997 resultados para história da arte
Resumo:
Reflete-se sobre os desafios da construção e desconstrução de fronteiras e identidades organizacionais na passagem da sociedade da ordem - com sua noção de fronteiras e identidades - para a modernidade líquida, baseada em formas fluidas. Para ilustrar tal passagem, utiliza-se um estudo de caso da corporação McDonald's, apresentando as fronteiras e identidades organizacionais que esta estabeleceu desde seu surgimento, nos EUA, até se tornar uma das mais poderosas marcas globais. Toma-se o McDonald's como paradigmático do formato de negócios da moderna sociedade da ordem que perdurou no século XX, fator determinante para a expansão da corporação. Entretanto, a partir da década de 1990, a corporação passou a ser criticada por analistas de negócios, tendo ela própria assumido uma "crise de imagem". Aponta-se que essa crítica à rigidez do "sistema McDonald's" é sinalizadora de uma transformação mais ampla no formato social que alimentou e sustentou esse modelo de negócio, de bases fordistas e suportado por uma estratégia de padronização.
Resumo:
Nas classes e palestras de introdução à administração, desperta sempre a curiosidade do auditório lançar a pergunta: "O que vocês acham: Administração é ciência ou arte?" Estamos diante de um dictum interessante e estimulante à discussão. O artigo tem dois objetivos: desvendar a ambiguidade da pergunta - talvez uma das razões de sua sobrevivência - e, a partir dela, examinar a adequação de discutir-se "cientificidade" em nosso saber, questão importante para os rumos da academia nessa área. Para o primeiro objetivo, mais modesto, nos valeremos de análise pragmática e semântica da linguagem, para o segundo, que concentra a maior parte do texto, das teorias sobre a natureza da ciência e a pretendida distinção entre ciência e não ciência. Surgem, então, evidências de que o dictum encerra um mal-entendido.
Resumo:
O objetivo deste artigo é discutir as possíveis contribuições de estudos que fazem confluir história e cotidiano para a construção de novos olhares sobre a Administração. Para atender a esse objetivo, debatemos a aproximação entre a Administração e a história e os estudos sobre o cotidiano como opção para se produzirem olhares alternativos dentro da Administração. Concluímos reiterando que a construção desses diálogos pode abrir trilhas interessantes para o desenvolvimento de conhecimentos autorrefletidos e que estejam posicionados política, social e geograficamente.
Resumo:
Tendo como pano de fundo o Museu de Arte Popular, o presente trabalho procura compreender a decisão política que determinou o seu encerramento em 2008, enquadrando-a no período histórico vivido pela sociedade portuguesa desde o ano de 1948, data em que foi inaugurado, até aos nossos dias. É traçado o registo biográfico do Museu, assim como a matriz institucional que a ele preside, pretendendo-se, com o auxílio de informação produzida em várias áreas científicas complementares da museologia e presente em fontes documentais de arquivo, estabelecer uma descrição dos seus principais aspectos caracterizantes – onde se inclui a descrição do percurso institucional, do espaço expositivo, acervo, – bem como das relações funcionais verificadas entre o Museu e as diferentes tutelas dos períodos do Estado Novo e da Democracia.
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Este artigo se propõe a conhecer, analisar e sistematizar, crítica e estrategicamente, o que diferencia os empreendimentos sociais que atuam por meio da arte para obter mudança social, a partir de um estudo qualitativo. A parte inicial aborda a fundamentação teórica, enfocando prioritariamente o conceito de empreendedorismo social. Em seguida, o artigo apresenta o segmento a ser estudado, trazendo as principais sistematizações e constatações feitas a partir do estudo do material inicialmente apresentado, em conjunto com uma série de entrevistas realizadas com gestores desses empreendimentos e agentes de instituições de apoio. As principais características desses empreendimentos são: apelo diferenciado, audiência ampliada, concretização, crença e formação dos gestores, preservação/identidade cultural. Por outro lado, os principais desafios são: consolidação da arte como forma de mudança social, mensuração de resultados e atuação em rede.
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Este texto tem por base uma reflexão sobre uma ideia original de Jared Diamond (1997) que procura explicar por que é que a história dos povos seguiu caminhos evolutivos distintos nos diferentes continentes. A sua abordagem da evolução humana é inovadora porque combina história e biologia para desenhar o quadro geral da história da humanidade. Os eurasiáticos, especialmente os povos europeus e os povos da Ásia oriental espalharam-se pelo globo e dominam actualmente o mundo em termos de riqueza e poder. Outros povos, como a maioria das populações africanas, sobreviveram e sacudiram o domínio europeu, mas continuam a ser os mais pobres do mundo. As populações indígenas da África subsariana, das Américas e da Austrália foram subjugadas e dizimadas pelo colonialismo europeu. Como se tornou o mundo assim? Jared Diamond (1997) propõe que as diferenças entre as sociedades humanas dos diferentes continentes parecem dever--se a diferenças ambientais entre continentes e não a diferenças biológicas entre os povos. Um aspecto importante das diferenças ambientais refere-se à disponibilidade de espécies vegetais e animais selvagens possíveis de domesticar e a facilidade com que essas espécies se difundiram sem ter que se adaptar a novas condições climatéricas.
Resumo:
Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução
Resumo:
Partindo das ancestrais definições que a vida é um jogo e que a vida imita a arte, tentámos aqui delinear o que se representa no jogo e na arte e que afinidades espaciais nos podem levar a uma explicação ontológica. Das gravuras e pinturas rupestres à arte dos nossos dias é no errar, no jogo e na linguagem que se faz o humano, ficando sempre enigmático o que a mão traça e as faculdades coordenam. Mas só na evidência de sermos nós o Jogo o enigma cessaria.
Resumo:
O debate sobre a importância do campo da história na área de administração ficou restrito, principalmente, aos estudos ligados à história dos negócios ou empresariais, à história da gestão e à história organizacional (Costa, Barros e Martins, 2009). No sentido de ampliá-lo, este artigo apresenta a historiografia do ensino e propõe quatro níveis de pesquisa sobre a história do ensino de administração: a) a vida dos mestres (professores) que construíram campos temáticos, formas de ensinar e instituições; b) os legados de ensino dos programas; c) a história das disciplinas escolares; e, d) a história das instituições de ensino. Além disso, revela as possibilidades teóricometodológicas da historiografia da educação para, desta forma, propor uma agenda de ações no sentido de institucionalizar o subcampo de história do ensino de administração no campo da história da administração. Finalmente, conclui-se com a proposta de se ensinar a história do ensino de administração no Brasil, disciplina que é praticamente inexistente nos currículos da área, mais particularmente, esse tema pode ser um componente curricular de disciplinas ou atividades que se propõem a formar mestres e doutores.