1000 resultados para Banco de sementes do solo
Resumo:
Ensaios de competição intra-específica foram conduzidos sobre Amaranthus viridis L. e A. hybridus L., a última espécie com dois biótipos distintos, tipo verde e tipo roxo. Os três ensaios, conduzidos separadamente, utilizaram cinco densidades de sementes por vaso. Em termos gerais, as sementes germinadas prontamente foram a razão do surgimento da próxima geração, visto que estabeleceram plântulas rapidamente e estas venceram em competição. A partir de certo número de sementes semeadas (20 por vaso), o número de plantas adultas obtidas revelou-se independente do número de sementes semeadas, o que indica que a capacidade de suporte do ambiente, ao invés do tamanho do banco de sementes no solo, é a razão da regulação do tamanho populacional; a mesma observação aplica-se à produção de matéria seca. Sob condições de competição, as espécies A. hybridus - tipo verde e A. viridis produziram maior quantidade de biomassa para reprodução (22% a 34%) do que A. hybridus - tipo roxo (15% a 18%). As primeiras, portanto, revelaram-se mais estrategistas-r que a última.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi verificar o envolvimento do fitocromo na germinação de aquênios do Bidens gardneri Baker., conhecido como picão preto. Os aquênios foram separados em curtos, médios e longos. Dois experimentos utilizaram apenas aquênios médios devido às diferenças quanto à resposta de germinação na ausência de luz, quando foram armazenados artificialmente no solo de cerrado, em um estudo anterior. A resposta dos aquênios curtos, médios e longos ao aumento da fluência de luz branca foi verificada sob um gradiente de luz branca entre 0 e 46,44 mmol m-2 s-1 de fluência. A reversão do fitocromo vermelho extremo (Fve) em fitocromo vermelho (Fv) no escuro em aquênios médios recém coletados e os armazenados por 14 meses a 4 ºC, que foram embebidos em água por 24 horas e incubados a 35 °C durante 24, 48 e 72 horas no escuro e a germinação foi a 25 ºC no escuro e observada após 15 e 30 dias. Por ultimo, foi construído um gradiente de fotoequilíbrio para cada tamanho e idade de aquênio em placas de petri umedecidos com água destilada, na qual a germinação foi observada a cada dois dias. Em irradiâncias de 0 a 46,44 mmol m-2 s-1, a germinabilidade dos aquênios longos e médios aumentou com a irradiância, porém os aquênios curtos sempre tiveram baixa germinabilidade. Aquênios médios armazenados, pré-embebidos por 24h e incubados no escuro por 24 h, 48 h e 72 h a 35 ºC mantiveram resposta fotoblástica quando a germinação foi observada a cada dois dias e após 15 e 30 dias, portanto não apresentaram reversão de Fve para Fv no escuro. No entanto, aquênios médios recém coletados e submetidos aos mesmos tratamentos tiveram o Fve removido quando incubados por 48 e 72 horas. Estes aquênios mostraram a resposta de fluência muito baixa de luz, quando a germinação foi observada a cada dois dias, sob luz verde. Os resultados indicam que heteroblastismo pode conferir à espécie estratégias diferentes de invasão e sobrevivência no cerrado: em locais com baixa disponibilidade de luz poderá ocorrer a germinação dos aquênios longos, ainda na estação chuvosa, (fevereiro). Enquanto os aquênios curtos podem permanecer armazenados no solo, vindo a germinar apenas no final da estação seca (em setembro). Portanto, o aquênio curto persiste no banco de sementes no solo por sete meses e é o que possibilita o estabelecimento de Bidens gardneri em campos de cerrado e pastagens.
Resumo:
A exploração de petróleo na Amazônia, em geral, implica na abertura de clareiras. No plantio tradicional de mudas de espécies arbóreas nessas áreas remotas degradadas, usam-se os transportes aéreo e fluvial de máquinas e insumos, o que encarece o processo de restauração. Objetivando o desenvolvimento de técnicas de nucleação de baixo custo baseadas na aplicação de elementos naturais disponíveis localmente, o que permite a regeneração natural de espécies pioneiras arbóreas, na região de Urucu, AM, foram testados cinco tratamentos com cinco repetições, distribuídos em quadrado latino de 25 x 25 m: T0 (controle), T1 (aplicação de "topsoil" sobre canteiros de solo escarificado manualmente, adubado e com laterais protegidas por troncos de Cecropia spp.), T2 (aplicação de "topsoil" sobre canteiros adubados e sem proteção lateral), T3 (aplicação de "topsoil" diretamente sobre a superfície adubada da área degradada) e T4 (aplicação de "topsoil" por hidrossemeadura sobre canteiros). Foram avaliados os efeitos sobre a densidade aparente e a fertilidade do solo e a densidade de plântulas emergidas e seu crescimento. Após 18 meses, os tratamentos T1, T2 e T3 apresentaram, respectivamente, o estabelecimento de 3, 1, 1 ind. m-2, com altura similar, provenientes do "topsoil". Os tratamentos T0 e T4 não apresentaram emergência de plântulas. A densidade do solo foi mais elevada nos tratamentos (>1,3 g cm-3) que na floresta (0,95 cm-3), enquanto a aplicação de fertilizante e calcário promoveu aumento na fertilidade do solo nos tratamentos, exceto de N e matéria orgânica, com teores mais elevados na floresta.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento de Euphorbia heterophylla L., e o seu controle sob os efeitos de manejos com calcário e cobertura morta do solo com aveiapreta, em semeadura direta de soja. O ensaio foi instalado em Latossolo Roxo distrófico, na Fazenda Experimental da Embrapa Soja, em Warta (Londrina), PR, em 1997/98. O delineamento experimental usado foi em blocos ao acaso, no esquema fatorial 2x2x2, com quatro repetições. Os tratamentos foram: 1. Calcário (com e sem), 2. Aveia (com e sem) e, 3. Controle herbicida (com e sem). Avaliações da evolução do banco de sementes e da flora emergente da espécie foram feitas em pré e pós-semeadura da soja. No período de corte da aveia até a fase de enchimento de vagem da soja (R5), nos manejos de calcário ou de aveia houve um decréscimo médio do banco de sementes no solo de 83,2% e, sem os manejos, um decréscimo de 91,9%. As taxas de emergência em pré-semeadura da soja foram de 4,7%, em média, semelhantes com ou sem calcário, porém maior na ausência de aveia, do que na presença; em póssemeadura, a taxa média foi de 12,6%, não diferindo entre os manejos. Uma maior intensidade de infestação no manejo com aveia, sem controle, reduziu a produtividade da soja. A infestação foi superada no manejo de calcário, produzindo significativamente mais soja.
Resumo:
O objetivo deste experimento foi avaliar o "banco" de sementes de plantas daninhas através do método da emergência de plântulas, na cultura do mamoeiro, em que se empregaram diferentes sistemas de manejo. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições e seis tratamentos: capina em área total; herbicida nas linhas + grade nas entrelinhas; subsolagem cruzada antes do plantio + capina em área total; subsolagem cruzada antes do plantio + herbicida nas linhas e feijão de porco nas entrelinhas; subsolagem cruzada antes do plantio + herbicida nas linhas e crotalária nas entrelinhas; e herbicida nas linhas + vegetação nativa nas entrelinhas da cultura, roçada quando necessário. A avaliação do banco de sementes foi feita aos 30, 60, 90 e 120 dias após a implantação de um bioensaio em casa de vegetação, com amostras retiradas no campo nas épocas chuvosa e seca, na profundidade de 0-15 cm. A matéria seca das plantas daninhas foi obtida utilizando-se um quadrado de 0,5 x 0,5 m, jogado a lanço quatro vezes nas parcelas. Os sistemas de manejo de capina em área total e de herbicida na linha + grade nas entrelinhas de plantio de mamoeiros, com feijão-de-porco e crotalária, reduzem o banco de sementes no solo. Dos adubos verdes, crotalária e feijão-de-porco, o primeiro altera a dinâmica do "banco" de sementes de forma mais significativa.
Resumo:
Os períodos de convivência das espécies daninhas têm grande influência no crescimento das plantas e na produtividade das culturas. Desse modo, objetivou-se com este trabalho determinar os períodos de competição, anterior à interferência (PAI), o crítico de prevenção à interferência (PCPI) e o período total de prevenção da interferência (PTPI) de B. plantaginea sobre a cultura do milho na Região Sul do Rio Grande do Sul. Adotou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, no sistema de cultivo convencional com quatro repetições. Os tratamentos consistiram em manter a cultura do milho na presença e ausência de B. plantaginea por 0, 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias após a emergência (DAE) da cultura. B. plantaginea originou-se do banco de sementes do solo, com população média de 312 plantas m-2. Foram amostradas e analisadas 10 plantas de milho em cada unidade experimental, com vistas à avaliação da altura de plantas e da inserção da espiga (cm), do comprimento de espigas (cm), do número de fileiras por espiga, número de grãos por fileira e número de grãos por espiga, além da produtividade de grãos, que foi determinada pela colheita de três linhas centrais da área útil em cada unidade experimental. Considerando 5% de tolerância na redução da produção, conclui-se que o período total de prevenção à interferência (PTPI) foi de 27 DAE; o período que antecede a interferência (PAI), de 11 DAE; e o período crítico de prevenção à interferência (PCPI), de 11 a 27 DAE.
Resumo:
Procurou-se relacionar alguns aspectos importantes da biologia e do manejo das plantas daninhas infestantes em áreas cultivadas sob sistema de plantio direto, com o objetivo de mostrar que a viabilidade deste plantio depende do controle eficiente das plantas daninhas. Nesse sistema de cultivo ocorrem algumas espécies de plantas daninhas comumente não observadas no sistema convencional, sendo essas constatações relacionadas ao não-revolvimento do solo, favorecendo o desenvolvimento de espécies de plantas daninhas perenes, e às alterações nas condições de temperatura e incidência de luz no interior do solo, influenciando os mecanismos de dormência das sementes de algumas espécies. A estratégia adequada para o controle das plantas daninhas em plantio direto exige conhecimento da dinâmica populacional do banco de sementes do solo e deve reunir métodos integrados de controle para reduzir o uso de herbicidas. A liberação de substâncias alelopáticas de algumas culturas de cobertura e o efeito supressor da camada de palha são medidas importantes para integrar ao controle químico das plantas daninhas. Entretanto, deve-se atentar para os efeitos negativos sobre algumas espécies de plantas cultivadas. As pesquisas na área de biologia das plantas daninhas e alelopatia das culturas de cobertura, associadas com a tecnologia de aplicação de herbicidas e a agricultura de precisão, poderão contribuir para a otimização do controle das plantas daninhas em áreas de plantio direto.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
A Reserva Legal é uma área localizada no interior das propriedades rurais, prevista no Código Florestal brasileiro, que deve ser protegida e apresentar coberta por vegetação natural, necessária à conservação, à proteção da fauna e flora e reabilitação dos processos ecológicos, além de servir como corredores ecológicos para o fluxo gênico das espécies. Muitas propriedades possuem estas áreas desmatadas, alteradas e em estágios avançados de degradação, tornando-se importante estudar o comportamento de plantios de espécies arbóreas de rápido crescimento com a finalidade de acelerar o processo de recomposição da vegetação natural e propor técnicas mais eficazes para recuperação destas áreas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da densidade do plantio homogêneo da Sclerolobium paniculatum Vogel, aos sete anos e meio de idade, como efeito catalizador do processo de regeneração. O experimento localiza-se na Fazenda Gênesis, Dom Eliseu, Pará. Avaliou-se o crescimento e verificou se a precipitação interfere no incremento diamétrico das árvores. Foram instaladas em blocos parcelas aleatórias com quatro repetições em cada tratamento. Para caracterização da composição florística, riqueza, diversidade e a similaridade da regeneração natural sob o plantio foram instaladas em cada tratamento (espaçamento), parcelas com oito repetições para três classes de avaliação da regeneração. E para caracterização da composição florística, riqueza, diversidade e similaridade do banco de sementes do solo foram instaladas aleatoriamente oito pontos de coleta do solo, com quatro repetições em cada tratamento, foram coletados quatro amostras compostas de oito e levadas para a casa de vegetação da Embrapa – CPATU onde foram dispostas em bandejas plásticas e regadas diariamente. Este experimento teve um período de quatro meses e a cada trinta dias as plântulas germinadas eram contadas e identificadas por um parabotânico. As árvores apresentaram maior altura no espaçamento 4m x 2m, maior diâmetro no espaçamento 4m x 3m, maior sobrevivência no espaçamento 4m x 4m. A regeneração natural apresentou maior similaridade na composição florística entre os espaçamentos 4m x 2m e 4m x 3m. Os valores da diversidade do índice de Shannon foram altos, não diferindo estatisticamente entre os espaçamentos. O banco de sementes mostrou maior riqueza de plântulas no espaçamento 4m x 3m, maior similaridade na composição entre os espaçamentos 4m x 2m e 4m x 4m. A diversidade das espécies em nível de 5% de significância não apresentou diferença entre os espaçamentos. Os resultados permitiram constatar que as áreas vêm sendo recuperadas e que algumas técnicas poderão ser aplicadas buscando reduzir custos e através de um manejo adequado poderá acelerar os processos ecológicos da regeneração natural.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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RESUMO O banco e chuva de sementes podem ser indicadores utilizados para avaliar o potencial de recuperação de uma área que sofre influência antrópica. Assim, os objetivos deste trabalho foram quantificar o número de sementes viáveis e estimar a diversidade de espécies do banco e chuva de sementes, a fim de conhecer o potencial de recuperação de uma área inserida em uma matriz agrícola. Foram instalados 40 coletores para avaliar a chuva de sementes, bem como coletadas amostras de solo, para caracterizar o banco de sementes. Na chuva de sementes, foram encontradas 2.079 sementes, pertencentes a 43 espécies, sendo as famílias Lauraceae e Fabaceae as mais representativas. No banco de sementes, germinaram 69 indivíduos pertencentes a 23 espécies, sendo a família Asteraceae a mais representativa. Observou-se elevada diversidade de espécies na chuva de sementes (H’= 2,34 nats ind-1), em que as sementes das espécies secundárias tardias foram as mais abundantes, enquanto no banco de sementes, as espécies pioneiras. Em conclusão, o fragmento florestal encontrava-se em estágio sucessional avançado, o que pode garantir estabilidade ao sistema diante da influência antrópica.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a longevidade de sementes de mutamba (Guazuma ulmifolia) em diferentes tempos de enterrio e profundidades no solo, em banco de sementes induzido. O delineamento utilizado foi blocos casualizados, em esquema fatorial 3x3, com quatro repetições. Os tratamentos empregados foram três profundidades de semeadura (0, 2 e 4cm) e três épocas de avaliação (3, 4 e 5 meses). Cada repetição consiste em 500 sementes, colocadas em sacos tipo filó (10x10cm) e enterradas em sementeira. Em cada época, foi avaliada a viabilidade das sementes por meio de teste de germinação, obtendo-se o percentual de emissão de raiz; plântulas normais e sementes firmes/duras. Foi avaliado, ainda, o percentual de saída do banco (contado através das perdas). As sementes de mutamba (G. ulmifolia) mantiveram-se viáveis no solo (25% do total das sementes enterradas apresentando 72% de viabilidade), mesmo após cinco meses enterradas. As sementes colocadas na superfície do solo e enterradas a 2cm de profundidade apresentam maior taxa de emergência de plântulas no campo do que as sementes enterradas a 4cm. O percentual médio de perdas é de, aproximadamente, 61%, independente da profundidade de semeadura e do tempo de permanência no solo.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento do enriquecimento no sistema solo orgânico-serapilheira, com sementes de espécies arbóreas nativas, para revegetação de áreas degradadas. O trabalho foi conduzido em casa de sombra e em bancadas a pleno sol, no Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, situado no Campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV). No levantamento do banco de sementes, foram encontrados 508 indivíduos, dos quais foram identificadas 38 espécies, pertencentes a 34 gêneros e distribuídas em 22 famílias. As avaliações da germinação das sementes introduzidas e do banco de sementes indicaram não haver diferença entre os ambientes testados (sombreado e a pleno sol). O crescimento das mudas, tanto das espécies provenientes dos propágulos contidos na serapilheira e no solo orgânico quanto das espécies utilizadas no enriquecimento, foi maior no ambiente sombreado. Os solos não adubados tiveram maior porcentual de sementes germinadas em relação aos solos adubados. A adubação dos substratos foi fundamental para o crescimento das mudas. Os resultados, portanto, demonstraram a eficiência do enriquecimento do banco de sementes e confirmaram o potencial dessa técnica para revegetação de áreas degradadas.