1000 resultados para Programa Saúde da Família


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Este trabalho aborda aspectos referente produo do processo de trabalho no cotidiano da gesto da Estratgia Saúde da Família (ESF) em um municpio do Esprito Santo, a partir dos discursos dos prprios gestores envolvidos no processo. Valoriza a discusso sobre a produo das relaes institucionais neste contexto, assim como questes que dizem respeito ao processo de trabalho no dia a dia deste servio. O percurso metodolgico foi orientado pela abordagem qualitativa, sendo utilizado como instrumento metodolgico para a coleta de dados a observao direta de uma equipe de ESF, a construo de um dirio de campo e entrevistas individuais semiestruturadas aos gestores (secretrio municipal de saúde, coordenador da ateno bsica, integrante do ncleo da ESF e coordenador de unidade de saúde da família) da ESF desse municpio. A partir do trabalho de campo e da anlise do material produzido, pode-se apreender um cotidiano marcado pelas subjetividades prprias de cada profissional, um cotidiano construdo a partir das relaes produzidas em cada espao de atuao dos gestores com os profissionais de saúde e com os usurios. De maneira geral, os discursos dos gestores evidenciam um dia a dia complexo de operar. Alm disso, observa-se as que as atividades voltadas para as tomadas de deciso so centradas no papel do gestor formal da instituio de saúde. O organograma da secretaria de saúde do municpio refora a hierarquizao das relaes, principalmente as que se referem s tomadas de deciso, de forma que, pode-se observar que um dia a dia marcado por tenses, conflitos e controle. As relaes produzidas so baseadas em relaes de poder, perpetuando caractersticas de uma gesto clssica, apesar da concepo e da tentativa de realizar uma gesto pautada na cogesto.

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O Sistema nico de Saúde (SUS) pode ser considerado uma das maiores conquistas sociais consagradas na Constituio de 1988, representando a materializao de uma nova concepo acerca da saúde no Brasil. As diretrizes do SUS so importantes instrumentos indutores de mudanas e modernizao da gesto, incluindo aspectos relativos organizao da assistncia, como sua humanizao e tambm a busca de maiores nveis de desempenho e responsabilidade institucional para com os resultados alcanados. Diversos autores tem se debruado sobre o tema gesto, porm, qual o modelo de gesto que conseguiria combinar um papel ativo, de liderana e de coordenao para gestores com autonomia? Este estudo objetiva analisar a prtica da gesto nos servios de saúde do municpio de Itapemirim/ES, buscando compreender as mltiplas e complexas dimenses que orientam essa prtica, tendo como principal fonte as entrevistas de seus gestores. O municpio adota uma poltica de gesto participativa na saúde com vrias instncias formais e pratica um investimento em saúde acima do preconizado pela Constituio Federal o que permite um investimento em estruturao e oferta de servios pblicos. Do ponto de vista metodolgico, o estudo adota a abordagem qualitativa atravs de entrevistas semiestruturadas, focalizando a gesto como um mundo social e expresso dos processos presentes nas organizaes e que atravessam os relatos coletados. Foram entrevistados trs gestores, sendo esses, Secretrio Municipal de Saúde, Diretora da Ateno Primria em Saúde e Coordenadora de Estratgia Saúde da Família do municpio de Itapemirim. A anlise do material emprico teve como um de seus eixos o estudo do percurso profissional dos gestores, especialmente os processos que os levaram funo de gesto. A contingncia marca essas trajetrias que se desenrolam em um contexto em que, em alguns dos casos, percebe-se que no existe qualquer exigncia quanto formao de gesto. Outro eixo abordado so as prticas de gesto onde so examinados os sentidos que o exerccio da funo de gestor tem para os sujeitos, como tambm as suas estratgias de trabalho, planejamento e ferramentas de uso. O exame das prticas de gesto norteia-se pela anlise das possibilidades e limites para desencadear processos de mudana. Os depoimentos apontam as caractersticas dessas experincias de gesto, que procuram construir condies para processos de mudana, seja atravs das experincias anteriores desses gestores ou das estratgias de trabalho e do sistema de gesto articulado que procuram desenvolver. Os projetos profissionais dos gestores entrevistadas vo claramente se definindo no mbito da gesto: se veem, no mais como profissionais de sua rea de formao original (enfermeiro, farmacutico ou cirurgio dentista), mas acima de tudo como gestores, alimentados pelo reconhecimento de suas capacidades de mobilizao e de desenvolvimento de mudanas relativas a outras realizaes no campo da gesto.

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A Poltica Nacional de Ateno Integral Saúde do Homem prope formas diferenciadas de atuao da equipe de saúde no atendimento da populao masculina, uma vez que este pblico demanda estratgias diferenciadas de servio. Ao se deparar com a realidade vivenciada pelos homens, surgem vrias questes acerca do esteretipo social construdo acerca das caractersticas masculinas e suas vivncias. O objetivo da pesquisa foi compreender alguns aspectos relevantes para as prticas de saúde de homens usurios de Unidade de Saúde da Família, como qualidade de vida, consumo de lcool, representaes sociais da bebida alcolica e caractersticas de masculinidade. Foi utilizada uma amostra de 300 homens, frequentadores de Unidade de Saúde da Família, e aplicado um questionrio contendo os dados sociodemogrficos, o World Health Organization Quality of Life (Whoqol-bref), o Bem Sex-Role Inventory (BSRI), um exerccio de evocao sobre bebida alcolica, o Alcohol Use Disorders Identification Test (Audit) e um bloco para verificar os problemas ocasionados pelo consumo de lcool e a procura por tratamento. Os dados dos instrumentos quantitativos foram analisados com testes estatsticos de comparao de mdias e de correlao. Os dados das evocaes foram analisados com o software EVOC (Ensemble de Programmes Permettant lAnalyse des vocations). Na primeira anlise, constatou-se adeso mais alta a caractersticas femininas, alta percepo de qualidade de vida e padres de consumo de lcool semelhantes s mdias nacionais. Homens que declararam praticar sua religio apresentaram mdia significativamente menor de consumo de lcool. Apresentaram correlao inversamente proporcional ao consumo de lcool as caractersticas femininas de gnero, os domnios fsico, social, psicolgico e percepo global de qualidade de vida. Na anlise das evocaes, constatou-se que os elementos com tendncia centralidade so, em sua maioria, de cunho negativo. Os dados da populao geral apresentaram o termo gosto como um aspecto positivo e central da bebida alcolica. O grupo de abstinentes no apresentou avaliao positiva do termo e o grupo de bebedores apresentou o termo diverso na primeira periferia, referindo-se aos aspectos positivos e de socializao da bebida alcolica. Os resultados indicaram uma qualidade de vida satisfatria, a religio e as caractersticas femininas destacaram-se como um fator de proteo ao uso de bebida alcolica. Apresentaram, ainda, percepo dos problemas associados ao prprio consumo. Apesar de a maioria dos termos relacionados bebida alcolica ser negativo, este consumo ainda se d em um nvel considervel. Por isso, se faz necessria a construo de vnculo entre o profissional e o usurio do servio de saúde a fim de dar oportunidade para que as reais prticas sobre a bebida alcolica sejam evidenciadas. Esses dados podem ajudar profissionais de Saúde da Família a refletirem sobre as representaes sociais que constroem acerca dos homens de classe popular usurios do servio

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A partir dos princpios ordenadores da ateno primria (AP), definidos por Starfield, o presente artigo analisa em que medida o desempenho dos mdicos da Estratgia Saúde da Família (ESF) contribui para a consolidao de tais princpios. Trata-se de um estudo descritivo, no qual foram utilizados indicadores de desempenho, desdobrados a partir dos seis princpios ordenadores da ESF, a fim de mensurar o desempenho destes profissionais no municpio de Belo Horizonte. Os resultados encontrados, em geral, indicaram que o desempenho do mdico da família favorece o cumprimento dos princpios ordenadores. Consoante com a literatura, os resultados da anlise de regresso mltipla demonstraram que o desempenho da equipe de saúde influencia o desempenho do mdico, o que refora a importncia da adoo de modelos de avaliao de performance mdica que considerem mltiplos determinantes.

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OBJETIVO: Avaliar as dificuldades de acesso para diagnstico da tuberculose nos servios de saúde no Brasil. MTODOS: Estudo realizado em 2007 com pacientes com tuberculose, atendidos na rede de ateno bsica nos municpios de Ribeiro Preto (SP), So Jos do Rio Preto (SP), Itabora (RJ), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA). Utilizou-se o instrumento "Primary Care Assessment Tool," adaptado para ateno tuberculose. O diagnstico de tuberculose nos servios foi avaliado por meio da anlise fatorial de correspondncia mltipla. RESULTADOS: O acesso ao diagnstico foi representado pelas dimenses "locomoo ao servio de saúde" e "servio de atendimento" no plano fatorial. Os pacientes dos municpios Ribeiro Preto e Itabora foram associados s condies mais favorveis dimenso "locomoo" e os de Campina Grande e Feira de Santana as menos favorveis. Ribeiro Preto apresentou condies mais favorveis para a dimenso "servio de atendimento" seguido dos municpios Itabora, Feira de Santana e Campina Grande. So Jos do Rio Preto apresentou condies menos favorveis que os outros municpios para as dimenses "locomoo" e "servio de atendimento". CONCLUSES: A anlise fatorial permitiu visualizar conjuntamente as caractersticas organizacionais dos servios de ateno tuberculose. A descentralizao das aes para o programa de saúde da família e ambulatrio parece no apresentar desempenho satisfatrio para o acesso ao diagnstico de tuberculose, pois a forma de organizao dos servios no foi fator determinante para garantia de acesso ao diagnstico precoce da doena.

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OBJETIVO: Analisar os padres de utilizao dos servios de saúde em comunidades cobertas pela Estratgia de Saúde da Família. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivduos, de todas as idades, residentes em reas de abrangncia da Estratgia de Saúde da Família, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionrios pr-codificados a todos os moradores dos domiclios sorteados sobre informaes demogrficas, socioeconmicas e de saúde. Nas anlises foram calculadas razes de prevalncias, intervalos com 95% de confiana e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regresso de Poisson na anlise multivarivel para possveis fatores de confuso. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nvel socioeconmico, sem cobertura por plano de saúde e com autopercepo de saúde ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de saúde da família local. Em relao aos usurios de outros servios de saúde, o padro foi semelhante para as variveis sexo, idade e autopercepo de saúde, mas foi encontrada uma maior utilizao por pessoas com maior nvel socioeconmico e com cobertura por plano de saúde. CONCLUSES: A utilizao da unidade de saúde da família local foi maior entre as pessoas com menor nvel socioeconmico e sem cobertura por plano de saúde, indicando indivduos mais pobres como prioritrios das aes governamentais. A mudana do modelo assistencial e a implantao da Estratgia de Saúde da Família tendem a melhorar progressivamente as condies de saúde da populao mais pobre, minimizando as desigualdades em saúde.

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OBJETIVO: Avaliar a utilizao de servios de saúde entre idosos portadores de doenas crnicas. MTODOS:Estudo transversal realizado com 2.889 indivduos com idade a partir de 65 anos, portadores de condies crnicas - hipertenso arterial, diabetes mellitus e doena mental -, residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde em 41 municpios das regies Sul e Nordeste do Brasil em 2005. Os dados analisados foram obtidos do estudo de linha de base do Programa de Expanso e Consolidao da Saúde da Família. As variveis estudadas foram sexo, idade, cor da pele, situao conjugal, escolaridade, renda familiar, tabagismo, incapacidade funcional e modelo de ateno da unidade bsica de saúde. A anlise ajustada dos desfechos foi realizada com regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de consulta mdica nos ltimos seis meses foi de 45% no Sul e de 46% no Nordeste. A prevalncia de participao em grupos de atividades educativas no ltimo ano foi de 16% na regio Sul e de 22% na regio Nordeste. Nas duas regies, o uso dos servios foi maior por idosos com idade inferior a 80 anos, baixa escolaridade e residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde com Programa Saúde da Família. Apenas na regio Sul os idosos com incapacidade funcional apresentaram maior prevalncia de consultas mdicas. CONCLUSES: As prevalncias de consulta mdica e de participao em grupos de atividades educativas foram baixas, quando comparadas com estudos anteriores realizados com idosos no Brasil. Os resultados indicam que, apesar de o Programa Saúde da Família promover maior uso de servios das unidades bsicas de saúde pelos idosos portadores de condies crnicas, h necessidade de ampliar o acesso daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional.

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OBJETIVO: Analisar percepes e participao de usurias de unidade bsica de saúde em relao preveno e promoo de saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo no qual foram entrevistadas 20 usurias de uma unidade de saúde da família de Belo Horizonte, MG, em 2007. O roteiro da entrevista englobou questes sobre o processo saúde-doena e preveno e promoo de saúde. Foi utilizada a tcnica de anlise de contedo na anlise dos relatos. ANLISE DOS RESULTADOS: A percepo sobre preveno apresentou influncia da teoria de Leavell & Clark, expressa por aes que evitam o aparecimento, progresso ou agravamento de alguma doena. A promoo de saúde foi concebida como um nvel de preveno e associada responsabilizao individual e ao conceito positivo de saúde. As prticas de preveno e promoo de saúde estiveram orientadas pelo conceito positivo de saúde, pela possibilidade de gerarem prazer/desprazer, pelas interferncias que poderiam ocasionar no cotidiano, pela concepo de fora de vontade e de valor conferido vida. CONCLUSES: O discurso sobre preveno e promoo de saúde marcado por concepes tradicionais. Contudo, houve a incorporao do conceito positivo de saúde que, aliado ao fator prazer e fora de vontade, atuam como principais influenciadores do comportamento. So necessrias estratgias com abordagens mais amplas sobre o processo saúde-doena, traduzindo os princpios modernos da promoo de saúde.

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OBJETIVO: Analisar fatores relacionados integralidade na assistncia saúde bucal em centros de especialidades odontolgicas segundo os princpios norteadores da Poltica Nacional de Saúde Bucal. MTODOS: Estudo exploratrio transversal baseado em entrevista com 611 usurios de quatro centros de especialidades odontolgicas da Bahia em 2008. A varivel dependente foi descrita como "integralidade na saúde bucal", correspondente realizao de tratamento odontolgico bsico antes do tratamento especializado ou concomitante a este. As principais co-variveis se referiram a cobertura da estratgia saúde da família no municpio, caractersticas sociodemogrficas dos usurios, acessibilidade organizacional e geogrfica ao servio, alm do tipo de especialidade demandada. RESULTADOS: Residentes de cidades em que o Programa Saúde da Família tinha cobertura > 50% tiveram mais chance de concluir o tratamento odontolgico (RP = 2,03, IC 95%: 1,33;3,09) em relao queles residentes em locais com cobertura menor. Quem buscou tratamento endodntico teve mais chance de receber assistncia integral saúde bucal do que os usurios em busca de outras especialidades (RP = 2,31, IC 95%: 1,67;3,19). Os usurios com maior facilidade no acesso geogrfico ao servio especializado (RP = 1,22, IC 95%: 1,03;1,41), com ficha de referncia (RP = 2,95, IC 95%: 1,82;4,78) e oriundos da ateno primria (RP = 3,13, IC 95%: 1,70;5,77) tiveram mais chance de alcanar a integralidade na assistncia saúde bucal em relao aos demais usurios. CONCLUSES: Usurios com facilidade de acesso geogrfico, mais jovens e necessidade de servio endodntico tiveram mais chance de receber assistncia integral. A implantao de centros de especialidades odontolgicas em municpios nos quais a ateno primria saúde no esteja adequadamente estruturada no recomendada, visto que a ateno secundria estaria atendendo a livre demanda e executando procedimentos bsicos e, portanto, no cumprindo o princpio da integralidade pretendida.

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OBJETIVO: Comparar taxas de internaes por condies sensveis em municpios-sede de coordenadorias de saúde. MTODOS: Estudo ecolgico com indivduos de ambos os sexos de 20 a 59 anos nos municpios-sede das coordenadorias regionais de saúde do Rio Grande do Sul de 1995 a 2007. Os dados sobre internaes foram obtidos do Datasus. Foram analisadas as taxas mediante regresso de Poisson com variao robusta. As taxas dos municpios foram comparadas com as do restante do estado do Rio Grande do Sul, excludos os municpios-sede. RESULTADOS: Os municpios, exceto Porto Alegre (1,01) e Osrio (1,02), apresentaram reduo das taxas de internaes por condies sensveis. Entre os municpios grandes, as maiores quedas foram observadas em Santa Maria (0,92) e Pelotas (0,93). Os municpios mdios apresentaram taxas inferiores no final do perodo. Nos pequenos, apenas Lajeado e Frederico Westphalen apresentaram taxas inferiores s do estado em 2007. As maiores taxas foram observadas nos municpios pequenos. CONCLUSES: Houve tendncia de diminuio das internaes em quase todos os municpios, possivelmente pela ampliao da ateno primria antes mesmo do Programa Saúde da Família e das modificaes de gesto. As elevadas taxas de hospitalizaes em municpios pequenos sugerem ocupao de leitos por condies sensveis para justificar oferta ociosa.

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OBJETIVO: Analisar como se estabelece a comunicao sazonal nos grupos socioeducativos das equipes de Saúde da Família para preveno e controle da dengue. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo, descritivo e exploratrio com 25 coordenadores de grupos socioeducativos, distribudos em oito unidades bsicas de saúde de Belo Horizonte, MG. A coleta de dados ocorreu de maro a julho de 2009, por meio de observao no participante e entrevista semi-estruturada com os coordenadores. Na interpretao dos dados, empregaram-se a anlise de contedo e os referenciais tericos sobre comunicao e saúde. ANLISE DOS RESULTADOS: Foram encontrados trs ncleos temticos: comunicao sazonal; contedos discutidos e canais veiculadores de informaes sobre a dengue; e informao versus comunicao para a ao. As aes de preveno e controle da dengue nos grupos eram abordadas principalmente em pocas de surto, baseando-se em aes previamente programadas pelo Ministrio da Saúde. Os temas abordados referiam-se a epidemiologia, ciclo de vida, modos de transmisso, sintomatologia, preveno, visita domiciliar da equipe de zoonose e vacinao contra a dengue. CONCLUSES: A prtica comunicativa predominante o repasse de informaes pelo coordenador, centrado no discurso comportamentalista e prescritivo. Recomendam-se prticas comunicativas pautadas no dilogo, permitindo ao coordenador e membros da equipe a liberdade em relao s situaes emergentes do grupo e que aprendam a reconhec-la e problematiz-la reflexivamente em seu contexto.

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RESUMO: A integrao da saúde mental ateno bsica a recomendao feita para facilitar o acesso ao tratamento. A pesquisa teve por objetivo mapear e analisar os facilitadores e as barreiras ao acesso ao tratamento em saúde mental da Microrregio de Itajub, estado de Minas Gerais, Brasil, composta por 15 municpios. A metodologia pautou-se na triangulao dos mtodos, combinando a abordagem quantitativa e qualitativa de pesquisa. Para tal foi feito o mapeamento da capacidade instalada dos recursos existentes e identificao das principais lacunas com base nos parmetros da saúde pblica, a partir de roteiros de entrevistas e grupos focais com os principais atores sociais implicados. Constatou-se que o maior facilitador ao acesso ao tratamento tem sido a atuao das equipes de PSF (Programa Saúde da Família), que atuam diretamente nas comunidades. Outros facilitadores foram: a atuao dos CRAS (Centro de Referncia de Assistncia Social); a existncia de um CAPS (Centro de Ateno Psicossocial), embora no credenciado ao SUS (Sistema nico de Saúde); Colegiados de Saúde Mental que promovem discusses, informao, educao, e pressionam os municpios para a implantao de servios de saúde mental. A falta de vontade poltica, isto , uma interveno mais clara da gesto pblica da saúde, com estabelecimento de prioridades para prover a ampliao do acesso, foi identificada como a maior barreira a ser enfrentada na microrregio, especialmente por falta de organizao e planejamento das aes em saúde mental. Servios que trabalham de forma isolada, sem a construo de uma rede; pouca participao poltica dos usurios dos servios de saúde mental; e falta de recursos humanos, e profissionais pouco preparados para a funo compem as outras barreiras de acesso. V-se que diante dos facilitadores e barreiras expostos preciso que os municpios realizem um levantamento sistemtico, a fim de criar um plano de ao em saúde mental para compartilhar informaes, recursos, servios, disponibilidade, disposio e aes em rede.-------------- ABSTRACT: Integrating mental health care in primary-care services is recommended in order to improve access to treatment. Access to mental health treatment has been a worldwide debated theme. In Brazil, with the Psychiatric Reform, there has been a change of paradigm in the way of treating persons with mental disorders. Various health devices were created, building a net of treatment and care that replaces the asylum system and where human rights are respected and defended and the offered treatment is the closest possible to their social space. The research aims to map and analyse the barriers and the facilitators to mental health treatment in the micro-region of Itajub, state of Minas Gerais/Brazil, made up of 15 counties. The methodology was based on the triangulation of methods, combining quantitative and qualitative research. For that, a mapping of the installed capacity of the existent resource was carried out; identification of the main voids based on the parameters of public health through scripts of interviews and focus groups with the social actors involved. It was found that the main facilitator to treatment has been the performance of PSF, who act directly in the communities. Other facilitators also stand out: the work of CRAS; the existence of CAPS, although not accredited to SUS; Mental Health Collegiate, promoting discussions, information, education, and forcing pressure on the counties for the implantation of mental health services. The lack of political will was identified as the major barrier to be faced in the micro-region, especially due to lack of organization and planning in the actions towards mental health. The services working isolatedly, without a communication net, and the lack of human resources as well as poorly prepared professional, are the main difficulties faced by access to mental health treatment. Becomes clear that the counties need to undertake a systematic survey towards creating a plan of action in mental health, in order to share information, resources, services, availability, disposition and networking.

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RESUMO: Introduo: A integrao da saúde mental (SM) na ateno primria (AP) a principal garantia de acesso da populao s boas prticas em SM. Embora amplamente recomendada h dcadas, existem poucos modelos de integrao efetiva da SM na AP. Em 2008 o Ministrio da Saúde do Brasil criou o Ncleo de Apoio Saúde da Família (NASF), que passou a ser o responsvel pela integrao da SM na AP. O objetivo deste estudo conhecer, a partir da tica dos gerentes da AP, como se d a integrao da SM na AP, suas vises sobre o NASF e sugestes para melhorar este modelo de integrao. A partir dos resultados apresentaremos recomendaes para aperfeioar o modelo vigente de integrao da SM na AP. Mtodo: Pesquisa qualitativa, de carter exploratrio, com orientao analtica descritiva. Foram realizadas 10 entrevistas semi-estruturadas com gerentes da AP, na regio metropolitana de So Paulo. Trabalhou-se com o conceito de amostragem intencional, utilizando como critrio de escolha os casos extremos ou desviantes. Foi utilizado o mtodo da Anlise Estrutural ou Framework Analysis, uma modalidade de anlise de contedo. Resultados: Os entrevistados consideraram haver mais barreiras do que facilitadores integrao da SM na AP. As barreiras e facilitadores apresentados estavam relacionados ao contexto social, fatores organizacionais, e componentes pessoais das equipes de trabalhadores. Os gerentes mostram no ter clareza sobre como operacionalizar suas ideias sobre integrao da SM na AP e sobre o escopo das intervenes da SM na AP. Na viso dos gerentes a atuao do NASF ainda incapaz de promover o cuidado integrado. Concluses: A maior dificuldade no criar a poltica de integrao da SM na AP, mas viabilizar sua implementao. Recomenda-se aperfeioamento do processo de trabalho do NASF e investigaes sobre a natureza e exequibilidade do apoio matricial no contexto da AP.--------------ABSTRACT: Introduction: The integration of mental health (MH) in primary care (PC) is the main guarantee of access to good practices in MH. Although widely recommended for decades, there are few models of effective integration of MH in PC. In 2008 the Brazilian Ministry of Health created the Core of Support for the Family Health Strategy (NASF), to be the responsible for the integration of MH in PC. This study aims understanding the PC managers perspective about the integration of MH in PC, their visions about the NASF and their suggestions to improve this model of integrated care. Based on results we will present recommendations to improve NASFs model of integration MH in PC. Method: Qualitative research, exploratory and analytical descriptive study. We conducted 10 semi-structured interviews with PC managers, in the metropolitan region of Sao Paulo. We worked with the concept of intentional sampling, using as a criterion for choosing the extreme or deviant cases. We used the Framework Analysis methodological approach, a method of contente analysis. Results: The interviewees considered that there are more barriers than facilitators for the integration of MH in PC. The barriers and facilitators presented were related to the social context,organizational factors, and personal component of the PC staff. Managers shows not have clarity about how implement their ideas about integration of MH in PC and about the scope of the interventions of MH in PC. The NASF is still unable to promote the integrated care in managers perception. Conclusions: The biggest difficulty is not to create a policy of integration of MH in PC, but its implementation. It is recommended to improve the NASF work process and to research about the nature and feasibility of matrix support in the context of PC.

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OBJETIVO: Analisar e interpretar o que gestantes dependentes de tabaco/nicotina pensam e experimentam quanto problemtica relacionada a essas condies. MTODO: Pesquisa qualitativa utilizando narrativas de gestantes ou purperas que fumaram ou interromperam o uso de tabaco na gestao. As narrativas de uma amostra intencional de 14 usurias de Unidades de Saúde da Família de um municpio paulista foram analisadas quanto aos enunciados. RESULTADOS: Formularam-se quatro categorias: contraste entre desejo de interromper o uso e o papel no identificado dos profissionais e servios; questes sobre a saúde da me e da criana; questes socioculturais e familiares e, por fim, uma "epidemiologia espontnea". As representaes sociais constatadas mostram discrepncias e homologias com os modos como as cincias da saúde lidam com o tabagismo no perodo gestacional. As participantes consideraram inexistir uma cultura teraputica para tabagismo nos servios de Ateno Primria Saúde que frequentam, tendo se mostrado angustiadas com essa questo e com os conflitos socioculturais e familiares que enfrentam. Uma compreenso peculiar sobre os riscos para a saúde foi constatada. CONCLUSO: Embora os resultados no sejam generalizveis, as tenses constatadas sugerem caminhos para uma maior adaptao da Ateno Primria Saúde s necessidades das gestantes tabagistas.