais de 4/5 (82%) dos pacientes com DM tambm apresentou HAS. As mulheres cadastradas foram maioria em ambas as doenças, tendo sido 63,2% e 71%, para HAS e DM, respectivamente. No que diz respeito idade, ambas as doenças tiveram ocorrncia mais elevada em grupos etrios mais velhos, embora a prevalncia de DM parea ter se mantido constante para aqueles com 60 anos de idade ou mais. O fator de risco mais relevante para as duas doenças foi o sedentarismo, referido por 76% e 69% daqueles com HAS e DM, respectivamente. Concluso. Conclui-se sobre a necessidade de modificar a ficha de coleta de dados do HiperDia e de monitoramento mais assduo dos pacientes. Sugestes de Sade Pblica. Sugere-se incluso de informaes na ficha de coleta de dados do HiperDia sobre os nveis de glicemia e amputao de extremidades dos membros inferiores depois de trs anos matriculados no programa, no caso de DM, e informao sobre a manuteno de nveis de presso arterial sob controle, no caso de HAS, alm de informaes mais detalhadas sobre os fatores de risco referidos.

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A apneia obstrutiva do sono (AOS) considerada um fator de risco independente para as doenças cardiovasculares. Existem evidncias de que indivduos com apneia obstrutiva do sono podem apresentar elevao nos mediadores inflamatrios, alteraes no perfil metablico, aumento na atividade do sistema nervoso simptico, com consequente elevao da presso arterial e disfuno endotelial. Nos ltimos anos, inmeros estudos tem apontado a AOS como um dos fatores responsveis pela hipertenso resistente. O objetivo do estudo foi avaliar a presena da apneia obstrutiva do sono e o comportamento da funo endotelial em pacientes com hipertenso resistente, comparando com hipertensos apresentando presso arterial controlada com at 3 classes diferentes de frmacos anti-hipertensivos. Trata-se de um estudo transversal com 40 pacientes hipertensos: 20 com hipertenso arterial resistente (HAR) e 20 com presso arterial controlada por medicao (hipertenso arterial controlada; HAC), sem distino de raa ou gnero, com idade entre 18 e 75 anos. A presso arterial casual e a monitorizao ambulatorial da presso arterial foram aferidas por mtodo oscilomtrico em aparelhos automticos. A funo endotelial e a presena da apneia obstrutiva do sono foram avaliadas atravs da tonometria arterial perifrica pelos equipamentos Endo-PAT2000 e o aparelho porttil Watch-PAT200, respectivamente. A avaliao antropomtrica foi realizada atravs das aferies das circunferncias da cintura e do pescoo, ndice de massa corporal (IMC), e relao cintura-estatura. A composio corporal foi avaliada por bioimpedncia eltrica BIODYNAMICS 450. As anlises estatsticas foram realizadas pelo software GraphPad PRISM, verso 6.01. A prevalncia de AOS no grupo com HAR foi de 85% (ndice de apneia-hipopneia [AHI]= 12,391,89) e de 80% no grupo com HAC (AHI =20,744,69), sendo mais frequente em homens (p=0,04; OR=3,86; 95% IC 0,99 a 14,52). Os dois grupos apresentaram valores semelhantes das variveis antropomtricas avaliadas. A funo endotelial avaliada pelo ndice de hiperemia reativa foi similar nos dois grupos (grupo HAR: 1,880,09 vs. grupo HAC: 2,030,09; p=0,28). Apesar do nmero de dessaturaes de oxignio >4% ter apresentado diferena significativa entre os grupos (grupo HAR: 28,755,08 vs. grupo HAC: 64,1516,97; p=0,04), o tempo total de sono (grupo HAR: 309,515,27 vs. grupo HAC: 323,318,74 min) e a saturao mnima da oxi-hemoglobina (grupo HAR: 87,80,85 vs. grupo HAC: 83,32,37%) no mostraram essa diferena. Considerando todos os pacientes hipertensos, o AHI apresentou correlao significativa com o peso corporal (r=0,51; p=0,0007), o IMC (r=0,41; p=0,007), a circunferncia da cintura (r=0,44; p=0,005), a circunferncia do pescoo (r=0,38; p=0,01) e a relao cintura-estatura (r=0,39; p=0,01). Os pacientes sem AOS em comparao com os pacientes com AOS, apresentaram risco significativamente menor de apresentar comprometimento da funo endotelial (OR=0,17; 95% IC 0,04-0,72; p=0,03). Os achados do presente estudo sugerem que a prevalncia de AOS em pacientes com hipertenso resistente elevada, porm semelhante a de indivduos com hipertenso controlada. Pacientes com hipertenso resistente e controlada no apresentaram diferenas significativas em relao funo endotelial. A gravidade de AOS no grupo total de hipertensos se associou com maior risco de comprometimento da funo endotelial.

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A azatioprina e a 6 mercaptopurina (6-MCP) so drogas muito utilizada no tratamento das doenças inflamatrias intestinais (DII), porm esto associadas a vrios efeitos colaterais. A determinao prvia do gentipo da tiopurina metiltransferase (TPMT) pode identificar pacientes de maior risco de toxicidade a droga. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalncia dos polimorfismos do gene da TPMT em pacientes com DII acompanhados no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ, comparando com a prevalncia em outras populaes e correlacionar a presena desses polimorfismos com a toxicidade s drogas. Foram avaliados 146 pacientes com doena de Crohn (DC) e 73 com retocolite ulcerativa idioptica (RCUI). A pesquisa dos principais gentipos da TPMT (*2, *3, *3C) foi realizada por tcnicas de PCR (alelo especfico e RFLP). Os achados clnicos foram correlacionados com a genotipagem e avaliados por anlises multivariadas. Dentre os pacientes que estavam em uso de azatioprina, 14 apresentaram pancreatite ou elevao de enzimas pancreticas, 6 apresentaram hepatoxicidade e 2 evoluram com neutropenia. Os polimorfismos do gene da TPMT foram observados em 37 dos 219 pacientes (8 foram heterozigotos para o gentipo *2, 11 heterozigotos para *3A e 18 foram heterozigotos para o polimorfismo *3C). No foi observado nenhum homozigoto polimrfico. Uma correlao positiva foi observada entre a elevao de enzimas pancreticas e os gentipos *2 e *3C. A prevalncia dos polimorfismos neste estudo (16,89%) foi maior que a descrita para populao caucasiana e em outros estudos brasileiros. Apesar do predomnio do gentipo *3C, no houve ocorrncia exclusiva de um polimorfismo, conforme observado em outras populaes. A populao brasileira devido sua miscigenao tm caractersticas genotpicas prprias diferentes do outros pases do mundo. Dois polimorfismos da TPMT (*2 e *3C) estiveram associados toxicidade ao uso da azatioprina em pacientes com DII no sudeste do Brasil. O teste gentico pode auxiliar na escolha da melhor droga e na dose ideal para os pacientes portadores de DII antes do incio do tratamento.

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O transtorno do estresse ps-traumtico (TEPT) e alteraes lipdicas so as temticas principais dessa Dissertao. Seu objetivo principal foi investigar a associao entre o TEPT e as concentraes sricas de colesterol total (CT), lipoprotena de baixa densidade (LDL), lipoprotena de alta densidade (HDL) e triglicerdeos (TG) atravs de uma reviso sistemtica da literatura seguida de metanlise. Adicionalmente, a relao entre essas variveis lipdicas e os grupos de sintomas do TEPT revivescncia, esquiva/entorpecimento emocional e hiperestimulao autonmica foi avaliada em um segundo estudo com dados primrios. A metanlise incluiu 18 artigos, totalizando 2.110 indivduos com TEPT e 17.550 indivduos sem TEPT. As diferenas de mdias ponderadas (DMP) mg/dL dos parmetros lipdicos foram calculadas por modelos de efeitos aleatrios e modelos de meta-regresso foram ajustados para investigar possveis fontes de heterogeneidade. O estudo encontrou que o TEPT foi associado a um pior perfil lipdico quando comparados a controles sem o transtorno (DMPCT= 20,57, IC 95% 12,21 28,93; DMPLDL= 12,11, IC 95% 5,89 18,32; DMPHDL= -3,73, IC 95% -5,97 -1,49; DMPTG= 35,87, IC 95% 21,12 50,61). A heterogeneidade estatstica entre os resultados dos estudos foi alta para todos os parmetros lipdicos e a varivel que mais pareceu explicar essas inconsistncias foi idade. O segundo artigo faz parte de um estudo maior conduzido em 2004 com 157 policiais do sexo masculino do Batalho de Choque da Polcia Militar do Estado de Gois (BPMCHOQUE). Somente oficiais de frias ou em dispensa inclusive dispensa mdica no foram avaliados. O instrumento utilizado para o rastreio do TEPT foi a verso em portugus para civis da Post-Traumatic Stress Disorder Checklist (PCL-C). Trinta e nove participantes (25%) foram excludos do estudo: dois porque falharam no preenchimento dos questionrios e 37 cujas amostras de sangue no foram coletadas por vrios motivos. Neste trabalho, encontrou-se uma forte correlao positiva entre as concentraes sricas de CT e LDL com o grupo de sintomas de hiperestimulao autonmica, somente no grupo TEPT: &#961;= 0,89 (p<0,01) e &#961; =0,92 (p<0,01), respectivamente. Em suma, espera-se que os resultados dessa Dissertao possam colaborar para o estabelecimento de um melhor acompanhamento clnico de pacientes com TEPT, particularmente porque estes parecem estar sob um maior risco de doenças cardiovasculares devido a um pior perfil lipdico.

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O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento dos nveis plasmticos de grelina, em relao aos fatores de risco cardiometablico, em uma populao multitnica de eutrficos e de obesos..A grelina um peptdeo produzido predominantemente pelas clulas oxnticas gstricas, que desempenha importante papel na homeostase energtica, promovendo estmulo do apetite e aumento do peso corporal, alm de participar do controle do metabolismo lipdico e glicdico, interagindo diretamente com os fatores de risco cardiometablico. Este um estudo transversal. Duzentos indivduos entre 18 e 60 anos com diferentes graus de ndice de massa corporal (IMC) compuseram a amostra, assim dividida: cem eutrficos (IMC < 25 kg/m2) e 100 obesos (IMC &#8805; 30 kg/m2). Todos foram avaliados para parmetros antropomtricos, determinao da presso arterial (aferida por mtodo oscilomtrico atravs de monitor automtico) e variveis metablicas (mtodos usuais certificados). A grelina acilada foi mensurada pela tcnica de sanduche ELISA; a leptina, pelo mtodo Milliplex MAP. O marcador inflamatrio protena C reativa ultrassensvel(PCRUS)foi estimado por nefelometria ultrassensvel. A insulina foi determinada por quimioluminescncia e o HOMA-IR calculado pelo produto insulinemia (U/ml) X nveis de glicemia de jejum (mmol/L) / 22.5. Foram excludos do estudo aqueles com histria de comorbidades crnicas, doenças inflamatrias agudas, dependncia de drogas e em uso de medicao nos dez dias anteriores entrada no estudo. As concentraes de grelina acilada mostraram tendncia de reduo ao longo dos graus de adiposidade (P<0,001); a leptina se comportou de maneira oposta (P<0,001). Os nveis de grelina se correlacionaram negativamente com IMC (r = -.36; P<0,001), circunferncia da cintura (CC) (r=-.34; P<0,001), relao cintura/quadril (RCQ) (r=-.22; P=0,001), dimetro abdominal sagital (DAS) (r=-.28; P<0,001), presso arterial sistlica (PAS) (r=-.21; P=0,001), insulina (r=-.27; P<0,001), HOMA-IR (r=-.24; P=0,001) e PCRUS (r=-.29; P<0,001); e positivamente com o HDL-colesterol (r=.30; P<0,001).A PCRUS acompanhou o grau de resistncia insulnica e os nveis de grelina tambm mostraram tendncia de reduo ao longo dos tercis de resistncia insulnica (P=0,001). Em modelo de regresso linear mltipla as principais associaes independentes da grelina acilada foram sexo feminino (P=0,005) e HDL-colesterol (P=0,008), ambos com associao positiva e IMC (P<0,001) (associao negativa). Esses achados apontam para uma associao da grelina acilada com melhor perfil metablico, j que seus nveis se correlacionaram positivamente com HDL-colesterol e negativamente com indicadores de resistncia insulnica e atividade inflamatria.

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A exposio precoce a fatores de risco cardiovascular gera estado inflamatrio crnico, podendo causar dano da funo endotelial, seguido de espessamento da ntima-mdia carotdea. O objetivo desta pesquisa foi estudar a espessura ntima-mdia carotdea e seu comportamento em relao aos fatores e biomarcadores de risco cardiovascular em crianas com excesso de peso pr-pberes. Realizou-se estudo transversal com 80 obesos, 18 com sobrepeso e 31 eutrficos do Ambulatrio de Pediatria do Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Avaliou-se, atravs de comparao de mdias, medianas e frequncias, o comportamento dos fatores de risco e da espessura ntima-mdia carotdea entre os sexos; entre obesos, com sobrepeso e eutrficos; entre resistentes e no resistentes insulina. Avaliou-se, atravs de anlise de regresso logstica bivariada e multivariada, associao entre os fatores de risco e espessamento de ntima-mdia carotdea. Houve diferena estatisticamente significativa das mdias e medianas de escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,02), presso arterial sistlica (p-valor=0,04) e adiponectina (p-valor=0,02) entre sexos; de circunferncia da cintura (p-valor=0,0001), presso arterial sistlica (p-valor=0,0001), diastlica (p-valor=0,001), homeostaticmodelacessment for insulinresitance (p-valor=0,0001), colesterol total (p-valor=0,02), HDL (p-valor=0,01), LDL (p-valor=0,03), triglicerdeos (p-valor=0,01), protena C reativa (p-valor=0,0001), interleucina 6 (p-valor=0,02), leptina (p-valor=0,0001), espessura da ntima-mdia carotdea esquerda (p-valor=0,03) entre obesos, com sobrepeso e eutrficos; de escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,0009), circunferncia da cintura (p-valor=0,0001), presso arterial sistlica (p-valor=0,0001), diastlica (p-valor=0,0006), colesterol total (p-valor=0,0004), triglicerdeos (p-valor=0,0002), leptina (p-valor=0,004) entre resistentes e no resistentes insulina. Na regresso logstica bivariada, escore Z de ndice de massa corprea, circunferncia da cintura e presso arterial sistlica associaram-se positivamente (p-valor<0,05) com o espessamento das cartidas direita, esquerda e com mdia dos valores de ambas. Na regresso logstica multivariada, escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,02) e presso arterial sistlica (p-valor=0,04), associaram-se positivamente com ntima-mdia carotdea espessada esquerda; nveis tensionais sistlicos (p-valor=0,01) se associaram com a mdia dos valores da ntima mdia carotdea de ambos os lados.Os achados mostram nas crianas pr-pberes com excesso de peso: que os fatores e biomarcadores de risco cardiovascular j se encontram presentes; influncia de escore Z de ndice de massa corprea e nveis tensionais sistlicos sobre espessura ntima-mdia carotdea. A preveno de aterosclerose deve iniciar precocemente, identificando-se e controlando-se fatores de risco cardiovascular. O pediatra deve procurar promover sade cardiovascular da criana, prevenindo e/ou controlando obesidade, orientado prtica regular de exerccios fsicos e hbitos alimentares saudveis.

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O desequilbrio nutricional no incio da vida leva ao desenvolvimento da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares na idade adulta. Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos a longo prazo da hiperalimentao na lactao por meio do modelo de reduo da ninhada na hemodinmica e bioenergtica cardaca. Vinte e quatro camundongos machos Swiss adultos foram divididos em dois grupos (controle e hiperalimentado) submetidos a duas condies (linha de base e isquemia/reperfuso) formando quatro grupos no total: grupo controle linha de base (GCLB), grupo controle isquemia/reperfuso (GCIR), grupo hiperalimentado linha de base (GHLB) e o grupo hiperalimentado isquemia/reperfuso (GHIR), todos com seis camundongos/grupo. As alteraes cardacas foram analisadas por meio da hemodinmica cardaca, da respirao mitocondrial e da biologia molecular. Os parmetros hemodinmicos analisados foram a velocidade de contrao (Max dP/dt), a velocidade de relaxamento (Min dP/dt), o tempo de relaxamento cardaco isovolumtrico (Tau) e os batimentos por minuto (BPM). A respirao mitocondrial foi avaliada por meio da razo do controle respiratrio (RCR) na oxidao de carboidratos e cidos gordos, e finalmente, a biologia molecular, atravs de protenas-chave como a protena quinase B (AKT), a protena quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK), a carnitina palmitoil transferase 1 (CPT-1), a protena desacopladora 2 (UCP2), o 4-hidroxinonenal (4-HNE) e a gliceraldedo-3-fosfato desidrogenase (GAPDH). Os camundongos do GH desenvolveram maior peso corporal (30,95%, P<0,001), gordura epididimal (68,64%, P<0,001), gordura retroperitoneal (109,38%, P<0,01) e glicemia de jejum (19,52%, P<0,05) comparados aos do GC. Os parmetros Max dP/dt e BPM apresentaram diminuio no GHIR quando comparado ao GHLB (P<0,001 e P<0,05). O parmetro Min dP/dt apresentou-se reduzido no GCIR e GHIR quando comparado aos grupos GCLB e GCLB (P<0,05; P<0,0001 respectivamente). Camundongos do GHIR apresentaram reduo do Tau quando comparado aos grupos GCIR e GHLB (P<0,0001). Estes desequilbrios na hemodinmica cardaca foram associados a funo mitocondrial, uma vez que, o GHLB apresenta a RCR reduzida para oxidao de cidos graxos e carboidratos (P<0,05 e P<0,01, respectivamente) e o GHIR apenas na oxidao dos cidos graxos (P<0,01). Alm disso, o GHIR apresentou diversas alteraes nas protenas-chave do metabolismo energtico cardaco, como diminuio do contedo de AKT (P<0,05) e aumento do contedo de CPT-1 (P<0,05), 4-HNE (P<0,05) e GAPDH (P<0,05) quando comparado ao CGIR. Finalmente, a expresso do mRNA para CPT1, GAPDH e UCP2 foi aumentada no GHIR quando comparado aos GCIR (P<0,05) e GHLB (P<0,05). A expresso de mRNA para UCP2 e CPT-1 foi reduzida no GCIR quando comparado ao GCLB (P<0,01 e P<0,05, respectivamente). O estudo apresenta resultados consistentes, demonstrando efeitos deletrios sobre o metabolismo cardaco adulto resultante de alteraes nutricionais durante a lactao.

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Introduo: a apneia obstrutiva do sono (AOS) considerada um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Os mecanismos responsveis pelo desenvolvimento da aterosclerose potencializados pela AOS no so completamente conhecidos. Entretanto, existem evidncias de que a AOS est associada com aumento no estresse oxidativo, elevao nos mediadores inflamatrios, resistncia insulina, ativao do sistema nervoso simptico, elevao da presso arterial (PA) e a disfuno endotelial. Objetivo: avaliar a relao da AOS com a funo endotelial, o estresse oxidativo, os biomarcadores inflamatrios, o perfil metablico, a adiposidade corporal, a atividade simptica e a PA em indivduos obesos. Mtodos: estudo transversal envolvendo 53 pacientes obesos, com ndice de massa corporal (IMC) &#8805; 30 e < 40 Kg/m2, sem distino de raa e gnero, apresentando idade entre 20 e 55 anos. O estudo do sono foi realizado com o equipamento Watch-PAT 200, sendo feito o diagnstico de AOS quando ndice apneia-hipopneia (IAH) &#8805; 5 eventos/h. Todos os participantes foram submetidos avaliao do (a): adiposidade corporal (peso, % gordura corporal e circunferncias da cintura, quadril e pescoo); PA; atividade do sistema nervoso simptico (concentraes plasmticas de catecolaminas); biomarcadores inflamatrios (protena C reativa ultrassensvel (PCR-us) e adiponectina); estresse oxidativo (malondialdedo); metabolismo glicdico (glicose, insulina e HOMA-IR) e lipdico (colesterol total e fraes e triglicerdeos); e funo endotelial (ndice de hiperemia reativa (RHI) avaliado com o equipamento Endo-PAT 2000 e molculas de adeso celular). A anlise estatstica foi realizada com o software STATA verso 10. Resultados: dos 53 pacientes avaliados 20 foram alocados no grupo sem AOS (grupo controle; GC) (IAH: 2,550,35 eventos/h) e 33 no grupo com AOS (GAOS) (IAH: 20,163,57 eventos/h). A faixa etria (39,61,48 vs. 32,52,09 anos) e o percentual de participantes do gnero masculino (61% vs. 25%) foram significativamente maiores no GAOS do que no GC (p=0,01). O GAOS em comparao o GC apresentou valores significativamente mais elevados de circunferncia do pescoo (CP) (40,980,63 vs. 38,650,75 cm; p=0,02), glicemia (92,541,97 vs. 80,21,92 mg/dL; p=0,0001), PA sistlica (126,051,61 vs.118,16 1,86 mmHg; p=0,003) e noradrenalina (0,160,02 vs. 0,120,03 ng/mL; p=0,02). Aps ajustes para fatores de confundimento, a glicose e a PCR-us foram significativamente mais elevadas no GAOS. Os 2 grupos apresentaram valores semelhantes de IMC, insulina, HOMA-IR, perfil lipdico, adiponectina, PA diastlica, adrenalina, dopamina, molculas de adeso celular e malondialdedo. A funo endotelial avaliada pelo RHI tambm foi semelhante nos 2 grupos (GAOS:1,850,2 vs. GC:1,980,1; p=0,31). Nas anlises de correlao, considerando todos os participantes do estudo, o IAH apresentou associao positiva e significativa com CP e PCR-us aps ajustes para fatores de confundimento. A saturao mnima de O2 se associou de forma negativa e significativa com a CP, os nveis sricos de insulina e o HOMA-IR, mesmo aps ajustes para fatores de confundimento. Concluses: o presente estudo sugere que em obesos a AOS est associada com valores mais elevados de glicemia e inflamao; o aumento do IAH apresenta associao significativa com a obesidade central e com a inflamao; e a queda na saturao de oxignio se associa com resistncia insulina.

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Existe uma significativa associao entre a prevalncia de doenças cardiovasculares e a sndrome metablica. Evidncias mostram que a obesidade est associada a alteraes estruturais e funcionais do corao. As estatinas podem reduzir a sntese endgena de colesterol e, portanto, so utilizadas como uma importante ferramenta contra a hipercolesterolemia em pacientes obesos. O presente trabalho tem como objetivo estudar os efeitos da rosuvastatina no metabolismo lipdico e dos carboidratos, morfometria do tecido adiposo e no remodelamento cardaco de camundongos alimentados com uma dieta hiperlipdica. Neste trabalho foram utilizados 50 camundongos distribuidos em cinco grupos: grupo controle (alimentado com dieta padro), grupo hiperlipdico (alimentado com dieta hipelipdica 60%), grupo hiperlipdico + rosuvastatina 10 (alimentado com dieta hipelipdica 60% - acrescido de 10 mg de rosuvastatina), grupo hiperlipdico + rosuvastatina 20 (alimentado com dieta hipelipdica 60% - acrescido de 20 mg de rosuvastatina), grupo hiperlipdico + rosuvastatina 40 (alimentado com dieta hipelipdica 60% - acrescido de 40 mg de rosuvastatina). Foram estudados os efeitos do tratamento com diferentes doses de rosuvastatina na massa corporal, metabolismo dos carboidratos e lipdios, presso arterial, remodelamento na estrutura cardaca e mudanas ultraestruturais no corao de camundongos C57BL / 6 machos alimentados com uma dieta hiperlipdica. O tratamento com rosuvastatina reduziu os nveis de lpidos no sangue, melhorou a resistncia insulina e diminuiu a presso arterial dos camundongos alimentados com dieta rica em lipdeos. Alm disso, atenuou o remodelamento cardaco, diminuindo a fibrose intersticial e perivascular, e manteve a integridade morfolgica mitocondrial, com menor produo de proteina desacopladora-2 (UCP2). Assim, a rosuvastatina tem efeitos benficos sobre as alteraes metablicas dos carboidratos e lipdios, e no remodelamento cardaco induzidas por dieta hiperlipdica.

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A hipertenso arterial sistmica (HAS) um problema de sade pblica, geralmente associada a outras doenças, como obesidade, diabetes, doena renal, aterosclerose, acidente vascular cerebral (AVC) e identificado como um dos fatores de risco mais prevalentes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Orgos-alvo, como corao, rins, crebro e olhos, so comumente afetados em pacientes hipertensos. No entanto, o dano testicular causado pela hipertenso no foi claramente definido. A hipertenso um fator de risco bem estabelecido para a disfuno ertil, mas sua relao com o dano testicular e a fertilidade masculina no claramente compreendida. Este estudo avalia a morfologia testicular e alguns parmetros espermticos de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), virgem de tratamento e tratados com enalapril. Ratos SHR foram distribudos em dois grupos, um grupo hipertenso (H), e um grupo tratado com enalapril (HE). Ratos Wistar-Kyoto (WKY) foram utilizados como controles. A presso arterial sistlica foi medida semanalmente, at o final do experimento. A concentrao de espermatozides, motilidade e viabilidade foram determinadas em amostras coletadas da cauda do epiddimo. Mtodos estereolgicos foram usados para analisar objetivamente a morfologia testicular macroscopicamente e microscopicamente. Todos os dados foram analisados por ANOVA com ps-teste de Tukey, considerando p <0,05. Ao final do experimento a presso arterial sistlica no grupo HE (153,9 mmHg 21,03 ) foi semelhante a dos animais pertencentes ao grupo WKY (153,4 24,41) e menor que a dos animais H (205,1 24,9). A concentrao espermtica do grupo H (1,31 x 107 sptz/ml 0,27) foi inferior do grupo WKY (2,11 x 107 sptz/ml 0,34), entretanto o controle da presso arterial com o enalapril melhorou este parmetro e a concentrao espermtica do grupo HE (2,46 x 107 sptz/ml 0,54) foi semelhante a do WKY. A densidade volumtrica vascular tambm foi alterada no grupo de hipertensos, enquanto que os animais do grupo HE foram semelhantes aos controles. O epitlio seminfero dos animais HE apresentou a maior densidade volumtrica, indicando um possvel efeito protetor indireto do enalapril na espermatognese. Neste modelo animal, a HAS promoveu alteraes morfolgicas no testculo, com conseqncias sobre a produo de espermatozides. O controle da presso arterial com o enalapril protegeu o testculo destas alteraes, restabelecendo a produo normal dos espermatozides.

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Esta tese composta por dois artigos que buscaram avaliar a relao entre presso arterial e consumo alimentar em adolescentes, no ensaio comunitrio randomizado denominado PAPPAS (Pais, Alunos e Professores Pela Alimentao Saudvel), conduzido com alunos do 5 ano de vinte escolas pblicas do municpio de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Este ensaio teve como objetivo principal reduzir o ganho de peso excessivo dos adolescentes, por meio de intervenes que estimularam o consumo de frutas e feijo e desencorajaram o consumo de bebidas adoadas e biscoitos. A pesquisa foi conduzida durante o ano letivo de 2010. A coleta de dados de consumo alimentar e medidas antropomtricas ocorreu em trs fases: (1) incio do ano letivo, (2) metade do ano letivo e (3) fim do ano letivo. A presso arterial foi mensurada nas fases 2 e 3. Nove sesses de educao nutricional foram realizadas. Pais/responsveis e professores receberam informao e material de divulgao sobre os mesmos temas abordados em sala de aula. As anlises estatsticas consideraram os dados faltantes e o efeito de conglomerado. No primeiro artigo apresentado o efeito da interveno na presso arterial dos adolescentes. Os hbitos alimentares dos adolescentes so inadequados e reduo do consumo de biscoitos e refrigerantes, bem como aumento do consumo de frutas, podem contribuir para reduo da presso arterial. Os achados nessa populao de adolescentes com baixa prevalncia de presso arterial elevada sugerem que a qualidade da dieta pode contribuir para reduo da presso arterial, independente de possveis modificaes no IMC. Os resultados reforam a importncia da promoo de hbitos alimentares saudveis para prevenir doenças cardiovasculares na vida adulta. No segundo artigo, em anlise transversal, verificou-se a associao entre presso arterial e consumo de refrigerante. O consumo de refrigerantes comum entre adolescentes. Consumidores de refrigerante diet/light, seguido por consumidores de refrigerantes adoados com acar, apresentaram presso arterial mais alta indicando que a reduo do consumo de refrigerantes importante, bem como a preveno da substituio de bebidas adoadas com acar por bebidas diet/light. Os resultados sugerem que escolhas alimentares inadequadas podem estar associadas ao aumento da presso arterial.

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As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte nos pases ocidentais. Dentre essas doenças, a aterosclerose que mais se destaca, sendo caracterizada pelo acmulo de clulas musculares lisas vasculares (CMLV). O efeito patolgico das CMLV em resposta a diferentes estmulos pode acarretar em disfunes nestas clulas. notvel que a aterosclerose ocorra principalmente em vasos sinuosos onde ocorre um forte turbilhonamento do fluxo sanguneo, que pode acarretar em hemlise e, consequentemente, acmulo de heme livre. Alm disso, no processo de aterognese as molculas de adeso, principalmente integrinas, so de crucial importncia durante a resposta de CMLV. Nesse trabalho nosso objetivo inicial foi avaliar o efeito do heme livre nas funes de CMLV, bem como os mecanismos moleculares por trs desses efeitos. Em uma segunda parte, investigamos o envolvimento da integrina &#945;11 no efeito da Angiotensina II (Ang II) em CMLV. Ns observamos que o heme livre capaz de induzir a proliferao e migrao de CMLV via espcies reativas de oxignio (ERO) provenientes da NADPHoxidase (NADPHox). Adicionalmente vimos que o heme ativa vias de sinalizao redox-sensveis relacionadas proliferao celular, como MAPKinases e o fator de transcrio NF&#954;B. Tambm observamos que h uma ligao entre a NADPHox e o sistema heme oxigenase (HO), uma vez que o heme induz a expresso de HO-1 e o pr-tratamento das CMLV com inibidores de HO levam ao aumento tanto o efeito proliferao quanto a induo de ERO promovidas pelo heme. Alm disso, vimos que o efeito contra-regulatrio promovido pela HO ocorre devido as metabolites do heme: biliverdina, bilirrubina e monxido de carbono. Por ltimo, quando bloqueamos tanto a NADPHox quanto o sistema HO o heme no teve efeito algum na proliferao de CMLV. Em um segundo estudo, observamos que o efeito da Ang II sobre a migrao de CMLV foi inibido quando as clulas foram pr-tratadas com o ligante da integrina &#945;11, a desintegrina Obtustatina. A seguir observamos que o efeito da Ang II na ativao de FAK e na colocalizao actina-ILK dependente da integrina &#945;11, que possivelmente ativa PKC&#945;, uma vez que vimos que a produo de ERO induzida por Ang II foi inibida pela Obtustatina. Vimos que a induo da expresso de ILK por Ang II em CMLV dependente da integrina &#945;11 e tambm observamos que a Obtustatina inibibiu o desacoplamento de ILK da FAK, uma vez que a Obtustatina bloqueou a fosforilao de FAK induzida por Ang II (processo crucial para o desacoplamento da ILK). Ns tambm observamos que a Ang II induz, via integrina &#945;11, a fosforilao de AKT e a diminuio da expresso de p21, provavelmente via ILK. Corroborando estes dados, ns mostramos que o pr-tratamento com Obtustatina induziu um estacionamento na fase G0 e diminuio da proliferao de CMLV tratadas com Ang II. Portanto, mostramos nesse trabalho que o heme livre induz a ativao de CML via NADPHox, que elegantemente contra-regulado pelo sistema HO. Alm disso, sugerimos que a integrina &#945;11 pode ser um importante alvo molecular para o desenvolvimento de intervenes mais efetivas para a aterosclerose.

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A periodontite uma doena infecciosa, crnica e altamente prevalente causando uma resposta inflamatria. A infeco e a inflamao so consideradas a base etiolgica para o desenvolvimento da aterosclerose. Recentes estudos indicam que a periodontite severa pode influenciar o aumento de marcadores inflamatrios e de disfuno endotelial associados com o aumento de risco da doena coronariana e o acidente vascular cerebral. Embora alguns estudos tenham sugerido esta associao, os reais efeitos do tratamento da doena periodontal sobre a rede complexa de marcadores envolvidos na aterosclerose so pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da terapia periodontal nos biomarcadores inflamatrios (TNF-&#945;, fibrinognio, PCRus, INF&#947;, IL-1&#946;, IL-6 e IL-10), perfil lipdico (CT, HDL, LDL, TG, oxLDL e anti-oxLDL) e funo endotelial (IMT) das artrias cartidas. Um total de trinta e dois indivduos saudveis sistemicamente e afetados pela periodontite severa (16 mulheres, 16 homens; 51,87 anos de idade), incluindo 17 sujeitos para o grupo teste e 15 sujeitos para o grupo controle foram recrutados para o estudo. A ultrassonografia das artrias cartidas e os nveis sricos inflamatrios foram avaliados no incio, 40 e 100 dias aps o tratamento periodontal no-cirrgico, comparando tempo e grupos. O tratamento periodontal resultou em significante reduo dos parmetros da doena periodontal. O grupo que recebeu tratamento mostrou decrscimos significativos de oxLDL (P<0.0001), anti-oxLDL (P<0,0001), TNF-&#945; (P<0,0001), fibrinognio (P=0,008), INF&#947; (P<0,0001), IL-1&#946; (P<0,0001), IL-6 (P<0,0001), IMT (P=0,006) e significante aumento de IL-10 (P<0,0001) aps 100 dias do tratamento periodontal comparando com grupo controle. Entretanto, os resultados no foram significativos para PCRu (P=0,109), colesterol total (P=0,438), HDL (P=0,119), LDL (P=0,425) e triglicerdeos (P=0,939). Com base nestes resultados, o tratamento da periodontite pode melhorar o perfil inflamatrio e a funo endotelial, sendo uma importante ferramenta adicional para a preveno das doenças cardiovasculares.