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Resumo:
Funcionando hoje como uma presença discreta e talvez não tanto como um meio de comunicação de primeiro plano, a rádio tem, no entanto, desempenhado um papel fundamental na construção de comunidades sonoras no espaço lusófono. Estreitamente ligada à indústria da música, mais do que qualquer outro meio, a rádio tem manifestado neste domínio uma excecionalidade nem sempre devidamente reconhecida. Numa altura em que estamos todos centrados na imagem como forma quase absoluta de expressão, parecemos esquecer que uma dimensão muito significativa da nossa identidade se faz através da sonoridade que há nas coisas e nos lugares. Ao reconhecer, portanto, que as lusofonias também são constituídas por esta alma invisível, procuraremos nesta comunicação construir um argumento em torno das potencialidades da rádio para o reforço de laços históricos e simbólicos. Desenvolveremos a este título uma atenção particular ao conceito de rádio comunitária, tomando como exemplo a Rádio Ás, uma emissora online que resulta de uma parceria entre três municípios – Aveiro-Portugal; Santa Cruz (Cabo Verde); e São Bernardo do Campo (Brasil) – e se define como um veículo da lusofonia. O objetivo é pensar as estações de rádio como colónias de som habitadas por um espírito que só o ouvido pode conhecer.
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A hibridização refere-se a um modo de conhecimento e de ação associados com o híbrido. E esta última idéia denota os interstícios, a rede de relacionamentos, os lugares e as instâncias que, à medida que fundem as suas essências e experiências, geram novas produções e reproduções de si mesmos. O hibridismo é percebido por várias escolas de pensamento e por muitos autores literários como uma das principais armas contra o colonialismo. Isto é especialmente verdadeiro para os teóricos do pós-colonialismo, como Edward Said e Homi Bhabha. Se o entendimento do hibridismo é fundamental para a reflexão que os Estudos Pós-Coloniais empreendem sobre a nossa sociedade intercultural, também é verdade que essa escola de pensamento mostra-se, ela própria, híbrida desde as suas origens. Na verdade, na nossa era pós-colonial, os textos literários e até mesmo a escrita científica (histórica, sociológica, etc ) exibem uma natureza cada vez intercultural. Mas como podem estes ‘Estudos Híbridos’, de que uma manifestação recente é a Hibridologia, através de um historiador, um sociólogo, um antropólogo ou um crítico literário, detectar tais significados públicos polissémicos que conduzem a uma mais intensa comunicação intercultural? Uma das respostas possíveis pode ser a seguinte hipótese: além da leitura e escrita de saberes especializados, os conceitos comuns (um termo central na fenomenologia sociológica de Alfred Schutz), utilizados por pessoas comuns de diferentes origens culturais numa base diária, pode constituir uma das chaves para a compreensão mútua entre as diferentes culturas hoje interligadas nas nossas sociedades pós-coloniais globais.
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As representações da história “universal” veiculadas pelos media e disseminadas nas enciclopédias ditas globais, são talvez um dos mais evidentes exemplos do quanto ainda há a fazer para descolonizar o conhecimento. Assim, urge dar voz a diferentes narrativas sobre a história mundial, de modo a tornar visíveis as versões de pessoas e grupos que foram sistematicamente “apagados” da história durante o período colonial e que continuam, muitas das vezes, invisíveis nas narrativas dominantes em período dito pós- colonial. Neste artigo examinamos os resultados de um inquérito realizado junto de jovens em Moçambique e em Portugal. Em ambos os países, investigámos as representações sociais sobre a história mundial. As convergências e divergências nas representações da história mundial, nomeadamente no que se refere ao período colonial, são discutidas tendo em conta o papel das identidades nacionais na estruturação das memórias coletivas.
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O que significa falar, hoje, em diáspora? A dispersão, associada à origem do conceito, ainda serve de significado em tempo de globalização? Existe apenas uma ou várias diásporas? Com este artigo pretendemos observar a evolução do conceito de “diáspora” à luz da ideia de Said (1994) de que o fim do colonialismo não impediu que o imperialismo persistisse. Relacionamos as problematizações sobre diáspora feitas, entre outros, por Cohen (1997), Hall (1998), Bhabha (1998), Riggs (2000) e Morier- Genoud & Cahen (2013), chegando ao caso português e à ideia de lusofonia. A interculturalidade, que promove a interpenetração identitária, está patente na diáspora? O que acontece quando se associa a diáspora à “portugalidade”? Eduardo Lourenço (1999) é cáustico em relação à ideia de diáspora, afirmando mesmo ser uma aberração que a nossa longa gesta emigrante seja percebida enquanto tal. E, mesmo que se parta da ideia de que “o sentido é o uso” (Wittgenstein, 1958), a ‘naturalização’ de determinadas realidades, ideologicamente alinhadas, pode incrementar equívocos e impedir uma dimensão ética, que acontece quando o ‘outro’ entra em cena (Eco, 1997).
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Seguint la tendència mundial de crear dipòsits institucionals d'accés lliure per recopilar i preservar els documents d'investigació generats en les institucions acadèmiques, el CESCA i el CBUC han posat en funcionament RECERCAT. RECERCAT és un dipòsit cooperatiu de documents digitals que inclou la literatura de recerca de les universitats i dels centres d'investigació de Catalunya, com ara articles encara no publicats (preprints), comunicacions a congressos, informes de recerca, working papers, projectes de final de carrera, memòries tècniques, etc. La comunicació pretén explicar els processos que s'han seguit per posar en marxa aquest projecte: des de la selecció i adaptació del programari amb el que funciona (DSpace), fins als treballs duts a terme per establir les polítiques d'accés, d’introducció de dades, de metadades Dublin Core necessàries per descriure els documents, el tipus de llicència de les Creative Commons sota la qual es troben subjectes els documents, etc.
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El Centre de Supercomputació de Catalunya (CESCA) i el Consorci de Biblioteques Universitàries de Catalunya (CBUC) des del 1999, com a fruït del llavors Pla Estratègic Catalunya en Xarxa, promouen activitats per posar continguts a la xarxa en accés obert. Això s’ha materialitzat, de moment, en la posada en marxa de tres dipòsits col·lectius d'e-informació: Tesis Doctorals en Xarxa (TDX), Dipòsit de la Recerca de Catalunya (RECERCAT) i Revistes Catalanes amb Accés Obert (RACO). Al febrer de 2001 va néixer el TDX (www.tesisenxarxa.net), que permet la consulta de més de 3400 tesis doctorals llegides a les universitats de Catalunya i d'altres comunitats autònomes. Al setembre de 2005 es va inaugurar RECERCAT (www.recercat.net), un dipòsit cooperatiu de documents digitals que inclou la literatura de recerca de les universitats i dels centres d’investigació de Catalunya, com ara articles encara no publicats (preprints), comunicacions a congressos, informes de recerca, working papers, projectes de final de carrera, memòries tècniques, etc. El tercer dipòsit, RACO (www.raco.cat), s'ha posat en marxa a març de 2006, fent possible la consulta, en accés obert, dels articles a text complet de revistes científiques, culturals i erudites catalanes. Per al desenvolupament de tots tres dipòsits s'ha usat programari lliure. Per al TDX es va adaptar l'Electronic Theses and Dissertations (ETD) de la Universitat de Virgina Tech. Per a RECERCAT, el DSpace, fet pel Massachusetts Institute of Technology (MIT) i Hewlett-Packard (HP). I per a RACO s'ha fet servir el Open Journal Systems (OJS) del Public Knowledge Project (PKP). La comunicació pretén explicar breument què són aquests tres dipòsits, els beneficis obtinguts pel fet que hagin estat desenvolupats sota programari lliure i que les tesis, els documents de recerca i les revistes que contenen siguin en accés obert. Programari lliure i accés obert, un binomi guanyador.
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La Jornada ha pretendido avanzar hacia la definición de un Libro Blanco que recoja la perspectiva y opiniones de los distintos agentes implicados en la accesibilidad a los distintos entornos y servicios relacionados con la edificación, el urbanismo, los transportes y la comunicación e información. Para ello se ha partido de la presentación y debate de los contenidos del Libro Verde y de las propuestas del equipo redactor. Este documento resume los aspectos más destacables de la Jornada dando prioridad a los debates y aportaciones producidas en los talleres sectoriales. En él no se incluyen los resúmenes o el contenido de las presentaciones realizadas en las sesiones plenarias.
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A lo largo de las intervenciones se presentaron distintos enfoques, datos e información sobre las condiciones de accesibilidad en el servicio de transporte urbano en autobús, particularmente en relación con los vehículos de piso bajo que lo prestan. Las presentaciones se centraron en las distintas soluciones habilitadas para atender las necesidades de movilidad de todas las personas, las características de los servicios de transporte ofrecidos y sus problemas técnicos y operativos, así como los retos que plantea la seguridad, la formación del personal, la gestión del sistema o el coste de la aplicación de las innovaciones desarrolladas.
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Habida cuenta de que la jornada de 2005 se dedicó en buena medida en a las ventajas y problemas del vehículo de plataforma baja con arrodillamiento (kneeling) y rampa, en 2006 se buscó abordar otros aspectos de gran importancia, tales como la implantación de nuevas tecnologías de comunicación en vehículos y paradas, y sus posibilidades de futuro. Para ello se contó con la presencia de representantes de distintas empresas e instituciones que en la actualidad están incorporando innovaciones e investigando nuevas formas personalizadas o generales de transmisión de información al usuario, particularmente al usuario con discapacidad. Dos mesas redondas denominadas La Accesibilidad en Evolución I y II trataron estos temas ampliamente. Por otra parte, continuando con el interés por conocer las experiencias municipales de mejora de accesibilidad y movilidad mediante el transporte en autobús, se presentaron los casos de Málaga, Las Palmas de Gran Canaria, Gijón, San Sebastián e Irún (mesas redondas Experiencias Municipales I y II).
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El cultivo de pimiento se caracteriza por presentar una alta susceptibilidad a la necrosis apical (Blossom-end-rot, BER). El BER es una fisiopatía originada por una deficiencia de calcio durante el estado inicial de desarrollo del fruto. Los altos valores de radiación y déficit de presión de vapor (DPV) característicos de la zona mediterránea afectan considerablemente a la transpiración y a la absorción de minerales favoreciendo la aparición de BER. En el Institut de Recerca i Tecnologia Agroalimentàries (IRTA) se han realizado dos experiencias en cultivo sin suelo de pimiento con el objetivo de evaluar el efecto de la humedad ambiental y la salinidad sobre la producción y calidad. Se realizaron dos ensayos comparando la producción y la incidencia de BER bajo condiciones climáticas diferentes y evaluando la influencia de la salinidad de la solución nutritiva sobre estos mismos parámetros. Los resultados obtenidos muestran la importancia del control del clima y, en concreto, de la humedad del invernadero sobre la aparición de BER. La incidencia de BER se incrementa un 24% en condiciones de baja humedad respecto al tratamiento control con humedad relativa elevada. Respecto a la salinidad, en condiciones de humedad elevada, el incremento de la conductividad de la solución nutritiva de 2 a 4 µS/cm implica un aumento de más del 8% de la incidencia de BER. Si las condiciones ambientales son más extremas, bajos valores de humedad, el aumento en la incidencia de BER debido a la salinidad de la solución nutritiva puede alcanzar valores del 68%.