997 resultados para erosão em pomar
Resumo:
O Brasil é o maior produtor mundial de citros e exportador de suco concentrado de laranja. Na região Nordeste, a citricultura tem grande importância social, onde é cultivada predominantemente por produtores com áreas menores do que 10 hectares, em solos como caráter coeso. Na Bahia, a citricultura é explorada sobre diversas condições tecnológicas, e especialmente nos Tabuleiros Costeiros os pomares têm baixa longevidade e produtividade em função das limitações dos solos coesos à produção agrícola. Este trabalho tem como objetivo determinar a qualidade física e química de um Latossolo Amarelo Coeso cultivado com citros. O estudo foi realizado na região do Recôncavo Baiano, em um pomar comercial de laranja "Pera" (Citrus sinensis L. Osb.) sob porta-enxerto de limão-cravo (Citrus limonia L. Osb.). Para a determinação do índice de qualidade do solo (IQS), utilizou-se o método proposto por Karlen & Stott (1994), e amostras foram coletadas em duas camadas: 0,00 - 0,20 m e 0,20 - 0,40 m. Os resultados mostraram que o Latossolo Amarelo Coeso sob manejo tradicional para a cultura de citros apresentou índice de qualidade regular, com limitações determinadas pela elevada resistência do solo à penetração, baixa permeabilidade à água e baixo teor de matéria orgânica, o que resulta em limitações para permitir o crescimento e o aprofundamento do sistema radicular e prover o fornecimento e a disponibilidade de água para as plantas cítricas.
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A insuficiência de estudos sobre compatibilidade de porta-enxertos é um dos fatores limitantes ao desenvolvimento da cultura da pereira (Pyrus sp.) no Brasil. A utilização do marmeleiro (Cydonia oblonga) como porta-enxerto para a cultura da pereira apresenta inúmeras vantagens, entre as quais a redução do vigor e a rápida entrada em produção; todavia, sua combinação com algumas cultivares copa apresenta problemas de incompatibilidade de enxertia, podendo ocasionar a ruptura do caule das plantas no pomar. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar a compatibilidade de enxertia de algumas cultivares de marmeleiros ('Quince C' e 'Adams') com pereiras ('Packham's Triumph' e 'Kieffer'). As variáveis analisadas foram: diâmetro da secção do tronco no ponto de enxertia, 5 cm abaixo e 5 cm acima do ponto de enxertia, diferença do diâmetro entre porta-enxerto e copa, altura das plantas, volume e massa seca da copa e raízes. Além disso, efetuou-se a observação da conexão vascular no ponto de enxertia através da imersão da base das plantas (abaixo do ponto de enxertia), em solução corante de Ácido Fuccínico 0,08%. Concluiu-se que a cultivar 'Packham's Triumph'apresenta compatibilidade de enxertia com o marmeleiro cultivares 'Adams'e 'Quince C', enquanto o híbrido 'Kieffer' apresentou sintomas morfológicos de incompatibilidade de enxertia com o marmeleiro cultivares 'Quince C' e 'Adams'.
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O "bitter pit" é um distúrbio fisiológico pós-colheita em maçãs, ocasionado pela deficiência de Ca e agravado pela presença de elevados níveis de Mg, N e K nos frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade prática da infiltração de maçãs 'Gala' com Mg, visando a avaliar, em pré-colheita, o risco de ocorrência de "bitter pit" durante o armazenamento refrigerado, bem como a identificar os atributos minerais do fruto associados à ocorrência do distúrbio. Em 50 talhões de pomares localizados no município de Fraiburgo-SC, foram coletadas amostras de 25 frutos / talhão, cerca de 20 dias antes do início da colheita comercial, sendo os mesmos infiltrados a vácuo com Mg e avaliados quanto à incidência (%) e severidade (manchas / fruto) de "bitter pit". Nos mesmos talhões, na maturação comercial, foram coletadas amostras de 120 frutos / talhão, sendo que 100 frutos foram armazenados em câmara fria convencional durante quatro meses (0 ± 0,5ºC e 90-95% UR), e 20 frutos foram utilizados para a análise mineral (teores de Ca, Mg, K e N). Cinco dias após a remoção da câmara fria, os frutos foram avaliados quanto à incidência (%) e severidade (manchas / fruto) de "bitter pit". Houve correlação linear altamente significativa (r² = 0,69; p<0,001) entre incidência de "bitter pit" avaliada em frutos infiltrados com Mg e em frutos armazenados em câmara fria. Tanto em maçãs infiltradas com Mg, como naquelas que desenvolveram distúrbio durante o armazenamento em câmara fria, foram observados menores teores de Ca e maiores teores de N em frutos com elevados níveis de incidência e severidade de "bitter pit". Os resultados obtidos mostram que a infiltração pré-colheita de maçãs 'Gala' com Mg é um método viável visando a identificar talhões em um pomar comercial, quanto ao risco de ocorrência de "bitter pit" durante armazenamento refrigerado.
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Este trabalho teve por objetivo a seleção entre e dentro de progênies de irmãos completos de cupuaçuzeiro. Foram avaliadas 21 progênies de irmãos completos, em dois experimentos, com cinco plantas por parcela. Os experimentos foram avaliados ao nível de indivíduos, em cada safra, para os caracteres: produção de frutos, polpa e semente, bem como resistência à vassoura-de-bruxa. Para efeito de seleção, também foi considerado o grau de parentesco das matrizes. As análises foram conduzidas via metodologia de modelos lineares mistos, como delineamento em blocos incompletos, desbalanceados com tratamentos comuns. Foram estimados os parâmetros genéticos e os valores genotípicos ajustados de progênies, bem como os valores genéticos aditivos e genotípicos individuais. Os resultados demonstraram que as progênies 12; 13; 18; 20; 21 e 24 tiveram os melhores desempenhos para as variáveis de produção. Entre elas, as progênies 12; 13 e 18 foram as que mais se destacaram. Foram selecionadas três matrizes da progênie 18, duas matrizes da progênie 12 e uma matriz de cada uma das progênies 13; 20 e 21. É possível concluir que essas matrizes, juntamente com materiais selecionados em outras áreas experimentais, apresentam potencial para compor um pomar de sementes clonais, estabelecido em lote isolado de outros plantios, onde será produzida uma população melhorada de primeiro ciclo que se constituirá na nova cultivar de cupuaçuzeiro.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do caquizeiro (Diospyros kaki L.) à adubação nitrogenada. O experimento foi conduzido em um pomar comercial no município de Faxinal, Estado do Paraná, nas coordenadas geográficas S 23º 57' 35'', W51º 13'34'', altitude de 999 metros. A cultivar estudada foi "Giombo". Utilizou-se de 9 tratamentos, sendo uma testemunha sem aplicação de nitrogênio (N), e os demais resultante das épocas de aplicação de N (Maturação fisiológica dos frutos, início de poda, final de florescimento e em 15-12-06), combinadas com duas doses de N (80 e 160 kg/ha). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados e 4 repetições. A parcela experimental foi constituída de 3 plantas, sendo a planta central usada para avaliação. A cada quarenta e cinco dias após o início da adubação, foram retirados aleatoriamente de cada tratamento oito ramos produtivos em diferentes pontos da planta. Na folha, os tratamentos IP e MF apresentaram os maiores teores de N na primavera e no verão, e uma diminuição significativa na fase final do ciclo antes da senescência e queda.Na folha e no ramo, todos os tratamentos resultaram em teor de N semelhante no final do ciclo.A época de aplicação, início de poda, foi a época que demonstrou menor variação de N, independentemente da dose.
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A abelha-irapuá, Trigona spinipes, é considerada um inseto-praga de várias culturas, por se alimentar de folhas e principalmente de flores e frutos. Os objetivos deste trabalho foram caracterizar o dano provocado pela irapuá em flores de mirtileiro (Vaccinium ashei Read.) e avaliar a frutificação efetiva e a qualidade da fruta produzida. O experimento foi conduzido no pomar experimental de mirtileiro, da Embrapa Clima Temperado em Pelotas, RS. Foram marcadas 200 flores de mirtileiro, seleção 103, sendo 100 destas com dano feito pela irapuá e 100 sem o dano. Após a floração, foi observada a frutificação efetiva, e por ocasião da colheita, foram determinados o teor de sólidos solúveis totais (SST), o diâmetro dos frutos e o número de sementes por fruto. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. Nas flores sem danos da irapuá, houve maior percentagem de frutificação efetiva, e as frutas oriundas das mesmas apresentaram maior diâmetro e maior quantidade de sementes. O teor de SST nas frutas de mirtilo, oriundas tanto das flores com dano como daquelas sem dano, foi semelhante. Esses resultados sugerem que a T. spinipes é prejudicial à cultura do mirtilo, principalmente na época de floração, pois os danos causados pelo inseto provocaram baixa frutificação, frutas de tamanho reduzido e com menor quantidade de sementes.
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A literatura brasileira apresenta poucos dados para subsidiar a recomendação de adubação para a cultura do caquizeiro, portanto o objetivo deste trabalho foi estudar o acúmulo de massa seca e macronutrientes nos órgãos que compõem o ramo produtivo, ao longo dos estádios fenológicos da cultura de caqui cultivar Giombo e quantificar as necessidades de nutrientes para a produção. O estudo foi realizado em pomar localizado no município de Faxinal-PR, e as amostragens de ramos frutíferos foram iniciadas três semanas após o início da brotação, repetidas a cada três semanas, durante 45 semanas. Foram realizadas análises químicas dos materiais coletados e determinada a extração de nutrientes ao longo do estádio de desenvolvimento. O total de macronutrientes exportados pela colheita dos frutos foram: 25,47; 5.72; 51.53; 6.76; 2.79 e 5,09, respectivamente, para N, P, K, Ca, Mg e S em kg por ha, para produtividade de 27.7 toneladas por ha de fruto, e os exportados pela retirada de ramos podados para fora do pomar, por questões fitossanitárias, foram: 2,1; 0,3; 1,1; 5,8; 0,5 e 0,4 kg de N, P, K, Ca, Mg e S em kg por ha.
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O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura-base inferior (Tb) a partir da unidade fototérmica (UF) para o cultivo experimental de manga Alfa sob condições de cerrado. Foram utilizados dados diários da temperatura do ar disponibilizados pela Estação Agrometeorológica Padre Ricardo Remetter, localizada em Santo Antônio do Leverger-MT (15,8° S e 56,1° W, 140 m), e avaliação sensorial do estádio de maturação dos frutos de manga. A Tb foi determinada pelo método da menor variabilidade das unidades fototérmicas (UF) acumuladas do período da floração à colheita dos frutos, variabilidade avaliada pelo coeficiente de variação (cv) simulado para diferentes valores da Tb. De julho a novembro de 2007, em três plantas de um pomar demonstrativo irrigado, foram identificados 82 frutos para o acompanhamento do crescimento e maturação. Entre esses frutos, em meados de dezembro de 2007, foi possível identificar 13 frutos que atingiram a maturidade fisiológica, após um período médio de observação de 112 dias. Para exigência fototérmica de 1.878.166,1 UF, encontrou-se Tb de 10 °C, valor consistente com os apresentados na literatura para a cultivar de manga, o que comprova a eficiência do método que combina a ação da temperatura e do fotoperíodo sobre a maturação dos frutos e que confere um caráter mais racional que o método tradicional da soma térmica.
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A baixa produtividade do maracujazeiro-amarelo é devida, muitas vezes, a problemas fitossanitários, sendo a Podridão-do-colo, causada por Nectria haematococca, um dos principais problemas na maioria dos Estados produtores do Brasil. O controle desta doença é basicamente preventivo, evitando a introdução do agente patogênico na área. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivos: a) avaliar o comportamento do maracujazeiro-amarelo 'Afruvec', 'IAC 275' e 'Maguary', do tipo pé-franco, e 'Afruvec' enxertado em cinco espécies de Passiflora (P. alata, P. maliformis, P. morifolia, P. mucronata e P. suberosa), em pomar com histórico de Podridão-do-colo; e b) avaliar a eficiência de produtos químicos (oxicloreto de cobre, procloraz e tiabendazol) e biológicos (Trichoderma harzianum e Trichoderma sp.) no controle da Podridão-do-colo em maracujazeiro-amarelo 'Afruvec', sob condições de campo. As espécies P. maliformis, P. suberosa e P. alata, empregadas como porta-enxerto, apresentaram maior resistência à Podridão-do-colo do maracujazeiro em relação às plantas não enxertadas. Os produtos químicos e biológicos, aplicados em intervalos mensais ou quinzenais no colo da planta (500 mL de calda), não foram eficientes no controle da doença.
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A jabuticabeira é uma fruteira nativa de ocorrência não generalizada na região sudoeste do Paraná, o que leva à hipótese de que esta espécie apresenta algumas preferências edafoclimáticas. Esse trabalho teve como objetivo investigar as condições ecogeográficas e edafoclimáticas dos ambientes de ocorrência natural da jabuticabeira na região sudoeste do Paraná. O estudo foi efetuado em 14 sítios de ocorrência dessa espécie. Foram registradas 4.036 plantas adultas pertencentes à espécie Plinia cauliflora, em 201,9 ha de mata do Ecossistema Floresta com Araucária. Os sítios estão localizados predominantemente entre 650 e 850 m de altitude, e as plantas localizam-se sempre na parte mais alta da topossequência, local menos propenso à ocorrência de geadas. Jabuticabeiras que ocorrem em sítios de menor altitude e com maior temperatura média anual são maiores que aquelas em sítios de maior altitude e menor temperatura. Os solos onde ocorrem as jabuticabeiras são argilosos, fortemente ácidos (pH próximo a 4,0), com alto teor de matéria orgânica e ferro, alta saturação de alumínio, baixo teor de fósforo e muito baixo índice de saturação de bases.
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O objetivo desta pesquisa foi determinar a endodormência de gemas de pessegueiro cv. Chimarrita e ameixeira cv. Poli Rosa em uma região de baixa ocorrência de frio. Os ramos foram coletados em um pomar situado no município de Fazenda Rio Grande, Paraná, no período de abril a agosto dos anos de 2007 e 2008. Na última coleta, um grupo adicional de ramos foi coletado e mantido em refrigerador à temperatura de 4 a 7°C, por 672 horas. A avaliação da endodormência foi realizada por meio do teste biológico de estacas de nós isolados, que foram mantidas em condições controladas de temperatura (25°C) e fotoperíodo (16 h). Foi realizada a quantificação das horas de frio (HF) e das unidades de frio (UF) ocorridas na região. As duas espécies foram avaliadas separadamente, como dois experimentos distintos. O delineamento experimental adotado foi o completamente casualizado, com nove tratamentos para o pessegueiro e 11 tratamentos para a ameixeira, ambos com quatro repetições. Os dois anos foram analisados individualmente. A endodormência mais intensa das gemas de pessegueiro cv. Chimarrita ocorreu no mês de maio, nos dois anos avaliados. A endodormência mais intensa de gemas de ameixeira cv. Poli Rosa ocorreu no mês de maio em 2007 e se estendeu até o mês de junho em 2008.
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Folhas e frutos de framboesa (Rubus idaeus L.) da cultivar Batum coletados de plantas do pomar do Centro de Ciências Agroveterinárias, CAV, município de Lages-SC, apresentando pústulas de ferrugem, foram encaminhados para análise no Laboratório de Fitopatologia do CAV. A diagnose indireta indicou a presença de pústulas com uma massa de esporos de cor amarela na face abaxial das folhas e superfície dos frutos. No exame ao microscópio, observou-se urédia e urediniósporos pequenos, obovados ou elipsoides, medindo 12,5-17,5 x 15,0-30,0 µm sobre a epiderme da folha e frutos, sem a presença de télias. Suspensão de urediniósporos (50.000 esporos mL-1) em água esterilizada foi pulverizada em folhas destacadas da mesma cultivar, mantidas por 24 h no escuro e 12 h de fotoperíodo em câmara úmida a 20ºC. Folhas-controle foram pulverizadas com água esterilizada. Após 10 dias detectaram-se urédias contendo urediniósporos na face abaxial das folhas, cujas características morfológicas e mensuração dos urediniósporos, sintomas e patogenicidade permitiram a identificação do agente causal como sendo Pucciniastrum americanum (Farl.) Arthur pela primeira vez no Estado de Santa Catarina.
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A cajazeira (Spondias mombin L.) é uma Anacardiaceae que se destaca pela considerável importância social e econômica no Nordeste brasileiro. Vários autores mencionam insetos que atacam folhas, ramos e frutos de cajazeiras; no entanto, em relação às flores, as informações são limitadas. Cecidomyiidae é uma família bastante diversificada de Nematocera (Diptera). Cecidomyiinae têm hábitos variados e grande riqueza de espécies fitófagas. Neste trabalho, objetivou-se a identificação de uma espécie de Cecidimyiinae galhador em cajazeira, caracterização dos sintomas do ataque e avaliação do nível de infestação em panículas da cajazeira em diferentes genótipos. O experimento foi desenvolvido em pomar de cajazeira do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí. Foram avaliados oito genótipos: JL 15, LA1, Fazenda Soares I, Fazenda Soares II, Fazenda Soares III, Major, Vagner e Jardim. O inseto foi identificado como Clinodiplosis sp. Considerando-se a alta especificidade de Cecidomyiinae (Clinodiplosini) na relação galhador X planta hospedeira, a espécie de Clinodiplosis associada a Spondias mombin provavelmente é nova. Os genótipos Major, LA 1, Soares I e Jardim apresentaram menor infestação. Já os genótipos JL 15, Vagner, Soares III e Soares II apresentaram maior infestação. Pode-se concluir que o nível de infestação das cajazeiras por Clinodiplosis sp. varia de acordo com o genótipo avaliado.
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O controle da leprose dos citros no Estado de São Paulo é realizado quase que exclusivamente com aplicações de acaricidas para o controle do ácaro vetor Brevipalpus phoenicis, as quais contribuem para o aumento dos custos de produção e podem afetar negativamente as populações de organismos benéficos. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar, durante quatro safras, os efeitos de acaricidas indicados para o controle do ácaro B. phoenicis em citros convencional e orgânico sobre a evolução da leprose dos citros e sobre ácaros fitoseídeos. O experimento foi instalado em outubro de 2003, em pomar de laranja localizado no município de Reginópolis-SP. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, estabelecendo-se os tratamentos, expressos em mL de p.c./100 L de água: spirodiclofen a 20 mL e cyhexatin a 50 mL (aplicados em rotação), calda sulfocálcica a 4.000 mL e testemunha sem aplicação de acaricidas. Entretanto, a rotação entre spirodiclofen e cyhexatin iniciou-se em setembro de 2006 e, anteriormente a esse período, utilizou-se somente o spirodiclofen. A cada quinze dias, foram realizados levantamentos populacionais do ácaro B. phoenicis e dos ácaros predadores Iphiseiodes zuluagai e os do gênero Euseius. O nível de controle adotado para o B. phoenicis foi de 8,3%, sendo que as aplicações dos produtos foram realizadas com pulverizador de arrasto tratorizado munido com lanças manuais. Na safra de 2007-2008, coletaram-se 10 frutos caídos devido à leprose por parcela e quantificou-se o número de lesões de leprose presentes em cada fruto. Avaliaram-se, ao término da safra de 2007-2008, a produtividade, as perdas devido à leprose, bem como a incidência e a severidade da leprose. Constatou-se que o local das lesões no fruto é mais importante para determinar sua queda do que o número de lesões presentes. Quanto mais intensa a infestação do ácaro B. phoenicis, maior é o número de lesões de leprose, resultando em maior queda prematura de frutos. Os acaricidas spirodiclofen e cyhexatin e spirodiclofen em rotação proporcionaram controle mais eficiente de B. phoenicis, em relação à calda sulfocálcica, resultando em maior produtividade, menores perdas de frutos e nos menores níveis de severidade da leprose. As aplicações de calda sulfocálcica reduziram os níveis populacionais do ácaro B. phoenicis abaixo do nível de controle, porém não evitaram o surgimento de lesões de leprose. As aplicações dos acaricidas apresentaram efeito nocivo sobre os ácaros fitoseídeos, pois houve redução da densidade populacional.
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O objetivo deste trabalho foi analisar a rentabilidade econômica do maracujazeiro-amarelo, sob diferentes formações da planta. O experimento foi conduzido em pomar comercial no Município de Lavras-MG (21º 14' S; 45º 58' W; 910 m de altitude), durante dois ciclos de produção (2006/2007). Os tratamentos constituíram na formação das plantas com diferente número de ramos terciários (T1=40, T2=30, T3=24, T4=20 e T5=14 por planta). O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo a parcela composta por três plantas. Os custos econômicos e operacionais médios foram maiores para os sistemas de podas mais drásticas (manutenção de 20 e 14 ramos por planta), por apresentarem maior custo de produção e menor produtividade. A receita líquida foi negativa para os sistemas de condução com menor quantidade de ramos terciários (T4 e T5). Os sistemas com podas menos drásticas apresentaram receita líquida positiva variando de R$ 1.861,06/ha no T3 a R$ 3.895,74/ha (2006/2007) no T2. Nos tratamentos T1, T2 e T3, o resultado da situação econômica foi de lucro supernormal, indicando que a atividade está obtendo retornos maiores que as melhores alternativas possíveis de emprego do capital. Porém, nos tratamentos T4 e T5, os resultados foram de resíduos positivo e negativo, respectivamente, cobrindo apenas parte dos custos da lavoura, com a tendência do produtor de maracujá de buscar melhores alternativas de aplicação do seu capital, com abandono da atividade.