872 resultados para diabetes typ 1


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Avaliou-se, prospectivamente, a existência de relação entre o controle glicêmico materno, na primeira metade da gestação, com a ocorrência de anomalias cardíacas fetais, em gestantes com diabetes mellitus. O nível da hemoglobina glicosilada (HbA1c) foi determinado em 127 grávidas, por ocasião da primeira visita pré-natal. Nove eram portadoras de diabetes do tipo I, 77 do tipo II e 41 de Diabetes mellitus gestacional (DMG). Todas foram submetidas a ecocardiografia fetal detalhada na 28ª (±4,1) semana da gestação. Em 31 dos 127 fetos (24,4%) foram detectadas anomalias cardíacas. Em 10 (7,87%), foram diagnosticadas anomalias cardíacas estruturais e, em 21 (16,53%), miocardiopatia hipertrófica como anomalia cardíaca isolada. A média das dosagens de HbA1c no grupo de gestantes sem anomalias cardíacas (5,6%) foi estatisticamente diferente da média das HbA1c do grupo com anomalias (10,1%) (p<0,0001). A elaboração da curva ROC, representando o balanço entre a sensibilidade (92,83%) e a especificidade (98,92%) no diagnóstico das anomalias cardíacas estruturais, com base nos níveis da HbA1c e resultados da ecocardiografia fetal, revelou ponto de corte discriminatório em 7,5%. Em nove dos dez fetos portadores de anomalias cardíacas estruturais, o nível materno da HbA1c era maior do que 7,5%. Não foi observada diferença estatisticamente significante quando se compararam as médias das dosagens de HbA1c dos casos com e sem miocardiopatia hipertrófica, diagnosticada como anomalia isolada (MCPH), nos subgrupos de diabetes tipo II e DMG. Concluem os autores que o nível de HbA1c acima de 7,5% correlaciona-se com o diagnóstico ecocardiográfico de anomalias cardíacas estruturais. Por outro lado, este teste não se mostrou útil para discriminar conceptos portadores de MCHP.

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OBJETIVO: avaliar os fatores relacionados à presença de recém-nascidos grandes para a idade gestacional nas gestantes com diabetes mellitus gestacional. MÉTODOS: no período de janeiro de 2004 a julho de 2006, foram selecionadas, retrospectivamente, 157 gestantes que apresentavam diabete mellitus gestacional e estavam em acompanhamento. Esse grupo foi dividido em dois subgrupos: um com recém-nascidos de peso adequado para a idade gestacional (n=136) e outro com recém-nascidos grandes para a idade gestacional (n=21). Foram comparadas as características maternas nos dois grupos. Para a análise da hipótese de igualdade entre a média dos dois grupos, utilizou-se o teste t de Student. E para que se testasse a homogeneidade dos grupos em relação às proporções, foi utilizado o teste do χ2. RESULTADOS: os grupos não apresentaram diferença significativa quanto à idade materna, índice de massa corporal, ganho de peso durante a gestação, número de gestações anteriores, glicemia de jejum no teste oral de tolerância à glicose após a ingestão de 75 g (TOTG 75 g), idade gestacional no momento do parto, valores glicêmicos durante o tratamento e o tipo de tratamento utilizado (p>0,05). No grupo com recém-nascidos grandes para a idade gestacional, observou-se valor de glicemia de duas horas no TOTG 75 g maior (p=0,02), a idade gestacional de início de tratamento maior (p=0,02), e um número menor de consultas realizadas no serviço (p<0,01). Ajustando-se a um modelo de regressão logística, foi encontrado, no valor da glicemia de duas horas do TOTG 75 g, o fator de maior importância (p<0,01) na predição de recém-nascidos grandes para a idade gestacional. CONCLUSÕES: os fatores que se relacionam melhor com a ocorrência de recém-nascidos grandes para a idade gestacional foram o início tardio do tratamento e, consequentemente, o menor número de consultas e, principalmente, o maior valor da glicemia de duas horas no TOTG 75 g.

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Uma assistência pré-natal de qualidade é essencial para garantir a saúde materna e perinatal. Atualmente, com a evolução dos métodos diagnósticos e a mudança no panorama das doenças, como o aumento da prevalência de diabetes e das doenças sexualmente transmissíveis, vários procedimentos propedêuticos têm sido estudados, dificultando o entendimento, por parte dos clínicos, a respeito de quais exames são necessários e em que período da gestação devem ser realizados, visando aos melhores resultados para o binômio mãe-bebê. Esta revisão teve como objetivo avaliar os principais exames de rotina pré-natal, considerando as melhores evidências científicas correntemente disponíveis.

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OBJETIVO: avaliar a importância da concentração plasmática materna de frutosamina como indicador de cardiopatias congênitas fetais, em gestações complicadas pelo diabetes mellitus. MÉTODOS: o estudo retrospectivo incluiu 91 gestantes portadoras de diabetes mellitus, as quais foram submetidas à ecocardiografia fetal de rotina em centro universitário de referência em Medicina Fetal. Foram selecionadas 65 pacientes que apresentavam diabete pré-gestacional e registro em prontuário médico de frutosamina plasmática anterior ao exame ultrassonográfico. A primeira dosagem registrada foi confrontada com o resultado da ecocardiografia fetal de rotina, realizada por médico especialista do serviço. A presença ou ausência de achados ecográficos de cardiopatia congênita (AECC) foi relacionada aos níveis plasmáticos de frutosamina, por meio de teste de médias, e sua acuidade para AECC verificada por curva ROC. Foram discutidos como pontos de corte os valores da concentração plasmática materna de frutosamina de 2,68, 2,9 e 2,23 mmol/L, que são, respectivamente, o valor de referência local do laboratório, o do kit de dosagem empregado e o de maior acurácia global. RESULTADOS: o AECC foi encontrado em 52,3% dos fetos. A primeira dosagem de frutosamina durante o pré-natal aconteceu em média com 20,4±8,0 semanas de gestação. A capacidade da concentração materna de frutosamina em identificar fetos com AECC foi significante (p<0,0001) e apresentou área sob a curva ROC de 0,78 (IC95%=0,66-0,89). A concentração plasmática de frutosamina de 2,9 mmol/L apontou AECC com maior especificidade e, porém, com maior porcentual de falso-negativo (96,8 e 55,9%). Valores acima de 2,68 mmol/L associam-se à probabilidade de 4,6 em identificar fetos com AECC em relação a valores inferiores, com sensibilidade de 58,8% e especificidade de 87,1%. O valor de 2,23 mmol/L mostrou-se de maior acurácia global entre os três pontos sugeridos, com sensibilidade de 88,2% na identificação de fetos com anormalidades à ecocardiografia. CONCLUSÕES: é possível utilizar a dosagem plasmática de frutosamina materna, obtida no segundo trimestre, para direcionar gestantes de risco aos centros de referência em ecocardiografia fetal. Os achados são relevantes no seguimento de gestantes portadoras de diabetes mellitus que iniciam tardiamente o pré-natal.

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OBJETIVO: comparar dois testes de rastreamento para diabetes e seus resultados com o resultado da gestação. MÉTODOS: no total, 279 pacientes foram submetidas a dois testes de rastreamento do diabetes gestacional - associação glicemia de jejum e fatores de risco (GJ + FR) e o teste de tolerância à glicose simplificado (TTG50g). O rastreamento pela associação GJ + FR caracterizou-se pela dosagem da glicemia de jejum e anamnese para identificação dos fatores de risco na primeira consulta de pré-natal. O TTG50g foi realizado entre a 24ª e a 28ª semana de gestação e caracterizou-se pela dosagem das glicemias plasmáticas em jejum e uma hora após a sobrecarga oral com 50 g de glicose. Os resultados, positivo e negativo, foram relacionados ao resultado da gestação. Foram consideradas variáveis dependentes: via de parto, idade gestacional, peso e índice ponderal ao nascimento, índices de Apgar <7 no 1º e 5º minutos, necessidade de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tempo de permanência hospitalar e óbito neonatal. Empregou-se o teste t de Student, admitindo-se 5% como limite de significância para calcular a diferença de proporção de das médias. RESULTADOS: apenas dois resultados perinatais estudados foram diferenciados pelos testes. O TTG50g alterado esteve associado à maior proporção de cesárea (58,7 versus 34,3%) e a associação GJ + FR positiva, maior taxa de prematuridade (15,4 versus 5,4%). As demais variáveis não foram diferentes nas pacientes com testes de rastreamento positivo e negativo. CONCLUSÕES: Apesar da relação entre a prematuridade e associação GJ + FR positiva e aumento de cesárea e TTG50g alterado, seria falha crítica aceitá-los como definitivos. Entre outras explicações, múltiplos fatores intercorrentes e as características próprias dos testes de rastreamento devem ser consideradas.

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OBJETIVO: Descrever as disfunções do trato urinário inferior e as características demográficas e clínicas de mulheres com queixas urinárias, estimando a prevalência de diabetes melito e de alterações urodinâmicas nestas mulheres. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, retrospectivo, com análise de 578 prontuários. As prevalências de diabetes melito e de cada diagnóstico urodinâmico nas pacientes com disfunções do trato urinário inferior foram estimadas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Foram calculadas as razões de prevalência das alterações urodinâmicas segundo o diagnóstico de diabetes. RESULTADOS: Setenta e sete pacientes (13,3%) eram diabéticas e a maioria (96,1%) tinha diabetes tipo 2. O diagnóstico urodinâmico mais frequente nas pacientes diabéticas foi o de incontinência urinária de esforço (39%), seguido de hiperatividade do detrusor (23,4%). A prevalência de urodinâmica alterada foi associada à de diabetes melito (RP=1,31; IC95%=1,17-1,48). As alterações de contratilidade do detrusor (hiper ou hipoatividade) estiveram presentes em 42,8% das pacientes diabéticas e em 31,5% das não diabéticas. CONCLUSÕES: As mulheres diabéticas apresentaram maior prevalência de alterações urodinâmicas do que as não diabéticas. Não houve associação entre o diabetes e as alterações de contratilidade do detrusor (p=0,80).

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OBJETIVO: Avaliar a importância do teste de tolerância à glicose oral (TTGO) no diagnóstico da intolerância à glicose (IG) e diabetes mellitus do tipo 2 (DM-2) em mulheres com SOP. MÉTODOS: Estudo retrospectivo em que foram incluídas 247 pacientes portadoras de SOP, selecionadas de forma aleatória. O diagnóstico de IG foi obtido por meio do TTGO de duas horas com 75 gramas de glicose de acordo com os critérios do World Health Organization (WHO) (IG: glicemia plasmática aos 120 minutos >140 mg/dL e <200 mg/dL); e o de DM-2 tanto pelo TTGO (DM: glicemia plasmática aos 120 minutos >200 mg/dL) quanto pela glicemia de jejum segundo os critérios da American Diabetes Association (glicemia de jejum alterada: glicemia plasmática >100 e <126 mg/dL; DM: glicemia de jejum >126 mg/dL). Para comparar o TTGO com a glicemia de jejum foi aplicado o modelo de regressão logística para medidas repetidas. Para a análise das características clínicas e bioquímicas das pacientes com e sem IG e/ou DM-2 foi utilizada a ANOVA seguida do teste de Tukey. O valor p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: As pacientes com SOP apresentaram média etária de 24,8±6,3 e índice de massa corpórea (IMC) entre 18,3 e 54,9 kg/m² (32,5±7,6). O percentual de pacientes obesas foi de 64%, de sobrepeso 18,6%, e peso saudável 17,4%. O TTGO identificou 14 casos de DM-2 (5,7%), enquanto a glicemia de jejum detectou somente três casos (1,2%), sendo que a frequência destes distúrbios foi maior com o aumento da idade e IMC. CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo demonstram a superioridade do TTGO em relação à glicemia de jejum em diagnosticar DM-2 em mulheres jovens com SOP e deve ser realizado neste grupo de pacientes.

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OBJETIVOS: Avaliar os padrões hemodinâmicos da artéria oftálmica, por meio da doplervelocimetria, em portadoras de diabetes mellitus gestacional (DMG), e comparar os achados com os obtidos em gestantes normais. MÉTODOS: Estudo prospectivo caso-controle que analisou os índices doplervelocimétricos das artérias oftálmicas. Foram constituídos dois grupos: um com 40 gestantes com diagnóstico de DMG e o outro por 40 gestantes normais. Foram incluídas gestantes com DMG segundo critérios da American Diabetes Association - 2012, com gravidez de 27 semanas até o termo, e excluídas gestantes hipertensas, em uso de drogas vasoativas ou com diagnóstico prévio de diabetes. O estudo foi realizado em um olho com transdutor linear de 10 MHz Sonoace 8000 Live Medison ®. As variáveis analisadas foram: índice de pulsatilidade (IP), índice de resistência (IR), razão entre picos de velocidade (RPV), pico de velocidade sistólica (PVS) e velocidade diastólica final (VDF). Para análise de normalidade das amostras foi empregado o teste de Lillefors, e os testes t de Student e Mann-Whitney, para comparação entre as médias e medianas conforme normalidade dos dados, e adotado nível de significância de 95%. RESULTADOS: As medianas e médias com desvio padrão das variáveis doplervelocimétricas da artéria oftálmica dos grupos de DMG e gestantes normais foram, respectivamente: IP=1,7±0,6 e 1,6±0,4 (p=0,7); IR=0,7 e 0,7 (p=0,9); RPV=0,5±0,1 e 0,5±0,1 (p=0,1); PVS=33,6 e 31,9 cm/seg (p=0,7); VDF=6,3 e 7,9 cm/seg (p=0,4). Não houve diferença significante entre as médias e medianas das variáveis analisadas entre os dois grupos de gestantes. CONCLUSÕES: Os padrões hemodinâmicos das artérias oftálmicas permaneceram inalterados no grupo de gestantes com DMG em relação ao grupo de gestantes normais, sugerindo que o tempo de exposição à doença durante a gestação é curto para causar vasculopatias importantes no território materno central.

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PURPOSE: To evaluate the frequency of fear of needles and the impact of a multidisciplinary educational program in women with pre-gestational and gestational diabetes taking insulin during pregnancy. METHODS: The short Diabetes Fear of Injecting and Self-testing Questionnaire (D-FISQ), composed by two subscales that access fear of self injection (FSI) and fear of self testing (FST), was administered twice during pregnancy to 65 pregnant women with pre-gestational and gestational diabetes: at the first endocrine consult and within the last two weeks of pregnancy or postpartum. An organized multidisciplinary program provided diabetes education during pregnancy. Statistical analysis was carried out by Wilcoxon and McNemar tests and Spearman correlation. A p<0.05 was considered to be significant. RESULTS: Data from the short D-FISQ questionnaire shows that 43.1% of pregnant women were afraid of needles in the first evaluation. There was a significant reduction in scores for FSI and FST subscales between the first and second assessments (first FSI 38.5% compared with second 12.7%, p=0.001; first FST 27.7% compared with second FST 14.3%, p=0.012). CONCLUSIONS: The fear of needles is common in pregnant women on insulin therapy and an organized multidisciplinary educational diabetes program applied during pregnancy reduces scores of such fear.

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OBJETIVO: Avaliar a incidência de repercussões materno-fetais e controle glicêmico em gestantes com diagnóstico de Diabetes Melito Gestacional (DMG) tendo como corte a glicemia de jejum de 85 mg/dL no primeiro trimestre e correlacionar com fatores de risco. MÉTODOS: Foram revisados os prontuários das gestantes acompanhadas no ambulatório de Pré-Natal de Alto Risco (PNAR) no período de janeiro de 2011 a março de 2012 e selecionadas aquelas com diagnóstico de DMG para contato e verificação do cartão de pré-natal. Foram colhidos dados de idade, paridade, glicemia de jejum do primeiro trimestre, valor do Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), Índice de Massa Corpórea (IMC), via de parto, forma de controle, repercussões fetais e fatores de risco para DMG. A análise estatística foi realizada no software PSPP 0.6.2 e consistiu de análise descritiva de frequências, teste do χ2 para variáveis categóricas, teste t de Student para amostras independentes e teste de Pearson para as correlações com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Das 408 gestantes atendidas, 105 tinham diagnóstico de Diabetes Melito Gestacional (DMG) e 71 tinham prontuários completos ou responderam ao contato para fornecer as informações faltantes. No grupo DMG-jejum <85, (com glicemia de jejum <85 mg/dL na primeira consulta no primeiro trimestre) foram incluídas 29 gestantes (40,8%) e no grupo DMG-jejum>85 (glicemia de jejum >85 mg/dL na primeira consulta, no primeiro trimestre) 42 gestantes (59,1%). Observou-se que poucas pacientes (5 no grupo DMG-jejum <85 e 3 no grupo DMG-jejum>85) não apresentavam fatores de risco para DMG. Houve maior frequência da necessidade de controle com insulina nas pacientes do grupo DMG-jejum >85. Não houve diferença significativa quanto às repercussões fetais e via de parto entre os grupos. CONCLUSÃO: A glicemia de jejum do primeiro trimestre, tendo como ponto de corte o valor 85 mg/dL, isoladamente, ou associado a fatores de risco, não seria bom preditor isolado de repercussões materno-fetais do DMG.

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Objetivo Apresentar e validar um registro eletrônico de saúde (RES) multifuncional para atendimento ambulatorial a portadoras de endocrinopatias na gestação e comparar a taxa de preenchimento de informações de saúde com o prontuário convencional. Métodos Desenvolvemos um RES denominado Ambulatório de Endocrinopatias na Gestação eletrônico (AMBEG) para registro sistematizado das informações de saúde. O AMBEG foi utilizado para atendimento obstétrico e endocrinológico de gestantes acompanhadas no ambulatório de endocrinopatias na gestação na maternidade referência em gestação de alto risco na Bahia, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2013. Aleatoriamente foramselecionadas 100 pacientes atendidas como AMBEG e 100 pacientes atendidas comprontuário convencional comregistro em papel e comparou-se a taxa de preenchimento de informações clínicas. Resultados Foram realizados 1461 atendimentos com o AMBEG: 253, 963 e 245 respectivamente, admissões, consultas de seguimento e puerpério. Eram portadoras de diabetes 77,2% e sendo 60,1% portadoras de diabetes pré-gestacional. O AMBEG substituiu, satisfatoriamente, o prontuário convencional. O percentual de informações clínicas registradas em ambos os prontuários foi significativamente maior no AMBEG: queixas clínicas (100 versus 87%, p < 0,01), altura uterina (89 versus 75%, p = 0,01), ganho de peso total (91 versus 40%, p < 0,01) e dados específicos sobre o diabetes (dieta, esquema de insulina, controle glicêmico e manejo de hipoglicemias) revelando diferença significativa (p < 0,01). A possibilidade de exportar dados clínicos para planilhas facilitou e agilizou a análise estatística de dados. Conclusões O AMBEG é uma ferramenta útil no atendimento clínico a mulheres portadoras de endocrinopatias na gestação. A taxa de preenchimento de informações clínicas foi superior à do prontuário convencional.

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Objetivo Avaliar se há correlação das dosagens de frutosamina e de hemoglobina glicosilada (HbA1c) com as frequências de desvios de glicemia capilar em gestantes com diabetes mellitus. Métodos estudo observacional, retrospectivo, de corte transversal, incluindo todas as gestantes comdiabetes que iniciaram o pré-natal emhospital terciário de ensino durante o ano de 2014 e que apresentavam pelo menos 20 dias de auto monitoramento glicêmico previamente às dosagens séricas de frutosamina e de HbA1c. Os desvios de glicemia capilar foram considerados "hipoglicemias" quando menores que 70mg/dL ou "hiperglicemias" quando acima do alvo glicêmico terapêutico para o horário. Foram testadas as correlações lineares par a par das dosagens de frutosamina e de HbA1c com as frequências de hipoglicemias e de hiperglicemias capilares pelo teste Tau-b de Kendall. Na sequência, foi avaliada a regressão linear entre as dosagens de HbA1c e de frutosamina e as frequências de hipoglicemias e de hiperglicemias. Resultados Foram incluídas 158 gestantes que contribuíram com 266 amostras para dosagem sérica de frutosamina e HbA1c. As dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentaram, respectivamente, coeficientes τ de Kendall de 0,29 (p < 0,001) e 0,5 (p < 0,001) com a frequência de hiperglicemias, e de 0,09 (p = 0,04) e 0,25 (p < 0,001) com a frequência de hipoglicemias capilares. No modelo de regressão linear, as dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentaram, respectivamente, coeficientes de determinação R2 = 0,26 (p < 0,001) e R2 = 0,51 (p < 0,001) para a predição de hiperglicemias, e R2 = 0,03 (p = 0,003) e R2 = 0,059 (p < 0,001) para a predição de hipoglicemias. Conclusão As dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentam correlação fraca a moderada com as frequências de hiperglicemias e hipoglicemias capilares no auto monitoramento glicêmico e não são capazes de traduzir com precisão os desvios da meta glicêmica no tratamento de gestantes com diabetes.

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A catarata representa uma das principais causas de cegueira em cães, sendo que as alterações metabólicas provocadas pelo Diabetes mellitus (DM), constituem a segunda causa mais comum de catarata nesta espécie. A biomicroscopia ultrassônica (UBM) é um método ultrassonográfico de alta frequência (50 MHz) que permite a obtenção de imagens do modo B de qualidade microscópica. Este estudo objetivou, por meio do uso da UBM, comparar as estruturas do segmento anterior de olhos de cães com catarata, diabética e não-diabética, às de cães normais, para verificar possíveis alterações decorrentes do DM. Os parâmetros avaliados foram espessura da córnea, profundidade da câmara anterior, aumento de celularidade no interior da câmara anterior e medida do ângulo iridocorneal. Foram realizados exames de 87 olhos de 47 animais da espécie canina, divididos em 3 grupos: grupo controle (GCO), grupo de portadores de catarata não-diabéticos (GCAT) e o grupo dos diabéticos (GDM). Os resultados revelam que o grupo dos diabéticos apresentou maiores espessuras de córnea que os demais grupos enquanto o grupo controle apresentou maiores câmaras anteriores. Encontrou-se aumento de celularidade em câmara anterior apenas nos grupos com catarata. Quando analisadas as medidas do ângulo iridocorneal, não houve diferença entre os 3 grupos. Com base no que foi aferido, permite-se concluir que olhos de cães diabéticos com catarata apresentam maior espessura de córnea central que olhos de cães com catarata de outras etiologias e de cães normais, que há diminuição da câmara anterior, com aumento de celularidade, em olhos de cães com catarata, quando comparados a cães normais e que não há diferença na medida do ângulo iridocorneal em olhos de cães com catarata, diabética ou não, e de cães normais.

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Background: Type 2 diabetes patients have a 2-4 fold risk of cardiovascular disease (CVD) compared to the general population. In type 2 diabetes, several CVD risk factors have been identified, including obesity, hypertension, hyperglycemia, proteinuria, sedentary lifestyle and dyslipidemia. Although much of the excess CVD risk can be attributed to these risk factors, a significant proportion is still unknown. Aims: To assess in middle-aged type 2 diabetic subjects the joint relations of several conventional and non-conventional CVD risk factors with respect to cardiovascular and total mortality. Subjects and methods: This thesis is part of a large prospective, population based East-West type 2 diabetes study that was launched in 1982-1984. It includes 1,059 middle-aged (45-64 years old) participants. At baseline, a thorough clinical examination and laboratory measurements were performed and an ECG was recorded. The latest follow-up study was performed 18 years later in January 2001 (when the subjects were 63-81 years old). The study endpoints were total mortality and mortality due to CVD, coronary heart disease (CHD) and stroke. Results: Physically more active patients had significantly reduced total, CVD and CHD mortality independent of high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP) levels unless proteinuria was present. Among physically active patients with a hs-CRP level >3 mg/L, the prognosis of CVD mortality was similar to patients with hs-CRP levels ≤3 mg/L. The worst prognosis was among physically inactive patients with hs-CRP levels >3 mg/L. Physically active patients with proteinuria had significantly increased total and CVD mortality by multivariate analyses. After adjustment for confounding factors, patients with proteinuria and a systolic BP <130 mmHg had a significant increase in total and CVD mortality compared to those with a systolic BP between 130 and 160 mmHg. The prognosis was similar in patients with a systolic BP <130 mmHg and ≥160 mmHg. Among patients without proteinuria, a systolic BP <130 mmHg was associated with a non-significant reduction in mortality. A P wave duration ≥114 ms was associated with a 2.5-fold increase in stroke mortality among patients with prevalent CHD or claudication. This finding persisted in multivariable analyses. Among patients with no comorbidities, there was no relationship between P wave duration and stroke mortality. Conclusions: Physical activity reduces total and CVD mortality in patients with type 2 diabetes without proteinuria or with elevated levels of hs-CRP, suggesting that the anti-inflammatory effect of physical activity can counteract increased CVD morbidity and mortality associated with a high CRP level. In patients with proteinuria the protective effect was not, however, present. Among patients with proteinuria, systolic BP <130 mmHg may increase mortality due to CVD. These results demonstrate the importance of early intervention to prevent CVD and to control all-cause mortality among patients with type 2 diabetes. The presence of proteinuria should be taken into account when defining the target systolic BP level for prevention of CVD deaths. A prolongation of the duration of the P wave was associated with increased stroke mortality among high-risk patients with type 2 diabetes. P wave duration is easy to measure and merits further examination to evaluate its importance for estimation of the risk of stroke among patients with type 2 diabetes.