1000 resultados para Misticismo Igreja Católica História Idade Média, 600-1500
Resumo:
FUNDAMENTO: Na prtica clnica, atendemos pacientes com diversos ndices de massa corporal (IMC), desde pacientes com sobrepeso at pacientes obesos. Esse achado pode ser a nica anormalidade clnica aparente. OBJETIVO: Avaliar as variveis clnicas e laboratoriais associadas com aumento do IMC em mulheres e homens assintomticos, sem qualquer indcio de cardiopatia, a fim de obter dados para substanciar recomendaes mdicas, em uma amostra de estudo da nossa prtica diria. MTODOS: Foram estudados indivduos entre 14 e 74 anos de idade (mdia de 40,5 anos); 295 eram homens (43,1%) e 389 eram mulheres (56,9%). As relaes entre IMC estratificado por sexo e as variveis clnicas e laboratoriais foram analisadas por meio do coeficiente de correlao de Spearman e regresso linear mltipla. RESULTADOS: A mdia do IMC das mulheres (26,15 kg/m) e dos homens (26,33 kg/m) no apresentou diferena estatisticamente significante. No modelo de regresso linear mltipla, a relao colesterol total/frao HDL-colesterol (CT/HDL-C) (beta= 1,1320; p < 0,001) e a glicose srica (beta= 0,0233; p = 0,023) foram independentemente correlacionadas com o IMC em mulheres. Nos homens, as variveis que apresentaram correlao independente com o IMC foram a relao CT/HDL-C (beta= 0,793; p < 0,001) e a idade (beta = 0,0464; p = 0,030). CONCLUSO: Em mulheres e homens sem nenhum indcio de cardiopatia, a relao CT/HDL-C aumentou com o IMC em ambos os sexos. Outros ndices associados ao IMC foram glicose srica nas mulheres e idade nos homens. As variveis clnicas e laboratoriais associadas ao ndice de massa corporal podem diferir quanto ao sexo.
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OBJETIVO: Avaliar a operao para revascularizao do miocrdio sem circulao extracorprea (CEC) em pacientes com importante disfuno ventricular esquerda. MTODOS: Foram submetidos a operao para revascularizao do miocrdio sem CEC, 405 pacientes com frao de ejeo (FE) abaixo de 35%. A operao foi realizada com auxlio de estabilizador por suco e ponto de LIMA. As anastomoses distais foram feitas primeiro. RESULTADOS: Foram avaliados 405 pacientes com idade mdia de 63,4±9,78 anos, sendo 279 do sexo masculino (68,8%). Quanto a fatores de risco, 347 eram hipertensos, 194 tabagistas, 202 dislipidmicos e 134 diabticos. Encontravam-se em classe funcional III e IV 260 pacientes. Eram renais crnicos 20 pacientes, em programa de dilise. Foram operados em carter de emergncia 51 pacientes, e 33 j apresentavam operao prvia. A FE mdia foi de 27,2±3,54%. O EUROSCORE mdio foi de 8,46±4,41. O nmero mdio de anastomoses foi 3,03±1,54 por paciente. Necessitaram de balo intrartico aps a induo anestsica 49 pacientes (12%), e 73 (18%) necessitaram de suporte inotrpico no perodo transoperatrio. Quanto a complicaes, 2 (0,49%) apresentaram insuficincia renal, 2 apresentaram mediastinite (0,49%), 7 (1,7%) necessitaram de reoperao por sangramento, 5 (1,2%) apresentaram infarto agudo do miocrdio e 70 (17,3%) apresentaram fibrilao atrial. Houve 18 bitos (4,4%). CONCLUSO: Com base nesses dados, conclumos que a operao para revascularizao do miocrdio sem circulao extracorprea em pacientes com disfuno ventricular esquerda segura e eficaz, sendo uma alternativa para pacientes de alto risco. Os resultados obtidos foram superiores ao previsto pelo EUROSCORE.
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FUNDAMENTO: Estudos clnicos e epidemiolgicos demonstram grande associao da dieta com os agravos crnicos, particularmente com os eventos cardiovasculares, apesar de ainda no compreendidos todos os seus mecanismos de ao. OBJETIVO: Descrever e analisar o risco cardiovascular em vegetarianos e onvoros residentes na Grande Vitria/ES, na faixa etria de 35 a 64 anos. MTODOS: Para avaliao do risco cardiovascular foi realizado estudo de coorte histrico com 201 indivduos. Foram includos 67 vegetarianos h no mnimo 5 anos, provenientes da Grande Vitria, e 134 onvoros, participantes do Projeto MONICA/Vitria, pareados por classe socioeconmica, sexo, idade e raa. Medidas bioqumicas e hemodinmicas foram obtidas na Clnica de Investigao Cardiovascular da UFES. Para comparao de propores, foi usado o teste chi2 e calculada a razo de prevalncia. O risco cardiovascular foi calculado por meio do algoritmo de Framingham. RESULTADOS: A idade mdia do grupo foi de 47 ± 8 anos e o tempo mdio de vegetarianismo 19 ± 10 anos, sendo a dieta ovolactovegetariana seguida por 73% dos vegetarianos. Presso arterial, glicemia de jejum, colesterol total, colesterol de lipoprotena de baixa densidade (LDL-colesterol) e triglicerdeos foram mais baixos entre vegetarianos (p<0,001). O colesterol de lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol) no foi diferente entre os grupos. De acordo com o algoritmo de Framingham, os vegetarianos apresentaram menor risco cardiovascular (p<0,001). CONCLUSO: A alimentao onvora desbalanceada, com excesso de protenas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenas e agravos no-transmissveis, especialmente no risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: A angina pr-infarto (API) pode ser um marcador de pr-condicionamento isqumico. Foi demonstrada reduo da rea infartada, do remodelamento ventricular, da incidncia de insuficincia cardaca, choque cardiognico ou morte, quando a API estava presente. Esses resultados foram mais evidentes em adultos, porm, no em idosos. OBJETIVO: Avaliar a relao entre API e a evoluo clnica de pacientes idosos com infarto agudo do miocrdio (IAM). MTODOS: Estudo tipo srie de casos com grupo de comparao. Foram includos 36 pacientes com diagnstico de IAM com elevao do segmento ST. Os pacientes foram distribudos em grupo A (21 pacientes com API) e grupo B (15 pacientes sem API). RESULTADOS: A idade mdia da populao estudada foi 70,5 anos. A maioria (73%) dos pacientes era do sexo masculino. O ndice de massa corprea mdio foi 25,3 kg/m2. A amostra era constituda por 77,8% de hipertensos, 27,8% de diabticos e 32,4% de dislipidmicos. Dor torcica tipo A foi relatada por 71,4% dos estudados. A maioria (72,2%) dos idosos foi classificada em Killip I. Os desfechos clnicos nos grupos A e B foram: angina ps-infarto 9,5% versus 20%, p=0,630; insuficincia cardaca 23,8% versus 13,3%, p=0,674; revascularizao de urgncia 4,8% versus 6,7%, p=1; arritmia cardaca 0% versus 6,7%, p=0,417. No foi constatado nenhum caso de reinfarto, choque cardiognico e morte at 30 dias em ambos os grupos. CONCLUSO: A presena da angina pr-infarto no se associou com uma melhor evoluo clnica em idosos acometidos por IAM nesta srie de casos.
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FUNDAMENTO: A terapia de ressincronizao cardaca (TRC) eficiente no tratamento de pacientes com insuficincia cardaca (IC), disfuno ventricular grave e bloqueio intraventricular. O marcapasso convencional (MPC) em regio apical de ventrculo direito provoca alteraes da seqncia de ativao normal do corao semelhante s do BRE. Nesse sentido, pacientes com MPC e IC avanada poderiam ser candidatos a TRC, mas reduzidas casusticas foram avaliadas e no h concluses definitivas. OBJETIVO: Analisar o comportamento clnico-funcional da terapia de ressincronizao cardaca (TRC) nos portadores de marcapasso convencional. MTODOS: Pacientes com MPC, IC-CF(NYHA) III/IV refratria a teraputica medicamentosa, frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) <35%, foram submetidos a TRC. O comportamento clnico-funcional foi avaliado prospectivamente aps seis meses. A reduo de uma CF-IC foi estabelecida como resposta efetiva ao procedimento. Foram analisados: durao do QRS (ECG), dimetro diastlico (DDVE), dimetro sistlico do ventrculo esquerdo (DSVE) e FEVE ao ECO. A anlise estatstica utilizou os testes t de Student pareado e a correlao de Spearman. RESULTADOS: Vinte e nove pacientes com idade mdia de 61,5 anos foram estudados. Seis eram do sexo feminino e houve predomnio da cardiomiopatia chagsica. Em seguimento clnico de 22,713 meses, 86,2% dos pacientes melhoraram com a TRC. Nesse grupo, a FEVE mdia aumentou em 18% (p=0,013); houve reduo da durao do QRS em 11,8% (p=0,002) e no houve reduo significativa dos dimetros intracavitrios do ventrculo esquerdo. CONCLUSO: A TRC efetiva para pacientes com MPC e IC avanada porque proporciona taxa elevada de responsivos (86,2%), melhora significativa da FEVE e reduo da durao do QRS.
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FUNDAMENTO: A programao ideal da energia de choque do CDI deve ser pelo menos 10 J acima do limiar de desfibrilao (LDF), necessitando de tcnicas alternativas quando o LDF elevado. OBJETIVO: Avaliar o comportamento clnico dos portadores de CDI com LDF>25 J e a eficcia da teraputica escolhida. MTODOS: Foram selecionados portadores de CDI, entre janeiro de 2000 e agosto de 2004 (banco de dados prospectivo), com LDF>25 J intra-operatrio, e analisaram-se: caractersticas clnicas, FEVE, resgate de eventos arrtmicos pelo CDI e bitos. RESULTADOS: dentre 476 pacientes, 16 (3,36%) apresentaram LDF>25J. Idade mdia de 56,5 anos, sendo 13 pacientes (81%) do sexo masculino. Quanto cardiopatia de base 09 eram chagsicos, 04 isqumicos e 03 com etiologia idioptica. A FEVE mdia dos pacientes foi 37% e 94% utilizavam amiodarona. O seguimento mdio foi de 25,3 meses. Em 02 pacientes com LDF > Choque Mximo (CM), foi necessrio implante de eletrodo de choque adicional (array), sendo mantido programao com CM em zona de FV (>182bpm) nos demais. Durante o seguimento 03 pacientes apresentaram 67 terapias de choque apropriadas (TCA) com sucesso. Ocorreram 07 bitos sendo 5 por causas no cardacas e 2 por insuficincia cardaca avanada. Os pacientes que foram a bito apresentaram nveis de LDF maiores (p=0,0446), entretanto sem relao com a causa dos mesmos tendo em vista que no ocorreram TCA sem sucesso. CONCLUSO: Nessa coorte de pacientes com CDI, a ocorrncia de LDF elevado foi baixa, implicando teraputicas alternativas. Houve associao com disfuno ventricular grave, entretanto sem correlao com as causas de bito.
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FUNDAMENTO: Avaliao dos casos de origem anmala da artria coronria esquerda do tronco pulmonar operados com a tcnica de Takeuchi, analisando o resultado cirrgico imediato e tardio e a morbidade destes pacientes. OBJETIVO: Relato uma srie de casos de origem anmala da artria coronria esquerda do tronco pulmonar operados com a tcnica de Takeuchi. Mtodos: Realizou-se a anlise com coleta de dados dos pronturios de doze pacientes submetidos correo cirrgica no perodo de 1981 a 2003. RESULTADOS: A idade mdia dos pacientes foi de 5,9 1,7 meses. A clnica preponderante foi insuficincia cardaca, principalmente nos lactentes. O eletrocardiograma inicial em dez casos mostrou onda Q em DI e aVL e sinais de isquemia miocrdica. No ecocardiograma, observaram-se padro de miocardiopatia dilatada em seis pacientes e insuficincia mitral. A idade mdia da correo cirrgica foi de 31,8 14,3 meses. A mortalidade cirrgica imediata foi de 16% (dois pacientes) por disfuno cardaca. No acompanhamento ambulatorial, houve a melhora da sintomatologia e das alteraes isqumicas no eletrocardiograma, retorno da funo cardaca e melhora da insuficincia mitral. Durante o acompanhamento, trs casos evoluram com estenose supravalvar pulmonar. CONCLUSO: A suspeita clnica dessa cardiopatia deve ser feita em todo lactente com insuficincia cardaca. A correo cirrgica com o emprego da tcnica de Takeuchi se mostra eficaz, com baixo ndice de mortalidade. Aps a correo, h um retorno normalidade da funo cardaca e a melhora da insuficincia mitral.
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FUNDAMENTO: As alteraes de peso aps o transplante cardaco (TC) freqentemente ocorrem e aumentam os riscos de doenas secundrias. OBJETIVO: Determinar o impacto da variabilidade do peso nos nveis sricos de glicose, triglicrides, colesterol total e fraes dos pacientes transplantados cardacos. MTODOS: Estudo retrospectivo documental realizado com 82 pacientes adultos submetidos a TC entre outubro de 1997 e dezembro de 2005 no Cear, sendo 83% do sexo masculino e a idade mdia de 45,0612,04 anos. As variveis estudadas foram o perfil biopatolgico, o peso e o ndice de massa corporal (IMC) relacionadas s alteraes bioqumico-metablicas. Os dados foram descritos usando freqncias, medidas de tendncia central, teste t de Student e coeficiente de correlao de Pearson. RESULTADOS: A mdia global do IMC aumentou de 23,773,68kg/m antes do TC, para 25,483,92kg/m no primeiro ano e para 28,384,97kg/m no quinto. Os pacientes com sobrepeso/obesidade (IMC > 25 kg/m) apresentaram valores mdios de glicose, colesterol total, lipoprotena de baixa densidade (LDL) e triglicrides maiores que os pacientes com eutrofia/desnutrio (IMC < 25 kg/m). CONCLUSO: Houve uma relao direta e significativa entre o estado nutricional e a variabilidade de peso no perfil metablico de pacientes transplantados cardacos.
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FUNDAMENTO: Para discriminar risco coronariano elevado, indicadores de obesidade central so melhores do que o ndice de Massa Corprea (IMC), que ainda o ndice antropomtrico (IA) mais utilizado para seguimento aps interveno coronariana percutnea (ICP). OBJETIVO: Reconhecer, entre os ndices antropomtricos (IA), os que melhor se correlacionam com ocorrncia de desfechos aps interveno coronariana percutnea (ICP). MTODOS: Foram considerados 308 pacientes (p), idade mdia de 61,92±11,06 anos, 60,7% do sexo masculino, submetidos a ICP com stent. Aps seis meses, pesquisaram-se os desfechos: bito, reinterveno por ICP ou cirurgia cardaca, exame no-invasivo alterado por isquemia ou sintomas anginosos. Os p foram divididos em: Grupo 1 (com desfechos, n=91; 29,5%) e Grupo 2 (sem desfechos, n=217; 70,45%). No sexo masculino e feminino, os IA estudados e seus respectivos pontos de corte foram: circunferncia abdominal (CA) > 90/80 cm, relao cintura-quadril (RCQ) > 0,90/0,80cm, ndice de conicidade (IC) >1,25/1,18 e ndice de massa corprea (IMC) >30 para ambos os sexos. RESULTADOS: Os grupos diferiram quanto maior ocorrncia de histrico familiar e infarto prvio no Grupo 2. No sexo masculino, CA > 90 cm (p=0,0498) foi, em anlise multivariada, preditor independente de desfechos. IMC no foi preditor de eventos. No Grupo 1, a probabilidade de ocorrncia de IMC alterada significativamente menor do que a ocorrncia dos outros IA estudados (p<0,0001). CONCLUSO: CA anormal comportou-se como preditor independente de ocorrncia de desfechos no sexo masculino dessa populao ps-ICP. IMC elevado no foi preditor de desfechos e foi o ndice antropomtrico menos prevalente em pacientes com eventos.
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FUNDAMENTO: A dislipidemia considerada um dos principais fatores de risco para a doena cardiovascular, que, por sua vez, mais freqente em indivduos de idade avanada. Contudo, evidncias sugerem que uma parcela da populao idosa desconhece a caracterstica de seu perfil lipdico, assim como muitos no possuem acesso a um tratamento adequado. OBJETIVO: Analisar o perfil lipdico e a freqncia da utilizao da terapia hipolipemiante de mulheres idosas em Curitiba - Paran. MTODOS: A amostra foi composta por 312 mulheres (idade mdia 68,8; desvio padro 6,0 anos). O perfil lipdico foi determinado por meio das dosagens de colesterol total (CT), colesterol de lipoprotena de alta densidade (HDL-C), colesterol de lipoprotena de baixa densidade (LDL-C) e triglicerdeos (TG). A utilizao da terapia hipolipemiante foi verificada por meio de auto-relato, em seguida os grupos foram divididos em dois subgrupos, satisfatrio e insatisfatrio. RESULTADOS: Foi encontrada uma grande prevalncia de indivduos com valores insatisfatrios nos componentes do perfil lipdico, no grupo que relatou no estar sob terapia hipolipemiante: 74,2% das mulheres portadoras de doenas cardiovasculares (DCV) apresentaram valores superiores meta lipmica para o LDL-C (<100,0 mg/dl). Por sua vez, 45,8% a 49,3% dos indivduos do grupo que relatou utilizar medicamento hipolipemiante apresentaram valores insatisfatrios para CT, TG e LDL-C, e 25,4% obtiveram valores de HDL-C inferiores a 40,0 mg/dl. CONCLUSO: Os resultados desta investigao indicam uma alta prevalncia de mulheres idosas, independentemente do auto-relato de utilizar terapia hipolipemiante, com o perfil lipdico desfavorvel, principalmente em relao meta lipmica para o LDL-C nas mulheres idosas portadoras de DCV.
O perfil de sade cardiovascular dos idosos brasileiros precisa melhorar: estudo de base populacional
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FUNDAMENTO: No Brasil, existe pouca informao de base populacional sobre a aglomerao de fatores de risco e sua relao com doenas cardiovasculares em idosos. OBJETIVO: Estimar prevalncia e aglomerao de fatores de risco e investigar associao com doena isqumica do corao (DIC) em idosos. MTODOS: Foram includos todos os participantes > 60 anos do "Inqurito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenas e agravos no-transmissveis", realizado pelo Ministrio da Sade em 2002/2003, em quinze capitais e no Distrito Federal. Investigou-se a prevalncia de fatores de risco (tabagismo, consumo de lcool, inatividade fsica, dieta inadequada e obesidade) e de morbidade referida (hipertenso, hipercolesterolemia e diabete), alm da associao entre DIC e aglomerao desses fatores pela regresso de Poisson. RESULTADOS: Os idosos representaram 13,4% (3.142/23.457), 59,4% mulheres e 40,6% homens. A idade mdia foi de 69,5 anos. Prevalncias de dieta inadequada, inatividade fsica, obesidade, tabagismo e consumo de risco de lcool foram 94,4%, 40%, 17%, 12,7%e 3,2%, respectivamente. Cerca de 50% referiram hipertenso; 33% hipercolesterolemia e 18%, diabete. Tabagismo e hipercolesterolemia reduziram significativamente com a idade. Hipertenso, inatividade fsica, obesidade e hipercolesterolemia foram mais prevalentes em mulheres. Aglomerao de dois ou mais fatores foi observada em 71,3% dos idosos e reduziu com o avanar da idade. Idosos com DIC apresentaram uma prevalncia quatro vezes maior de aglomerao de quatro ou mais fatores (RP = 4,1; IC_95%: 2,6-6,4). CONCLUSO: A associao entre DIC e maior aglomerao de fatores de risco expressa, provavelmente, maior risco acumulado ao longo da vida, mas indica tambm a necessidade de melhorar o perfil de risco desses idosos.
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FUNDAMENTO: O exerccio fsico aerbico importante aliado no combate aos fatores de risco cardiovascular. No entanto, os efeitos de exerccios de alta intensidade sobre tais fatores ainda so pouco conhecidos. OBJETIVO: Comparar os efeitos de protocolos de exerccios aerbico e anaerbico sobre fatores associados ao risco cardaco. MTODOS: Vinte e dois indivduos com idade mdia de 408 anos foram alocados nos grupos: controle (CO), treinamento de endurance (ET) e treinamento intermitente (IT). Os protocolos tiveram durao de 12 semanas, trs vezes por semana; e intensidades de 10% abaixo e 20% acima do limiar anaerbico (LAn). Foram medidas: massa corporal total (MCT), ndice de massa corporal (IMC), circunferncias de cintura (CINT) e quadril (QUA) e a composio corporal, alm das concentraes plasmticas de glicose (GLI), colesterol total (CHO) e triglicrides (TG); ainda foram calculados a razo cintura-quadril (PCCQ) e o ndice de conicidade (ndice C). RESULTADOS: As variveis de MCT, IMC, CINT, GLI e a composio corporal apresentaram alteraes significativas nos grupos ET e IT. Os valores de CHO e QUA foram significativamente reduzidos no grupo ET, enquanto a PCCQ mostrou reduo significativa no grupo IT. O LAn e o ndice C, no grupo IT foram significativamente diferentes em relao a ET. CONCLUSO: Tendo em vista as diferenas encontradas nas respostas das variveis estudadas, em razo do treinamento empregado, conclumos que um programa de exerccio que contemple atividades de alta e baixa intensidades seja mais completo para garantir a reduo de maior nmero de variveis de risco cardaco.
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FUNDAMENTO: Seria til dispor de um teste clnico que aumentasse a suspeita da hipertenso do avental branco (HAB) durante a consulta. OBJETIVO: Avaliar o teste de respirao lenta (TRL) na diferenciao entre hipertenso e HAB. MTODOS: Cento e um pacientes hipertensos selecionados em triagem tiveram a medicao suspensa por duas a trs semanas. A presso arterial (PA) foi medida antes e depois do TRL em duas visitas. O teste consistiu em respirar por 1 minuto na freqncia de um ciclo respiratrio a cada 10 segundos. Dois critrios diagnsticos foram comparados: 1- queda da PA diastlica >10% em pelo menos uma consulta, ou 2- queda da PA para nveis normais (<140/90 mmHg) em pelo menos uma consulta. A MAPA foi realizada de forma cega s medidas clnicas. RESULTADOS: Setenta e uma mulheres e 30 homens, idade mdia 51+10 anos, mdia pr e ps-teste de 152+17/ 99+11 e 140+18/ 91+11 mmHg. Nove pacientes tiveram medidas clnicas e ambulatoriais normais. De 92 pacientes, 28 (30%) foram classificados como HAB; 15 tiveram teste positivo para o critrio 1, e 21 para o critrio 2. Entre 64 (70%) hipertensos, 14 testaram positivo para o critrio 1, e 12 para o critrio 2. Sensibilidade e especificidade (95% IC): 0,54 (0,36-0,71) e 0,78 (0,67-0,87) critrio 1; 0,75 (0,57-0,87) e 0,81 (0,70-0,89) critrio 2. CONCLUSO: O TRL mostrou aumento da suspeita clnica de HAB em duas consultas ao utilizar o critrio de normalizao da PA. Isso sugere que esse teste pode auxiliar na otimizao dos pedidos de MAPA para casos suspeitos.
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FUNDAMENTO: A insuficincia cardaca uma doena de alta prevalncia, com prognstico dependente de diferentes fatores preditores. OBJETIVO: A doena de Chagas um preditor de mau prognstico em pacientes com insuficincia cardaca (IC) crnica. O objetivo deste estudo analisar se ela tambm prediz pior evoluo para pacientes agudamente descompensados. MTODOS: Estudamos 417 pacientes hospitalizados por IC descompensada. A idade mdia foi de 51,8 anos, sendo 291 (69,8%) homens. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 133 (31,9%) chagsicos (CH) e 284 com outras etiologias. Num subgrupo de 63 pacientes (15,1% com doena de Chagas), dosaram-se citocinas e noradrenalina. RESULTADOS: Na internao, 24,6% necessitaram de inotrpicos, e em um ano a mortalidade foi de 54,7%. Os CH apresentaram maior mortalidade (69,2% vs. 47,9%, p < 0,001). Na comparao de dados, os CH eram mais jovens (47,6 vs. 53,8 anos, p < 0,001) e apresentavam, em média, PA sistlica (96,7 vs. 111,2 mmHg, p < 0,001), frao de ejeo (32,7 vs. 36,4%, p < 0,001), Na srico (134,6 vs. 136,0, p = 0,026) mais baixos e TNF-alfa mais elevado (33,3 vs. 14,8, p = 0,001). A presena de hipotenso necessitando de inotrpicos, o dimetro diastlico do ventrculo esquerdo (VE), os dados de funo renal, os nveis de interleucina-6 e os de noradrenalina no diferiram nos dois grupos. CONCLUSO: Os pacientes chagsicos hospitalizados com IC descompensada tiveram pior prognstico quando comparados com aqueles de outras etiologias. Esse fato pode dever-se ao maior comprometimento cardaco (frao de ejeo mais baixa), maior instabilidade hemodinmica (presso sistlica e freqncia cardaca mais baixas) e maior ativao do sistema renina angiotensina (sdio mais baixo) e das citocinas (TNF-alfa).
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FUNDAMENTO: Os eventos arrtmicos ventriculares tm forte impacto na mortalidade dos pacientes com insuficincia cardaca. O benefcio do tratamento farmacolgico otimizado da insuficincia cardaca na reduo da arritmia ventricular no foi ainda muito bem documentado. OBJETIVO: Anlise dos efeitos do tratamento farmacolgico otimizado da insuficincia cardaca sobre a arritmia ventricular. MTODOS: Estudo clnico com desenho no aleatorizado, envolvendo 85 pacientes consecutivos (coorte aberta), no selecionados, idade mdia de 63,8±12,2 anos, 42 homens, 43 mulheres, com diagnstico de insuficincia cardaca, classes funcionais II a IV (NYHA - New York Heart Association), FE (frao de ejeo) < 0,40, que aps otimizao do tratamento foram acompanhados de janeiro de 2002 a maio de 2004, quanto ao comportamento da arritmia ventricular, admisso e ao trmino do estudo. RESULTADOS: No incio do estudo 60% dos pacientes apresentaram mais de 1000 extra-sstoles ventriculares/24h, 100% pares e 100% taquicardia ventricular no sustentada (TVNS). Num seguimento que variou de 8 a 27 meses (20,0 + 4,8 meses) observou-se reduo significativa do nmero total de extra-sstoles ventriculares/24h, do nmero de pares e do nmero de episdios de taquicardia ventricular no sustentada (p<0,05). Observou-se tambm melhora da classe funcional e do desempenho ao teste de caminhada de seis minutos. Em relao fase anterior incluso no estudo observou-se diminuio das internaes hospitalares (4,8 hospitalizaes/paciente/ano e ao trmino do estudo 2,7 hospitalizaes/paciente/ano) (p<0,005). CONCLUSO: O tratamento otimizado da insuficincia cardaca diminuiu a ocorrncia de arritmias ventriculares. A melhora da classe funcional, do desempenho fsico e do nmero de hospitalizaes podem ser atribudas ao tratamento otimizado.