88 resultados para Dasyprocta primnolopha
Resumo:
Rhésus foram infectados com culturas recentemente isoladas de L. brasiliensis. As inoculações foram feitas por via intradérmica nas arcadas superciliares e, excepcionalmente, na superfícia do nariz. O prazo da incubação foi de 1 a 2 mêses. A marcha da infecção varia conforme as lesões se limitam à pele ou se estendem às mucosas. No primeiro caso, a duração da infecção foi de 3 a 8 meses e terminou sempre pela cura espontânea. Quando as lesões se estendem às mucosas elas persistem e se agravam, enquanto as lesões cutâneas observadas no mesmo animal, regridem, tendendo para cicatrização e cura. Cães também foram injetados com resultados positivos. As inoculações foram praticadas por via intradérmica na superfície do nariz. O prazo de incubação foi de cêrca de 2 mêses e as lesões observadas se limitaram à pele e terminaram pela cura. Uma cotia (Dasyprocta agouti) foi inoculada não se mostrando infectada. Um rhésus, curado de uma infecção pela L. brasiliensis, inoculado de novo com outra amostra do mesmo parasito, não se mostrou infectado. A extensão das lesões às mucosas nas infecções experimentais do rhésus pela L. brasiliensis, fato ainda não veificado na L. trópica, constitue mais um argumento em favor da independência daquela espécie.
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A note on the evolution of cow-pox virus in wild animals of Brazilian fauna. We have tried the sensibility of wild animals of Brazilian fauna to the cow-pox virus. The following specimens were submitted to experiences: Procyon cancrivorus, Hydrochoerus capybara, Cavea aperea, Coendu villosus, Didelphis aurita, Bradypus tridactylus, Euphractus sexcintus, Tamandua tetradactylus, Nasua narica, Dasyprocta aguti and Testudo tabulata. In all these animals, - excepting Bradypus tridactylus - we have obtained an infection with incubation (five days), aspect and duration similar to cow-pox of the laboratorial animals (calf and rabbit). In the Bradypus tridactylus howewer, the incubation was very long. Only after 30 days of inoculation we verified the infection with the formation of vesiculae and postulae.
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Reports of natural infections of sylvatic carnivores by adult worms of species similar to Lagochilascaris minor in the Neotropical region led to attempts to estabilish experimental cycles in laboratory mice and in cats. Also, larval development was seen in the skeletal muscle of an agouti (Dasyprocta leporina) infected per os with incubated eggs of the parasite obtained from a human case. In cats, adult worms develop and fertile eggs are expelled in the feces: in mice, larval stages of the parasite develop, and are encapsulate in the skeletal muscle, and in the adipose and subcutaneous connective tissue. From our observations, we conclude that the larva infective for the mouse is the early 3rd stage, while for the final host the infective form is the later 3rd stage. A single moult was seen in the mouse, giving rise to a small population of 4th stage larvae, long after the initial infection.
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A total of 25 specimens of Cavia porcellus (guinea pig), 5 Dasyprocta agouti (agouti), and 22 Calomys callosus (vesper mice) were inoculated with infective eggs of Lagochilascaris minor. The inoculum was prepared with embryonated eggs and orally administered to each individual animal through an esophagus probe. In parallel, 100 specimens of Felis catus domesticus were individually fed with 55-70 nodules containing 3rd-stage larvae encysted in tissues of infected rodents. Animals were examined and necropsied at different time intervals. The migration and encystment of L3 larva was observed in viscera, skeletal muscle, adipose and subcutaneous tissues from all rodents. Adult worms localized at abscesses in the cervical region, rhino, and oropharynx were recovered from domestic cats inoculated with infected rodent tissues. Through this study we can conclude that: (1) wild rodents act as intermediate hosts, characterizing this ascarid heteroxenic cycle; (2) in natural conditions rodents could possibly act as either intermediate hosts or paratenic hosts of Lagochilascaris minor; (3) despite the occurrence of an auto-infecting cycle, in prime-infection of felines (definite hosts) the cycle is only completed when intermediate hosts are provided; and (4) in the wild, rodents could serve as a source of infection for humans as they are frequently used as food in regions with the highest incidence of human lagochilascariasis.
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The present case report refers to a patient from the State of Rondônia, North region of Brazil, attended with clinical suspicion of hepatic echinococcosis. Examination by imaging (ultrasonography and computerized tomography) revealed a conglomerate of cystic lesions, with mobile contents within the cyst. The serology (immunoblot) for Echinococcus sp. was positive (21 and 31 kDa bands). This case is the first reported in Rondônia, suggesting the need to investigate the polycystic echinococcosis in individuals with hepatic cysts from areas of tropical forest and hunting habits where wild life was present as wild dogs, cats and rodents, particularly Agouti paca (paca) and Dasyprocta aguti (agouti).
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Este estudo foi realizado na Reserva Biológica Municipal "Mário Viana", Nova Xavantina, MT, objetivando inventariar e avaliar a abundância e diversidade de mamíferos terrestres de médio e grande porte. Para tanto, foram realizadas duas visitas mensais a um transecto com 2.820 m de extensão, durante todo o ano de 2001, para o levantamento de pegadas (rastreamentos) e outras evidências de mamíferos. Um total de 29 espécies foram registradas na área de estudo, sendo que 22 ocorreram no transecto e tiveram suas seqüências individuais de pegadas quantificadas para realização do cálculo dos índices de abundância e de diversidade de Shannon-Wiener (H'). De acordo com seus índices de abundância, as espécies foram classificadas em raras, comuns e abundantes. Dentre outras, onça-parda (Puma concolor - Linnaeus, 1771) e tatu-canastra (Priodontes maximus - Keer, 1792) mostraram-se raras; jaguatirica (Leopardus pardalis - Linnaeus, 1758), e tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla - Linnaeus, 1758), comuns; e cutia (Dasyprocta azarae - Lichtenstein, 1823) e tapeti (Sylvilagus brasiliensis - Linnaeus, 1758), abundantes. O H' encontrado foi 2,40, sendo considerado significativo. O presente trabalho apontou que, apesar de pequena (470 ha), a área de estudo desempenha importante papel para a conservação da mastofauna da região de Nova Xavantina, MT.
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Este estudo foi desenvolvido nas Reservas Particulares do Patrimônio Natural Cristalino (670 ha) e Lote Cristalino (6.539 ha) e no Parque Estadual Cristalino (184.900 ha). Essas unidades de conservação são contíguas e estão localizadas no extremo centro-norte do estado do Mato Grosso, em locais considerados prioritários para a conservação, em função da alta biodiversidade e endemismos, além da elevada pressão antrópica. Desta forma, este trabalho objetivou conhecer, avaliar e comparar a estrutura das populações de mamíferos de médio e grande porte, em termos de riqueza e abundância das espécies em ambientes sem turismo e com atividades de ecoturismo na região do Cristalino. Para tanto, no período compreendido entre maio de 2008 a fevereiro de 2010 foram amostrados ambientes com floresta primária, os quais apresentavam dois níveis de perturbação antrópica: sem turismo e com atividades de ecoturismo. Os dados foram coletados utilizando a amostragem de distâncias em transecções lineares, que totalizou 468,3 Km percorridos nos períodos diurno e noturno, e registro de pegadas em parcelas previamente preparadas (n = 660 parcelas vistoriadas), além de percursos fluviais no rio Cristalino e buscas aleatórias nos locais onde não ocorriam caminhos. Registros de 37 espécies de mamíferos foram obtidos, sendo 33 de médio e grande porte e quatro de pequeno porte. Não houve diferença estatisticamente significativa na riqueza de espécies dos ambientes sem turismo e com ecoturismo, sendo que a similaridade de espécies entre eles foi alta (88%). No entanto, três táxons apresentaram abundância inferior nos ambientes com turismo: Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1766), Mazama spp. e Dasypus kappleri Krauss, 1862. Percebe-se, portanto, que o impacto negativo das atividades de ecoturismo desenvolvidas na área de estudo foi de pequena magnitude, em termos de riqueza e abundância de mamíferos de médio e grande porte. Assim, empreendimentos de ecoturismo se apresentam como importante atividade econômica a ser desenvolvida em áreas com potencial turístico na Amazônia.
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Este estudo descreveu as análises morfológica e funcional do processo espermatogênico em cobaios (Cavia porcellus) de cinco (S5); seis (S6); nove (S9) e onze (S11) semanas de idade (N=5/grupo). Os aspectos analisados incluíram a contagem das populações celulares presentes no estádio 1 do ciclo do epitélio seminífero (CES), eficiência das mitoses espermatogoniais (RMi), produção meiótica (RMe), rendimento geral da espermatogênese (RGE), índice de células de Sertoli (ICS) e capacidade de suporte das células de Sertoli (CSCS). Os resultados mostraram que número médio de espermatogônias A, espermatócitos primários em pré-leptóteno/leptóteno, espermatócitos primários em paquíteno, células espermatogênicas totais e células de Sertoli mostraram variações numéricas em função da idade, entretanto, não detectadas estatisticamente, enquanto espermátides arredondadas aumentaram significativamente na puberdade e depois se estabilizaram. A produção espermatogênica de cobaios de 5 a 11 semanas não atingiu o ponto de estabilização e o RMi, RMe, RGE, ICS e CSCS mostraram variação numérica significativa em função da idade. Os resultados demonstraram que Cavia porcellus na pós-puberdade 2 são um modelo experimental vantajoso para estudos de processos de reconhecimento homólogos, alinhamento, e sinapses durante a prófase meiótica; o rendimento intrínseco da espermatogênese em cobaios é semelhante ao relatado para ratos Wistar, pacas e cutias (Dasyprocta sp.) e menor do que em preás, enquanto que a eficiência funcional das células de Sertoli é superior a de cutias e ratos Wistar e inferior à de pacas, rato espinhoso e catetos. Concluiu-se que em cobaios a espermatogênese está completamente estabelecida na semana 6 de idade, indicando a fase púbere do desenvolvimento sexual, e até a semana 11 eles não atingiram a produção espermática diária máxima e, portanto, a maturidade sexual.
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Visando contribuir para o conhecimento sobre Mucorales (Zygomycota) em Recife, PE, foram realizadas coletas mensais, de junho/1997 a maio/1998, totalizando 120 amostras de fezes dos herbívoros: Bison bonasus H. Smith, Bos indicus L., Bubalus bubalis H. Smith, Capra hircus L., Oryctolagus cuniculus Lilljeborg, Dasyprocta fuliginosa Wagler, Taurotragus oryx Wagner, Equus caballus L., Ovis aries L. e Mazama gouazoubira Fischer, mantidos em cativeiro no Parque Dois Irmãos e no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. As amostras de fezes foram acondicionadas em câmara úmida (placa de Petri) à temperatura ambiente sendo observadas diariamente, do 2º ao 15º dia de incubação. As colônias de interesse foram isoladas e, após desenvolvimento, mantidas em Batata Dextrose Ágar (BDA) e/ou "Synthetic Mucor Agar" (SMA). Foram identificados 11 táxons já conhecidos e uma forma nova: Mucor circinelloides f. circinelloides, M. circinelloides f. griseocyanus, M. circinelloides f. janssenii, M. circinelloides f. lusitanicus, M. hiemalis f. hiemalis, M. hiemalis f. luteus, M. genevensis, M. piriformis f. piriformis, M. piriformis f. nanus, M. racemosus f. chibinensis, M. subtilissimus e M. variosporus. Com exceção das fezes de Bubalus bubalis, todas desenvolveram representantes de táxons de Mucor, apresentando maior diversidade as fezes de Bison bonasus, Oryctolagus cuniculus, Dasyprocta fuliginosa e Mazama gouazoubira. O maior índice de similaridade (75%) foi verificado em táxons de Mucorales nas fezes de Dasyprocta fuliginosa e Ovis aries, assim como de Capra hircus e Oryctolagus cuniculus. Chave para identificação dos táxons isolados, assim como descrições, comentários e ilustrações foram incluídos.
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Erythrocyte membrane proteins from 44 representative mammals were studied. Protein 4.2 was not detected in guinea pigs (Cavia porcellus) (N = 14), Southern Brazilian swamp large rats (Myocastor coypus) (N = 2), cutias (Dasyprocta sp) (N = 4), and horses (Equus caballus) (N = 13). These animals also presented high ankyrin concentrations except for the horse which did not exhibit a sharp band, although minor components located between proteins 2 and 3 could account for the ankyrin family. The rodents studied did present band 6, which was not detectable in other common rodents such as white rats (Rattus norvegicus) (N = 9) and mice (Mus musculus) (N = 12). Since the absence of protein 4.2 does not disrupt the cytoskeleton membrane, we suggest that it is not an essential protein. Its absence may be compensated physiologically by the higher ankyrin concentration observed.
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Tropical forests have been subject to intense hunting of medium and large frugivores that are important in dispersing large-seeded species. It has been hypothesized that in areas with extinction or low abundance of medium and large-bodied animals the density of small rodents may increase. Therefore, this increment in the density of small rodents may compensate for the absence or low abundance of medium and large frugivores on seed removal and seed dispersal. Here, we fill up this gap in the literature by determining if seed removal, seed dispersal, and seed predation by small rodents (spiny rats, Trinomys inheringi and squirrels, Sciurus ingrami) are maintained in defaunated areas. We accessed seed removal, seed dispersal, seed predation, and seedling recruitment of an endemic Atlantic rainforest palm, Astrocaryum aculeatissimum, in a gradient of abundance of agoutis. We found that seed removal, scatter hoarding, and seed predation increase with the abundance of agoutis. In contrast, the proportion of dispersed but non-cached seeds decreased with the abundance of agoutis. We did not find any effect of the abundance of agoutis on seed dispersal distance, but we did find a positive trend on the density of seedlings. We concluded that small rodents do not compensate the low abundance of agoutis on seed removal, scatter hoarding, and seed predation of this palm tree. Moreover, areas in which agoutis are already extinct did not present any seed removal or scatter hoarding, not even by small rodents. This study emphasizes both the importance of agoutis in dispersing seeds of A. aculeatissimum and the collapse in seed dispersal of this palm in areas where agoutis are already extinct.
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According to most studies on seed dispersal in tropical forests, mammals and birds are considered the main dispersal agents and the role played by other animal groups remains poorly explored. We investigate qualitative and quantitative components of the role played by the tortoise Chelonoidis denticulata in seed dispersal in southeastern Amazon, and the influence of seasonal variation in tortoise movement patterns on resulting seed shadows. Seed shadows produced by this tortoise were estimated by combining information on seed passage times through their digestive tract, which varied from 3 to 17 days, with a robust dataset on movements obtained from 18 adult C. denticulata monitored with radio transmitters and spoon-and-line tracking devices. A total of 4,206 seeds were found in 94 collected feces, belonging to 50 seed morphotypes of, at least, 25 plant genera. Very low rates of damage to the external structure of the ingested seeds were observed. Additionally, results of germination trials suggested that passage of seeds through C. denticulata`s digestive tract does not seem to negatively affect seed germination. The estimated seed shadows are likely to contribute significantly to the dispersal of seeds away from parent plants. During the dry season seeds were dispersed, on average, 174.1 m away from the location of fruit ingestion; during the rainy season, this mean dispersal distance increased to 276.7 m. Our results suggest that C. denticulata plays an important role in seed dispersal in Amazonian forests and highlight the influence of seasonal changes in movements on the resulting seed shadows.
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Os barreiros são áreas de depressões, com pouca cobertura vegetal e solos úmidos, visitadas por muitos animais. O consumo de solo (geofagia) nestes locais é reconhecido para várias espécies de vertebrados em diversas regiões do mundo, sugerindo que os barreiros sejam importantes componentes do hábitat desses organismos. Na Amazônia e no Pantanal, estes lugares são muito procurados por populações humanas tradicionais para a caça. Assim, o conhecimento sobre o uso destas áreas pela fauna é importante para o delineamento de estratégias conservacionistas. A intensidade e horários preferenciais de uso de oito barreiros por vertebrados foram avaliados através de armadilhas fotográficas na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC-Pantanal, nordeste do Pantanal brasileiro. As amostragens foram realizadas durante as estações seca e cheia do ano de 2005. Durante 7375 horas de amostragem, foram registradas 24 espécies de mamíferos, 11 de aves e 2 de répteis utilizando os barreiros de alguma forma. Em 14 destas espécies a geofagia foi documentada, sendo a forma de uso predominante. Este comportamento foi registrado para a cutia (Dasyprocta azarae), o bugio-preto (Alouatta caraya), ungulados (Tayassu pecari, Tapirus terrestris, Pecari tajacu, Sus scrofa, Mazama americana e M. gouazoubira), cracídeos (Penelope ochrogaster, Pipile pipile, Crax fasciolata e Ortalis canicolis) e pombas (Leptotila sp. e Claravis pretiosa). Carnívoros, como a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis), visitam estas áreas provavelmente devido à grande concentração de presas. O queixada (T. pecari) e a anta (T. terrestris) foram as espécies que mais utilizaram os barreiros. Os horários preferenciais de uso, em geral, são semelhantes aos padrões de atividade conhecidos para as espécies. A composição de espécies e intensidade de uso foram diferentes entre os barreiros avaliados e entre as estações. Barreiros pequenos apresentaram menor riqueza de espécies e índice de uso mais baixo, parâmetros que foram mais altos na seca em comparação à estação cheia. Diversos fatores, relativos aos barreiros e/ou aos organismos envolvidos, podem estar associados a estas variações. Fatores como tamanho dos barreiros, composição química e estrutural do solo, composição e arranjo da paisagem de entorno, relações dos organismos com esta paisagem e relações intra e interespecíficas podem estar atuando isoladamente ou em sinergismo. Uma das espécies mais freqüentes nos barreiros foi a anta (T. terrestris), um ungulado capaz de responder à heterogeneidade de paisagens em um amplo espectro de escalas. Análises foram realizadas com o objetivo de avaliar se os barreiros, unidades de hábitat em uma escala refinada, são importantes elementos na paisagem para a predição da distribuição local dessa espécie na área da RPPN SESC-Pantanal. Correlações entre a intensidade de uso de oito barreiros por T. terrestris e a composição da paisagem de entorno em diferentes escalas foram realizadas. As probabilidades de ocorrência de antas, obtidas através de um modelo de distribuição potencial a partir da composição da paisagem em áreas de diferentes tamanhos centradas nos barreiros, também foram correlacionadas com a intensidade de uso dos barreiros pela espécie. Áreas com composição da paisagem similar apresentaram diferentes intensidades de uso dos barreiros e locais com reduzida probabilidade de ocorrência de antas apresentaram elevada intensidade de uso, indicando que os barreiros são unidades discretas da paisagem relevantes para a geração de modelos de ocorrência potencial de T. terrestris na região. Considerando estes resultados, os barreiros no nordeste do Pantanal podem ser reconhecidos como importantes unidades de hábitat para diversas espécies de vertebrados. Estratégias conservacionistas locais e regionais, como o zoneamento da RPPN SESC-Pantanal e projetos de manejo e sustentabilidade de caça em reservas extrativistas, devem considerar estas informações para uma maior efetividade.
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Descreveu-se a morfologia do útero de cutias nulíparas e não nulíparas por meio de ovariossalpingoisterectomia. A análise macroscópica do útero foi realizada in loco e na peça retirada. Segmentos das porções proximal, média e distal do órgão foram colhidas, fixadas e preparadas histologicamente, sendo as amostras analisadas à microscopia de luz, e realizada a histomorfometria das camadas uterinas. Topograficamente, o útero localiza-se na região sublombar, caudalmente aos rins, em continuação aos ovários e às tubas uterinas, estendendo-se até à entrada da pelve, onde se posiciona dorsalmente à bexiga. Caracteriza-se como do tipo duplo, embora culmine em apenas um óstio cervical externo. Microscopicamente, a mucosa uterina é formada por variações do epitélio, de cilíndrico a pseudoestratificado, que se apoia em tecido conjuntivo frouxo, onde se observam glândulas endometriais revestidas por epitélio cilíndrico, além da presença de vasos sanguíneos. A camada muscular subdivide-se em interna ou submucosa, média ou vascular e externa ou subserosa. A camada serosa é composta por tecido conjuntivo e mesotélio. Na histomorfometria, verificou-se que a espessura uterina total e a espessura da camada mucosa, em média, foram maiores nas fêmeas não nulíparas.
Resumo:
About 45 palm species occur in the Atlantic forest of Brazil, and most of them are affected by loss of seed dispersers resulting from forest fragmentation and hunting. Here we report the effects of habitat loss and defaunation on the seed dispersal system of an endemic palm, Astrocaryum aculeatissimum. We evaluated seed removal, insect and rodent seed predation, and scatter-hoarding in nine sites, ranging from 19 ha to 79 000 ha. We report the seedling, juvenile and adult palm densities in this range of sites. Endocarps remaining beneath the parent palm had a higher probability of being preyed upon by insects in small, mostly fragmented and more defaunated sites. The frequency of successful seed removal, scatter-hoarding and consumption by rodents increased in the larger, less defaunated sites. Successful removal and dispersal collapsed in small (< 1000 ha), highly defaunated sites and frequently resulted in low densities of both seedlings and juveniles. Our results indicate that a large fraction of Atlantic forest palms that rely on scatter-hoarding rodents may become regionally extinct due to forest fragmentation and defaunation. Current management practices including palm extraction and hunting pressure have a lasting effect on Atlantic forest palm regeneration by severely limiting successful recruitment of prereproductive individuals.(c) 2006 the Linnean Society of London.