957 resultados para Religião nas escolas públicas Rio de Janeiro (Estado)


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Em 2004 o governo federal anunciou um novo mecanismo para melhorar o acesso da populao brasileira aos medicamentos, chamado de "Programa Farmcia Popular do Brasil" (PFPB) que disponibiliza um rol de produtos subsidiados pelo governo, utilizando ou no sistema de copagamento. O PFPB est dividido em trs vertentes: (a) no setor pblico, chamada Rede Prpria; (b) expanso em 2006, com o comrcio farmacutico denominado "Aqui Tem Farmcia Popular" (ATFP) e; (c) iseno de copagamento, em 2011, em todas as farmcias no mbito do Programa, para anti-hipertensivos, antidiabticos e antiasmticos. Este estudo examinou o modelo de proviso de medicamentos na verso ATFP, comparando-o ao tradicionalmente praticado na Secretaria Municipal de Sade do Rio de Janeiro (SMS-Rio), com vistas a avaliar seus custos para os setores pblicos envolvidos. Foram levantados os gastos do Ministrio da Sade (MS) com pagamentos no Programa ATFP em fontes secundrias, como o Fundo Nacional de Sade e a Sala de Apoio Gesto Estratgica, de 2006 a 2012. Dados sobre o volume de pagamentos por medicamentos, perfil dos usurios atendidos e unidades farmacotcnicas (UF) dispensadas foram mapeados por contato direto com o Sistema Eletrnico do Servio de Informaes ao Cidado. Estimativas dos custos da SMS-Rio, com aquisio, logstica e dispensao de 25 medicamentos, restritas ao ano de 2012, foram realizadas. No perodo ocorreu forte expanso do Programa ATFP, tanto de unidades credenciadas, como de municpios cobertos, de 750% e 528%, respectivamente. Gastos federais com medicamentos no ATFP foram de aproximadamente R$ 3,4 bilhes, em valores ajustados para 31/12/2012. Houve inverso do fluxo dos pagamentos para entidades com matriz fora das capitais, representando aumento da capilaridade do Programa, e relativa concentrao de pagamentos em grandes redes varejistas. No municpio do Rio de Janeiro, estes gastos foram superiores a R$ 260 milhes e, desde 2008, so maiores que as transferncias do MS para aquisio de medicamentos bsicos. Custos comparativos entre o menor Valor de Referncia (VR) do Programa ATFP, e o custo estimado por UF na SMS-Rio dos medicamentos mostrou-se, na mdia geral, quase 255% vezes maior que o custo municipal. A comparao de custo foi mais favorvel SMS-Rio em 20 dos 25 itens comuns. Simulao considerando a demanda de cada medicamento consumido pela SMS-Rio em 2012 mostrou que, se a municipalidade os adquirisse pelo menor VR, incorreria em mais de R$ 95 milhes no custo global para os mesmos 25 produtos. O programa ministerial representou melhoria no acesso a medicamentos, mas os gastos expressivos repercutem em sua interface com o sistema descentralizado de financiamento da assistncia farmacutica. Alguns dos VR poderiam ser objetos de exame e avaliao, frente aos custos sistematicamente mais favorveis nos valores levantados para a SMS-Rio.

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O modelo de ateno que at ento pautava a assistncia ao louco, baseava-se na lgica manicomial cujo tratamento prestado reduzia-se internao psiquitrica. Ao tomar o asilo como seu nico destino, restava ao sujeito submeter-se ao nico modo de tratar a loucura: o isolamento e a excluso. Era este o cenrio que o movimento da reforma psiquitrica intentava romper. Para alm do fim dos manicmios, o que se visava era a transposio do modelo asilar por outro mais comunitrio.Este o mote da poltica de sade mental no municpio do Rio de Janeiro instaurado desde os anos 90. Portanto, nossa investigao colocou em anlise a inveno do Frum de sade mental institudo no ano de 2002 como arena participativa envolvendo os trabalhadores de sade mental na direo da construo de uma rede de ateno territorial.Para tanto, este estudo produziu uma narrativa sobre sua trajetria pelo vis de sua formulao e implementao, a partir dos sujeitos que participaram deste processo. Entendemos que essa escolha nos deu subsdios para compreender os caminhos trilhados ou descartados e as inflexes que transformaram esta arena como operador da gesto do cuidado em sade mental. Nesta direo, a contribuio terica de que nos servimos apoiou-se na Teoria da Estruturao que pauta seu estudo em torno da produo e reproduo da vida social pelos prprios agentes sociais. O uso deste conceito nos auxiliou na compreenso de um processo a partir dos prprios agentes uma vez que eles detm uma capacidade reflexiva, ou melhor, um entendimento terico acerca de suas prprias aes, incluindo as razes, motivos e necessidades que o instigam a faz-lo. O estudo identificou que a arena do frum de sade mental funcionou como operador da gesto do cuidado, entretanto, poroso ao conjunto de pessoas que o conduz, tornando delicada sua institucionalidade como arena participativa e de poder decisrio.

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A infeco pulmonar de etiologia bacteriana um dos principais problemas que levam a morbi-mortalidade na fibrose cstica (FC). Staphylococcus aureus se destaca como um dos micro-organismos mais frequentes e com um agravante para a teraputica quando se apresentam resistentes oxacilina (MRSA). Amostras MRSA podem ser classificadas tanto genotipicamente quanto fenotipicamente em MRSA adquiridas na comunidade (CA-MRSA) ou adquiridas no hospital (HA-MRSA). Fenotipicamente, essa classificao muito controversa, podendo se basear em critrios epidemiolgicos ou ainda pelo perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Por outro lado, a classificao genotpica consiste na determinao dos cassetes cromossmicos (SCCmec), local de insero do gene mecA (que confere resistncia a meticilina). Atualmente so reconhecidos 11 tipos de SCCmec, sendo os de tipo I ao III e VIII relacionados ao gentipo HA-MRSA e IV ao XI ao gentipo CA-MRSA. Classicamente CA-MRSA capaz de produzir a toxina Panton-Valentine leukocidin (PVL), codificada pelos genes luk-S e luk-F que est associada pneumonia necrotizante e infeces de tecidos moles em pacientes com FC com quadros de exacerbao pulmonar. No Brasil, raros so os trabalhos envolvendo caracterizao de SCCmec em amostras de pacientes com FC. Diante disso, este estudo teve como objetivo principal a caracterizao dos tipos de SCCmec e ainda a determinao do perfil de susceptibilidade a antimicrobianos em uma populao de MRSA recuperada de pacientes com FC assistidos em dois centros de tratamento no Rio de Janeiro, Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) e Instituto Fernandes Figueira (IFF). Foram estudadas 108 amostras de MRSA isoladas do perodo de 2008 a 2010, sendo 94 oriundas de 28 pacientes adultos atendidos no IFF e 14 de 2 pacientes adultos atendidos no HUPE. Foram encontradas altas taxas de resistncia para os antimicrobianos oxacilina, cefoxitina e eritromicina. Todas as amostras foram sensveis vancomicina e a linezolida quando determinada as Concentraes Inibitrias Mnimas (CIM). Atravs da tcnica de PCR foi possvel a tipificao dos SCCmec em 82,4% das amostras, sendo 64% destas compatveis ao gentipo CA-MRSA. No houve diferena estatstica nas taxas de susceptibilidade aos antimicrobianos entre as amostras CA-MRSA e HA-MRSA. Foram encontrados os SCCmec dos tipos I, III, IV e V, sendo os tipos I e IV os mais frequentes. O gene que codifica a toxina PVL foi encontrado em 34,2% das amostras e foi observado em amostras CA-MRSA e HA-MRSA. Nosso estudo se destaca por apresentar um alto percentual de amostras CA-MRSA e ainda por ser o primeiro do pas a detectar a presena do gene que codifica a toxina PVL em pacientes com FC. Alm disso, de forma indita na literatura, encontramos o gene luk-S, em amostras classificadas como HA-MRSA em pacientes com FC. Os poucos estudos nacionais, bem como as diferenas encontradas entre trabalhos, refletem a necessidade de conhecimento mais aprimorado do MRSA envolvido nas infeces pulmonares dos pacientes com FC.

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As infeces em cirurgia cardaca ainda apresentam um cenrio importante nas infeces associadas assistncia a sade (IAAS), favorecendo ao paciente aquisio de infeces por micro-organimos multirreristentes. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de resistncia a antimicrobianos, verificar a presena de genes que codificam as enzimas dos tipos oxacilinases e metalo-beta-lactamases e descrever as caractersticas demogrficas e clnicas dos pacientes colonziados/infectados por Acinetobacter spp. e P.aeruginosa internados no Centro de Terapia Intensiva Cardaca do HUPE no perodo de 2005 a 2010. A maioria das 46 amostras de Acinetobacter spp e das 35 de P.aeruginosa foram de origem respiratria seguido de sangue. A maioria das amostras de A. baumannii apresentou altos percentuais de resistncia a: ceftazidina, cefepime, piperacilina-sulbactam, ciprofloxacin, ceftriaxona e CIM &#8805;32 &#956;g/mL para os carbapenmicos. Uma amostra foi resistente a Polimixina B. O gene blaOXA-23 foi detectado em 65% das amostras e uma amostra apresentou o gene blaOXA-24. No foram detectados os genes blaOXA-58-like e blaOXA-143. Para P. aeruginosa os percentuais de resistncia para todos os antimicrobianos foram inferiores a 32%. Quatro amostras apresentaram resistncia intermediria a polimixina B e nenhum gene de resistncia foi detectado. Os pronturios dos pacientes foram analisados a fim de associar as caractersticas clnicas com os processos infecciosos identificados e seu desfecho clnico. Na anlise por tipo de micro-organismo associado ao processo infeccioso idade acima de 70 anos, DM e uso da ventilao mecnica por tempo prolongado foi maior no grupo dos pacientes que apresentaram infeco por P.aeruginosa. O IAM, a ICC em internaes anteriores e suas complicaes (choque cardiognico e arritmia) tiveram impacto na mortalidade na srie de pacientes (p<0,05). A insuficincia renal entre todas as comorbidades foi nica que teve associao com a mortalidade (OR= 8,3). No houve associao entre a mortalidade e o micro-organismo que causou a infeco (Acinetobacter spp. p=0,3 e P.aeruginosa p=0,2) ou a resistncia a carbapenmicos (p=0,5). Foram observados dois casos de mediastinte por Acinetobacter spp. e dois por P. aeruginosa sendo um achado indito no Brasil at o momento.

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No Brasil, se espera ter at 2014, de acordo com o prazo da Poltica Nacional de Resduos Slidos, todos os lixes erradicados e os resduos slidos urbanos gerados depositados em aterros sanitrios. Atualmente, os projetos de aterros sanitrios do oportunidade para um nicho de mercado, o da fonte de gerao de energia. Um parmetro de controle da poluio do ar causada pelos aterros sanitrios so as chamadas camadas de cobertura. Nesse contexto, de fundamental importncia o estudo de camadas de cobertura de resduos por ser um importante elemento de projeto para evitar ou minimizar a poluio do ar devido aos gases gerados em aterros sanitrios de resduos slidos, j que o elo existente entre o ambiente interno dos resduos e a atmosfera. A presente pesquisa aborda o comportamento dos gases em relao camada de cobertura existentes na CTR de Nova Iguau e no Lixo remediado de Seropdica. Foram realizados ensaios de Placa de Fluxo, medio de presso e concentrao dos gases no contato solo-resduo e emisses dos gases pelos drenos, alm das anlises de solo in situ e em laboratrio. Os ensaios foram realizados de outubro a novembro de 2012. Os resultados indicaram uma inexistncia de fluxo de gases pela camada de cobertura, que possui 1,10 m de espessura, do lixo de Seropdica, sendo encontrado apenas fluxo nos drenos. Na CTR Nova Iguau, foi verificada que praticamente a inexistncia de fluxo de gases com o sistema de gs ligado, mesmo possuindo uma camada de cobertura de 0,8 m.

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A gua essencial manuteno da vida. No entanto, com as situaes de estresse hdrico - disponibilidade hdrica inferior a 1.700 m per capita ao ano (FALKENMARK, 1989) - vivenciadas em diversos pontos do planeta, somadas ao acelerado crescimento da populao mundial, os problemas relacionados ao uso da gua tendem a aumentar. Neste contexto, a pegada hdrica (PH), que um indicador de sustentabilidade ambiental, se torna uma importante ferramenta de gesto de recursos hdricos pois indica o consumo de gua doce com base em seus usos. O presente trabalho objetiva mensurar a pegada hdrica em funo das componentes industrial, domstica e alimentar da populao do bairro Rocinha, um aglomerado subnormal localizado no municpio do Rio de Janeiro. A pesquisa se deteve a um Estudo de Caso de 20 sub-bairros da comunidade. Sua abordagem foi quantitativa, contando com uma amostra de 203 domiclios, erro amostral de 7% e grau de confiana de 93%. Para tal, foi utilizada como ferramenta de clculo o modelo Water Footprint Network do ano de 2005. Os resultados indicaram que, em mdia, a PH dos indivduos que compem a amostra de 1715 m/ano per capita assim divididos: PH de consumo domstico de gua de 175 m/ano per capita (479 l/hab.dia); PH de produtos agrcolas igual a 1470 m/ano per capita, e PH de produtos industrializados de 70 m/ano per capita. Os resultados obtidos sugerem que os indivduos da amostra com uma maior despesa mensal tendem a ter pegadas hdricas industrial e total tambm maiores.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar a potencialidade de implantao da Produo Mais Limpa (P+L), atravs do estudo de caso em Laboratrio Biomdico de Referncia em uma instituio pblica de ensino e pesquisa localizada no Rio de Janeiro. Esta investigao exploratria e analtica, utilizando-se como instrumentos a reviso bibliogrfica e documental, a observao direta e a entrevista com aplicao de questionrios voltados aos responsveis pela rea ambiental do laboratrio pesquisado. A anlise foi realizada confrontando-se os dados levantados com as recomendaes da metodologia de P+L, identificando-se as lacunas e oportunidades para a melhoria dos servios e processos de trabalho. O laboratrio possui instalaes modernas, organizao, sistemas de avaliao da matria-prima e insumos usados, alm do gerenciamento dos resduos. Contudo, nem todos os procedimentos so validados ou esto adequados s normas. Em geral, problemas em laboratrios dizem respeito ao uso excessivo de substncias perigosas e ao manejo inadequado de resduos, o qual pode ser contornado com a P+L, tendo como enfoque a preveno da poluio e a minimizao na fonte geradora. A reduo do consumo de materiais e insumos, alm da implantao de mudanas nos processos de trabalho, podem diminuir os custos financeiros e os impactos ambientais, como foi demonstrado no estudo. Para a melhoria da gesto dos laboratrios, recomenda-se a continuidade na aquisio, manuteno de equipamentos e infraestrutura. importante a divulgao de informaes ambientais e treinamento permanente para funcionrios e alunos. A Sustentabilidade Ambiental s pode ser alcanada quando for bem entendida e absorvida por todos, sendo a alta administrao das instituies a maior responsvel para liderar esse processo. Para estudos futuros, prope-se melhor definio e ampliao dos indicadores para o monitoramento e aprimoramento da gesto ambiental. Complementarmente, indicam-se estudos sobre a aquisio de conceitos pelos atores sobre a P+L e como eles podem contribuir com a Sustentabilidade Ambiental e a melhoria no ambiente de trabalho. Espera-se que esta pesquisa auxilie com o aperfeioamento da gesto no laboratrio estudado e em instituies similares que a venham implantar a P+L.

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Nesse trabalho apresentada uma anlise sobre o papel da fotografia em dois momentos distintos da histria da cidade do Rio de Janeiro: com Augusto Malta, fotgrafo oficial da prefeitura de Francisco Pereira Passos, no incio do sculo XX (1902-1906), e com o projeto colaborativo via Instagram Rio 365, na atual gesto de Eduardo Paes (sculo XXI). Ao estabelecer uma relao anacrnica entre os dois perodos histricos e modelos fotogrficos, estes cenrios so aproximados de forma a perceber questes (semelhanas e diferenas) que os perpassam. Para tentar apreender as imagens, so investigadas as redes sociotcnicas nas quais a fotografia atua e se insere, articulando aspectos relacionados memria, s materialidades e linguagens.

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Os manguezais so ecossistemas complexos, que esto sujeitos a processos que ocorrem ao longo de diferentes escalas temporais e espaciais. Essa complexidade refora a importncia de se empregar abordagens que possam alcanar essas escalas. As florestas de mangue, entre outras funes, funcionam como sequestradoras e fixadoras de carbono, sendo importantes para o equilbrio do balano global de gs carbnico. Estudos relacionados a diversos biomas mostram que h diferena de teor de carbono para espcies diferentes. Diversas estimativas de estoque e sequestro de carbono em florestas de mangue adotam o valor de 45% para o teor de carbono nas espcies de mangue. O presente estudo realizado em Guaratiba, Rio de Janeiro, coletou ramos, folhas, troncos, partes reprodutivas e razes subterrneas das espcies ali encontradas: Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa e Rhizophora mangle, essa ltima teve ainda a coleta de rizforos, para determinao do teor de carbono nos diferentes compartimentos das diferentes espcies. As amostragens foram realizadas nos diferentes tipos fisiogrficos (franja, bacia e transio). O material seco foi triturado e determinado por autoanalisador CHN. Os resultados foram testados estatisticamente, atravs de anlise de varincia (ANOVA) e teste de Tukey para identificao de diferenas entre os tipos fisiogrficos, espcies e compartimentos (para p<0,05). Foi obtido um valor de teor de carbono orgnico para as partes lenhosas (44,1%) para todas as espcies; um valor para partes verdes de A. schaueriana e L. racemosa de 42,6% e R. mangle de 44,9%; e um valor para raiz de A. schaueriana e L. racemosa de 42,6% e R. mangle de 40,0%. No foi detectada influncia dos tipos fisiogrficos sobre o teor de carbono na floresta de mangue estudada. Os resultados aqui obtidos demonstram ainda que deve-se ter cautela na utilizao de um valor nico e global para o teor de carbono em espcies de mangue.

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Esta dissertao produto de meu percurso no Mestrado em Psicologia Social e apresenta as diferentes modulaes do trajeto desenvolvido durante dois anos. Descreve de que modo um projeto que buscava conhecer a experincia dos usurios de Sade Mental se modificou, passando a questionar as relaes entre a Universidade, a Reforma Psiquitrica e o cuidado na pesquisa com pessoas. A partir da metodologia da Histria Oral, foram realizadas entrevistas com diversos atores pesquisadores, professores, militantes, estudantes, residentes e coordenadores de residncias que se somaram, na qualidade de trabalho de campo, participao em eventos promovidos por grupos de usurios e ao estgio docente na disciplina Polticas e Planejamento em Sade Mental, do curso de graduao em Psicologia. Tambm se recorreu pesquisa bibliogrfica e utilizao do dirio de campo. A partir desta ltima ferramenta, primordialmente, foi possvel realizar a anlise de implicaes que permeia todo o trabalho, na perspectiva da Anlise Institucional. Esta dissertao descreve e reflete, em especial, sobre os dilemas com os quais me defrontei, desde o incio da pesquisa, quando quis entrevistar participantes dos coletivos de usurios de sade mental. Meu interesse era conhecer como tinha sido a experincia desses usurios dentro da chamada Reforma Psiquitrica; porm, em face da insistncia, por parte dos coordenadores dos grupos, de que solicitasse a autorizao do Comit de tica e obtivesse o respectivo consentimento informado, comecei a me interessar pela origem dessa demanda e sua atual funo. Tomei como analisador o dispositivo Consentimento Informado ou Esclarecido tal como requisitado hoje, ou seja, algo cada dia mais exigido no campo da pesquisa com seres humanos, em cincias sociais. Apresentando-se como um discurso de proteo de direitos, ele permite colocar em discusso a questo do cuidado e da tica na pesquisa: certos aspectos priorizados pelos Comits de tica, tais como riscos, benefcios e desfecho primrio, supem a antecipao dos resultados de um processo que, ao contrrio, est em construo. Extrapolam-se modelos do campo biomdico, obstaculizando pesquisas que contemplem as subjetividades dos participantes (pesquisadores e pesquisados). Nesse sentido, a presente dissertao questiona a que cuidado (e ao cuidado de quem) tais dispositivos efetivamente respondem. Tambm se coloca um outro analisador em pauta, o dispositivo apresentao de doentes, a fim de refletir sobre a manicomialidade presente, ainda hoje, no ensino universitrio de psicologia. Tanto pela experincia no campo como mediante a bibliografia consultada, percebe-se uma ciso entre Universidade e Reforma. Certos espaos acadmicos e disciplinas ligadas prtica clnica permanecem intactos frente ao processo da Reforma, mesmo depois de uma recente mudana no currculo. Novos espaos e disciplinas emergem sem conseguir dialogar com os antigos, que transmitem ao jovem psi uma prtica atemporal, cientfica, objetiva, fundada nos manuais psiquitricos (DSM, CID) e em discursos psicanalticos descontextualizados. Percebe-se, assim, que temas fundamentais, como as condies de cuidado em sade mental, so escassamente, discutidos no curso psicologia hoje.

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Esse trabalho apresenta uma experincia com o Ensino Colaborativo (EC) no Programa de Educao de Jovens e Adultos em uma escola da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Ele visa dar ferramentas ao docente que possibilitem o uso do Ensino Colaborativo, alm de explicar e estruturar o uso dessa prtica colaborativa no ensino de matemtica. O trabalho mostra tambm um estudo comparativo entre duas turmas do Ensino de Jovens e Adultos de um colgio do muncipio do Rio de Janeiro, na qual o EC foi utilizado em apenas uma delas, e esse estudo, visa caracterizar as diferenas entre o EC e o ensino tradicional. O fato de ter desenvolvido esse estudo do EC no Ensino de Jovens e Adultos se deu pelo fato de ser uma modalidade de ensino cujo pblico, historicamente, apresenta algumas dificuldades no processo de aprendizagem e tambm por se tratar de uma modalidade de ensino na qual a diversidade de experincias se torna um diferencial para o desenvolvimento da prtica colaborativa. As atividades propostas visam criar um ambiente propcio para que a interao entre os alunos e entre professor e aluno(s) ocorra. Cada estudante deve ser capaz de confrontar ideias, dividir conhecimentos e desenvolver ou adquirir habilidades, ou seja, cada um deve buscar o seu desenvolvimento e tambm o de todos que esto a sua volta. Ao aliar a prtica colaborativa com o ensino de funes, foi possvel introduzir o conceito bsico de funo e mostrar aos discentes as diferentes formas de representar uma funo e de que maneira o conceito de funo est ligado a diversas reas do conhecimento. Espera-se que com esse trabalho qualquer pessoa que deseje utilizar o Ensino Colaborativo, sinta-se encorajado e embasado para desenvolver tpicos do programa de Matemtica utilizando essa prtica pedaggica. importante destacar que todas as estruturaes sugeridas podem e devem ser adaptadas a cada realidade e s suas peculiaridades, pois alm de ser uma prtica que visa melhorar o processo de ensino aprendizagem, o EC pode ser usado como uma ferramenta de anlise que permite a todos os indivduos participantes ter um melhor entendimento da sociedade na qual esto inseridos

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A infeco pelo vrus da hepatite C (VHC) uma das mais comuns infeces ao redor do mundo. Aproximadamente, 20% dos pacientes infectados eliminam espontaneamente o vrus, porm a maioria dos indivduos infectados desenvolve infeco crnica com amplo espectro de leses hepticas, desde inflamao leve at cirrose. A resposta imune do hospedeiro exerce grande influncia sobre o desfecho da infeco pelo VHC. O objetivo deste trabalho foi analisar a influncia dos polimorfismos genticos de citocinas na susceptibilidade ou persistncia da infeco por VHC e no clareamento espontneo em uma amostra de pacientes da populao do Rio de Janeiro (Brasil). Os polimorfismos genticos das citocinas TNFA (-308), TGFB1 (codon 10 e 25), IL10 (-1082, -592), IL6 (-174) e IFNG (+874) foram analisados por PCR-SSP em 245 pacientes com hepatite C crnica (HCC), 41 pacientes que alcanaram o clareamento viral espontneo e 189 indivduos controle saudveis. Alm disso, os polimorfismos prximos ao gene da citocina IL28B (rs12979860, rs12980275 e rs8099917) foram analisados por PCR em tempo real em todos os grupos. O grau de fibrose e inflamao, a resposta ao tratamento e o gentipo do vrus tambm foram levados em considerao quanto ao desfecho da HCC Os gentipos IL28B rs12979860 CC e CT e rs12980275 AA e AG foram significativamente associados ao clareamento espontneo e resposta terapia anti-viral. Da mesma forma, o alelo C (rs12979860) e o alelo A (rs12980275) foram significativamente maior no grupo Clareamento. O alelo C de IL6 (-174) foi associado com o Clareamento. Nenhuma associao entre as demais citocinas e o desfecho da HCC foi encontrada. O Gentipo TNFA (-308) GG parece estar associado com menor grau de inflamao. Alm disso, a etnia auto declarada influencia a distribuio dos polimorfismos em IL6 (-174) e IL28B rs12979860 e rs8099917. Nossas observaes indicam que os polimorfismos prximos ao gene da IL28B esto associados com o clareamento viral e resposta ao tratamento na populao do Rio de Janeiro. Alm disso, nossos resultados podem ser teis para futuras investigaes entre os polimorfismos de citocinas e a infeco por VHC numa populao heterognea como a Brasileira.

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O crescimento da populao e dos ncleos urbanos durante o sculo XX, sobretudo nos pases em desenvolvimento, contribuiu para o aumento das reas impermeveis das bacias hidrogrficas, com impactos importantes nos sistemas de drenagem urbana e na ocorrncia de enchentes associadas. As enchentes trazem prejuzos materiais, na sade e sociais. Recentemente, tm sido propostas prticas conservacionistas e medidas compensatrias, que buscam contribuir para o controle das enchentes urbanas, atravs do retardo do pico e amortecimento dos hidrogramas. Modelos matemticos hidrolgicos-hidrulicos permitem a simulao da adoo destas medidas de controle, demonstrando e otimizando sua localizao. Esta dissertao apresenta os resultados da aplicao do modelo hidrolgico Storm Water Management Model (SWMM) bacia hidrogrfica de estudo e representativa do rio Morto localizada em rea peri-urbana em Jacarepagu na cidade do Rio de Janeiro, com rea de 9,41 km. O processamento do modelo SWMM foi realizado com o apoio da interface Storm and Sanitary Analysis (SSA), integrada ao sistema AutoCAD Civil 3D. Alm da verificao da adequabilidade do modelo representao dos sistemas hidrolgico e hidrulico na bacia, foram desenvolvidos estudos para dois cenrios como medidas de controle de enchentes: cenrio 1, envolvendo implantao de um reservatrio de deteno e, cenrio 2, considerando a implantao de reservatrios de guas pluviais nos lotes. Os hidrogramas resultantes foram comparados ao hidrograma resultante da simulao nas condies atuais. Alm disso, foram avaliados os custos associados a cada um dos cenrios usando o sistema de oramento da Empresa Rio guas da PCRJ. Nas simulaes foram adotadas a base cartogrfica, e os dados climatolgicos e hidrolgicos previamente observados no contexto do projeto HIDROCIDADES, Rede de Pesquisa BRUM/FINEP, na qual este estudo se insere. Foram representados os processos de gerao e propagao do escoamento superficial e de base. Durante o processo de calibrao, realizou-se a anlise de sensibilidade dos parmetros, resultando como parmetros mais sensveis os relativos s reas impermeveis, especialmente o percentual de rea impermevel da bacia (Ai). A calibrao foi realizada atravs do ajuste manual de sete parmetros do escoamento superficial e cinco do escoamento de base para trs eventos. Foram obtidos coeficientes de determinao entre 0,52 e 0,64, e a diferena entre os volumes escoados e observados entre 0,60% e 4,96%. Para a validao do modelo foi adotado um evento pluviomtrico excepcional observado na cidade em abril de 2010, que poca causou enchentes e grandes transtornos na cidade. Neste caso, o coeficiente de determinao foi igual a 0,78 e a diferena entre volumes foi de 15%. As principais distores entre hidrogramas observados e simulados foram verificados para as vazes mximas. Em ambos os cenrios as enchentes foram controladas. A partir destes estudos, pde-se concluir que o melhor custo-benefcio foi o cenrio 2. Para este cenrio, foi observado maiores amortecimento e retardo da vazo de pico do hidrograma, igual a 21,51% da vazo simulada para as condies atuais da bacia. Os custos de implantao orados para os reservatrios de lote ficaram 52% a menos do que o do reservatrio de deteno.

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O dimensionamento de uma rede de monitoramento e controle da qualidade do ar requer o conhecimento da rea onde os poluentes atmosfricos, emitidos por fontes fixas e mveis, tendem a se concentrar e os seus fenmenos de disperso. A definio das reas de monitoramento da poluio atmosfrica na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro um tema discutido desde o incio dos anos 80 quando foram estabelecidas as bacias areas a partir de cartas topogrficas. Este projeto consiste em pesquisa aplicada ao estabelecimento da configurao espacial e mapeamento das bacias areas a partir de dados digitais. Tal esforo justificado em funo do alcance dos beneficiados diretamente e sociedade em geral, a partir do conhecimento das condies da qualidade do ar e seu comportamento ao longo do tempo. O estudo realizado se concentra na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, com base em dados necessrios para a avaliao da dinmica das massas de ar na rea de estudo e suas caractersticas para definio das novas bacias areas com suporte de um Sistema de Informao Geogrfica (SIG). Apoiado nos dados cartogrficos digitais e nos dados cadastrais das estaes de monitoramento, foi projetado e implementado um SIG, em atendimento aos requisitos de mapeamento digital das bacias areas, da distribuio espacial das estaes de monitoramento da qualidade do ar, das principais fontes de emisso de poluentes e das principais vias de circulao veicular, onde foram identificadas e mapeadas regies com caractersticas semelhantes para diversos cenrios com uso potencial do SIG. Foi criado um banco de dados georeferenciado, previamente modelado oferecendo consultas espaciais destinadas s necessidades de gesto ambiental. Com a utilizao do SIG, foram identificadas reas com deficincia no monitoramento, reas crticas de poluio atmosfrica e propostas as novas bacias areas delimitadas a partir dos dados digitais. O SIG se mostrou uma ferramenta eficiente para a gesto ambiental da qualidade do ar na RMRJ, pois permitiu em ambiente de escritrio a representao dos elementos necessrios para a avaliao da configurao espacial das bacias areas e proporcionou uma visualizao dinmica da distribuio espacial das estaes de monitoramento nas bacias areas propostas.

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Esta pesquisa busca ampliar o debate sobre os movimentos sociais de luta por moradia no contexto da cidade capitalista. Embasados no conceito de direito cidade, objetivamos analisar as espacialidades dos movimentos sociais de luta por moradia na primeira dcada do sculo XXI, na rea central do Rio de Janeiro. A presena de terrenos e edifcios vazios pblicos ou privados suscita questionamentos pelo fato de um municpio com elevado dficit habitacional possuir tantos espaos vazios. Contradies que resultam da negao do direito cidade a todos os cidados. Assim, a expanso das lutas por moradia na nossa sociedade expressa o profundo agravamento da denominada: questo social. Na atual conjuntura e ao mesmo tempo, revela a capacidade de organizao de segmentos da classe trabalhadora extremamente pauperizada. A partir do estudo do processo de luta protagonizada pelos moradores das ocupaes: Chiquinha Gonzaga, Manoel Congo e Regente Feij. Analisamos como essa prtica social produz uma nova espacialidade na rea central, da cidade do Rio de Janeiro. Essa dinmica no indica apenas o momento de luta pela moradia, mas tambm como os movimentos sociais se organizam a partir desse espao. Movimentos sociais urbanos que, no embate da vida cotidiana, produzem espaos e relaes sociais alternativos ao modelo vigente de desenvolvimento geogrfico desigual. A espacialidade das ocupaes simboliza uma resistncia e uma ao criativa ao demonstrar ao poder pblico que possvel transformar os espaos vazios na cidade em moradia popular, proporcionando, dessa maneira, melhora em termos de qualidade de vida dos seus moradores. O direito cidade significa estar na cidade e vivenci-la na sua plenitude, ou seja, fazendo uso de todas as suas benesses, participando ativamente da sua construo e reconstruo. Porm, a ao contrria dos agentes que se beneficiam da ordem vigente imediata, e vrias so as estratgias para desmobilizar os movimentos sociais. Nesse sentido, a formao de uma rede de resistncia solidria dos movimentos sociais pela moradia busca: promover o fortalecimento da luta pelo direito cidade.