941 resultados para Cancro colo-rectal
Resumo:
O Cancro da mama é uma doença cuja incidência tem vindo a aumentar de ano para ano e além disso é responsável por um grande número de mortes em todo mundo. De modo a combater esta doença têm sido propostos e utilizados biomarcadores tumorais que permitem o diagnóstico precoce, o acompanhamento do tratamento e/ou a orientação do tipo tratamento a adotar. Atualmente, os biomarcadores circulantes no sangue periférico recomendados pela Associação Americana de Oncologia Clinica (ASCO) para monitorizar os pacientes durante o tratamento são o cancer antigen 15-3 (CA 15-3), o cancer antigen 27.29 (CA 27.29) e o cancer embryobic antigen (CEA). Neste trabalho foi desenvolvido um sensor eletroquímico (voltamétrico) para monitorizar o cancro da mama através da análise do biomarcador CA 15-3. Inicialmente realizou-se o estudo da adsorção da proteína na superfície do elétrodo para compreender o comportamento do sensor para diferentes concentrações. De seguida, estudaram-se três polímeros (poliaminofenol, polifenol e polifenilenodiamina) e selecionou-se o poliaminofenol como o polímero a utilizar, pois possuía a melhor percentagem de alteração de sinal. Após a seleção do polímero, este foi depositado na superfície do elétrodo por eletropolimerização, formando um filme polimérico molecularmente impresso (MIP) à volta da proteína (molde). Posteriormente, foram analisados cinco solventes (água, mistura de dodecil sulfato de sódio e ácido acético, ácido oxálico, guanidina e proteinase K) e o ácido oxálico revelou ser mais eficaz na extração da proteína. Por último, procedeu-se à caraterização do sensor e analisou-se a resposta analítica para diferentes concentrações de CA 15-3 revelando diferenças claras entre o NIP (polímero não impresso) e o MIP.
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RESUMO - O cancro do colo útero representa um importante problema de saúde pública em Portugal: é o terceiro cancro mais frequente nas mulheres entre os 15 e os 44 anos, originando a morte de 346 mulheres anualmente. Contudo, esta patologia é altamente evitável, nomeadamente, através da imunização contra a infeção HPV, que é a causa necessária para o desenvolvimento do cancro. A elevada prevalência da infeção em mulheres mais velhas sugere que a vacinação poderá ser uma estratégia custo-efetiva mesmo numa faixa etária superior. Para que seja racionalmente ponderada a comparticipação da vacina nestas mulheres é necessária a realização de um estudo fármaco-económico que comprove o custo-efetividade desta intervenção, já que o seu financiamento atual prevê apenas as mulheres não abrangidas pelo Programa Nacional de Vacinação, dos 18 aos 25 anos. Os objetivos do trabalho são realizar uma revisão da literatura sobre estudos de avaliação económica relativos à prevenção do CCU e avaliar a relação de custo-efetividade de vacinar mulheres contra o HPV entre os 26 e os 55 anos em comparação com a prática clínica corrente, em Portugal. É utilizado o Modelo Global Cervarix® e realiza-se uma análise de custo-utilidade e de custo-efetividade. Os resultados demonstraram que a vacinação em mulheres dos 26 aos 45 anos poderá ser uma opção custo-efetiva, permitindo um aumento de anos de vida, uma diminuição dos casos e mortes por CCU e um incremento de QALYs. O RCEI variou entre 7.914€/QALY e 29.049€/QALY com a vacinação aos 26 e aos 45 anos, respetivamente, para a alternativa de vacinação mais rastreio versus a situação atual de rastreio organizado e oportunístico, em Portugal.
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RESUMO - Introdução: O cancro da mama é uma das principais causas de mortalidade por doença oncológica. O rastreio contribui para o aumento da sobrevivência, mas apresenta riscos como a obtenção de um resultado falso positivo com efeitos controversos sobre a participação subsequente. Métodos: Realizou-se um estudo de coorte histórico (2006-2012) de 170.835 mulheres com 45-67 anos, elegíveis para o programa de rastreio do cancro da mama da ARSC,IP. Calcularam-se as medidas de efeito de um falso positivo da leitura na não participação na volta consecutiva de rastreio do cancro da mama, e a associação entre o evento em estudo e factores sociodemográficos, relacionados com o rastreio e com a anamnese, através de análise de regressão de Poisson. Resultados: A incidência de não participação foi 12,13%. A exposição a falso positivo da leitura aumentou 8,01% o risco absoluto de não participação. O falso positivo da leitura da mamografia revelou-se um factor de risco para a não participação (RRa=1,17; IC 1,10-1,25). O efeito protector da existência de participações anteriores foi superior ao efeito dos factores de risco identificados. Identificaram-se outros factores de risco e de protecção. Discussão: De acordo com os factores de risco e de protecção identificados recomendaram-se alterações à operacionalização do programa de rastreio, a manutenção das estatégias adequadas e a realização de estudos futuros para avaliar o efeito de outros factores não incluídos neste estudo. A comunicação do risco associado a um resultado anormal da mamografia é importante para diminuir a ansiedade consequente ao rastreio, devendo ser oferecidas intervenções que promovam a participação no rastreio.
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BACKGROUND: Cone-beam computed tomography (CBCT) image-guided radiotherapy (IGRT) systems are widely used tools to verify and correct the target position before each fraction, allowing to maximize treatment accuracy and precision. In this study, we evaluate automatic three-dimensional intensity-based rigid registration (RR) methods for prostate setup correction using CBCT scans and study the impact of rectal distension on registration quality. METHODS: We retrospectively analyzed 115 CBCT scans of 10 prostate patients. CT-to-CBCT registration was performed using (a) global RR, (b) bony RR, or (c) bony RR refined by a local prostate RR using the CT clinical target volume (CTV) expanded with 1-to-20-mm varying margins. After propagation of the manual CT contours, automatic CBCT contours were generated. For evaluation, a radiation oncologist manually delineated the CTV on the CBCT scans. The propagated and manual CBCT contours were compared using the Dice similarity and a measure based on the bidirectional local distance (BLD). We also conducted a blind visual assessment of the quality of the propagated segmentations. Moreover, we automatically quantified rectal distension between the CT and CBCT scans without using the manual CBCT contours and we investigated its correlation with the registration failures. To improve the registration quality, the air in the rectum was replaced with soft tissue using a filter. The results with and without filtering were compared. RESULTS: The statistical analysis of the Dice coefficients and the BLD values resulted in highly significant differences (p<10(-6)) for the 5-mm and 8-mm local RRs vs the global, bony and 1-mm local RRs. The 8-mm local RR provided the best compromise between accuracy and robustness (Dice median of 0.814 and 97% of success with filtering the air in the rectum). We observed that all failures were due to high rectal distension. Moreover, the visual assessment confirmed the superiority of the 8-mm local RR over the bony RR. CONCLUSION: The most successful CT-to-CBCT RR method proved to be the 8-mm local RR. We have shown the correlation between its registration failures and rectal distension. Furthermore, we have provided a simple (easily applicable in routine) and automatic method to quantify rectal distension and to predict registration failure using only the manual CT contours.
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BACKGROUND: Rectal and pararectal gastrointestinal stromal tumors (GISTs) are rare. The optimal management strategy for primary localized GISTs remains poorly defined. METHODS: We conducted a retrospective analysis of 41 patients with localized rectal or pararectal GISTs treated between 1991 and 2011 in 13 French Sarcoma Group centers. RESULTS: Of 12 patients who received preoperative imatinib therapy for a median duration of 7 (2-12) months, 8 experienced a partial response, 3 had stable disease, and 1 had a complete response. Thirty and 11 patients underwent function-sparing conservative surgery and abdominoperineal resection, respectively. Tumor resections were mostly R0 and R1 in 35 patients. Tumor rupture occurred in 12 patients. Eleven patients received postoperative imatinib with a median follow-up of 59 (2.4-186) months. The median time to disease relapse was 36 (9.8-62) months. The 5-year overall survival rate was 86.5%. Twenty patients developed local recurrence after surgery alone, two developed recurrence after resection combined with preoperative and/or postoperative imatinib, and eight developed metastases. In univariate analysis, the mitotic index (≤5) and tumor size (≤5 cm) were associated with a significantly decreased risk of local relapse. Perioperative imatinib was associated with a significantly reduced risk of overall relapse and local relapse. CONCLUSIONS: Perioperative imatinib therapy was associated with improved disease-free survival. Preoperative imatinib was effective. Tumor shrinkage has a clear benefit for local excision in terms of feasibility and function preservation. Given the complexity of rectal GISTs, referral of patients with this rare disease to expert centers to undergo a multidisciplinary approach is recommended.
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BACKGROUND: We conducted a randomized, phase II, multicenter study to evaluate the anti-epidermal growth factor receptor (EGFR) mAb panitumumab (P) in combination with chemoradiotherapy (CRT) with standard-dose capecitabine as neoadjuvant treatment for wild-type KRAS locally advanced rectal cancer (LARC). PATIENTS AND METHODS: Patients with wild-type KRAS, T3-4 and/or N+ LARC were randomly assigned to receive CRT with or without P (6 mg/kg). The primary end-point was pathological near-complete or complete tumor response (pNC/CR), defined as grade 3 (pNCR) or 4 (pCR) histological regression by Dworak classification (DC). RESULTS: Forty of 68 patients were randomly assigned to P + CRT and 28 to CRT. pNC/CR was achieved in 21 patients (53%) treated with P + CRT [95% confidence interval (CI) 36%-69%] versus 9 patients (32%) treated with CRT alone (95% CI: 16%-52%). pCR was achieved in 4 (10%) and 5 (18%) patients, and pNCR in 17 (43%) and 4 (14%) patients. In immunohistochemical analysis, most DC 3 cells were not apoptotic. The most common grade ≥3 toxic effects in the P + CRT/CRT arm were diarrhea (10%/6%) and anastomotic leakage (15%/4%). CONCLUSIONS: The addition of panitumumab to neoadjuvant CRT in patients with KRAS wild-type LARC resulted in a high pNC/CR rate, mostly grade 3 DC. The results of both treatment arms exceeded prespecified thresholds. The addition of panitumumab increased toxicity.
L'ultrasonographie endorectale dans les cancers du rectum [Endorectal ultrasound of rectal cancers].
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Endorectal ultrasonography has become the preferred exam to assess the local extent of rectal cancers. From 1990 to 1992, we have examined 28 patients with a rectal cancer. The tumours were classified according to the TNM. The objective of this exam is to identify patients whose tumours have invaded the perirectal fat. These patients are first treated in our clinic by an accelerated hyperfractionated radiotherapy and then operated. The preoperative staging made with the endorectal ultrasound was then compared with the anatomopathologic staging. The depth of the invasion was assessed precisely in 78.5% of cases. The exam's sensitivity to detect the invasion of the perirectal fat was 96% and its specificity 75%. Lymph node involvement was accurately identified in 67.8% of cases with a sensitivity of 81% and a specificity of 50%. This short retrospective study confirms that endorectal ultrasonography is a highly accurate tool for the staging of rectal carcinoma prior to operation and hence to select the patients that can benefit from preoperative irradiation.
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Tesis (Maestría en Ciencias con Especialidad en Biología Molecular e Ingeniería Genética) UANL, 2012.
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O artigo apela para uma atitude terapêutica expressa pelo acolhimento, em todos os espaços da comunidade, nomeadamente, no interior da escola, instituição com missão educativa, face a crianças com comportamentos desviantes. Lembra que o desvio pode ser, eventualmente, manifestação de um desequilíbrio arcaico, de natureza afectivo-social que só pode ser re-estabelecido através de uma experiência positiva de segurança, de confiança, de partilha de direitos e deveres.
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Os enormes avanços que ocorreram no tratamento de neoplasias nos últimos anos, pelo surgimento de novos fármacos, ao nível da radioterapia ou dos transplantes de medula óssea, fazem-se acompanhar por uma série de efeitos colaterais, que comprometem quase todas as funções orgânicas. A própria neoplasia pode estar na génese destas complicações clinicas. A toxicidade hematológica seja neutropénia, anemia ou trombocitopenia, constitui um efeito grave que necessita de intervenção imediata pelo risco que acarreta para os doentes oncológicos. As náuseas e vómitos são um transtorno frequente da quimioterapia que é particularmente desagradável e assustador para os doentes. A sua severidade pode levar mesmo à interrupção prematura do tratamento. É portanto pertinente prover uma adequada terapia antiemética baseada no potencial emetogénico da quimioterapia, fatores de risco individuais e diferentes fases da emese. A diarreia é uma complicação séria da quimioterapia, que pode surgir em resultado de processos imunológicos, infeciosos ou decorrentes do próprio cancro. Esta deverá ser bem gerida por forma a prevenir desequilíbrios eletrolíticos e desidratação que poderão comprometer o tratamento. A obstipação surge por diversas causas, frequentemente como efeito adverso resultante do controlo da dor com opiáceos. A inflamação das mucosas, ou mucosite, é outra patologia gastrointestinal que pode ser observada em vários locais, podendo ser muito debilitante e reduzir a qualidade de vida dos doentes. É uma das responsabilidades do farmacêutico dar recomendações aos doentes quanto à profilaxia da mucosite e seu tratamento. Ao nível da doença óssea, esta surge frequentemente nalguns tipos de cancro e tratamentos, pelo que a administração de moduladores da formação óssea poderá contribuir para um aumento da sobrevida. A maioria dos doentes com tumores também apresenta dor durante o curso da doença, muitas vezes pela compressão de raízes nervosas. A causa, tipo e a intensidade de dor pode ser diferente. É importante e necessário um diagnóstico e intervenção precoce.Com a presente revisão bibliográfica pretendeu-se compilar a informação relevante existente na literatura científica por forma a compreender melhor o papel do farmacêutico na terapêutica de suporte do cancro e como este profissional poderá contribuir para uma melhor qualidade de vida do doente oncológico. Para isso é necessário que este aprofunde os seus conhecimentos ao nível da fisiopatologia, prevenção e tratamento dos frequentes efeitos colaterais.
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Aberrant methylation of CpG islands (CGI) occurs in many genes expressed in colonic epithelial cells, and may contribute to the dysregulation of signalling pathways associated with carcinogenesis. This cross-sectional study assessed the relative importance of age, nutritional exposures and other environmental factors in the development of CGI methylation. Rectal biopsies were obtained from 185 individuals (84 male, 101 female) shown to be free of colorectal disease, and for whom measurements of age, body size, nutritional status and blood cell counts were available. We used quantitative DNA methylation analysis combined with multivariate modelling to investigate the relationships between nutritional, anthropometric and metabolic factors and the CGI methylation of 11 genes, together with LINE-1 as an index of global DNA methylation. Age was a consistent predictor of CGI methylation for 9/11 genes but significant positive associations with folate status and negative associations with vitamin D and selenium status were also identified for several genes. There was evidence for positive associations with blood monocyte levels and anthropometric factors for some genes. In general, CGI methylation was higher in males than in females and differential effects of age and other factors on methylation in males and females were identified. In conclusion, levels of age-related CGI methylation in the healthy human rectal mucosa are influenced by gender, the availability of folate, vitamin D and selenium, and perhaps by factors related to systemic inflammation
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Epidemiologic studies highlight the potential role of dietary selenium (Se) in colorectal cancer prevention. Our goal was to elucidate whether expression of factors crucial for colorectal homoeostasis is affected by physiologic differences in Se status. Using transcriptomics and proteomics followed by pathway analysis, we identified pathways affected by Se status in rectal biopsies from 22 healthy adults, including 11 controls with optimal status (mean plasma Se = 1.43 μM) and 11 subjects with suboptimal status (mean plasma Se = 0.86 μM). We observed that 254 genes and 26 proteins implicated in cancer (80%), immune function and inflammatory response (40%), cell growth and proliferation (70%), cellular movement, and cell death (50%) were differentially expressed between the 2 groups. Expression of 69 genes, including selenoproteins W1 and K, which are genes involved in cytoskeleton remodelling and transcription factor NFκB signaling, correlated significantly with Se status. Integrating proteomics and transcriptomics datasets revealed reduced inflammatory and immune responses and cytoskeleton remodelling in the suboptimal Se status group. This is the first study combining omics technologies to describe the impact of differences in Se status on colorectal expression patterns, revealing that suboptimal Se status could alter inflammatory signaling and cytoskeleton in human rectal mucosa and so influence cancer risk.